Ele ficou preocupado quando viu o jovem italiano conversando com o oficial responsável, as palavras do rapaz tinham sido claras, investigue todos os estrangeiros.

Claro que ele estava disfarçado, mas seu alemão era horrível e ele só conseguiria fingir por mais algum tempo - aquele povo era muito tenso, desde o começo ele se questionava o por que dentre tantas épocas, seu parceiro foi escolher justo essa.

A única resposta que ele teve é que ele só podia trazer as realidades cujo os indivíduos presentes existiam, mas ainda assim, ali no grupo havia quatro jovens que nasceram e viveram em uma época bem melhor.

Talvez fosse a questão de familiaridade?

Ninguém ali, tirando o Sr. Joestar, tinha noção de como era o mundo na década de 30.

Mas esse era outro problema que ele enfrentava, ele já tinha certeza que estavam suspeitando dele, e agora tinha esse pedido do italiano, que ele não sabia quem era e que apesar de parecer civil, possuía grande influencia na tropa em que ele estava.

Que droga!

Para piorar ele não sabia como entrar em contato com o seu parceiro. Como as pessoas se comunicavam?

Ele demorou uns bons 20 minutos até conseguir se afastar da tropa, entrar em uma cantina e pedir para usar o telefone, isso depois de passar por uns 3 lojinhas onde lhe informaram que não tinham telefone - Meu Deus que mundo é esse?

“Oi! Graças a Deus consegui falar contigo...olha me ouça...não...não...é importante, acho que estão desconfiando...sim...não…um rapaz italiano apareceu dizendo para investigar, eu não sei o que fazer...devo dar um fim nele?”

Ele não teve resposta, de repente anoiteceu, e ele ouviu duas vozes reclamando, eles falavam em inglês, uma voz tinha um sotaque inglês a outra um sotaque italiano; e o telefone se encontrava mudo.

Ele desligou o telefone, e caminhou até onde estava as vozes, e lá ele viu um jovem enorme em todos os sentidos, e ele discutia justamente com rapaz italiano.

Joseph não gostava nem um pouco daquela roupa que o Caesar usava, era indecente, todo mundo estava olhando e aquilo o deixava com ciumes não que ele fosse admitir isso.

Mas era justamente por isso que ele se aproximou do Caesar e puxou sua calça para cima e começou a brigar com ele ao tentar fechar o ziper por completo.

“Ei! O que você está fazendo?!”

“Tentando te vestir! Você está praticamente nu!”

“Eu, como ousa, você que está com esse top que mal cobre…”

“Mas eu ao menos visto a minha calça, não fico por ai mostrando meu r…”

Aquilo havia o assustado, a discussão era ridícula mas o que o jovem italiano fez era assustador.

Ele empurrou o inglês gigante contra a parede, finalmente conseguindo retirar as mãos do mesmo do ziper da sua calça, e então chutou a parede com tamanha força que o concreto afundou.

Como aquilo era possivel?

Haviam dito a eles que não existiam Stand há dez anos atrás. Se não existiam, como aquele rapaz conseguiu fazer aquilo?

“Oooh! Caesarino! Por um instante achei que você fosse me transformar em Josephina!”

Joseph disse com um sorriso enorme no rosto, levando tudo na brincadeira. Caesar por outro lado, olhava para ele com um cara irritada, que assim que ouviu o mais jovem falar, mudou para maliciosa.

“Eu errei.”

Joseph fez um barulho estranho, e usando o seu tamanho, segurou o outro pelos ombros e o afastou o suficiente para não ficar a mercê de Caesar. Apesar de já estar seguro e do humor de Caesar já ter voltado ao normal, ele ainda continuou a segura-lo.

“Olha, você sabe o que está acontecendo?”

Caesar olhou para ele sem entender muito bem a pergunta.

“Como assim se eu sei? Nós chegamos aqui para aproveitar um dia de folga e você sumiu…”

“Eu sumi? Você que falou que ia no banheiro e depois não voltou mais.”

“Eu voltei! Você que não estava lá!”

Eles ficaram se olhando sem entender como aquilo era possível, Joseph soltou os ombros de Caesar e passando a mão no cabelo olhou ao redor.

“Caesar...eu estou te procurando o dia inteiro.”

“Isso é estranho, pois eu estou te procurando faz algumas hora, mas estava no máximo na hora do almoço.”

Caesar se aproximou de Joseph colocou uma mão na sua cabeça, bagunçando os cabelos do moreno que involuntariamente inclinava a cabeça para o outro pudesse continuar com o gesto.

“JoJo...eu me deparei com algo muito estranho enquanto eu te procurava. Eu me encontrei com você, ou ao menos parecia ser você, só que mais…”

E de repente um pedaço de terra com um poste ainda grudado nela acertou Caesar em cheio o jogando para longe Joseph.

Joseph olhou assustado, de onde aquilo havia vindo, logo em seguida ele pensou ‘Caesar!’ - ele logo se acalmou pois aquilo não seria capaz de derrotar Caesar, mas ainda assim alguém ousou ataca-los pelas costas e o pior do tudo, atacou Caesar - seu Caesarino.

Ele olhou na direção que o pedaço de terra veio, e lá ele viu um soldado alemão. Ele estava surpreso, pois ele achava que somente os homens do pilar era capazes de fazer tal coisas, mas pelo visto os alemães estavam aprendendo muito mais do como o Hamon funciona com Caesar.

“Quem é você e o que você quer? Dependendo da sua resposta eu posso quebrar sua cara ou não.”

O soldado não o respondeu, pelo contrario, ele o atacou.

Ele estava extremamente bravo, mas sua ele logo ficou empolgado, os ataques do outro era um problema, mas agora que ele sabia o que era os ataques em si não eram muita ameaça, ele simplesmente correu até o soldado, destruindo tudo o que era arremessado até ele.

O problema mesmo foi quando eles chegaram até onde estava as tropas e passou a ataca-los também, Joseph não conseguia entender como aquilo era possivel, se o soldado estivesse arrancando pedaços do chão com as proprias mãos ele até entenderia, mas ele sequer chegava a se aproximar.

E do nada o chão se abriu, Joseph viu uns três soldados cairem na fenda que em seguida fechou - os gritos dos soldados o incomodavam, ele não queria ser insensivel, mas já era tarde demais para eles.

Os demais soldados se assustaram e começaram a correr e atirar, dificultando que ele se aproximasse do soldado que estava causando tudo aquilo - o filho da mãe sabia que com o tumulto iria se camuflar devido ao uniforme.

Por sua sorte os soldados começaram a se organizar aos comandos de um oficial, e o farsante, que não entendia muito bem alemão, não compreendeu muito bem as ordens e ficou claramente a mostra.

Joseph não conteve o sorriso, ele só precisava de um soco.

Mas ai o maldito tanque atirou do nada, destruindo parte de um prédio e causando um tumulto maior, agora as pessoas ia sair e ver tudo e logo começariam a correr.

Quem são esses caras? Eles não sabem que estamos praticamente em guerra, existe armas e soldados em toda a parte!

Joseph estava cansando daquilo, Caesar provavelmente ficara bravo com ele, ele até conseguia ouvir o italiano reclamando.

‘Você precisa ser mais cauteloso. Não assim que vamos resolver as coisas. Isso é destruição desnecessária, não foi isso que aprendemos.’

E mais um monte de bla bla bla italiano que ele calaria com um belo girassol, ou um beijo roubado, ou com inseto.

Caesar sempre ficava quieto com essas coisas.

Pensando em tudo isso Joseph saiu andando na direção oposta da confusão, ele resmungava para si mesmo até parar perto de um carro. Ele respirou fundo, arrastou o carro consigo até conseguir ver o soldado, ergueu o carro e o arremessou em direção ao infeliz que atrapalhou o seu momento com Caesarino.

O soldado foi rápido, mas Joseph também foi, ele podia ver que soldado estava assustado, o jogo havia mudado.

Ele saltou e sorrindo ele disse.

“Sua próxima fala será...O que é você?”

“O que é você?”

O soldado ficou surpreso, como aquilo era possível?

Joseph caiu no chão, a centímetros do soldado e com soco causou o mesmo dano que o Stand causava, o soldado caiu de bunda no chão e com as pernas tentava se afastar.

“Heldsmachine faça alguma coisa. Heldsmachine!”

“Com quem você está falando?”

O soldado olhava para os lados e para cima e continuava chamar por ‘Heldsmachine’, Joseph olhava para ele como se ele fosse louco.

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Da janela todos olhavam o que estava ocorrendo.

Kakyoin foi o primeiro a fazer algo, trazendo Hierophant Green a tona, e começou a sair por por outra janela do quarto. Antes que pudesse sair ele sentiu algo o segurando pelo calcanhar, ele olhou e viu que era Star Platinum.

“Jotaro?”

Jotaro não respondeu, somente negou com a cabeça.

Joseph estava em silencio, com os olhos arregalados, e Avdol então falou o que Jotaro pensava.

“Não sabemos o que esta acontecendo, é melhor não nos envolvermos.”

Kakyoin concordava com eles, mas ele estava curioso, o rapaz lembrava e muito Jotaro, e algo o dizia que ele tinha algo haver com o que estava acontecendo.

“Eu posso me aproximar e ainda assim me manter a distancia.” Ao ver que Star Platinum não soltou calcanhar ele olhou para Jotaro. “Eu não vou me envolver, prometo.”

E assim que ele foi solto, ele saiu pela janela.

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Joseph não entendeu bem o que ocorreu, do nada ele sentiu um soco forte o bastante para joga-lo a alguns metros do soldado. Ele se levantou olhando para o soldado que ainda parecia estar com medo dele.

“Não sei o que você é, mas você não pode com o poder do meu Blue Oyster Cult.”

“Seu o que? Já cansei disso, eu vou quebrar sua cara…”

E Joseph calmamente começou a andar em direção ao soldado, o chão começou a se erguer formando paredes o separando do soldado que recuava. Joseph estava sem paciência e avançava quebrando parede a parede, como se fossem nada.

Kakyoin se aproximou do local, ele ficou nos telhados onde ele mantinha uma distancia que ele considerava segura, e de lá ele notou algo que o deixou espantado, aquele rapaz não só se parecia com Jotaro, ele lembrava e muito o Sr.Joestar.

Como isso era possível?

Joseph quebrou todas as paredes que encontrou, e nisso ele notou algo muito importante, o poder do soldado só funcionava a uma certa distancia. Ele então parou de avançar, pegou suas bolas de bate-bate e começou a gira-las - tanto Kakyoin quanto o soldado notaram que a velocidade do movimente era cada vez maior o e que pequenos raios apareciam.

Isso fez Kakyoin lembrar de Caesar, o rapaz tinha feito a mesma coisa quando ele mostrou Hierophant Green, porém ele nunca usou aquilo para atacar, curioso com o como aquilo podia funcionar como ataque ele se aproximou.

“Você tem sorte, em qualquer outra situação eu iria abrir sua cabeça com isso, mas essa sua habilidade me deixou curioso. Então…”

E ao falar isso Joseph arremessou não uma, mas duas bolinhas de bate-bate.

Uma ficou grudada na parede a outra deu a volta e acertou o soldado em cheio no queixo, que foi deslocado com o impacto. O soldado caiu no chão inconsciente, sua boca sangrando devido aos dentes que ele perdeu.

Joseph se aproximou. “E eu só queria um dia tranquilo com Caesarino…” Ele se virou em direção aonde Caesar foi arremessado, já se preparando para ir vê-lo e tirar uma da sua cara, quando ele notou que havia outra pessoa o observando.

Olhando para cima ele viu uma jovem de cabelos vermelhos, suas roupas eram estranhas e suas feições não eram europeias.

“Ei, você! Quem é você?”

A falta de resposta o deixou intrigado, se o rapaz não queria responde-lo, tudo bem, ele podia ir lá em cima e perguntar mais de perto.

Kakyoin olhou para o ocorrido, o ataque havia sido forte o suficiente para quase arrancar o maxilar do soldado fora, mas o jovem havia dito que poderia abrir a cabeça do homem sem problemas. Mas isso não era o mais preocupante, e sim o fato que o jovem o notou ali e para piorar resolveu ir até ele - subindo pela parede. Ele nunca viu uma pessoa fazer isso, o jovem estava subindo como se parede fosse o chão, num ângulo de 90 graus como se fosse a coisa mais normal do mundo, até que ele parou na sua frente e toda sua altura e músculos o fazia se sentir uma criança.

“Eu perguntei quem é você.”

O rapaz tinha um sorisso no rosto que não condizia com sua voz séria, Kakyoin sentiu o ar pesado assim como quando Caesar ficou irritado com o Sr.Joestar, e sem pensar ele agiu, Hierophant Green segurando os braços do rapaz a sua frente, que ao notar estar sendo preso por uma força invisível sorriu ainda mais.

“Ah! Você é igual ao soldado, viu não foi tão difícil, foi?”

E Joseph ergueu uma de suas pernas, quando Caesar apareceu do nada abraçando ele.

“Para! Ele esta comigo!”