A Mansão da Diversão escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel está de volta com mais um capítulo.

Boa leitura!



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Mais tarde, quando o céu já estava escuro, estavam todos reunidos na mesa do jantar, quando a campainha toca:

–Chaveco, atende lá pra mim?- pediu Lúcio, vendo que Chaveco havia comido quase tudo.

–Claro.- responde Chaveco.

Mas assim que ele abre a porta, se assusta ao ver homens fortes e altos acompanhando de mulheres bonitas ao lado deles.

–Pois não?- ele fala.

–Pois não o quê? Perdeu a noção de perigo?- começou um, era alto, moreno e musculoso.

–Desculpe, mas não sei do que o senhor está falando.

–Pois agora a gente vai te mostrar.- disse um outro, era alto, musculoso e loiro.

Chaveco se desesperou ao ver que eles estavam dobrando as mangas da camisa.

–Ei, o que é isso?- perguntou ele, assustado.

–Pra você aprender a não ficar paquerando a namorada dos outros!- disse o moreno, enquanto Lorenzo e Kokimoto riam disfarçadamente.

Agora desesperado, Chaveco conseguiu sair correndo pela rua, fugindo dos brutamontes, mas nem adiantou, pois eles foram atrás. Os outros, que estavam distraídos na mesa do jantar, nem viram quando Chaveco fugiu correndo até virar a esquina e os brutamontes também foram, seguidos pelas namoradas.

Após alguns minutos, Lúcio começou a sentir que Chaveco estava demorando para voltar, visto que todos já haviam acabado de jantar e o único que não estava lá era ele, que não tinha voltado ainda.

–Nossa, o Chaveco está demorando.- disse ele.

–Vai ver que quem está na porta são velhos amigos do Chaveco, aí estão jogando conversa fora.- afirmou Dona Clotilde.

–É, talvez a senhora tenha razão.

Enquanto isso, Seu Madruga está indo para o banheiro pra escovar os dentes quando vê Quico rindo e percebe que Quico está com um jornal na mão.

–Quico, eu já não falei pra você não dar importância para o que esse jornal diz por ser falso?- disse ele.

–Sim Seu Madruga, já ouvi e entendi.- falou Quico.

–E então?

–Mas é que você e a Dona Clotilde ficaram tão bem nessa foto que dá vontade de não parar de ver nunca.- disse Quico, voltando a rir.

–Como disse?

–É sim, olha só isso aqui. Pode até ser falso, mas mesmo assim você e a Bruxa do 71 formam um belo casal até de mentira!

E logo ele voltou a rir. Seu Madruga, furioso, foi até o Quico e o beliscou. Quico gritou seu velho chamado:

–Mamãe!!

E como Seu Madruga sabia que em pouco tempo Dona Florinda estaria lá pra lhe dar uma cacetada, ele, muito esperto, logo foi se retirando dali, indo para o andar de baixo, onde encontra Chaveco entrando na sala todo arrebentado.

–Meu deus. Chaveco, você está bem?- perguntou ele.

–Estou bem sim, de verdade. Só minha boca dói.- respondeu Chaveco.

–Claro, está sangrando muito. Vem, eu te ajudo.

Chaveco então, ficou sentado no sofá enquanto Seu Madruga procurava na cozinha algo para tratar do machucado dele, enquanto ele esperava, ficou perguntando a si mesmo se aquilo não teria sido um tipo de vingança de Carl e Adam, que mesmo que Chaveco não tivesse desmascarado eles, os dois sabiam que alguém da mansão havia dedurado eles com as escutas, então estavam provavelmente se vingando de todos um por um.

Passaram-se alguns minutos e Lúcio entra na sala e vê o estado de Chaveco e vai com Botijão até ele, até que a campainha toca novamente.

–Ah não, eles voltaram pra me pegar e me baterem mais!!- gritou Chaveco, desesperado.

–Calma Chaveco, a gente não vai deixar. Eu dou conta deles.- garantiu Botijão.

Mas quando Lúcio olhou pelo olho mágico da porta para conferir se eram mesmo os rapazes e ter tempo de evitar uma confusão, ele se surpreendeu ao ver que era um policial quem estava ali na porta.

–Ei, o que aconteceu?- perguntou Lúcio assustado, ao abrir a porta.

–Calma, não é nada nada disso que o senhor está pensando, só vim aqui ver se o rapaz que apanhou na esquina está bem.- disse o policial com uma voz calma e grave. Chaveco respirou aliviado ao ver que era ele quem estava ali.

–Esse policial está falando a verdade Chaveco?- perguntou Botijão.- Ele realmente mandou aqueles rapazes irem embora?

–Sim, ele mesmo.- respondeu Chaveco, se levantando.

–Prazer, eu sou Ramon.- disse o policial.

–Prazer, sou Chaveco.

–Você está bem?

–Agora sim né?

–Pode me dizer porquê eles estavam batendo em você?

–Sinceramente eu também não sei, policial. Eles simplesmente chegaram aqui e disseram que iriam me ensinar a nunca mais dar em cima da namorada dos outros.

–Mas você não fez mesmo isso?

–Não, nunca fiz isso. Nem mesmo pelo telefone.

–Então deve ter sido algum conhecido seu que fez isso. Ou pra se vingar de você, ou por brincadeira de mal-gosto mesmo.

–E põe mal-gosto nisso.

–Bom, já que está tudo bem, eu vou indo. Aqui está o meu cartão, se você precisar de ajuda, me liga que eu venho socorrer.

–Pode deixar.

–Você pode socorrer o Chaveco, mas ninguém poderá socorrer você.- disse Dona Florinda, surgindo na sala.

–Do que a senhora está falando?- perguntou Ramon.

–E ainda se disfarça para evitar um castigo né?

E a Dona Florinda lhe deu um tapa bem dado.

–Vamos tesouro, não se junte com essa gentalha!- falou ela.

–Escuta aqui minha senhora, eu posso lhe dar voz de prisão por bater em um policial e por desacato sabia?- exaltou-se Ramon.

–Não me diga que virou policial agora, de uma hora pra outra?

–Não virei, eu sempre fui, olha aqui.

Ramon mostrou seus documentos e seu distintivo de polícia, mostrando à Dona Florinda que não era mesmo ele, deixando-a envergonhada.

–Deixa ela Ramon, ela é assim mesmo, não a prenda.- pediu Botijão.

–Nada disso, ela virá comigo agora!

E ele, sem perder tempo, algemou Dona Florinda, que pensou em resistir, mas sabia que seria pior. Mas o mais assustado de todos, no caso, era Quico, que nunca imaginou ver sua mãe ser levada algemada para uma delegacia.

Assim que Ramon fechou a porta, Seu Madruga voltou à sala, finalmente, pois demorou para encontrar o kit de primeiros socorros, ficando somente Botijão, Chaveco e Seu Madruga na sala.

–Sabe o que eu acho? Deve ter sido mais uma armação daqueles dois malditos trambiqueiros do Carl e do Adam.- disse Seu Madruga.

–Com certeza foi. Ah, mas quando eu pegar eles...- disse Chaveco, mas Botijão interrompeu.

–Não, você não vai fazer nada, deixa que o Ramon resolve isso.

–Tudo bem. Tem razão.

Depois que conseguiu terminar o curativo de Chaveco, todos foram se deitar, enquanto Ramon leva Dona Florinda para a delegacia, ainda que ela estivesse com vontade de estapear Seu Madruga pelo beliscão dele em Quico, mas depois daquilo, perdeu a coragem. Ao chegar na delegacia, ela se recupera do susto e pergunta:

–O que vai acontecer comigo?

–Você vai ficar presa aqui por um tempo que eu irei definir daqui a algumas horas.

–Me perdoe, eu te confundi com um homem que adora beliscar meu filho e eu sempre lhe bato como castigo.

–Pra me confundir assim, ou esse homem é muito parecido comigo ou então a senhora que é meio cega.

–É verdade sim senhor. Olha aqui uma foto dele.

A foto era, na verdade, uma selfie que fora tirada por todos da vila pouco antes de irem à mansão, para se recordarem da vila que por muitos amaram e agora estavam deixando ela.

–Viu? O senhor se parece com ele, mas parece tanto que dá pra confundir.- disse ela.

Ramon nada disse, ficou apenas admirando aquela foto, estava praticamente chocado com a semelhança dele com Seu Madruga, sendo que realmente, Seu Madruga não era parente dele para isso, então como era possível que fossem tão idênticos? Após um longo tempo admirando aquela foto, finalmente ele absorveu que havia se enganado.

–Desculpe minha senhora, é que eu sou um policial que não gosta de errar e agora, acabei me precipitando contigo. - disse ele- Pode ir, a senhora está liberada.

–Sério mesmo?

–Sim, mas não faça isso de novo, senão a senhora volta pra cá e sem chance de liberdade.

–Obrigada seu policial.

–Vamos, te levo até sua casa.

Ainda naquela madrugada, Ramon levou Dona Florinda de volta à mansão e tocou a campainha. Quem atendeu foi Carlitos.

–Desculpe incomodar à essa hora, mas é que eu vim consertar um erro que cometi.- disse Ramon.

–Tudo bem, entre Dona Florinda.- falou Carlitos.

Então, Dona Florinda foi direto para o quarto dormir sem acordar Quico enquanto Carlitos se despedia de Ramon. Mas, durante o caminho para o quarto, ela decidiu que isso não iria passar despercebido, ela não deixaria aquilo impune, mas decidiu deixar para acertar as contas com o Seu Madruga no dia seguinte.

Na manhã seguinte, Dona Florinda contou que havia desfeito o mal-entendido e por isso, foi liberada da delegacia de madrugada. Todos comemoraram, e quando todos já estavam terminado o café, a campainha tocou e Lúcio daquela vez foi atender, pra evitar outra confusão.

–Oi vô!- disse uma menina de cabelos compridos, lisos e pretos, com um sorriso no rosto.

–Oi Aninha!- falou Lúcio, abraçando-a, depois foi apresentá-la para todos.

–Gente, essa aqui é minha neta, Ana Vitória, ela estava fazendo uma viagem e voltou hoje.- disse ele.- E ela vai passar um tempo com a gente aqui na mansão está bem?

–Sim!- todos disseram juntos e foram cumprimentar a nova moradora da grande mansão da diversão de Seu Lúcio.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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