De volta pra casa escrita por


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é para me redimir com minhas leitoras pois estou devendo cap de Rumour mas como tá dificil de terminar o cap e essa ideia me veio na cabeça ai estar.

Nos vemos la embaixo!



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Dentro daquele avião Mac Taylor provava uma mistura de sentimentos que resultava em uma enorme ansiedade lhe causando um frio no estomago, não sabia definir o que acontecia consigo, apenas ansiava estar com as pessoas mais importantes de sua vida e pelas quais lutara todos aqueles infindáveis dias.

O avião da Força Área Americana enfrentava turbulência mas não era isso que causava aquele frio na espinha do Major Mac Taylor do Corpo de Fuzileiros Navais, ainda um pouco debilitado devido ao atentado que sofrera no cumprimento de sua missão mas nem por isso um insucesso. Apesar do grave ferimento em seu peito conseguiu resgatar mais alguns soldados e chegar a base militar e ainda enviar informações para a retomada do território que o inimigo havia apoderado. O que lhe causava aquele frio na espinha foram os dias desacordados na tenda médica, sabia que não tinha o tratamento adequado e a febre todos os dias lhe acometia, foi informado que nos seus delírios chamava por dois nomes, duas mulheres.

Esses dois nomes eram o que lhe deixava vivo, finalmente depois de dias de febre devido a uma infecção que fora tratada com doses e mais doses de antibióticos e uma intervenção cirúrgica rudimentar pelo médico e amigo Tenente Coronel Sheldon Hawkes, seu corpo começava a reagir e agora estava voando de volta pra casa, não sabia mais precisar quanto tempo estava fora, os dias que passou sem dar notícias, nem queria imaginar a dor que sua mulher estava passando por conta do seu silêncio. Mas o Major não tinha permissão de fazer contato, caso o inimigo interceptasse a mensagem poderia descobrir a localização da base militar.

Agora sentado preso aquele sinto que lhe segurava dos balanços desconfortáveis daquele avião de carga ele só pensava no encontro de logo mais, nos olhos brilhantes que o esperava e pelos quais tanto lutou para rever.

E lá estava ele pisando em solo americano, foi um golpe de emoção que quase o fez chorar ali mesmo em uma pista para aviões de um comando militar aos arredores de Chicago, de lá em ele pegaria um helicóptero, ainda iria ter com seu superior hierárquico direto Coronel Sid Hammerback.

Apesar da seriedade do momento não tinha como o Major esconder a sua ansiedade afinal de contas quem estava ali a sua frente não era só o Coronel mas o amigo, o amigo Sid.

_ Parece ansioso Major. – na sala do Coronel apenas estavam os dois amigos. O meio sorriso do outro respondeu sem ter a necessidade de palavras.

A reunião tinha se estendido por tempo demais ...

_ Mac depois continuamos com isso agora vá pra casa, eu estou vendo o quanto quer ir para casa e se você está deixando isso transparecer é porque o caso é grave. – ele sorrir para o jovem Major a sua frente.

_ Estou louco para ver o rostinho de Marie, hoje é o aniversário dela. – o inevitável sorriso ainda tímido se destaca em seus lábios.

_ Quantos anos?

_ Cinco. Quando sai para essa missão estávamos planejando o aniversário dela de quatro anos e ainda parecia tão longe.

_E agora já passou e o tempo não volta. Sei bem como é isso. – sua voz saiu tristonha.

_ Estou ansioso para vê-la e ao mesmo tempo com medo. – ele suspira com o pensamento. _ Medo que a minha filha não me reconheça, medo de esquecer o rostinho dela. Nesse tempo todo eu me esforçava para lembrar sempre, pra pensar em cada detalhe, no seu sorriso, nos seus olhinhos.

_ Você já conseguiu identificar a cor dos olhos dela? – levantando uma das sobrancelhas em nítida provocação.

_ Pelo visto você anda conversando muito com a Stella.

_ Ela trouxe Marie aqui pra amolecer meu coração e poder lhe contar algo sobre você.

_ E ela conseguiu extrair alguma informação?

_Ela herdou uma técnica terrível para conseguir o que quer. – os dois riem em concordância. _ Tranquilizei o seu coração com o que podia falar. Agora vá, tem um carro à sua espera para leva-lo até a casa dos seus pais, vai ter uma festinha com os amiguinhos de sua filha. – Mac levanta-se e se põe a frente da mesa de seu superior.

_ Não vai comparecer a festinha de sua neta?

_ Ainda tenho uma reunião para tratar de outra missão.

_ Sabe que pode contar comigo.

_ Talvez já esteja na hora de se dedicar a sua família Mac, assim como se dedicou a esse país. – entregando um envelope para ele. _ Quero que pense nisso com calma. – Mac olha o envelope curioso. _Você casou com todas as honras militares mas não pode aproveitar tanto tempo quanto gostaria.

_ Sabíamos que seria assim por isso demoramos tanto a nos entender.

_ Demoraram? Achei que foi rápido demais. – Mac sorrir.

_ Com ciúmes? – arcando uma das sobrancelhas. O coronel bufa em resposta. _ Sabe que ainda há tempo para recuperar com sua filha. Deveria vir comigo, Stella e Marie iriam adorar todos reunidos.

_ Se o velho McKenna não me provocar. – eles riem.

_ Pelo que sei vai ter um monte de criança para os dois vovôs se divertirem. – Sid apenas o olha sem responder. Mac bate um pé no outro e levanta a mão em continência em respeito ao seu superior. Sid responde ao cumprimento militar e em seguida o major caminha para sai da sala.

_ Major. – quando ele abria a porta. Mac se volta para o senhor grisalho.

...

O carro preto entra na rua bem arborizada e o coração de Mac acelera em seu peito e mais uma vez naquele dia ele foi tomado por uma emoção so em estar ali, reconhecia cada canto daquela rua onde cresceu, até a vizinhança mudara pouco apenas envelheceram. Ele encara a faixada branca da casa onde morou com seus pais, podia ouvir o barulho de crianças vindo da parte detrás do imóvel, seus olhos se enchem de lagrimas e suas mãos suam frias.

_ Nervoso Major? – Sid da alguns tapinhas em suas costas.

_Feliz Coronel. – sorrindo.

_ Então vamos entrar por que estou louco pra comer os quitutes de sua mãe. Humm só de pensar na comida de Dna. Millie meu estomago da pulos. – eles riem e então os dois homens dão a volta na casa e a cada passo mais próximo o coração de Mac bate mais forte em seu peito.

As crianças ficam em silencio ao ver aqueles dois homens fardados se aproximando, Marie estava de costas brincando com uma bola, chutando para outra criança então Mac se aproxima e se ajoelha atrás dela esperando a filha virar-se e o veja. Millie que arrumava uma mesa de doces para ao perceber a falta de barulho das crianças, um garoto aponta para o outro lado e Millie o acompanha com o olhar e se emociona com o que via.

Marie não entendia o que acontecia, todos parados a olhando até ouvir o barulho de pratos caindo no chão e se assusta com isso e ao olhar para onde vinha o barulho ela ver sua mãe as lagrimas e correndo para junto dela, ela da um passo para trás um pouco assustada e esbarra em algo quando sente duas mãos a agarrando para não cair. Ao olhar seu salvador ela grita alto e pula no colo do seu pai.

_Papai!!! – ele a toma nos braços e não pode mais segurar as lagrimas, Mac levanta-se com a filha no colo e abre o braço para que sua esposa se encaixe naquele abraço também.

_ Mac!

_Amor! – os dois choravam juntos. Marie levanta o rosto que estava escondido no pescoço do pai, ela o olhava com tanto carinho ainda não acreditava que ele estava ali. As mãozinhas pequeninas da garotinha acariciavam o rosto dele e logo em seguida ela o abraça de novo.

_Mamãe ele veio, o papai veio para o meu aniversário.

_ Que coisa boa não é filha?! – Stella sorria ainda com lagrimas escorrendo pelo rosto que Mac logo as enxuga. A menina olhava a mãe e depois o pai e passa os braços pelo pescoço de um e depois do outro.

Mac olhava a filha tomado de emoção por ter a certeza que ela era igualzinha as suas lembranças, nada era diferente, o mesmo sorriso, o mesmo cabelo cacheado herdado da mãe e os olhos....aqueles mesmos olhos que cintilavam para nuances diferentes entre o verde e o azul.

_ É claro que eu tinha que vir filha. – ele dava vários beijos no rosto da menina e ela apenas ria alto, arrancando gargalhadas de todos.

_ Saudade papai.

_ Eu também meu amor. Como eu tinha saudades de você, dessa sua risada ... – fazendo cocegas na filha que dava gritinhos. - ...saudades desses seus olhinhos.

_Que são azuis. – Stella se mantinha calada até ali, ela o abraçara mas continuava observando pai e filha.

_Verdes. – arcando uma das sobrancelhas para Stella. Ela apenas rir. _Também estava morrendo de saudades de você meu amor. – a puxando para um abraço mais forte.

_ Eu também. – falando no ouvido dele o que o fez se arrepiar.

_ Papai você vai cantar os parabéns comigo, não é?

_ Claro querida mas primeiro quero tomar um banho e vestir outra roupa.

_ Então volta logo.

_ Ta bom. – ela tira o quepe que o pai usava e coloca na cabeça mas como era um pouco grande escondia seus olhos. Stella e Mac apenas riam.

_ Vá brincar com seus amiguinhos querida. – Stella a retirava dos braços de Mac e a colocava no chão. – Daqui a pouco nos reunimos pra cantar seus parabéns, ok?

_Ta. – ela já saia correndo.

_Eiii. – Stella a chamava de volta. – Não está esquecendo de nada? – se agachando pra ficar na altura da filha. A menina abre os braços e da um beijo estalado no rosto da mãe.

_ Eu quero um também. – fazendo o mesmo que Stella e se agachando. Marie se joga nos braços dele e o beija também. – Humm que gostoso! Agora vá brincar. – a menina sai correndo e se junta as outras crianças.

_ Meu filho nem acredito que está aqui. – Mac e Stella ainda estavam agachados se olhando quando a voz de Millie os fazem “acordar”.

_ Eu tinha que estar hoje aqui, não é?! – Millie o abraço e aquele mesmo amor e saudade que Mac sentia em relação a Marie, Millie tinha para com ele. – Pai! – separando-se da mãe e abraçando o senhor que só o olhava emocionado.

_Filho! – retribuindo o abraço e sendo seguido por vários tapinhas nas costas denotando a falta que o filho fazia.

_ Eu preciso de um bom banho e trocar o curativo.

_Você está machucado, filho? – a preocupação de mãe como sempre se fez presente na voz de Millie.

_Me machuquei em combate mas já estou bem.

_ Então suba meu filho, ainda tem roupas suas no seu quarto.

_Obrigado! – dando um beijo na testa dela.

_ Stella por favor leve a caixinha de primeiros socorros, eu fico aqui com as crianças não se preocupe meu bem e vá aproveitar um pouquinho seu marido.

_ Obrigada! – ela olhava emocionada a sogra e também beija-lhe a face. Ao passar por Sid que se mantinha quieto até ali para em sua frente, o sorriso se alarga na face de Stella e o mesmo acontece com o senhor grisalho vestindo todas aquelas insígnias. – Obrigada ... pai! – ao ouvir a palavra “pai” Sid se surpreende pois ela não o chamava assim há muito tempo. – Sei que foi você que o trouxe pra mim. – ele nada reponde apenas continua a encarar os belos olhos verdes de Stella, sua filha. Mas ele não consegue sustentar o olhar por muito tempo e desvia para o chão.

_Amo você, pai. – beijando-lhe a face.

_Também amo você minha filha. – acariciando o rosto dela.

...

Mac entrava em seu quarto e tudo parecia igual a sua época de solteiro mas claro algo havia mudado, algumas roupas de mulher estavam jogadas em uma cadeira e algumas presilhas infantis denunciavam que Stella e Marie haviam passado por ali mais cedo. Ele pega a blusa e aspira o seu perfume, o perfume de Stella. Ele começa a abrir aquele casaco pesado e lembra-se do envelope que Sid lhe entregara mais cedo, resgatando-o do seu bolso ele se põe a ler. A medida que seus olhos iam passando por aquela folha a emoção e surpresa foram lhe acompanhando. Naquele papel havia uma nova proposta de emprego, chefiar o laboratório de criminalista de Nova York mas não sabia se estava preparado para deixar a Marinha. Mudar de cidade, mudar de emprego, a sua formação inicial e toda sua experiência em batalhas com certeza lhe permitiria executar um ótimo trabalho mas...

Duas batidas na porta o tiraram de seus pensamentos, Stella entrara no quarto carregando uma caixinha de primeiros socorros. E ao ter seus olhos nela, ele abandonou aquela folha na escrivania e teve toda sua atenção na sua esposa.

_Como você está? – o questionando um pouco preocupada devido a revelação dele de que havia se machucado.

_Morrendo de saudades! – avançando contra ela e lhe beijando a boca como gostaria de ter feito no primeiro momento que a viu. – Como eu estava com saudades de você, do seu cheiro, do seu sorriso. Você é meu sopro de vida Stell. – acariciando o rosto dela e beijando-lhe mais uma vez.

_ Eu também estava com saudades meu amor, quase que fiquei louca nesse enorme tempo sem notícias suas.

_Desculpa eu não podia fazer contato e ainda fiquei vários dias desacordado.

_O que aconteceu Mac? – ele tira o casaco e depois a blusa branca e Stella pode ver o curativo em seu peito.

_Eu fui ferido em combate e tive que passar por uma cirurgia complicado no meio daquele campo de batalha, se não fosse pelo Dr. Hawkes e pela sua experiência eu não sei o que teria sido de mim. Nesse tempo eu só pensava em voltar pra você e pra nossa filha.

_Você está aqui agora é isso que importa. – o abraçando forte.

_ Amo você Stell. – falando em seu ouvido a fazendo arrepiar. Ele pode sentir a pele dela pontilhada e adora essa reação. – Ainda faço você se arrepiar? – a afastando para olha-la nos olhos.

_ Você sabe que sim Taylor. – seu sorriso meio tímido, meio malicioso fez Mac também sorrir. – Também sei que causo isso em você. – eles riem e mais um beijo cheio de saudades e desejo é compartilhado não conseguindo deixar para depois o tesão e o amor que estavam guardados por tanto tempo e explodem em um prazer imensurável naquela cama.

_Amor temos uma festinha de aniversário para irmos. – ela estava deitada sobre aquele peito que tanto sentia falta. – Mas aqui está tão bom. – apoiando o queixo no peito dele para olha-lo.

_Nem acredito que Marie está fazendo cinco anos. – acariciando o rosto dela.

_ Ela ta ficando cada vez mais parecida com você.

_ Ela tem o seu olhar. – passando os dedos de leve pelos olhos dela.

_ Vem vamos tomar um banho e sair dessa cama, estamos numa casa que esta cheia de crianças que a qualquer momento podem nos pegar no flagra. – eles riem e vão para o banheiro.

...

Algum tempo depois Mac e Stella voltam pra festinha com enormes sorrisos e se deparam com os dois vovôs cercados com as crianças se divertindo.

_Quem está se divertindo mais? – Mac se aproximava de Millie abraçado com Stella.

_Acho que as duas crianças grandes. – eles riem. – Podemos cantar os parabéns?

_Acho que já está na hora. Eu vou chamar a criançada. – Stella dá um selinho em Mac e se afasta.

_ Você a ama não é? – reparando no jeito que Mac olhava a esposa.

_Muito mãe. Você sabe o quanto lutei pra ter essa mulher, Sid não gostava muito da ideia do nosso namoro e nem ela mesma devido a relação complicada com o pai.

_Mas desde que vocês se conheceram foi amor à primeira vista.

_Não foi bem amor, primeiro vieram as brigas, as implicâncias, a amizade e depois o amor.

Logo eles cantam os parabéns de Marie e continuam a diversão até o final da tarde e claro que garotinha não saia do colo do pai, tudo o que queria era matar um pouco daquela enorme saudade que a ausência dele causava.

...

A tarde chegava ao fim mas a energia da criançada não, a noite já começava a despontar e os vovôs já estavam cansados sentados ao redor da mesa de doces por sorte as mamães já chegavam pra pegar os amiguinhos de Marie.

_Pronto já foram todos embora. – Stella voltava ao quintal onde Mac estava deitado numa espreguiçadeira com Marie dormindo em seu colo.

_ Mac leve Marie para o quarto, ela agora tem um quartinho na casa dos avós. – Millie dizia aquilo com tanto orgulho por ter a neta próxima.

_Eu já vou indo embora, o dia hoje foi maravilhoso. Tchau filha. – dando um beijo em Stella.

_Tchau Coronel. – ela sorrir o abraçando. – É bom te ver pai. – Sid sorrir entre os cabelos cacheados de Stella ao ouvir aquilo.

_É sempre bom te ver também minha filha. – se separando dela. Stella pega uma bandeja que ainda estava na mesa e entra na casa.

– Millie como sempre sua comida estava ótima como sempre. – Sid beija a mão dela.

_Como sempre um galanteador.

_Com a mulher dos outros? Nem pensar Hammerback, pode parar com os galanteios.

_McKenna e seu ciúmes. – Sid o provocava e o outro bufa.

_Vamos Mac vou te mostrar o quartinho de Marie. – Millie sorrir pelas provocações dos dois homens, como sempre. Mac levanta com a filha no colo e segue a mãe.

_ Sinto falta de Marie e estar com você e Millie é como se estivesse um pouco com ela. – mesmo não querendo deixar escapar a tristeza se fez presente naquele momento na voz de Sid.

_Marie e Millie eram melhores amigas, é normal que sinta isso. – McKenna tentava confortar o amigo.

_Faz tanto tempo que ela se foi mas não consigo esquecê-la nenhum dia. Fiquei tão feliz quando Stella e Mac a homenagearam colocando o nome da filha de Marie.

_Eu sei que sim. – tocando no ombro do amigo.

_Eu preciso ir. – era possível sentir a emoção na voz de Sid. – Até meu amigo. – dirigindo seu olhar ao outro que lhe sorrir timidamente. Ele juntou seu quepe que estava jogado no chão e partiu.

_Filho que bom que está aqui, preciso conversar um pouco com você. – entrando na cozinha e se deparando com Mac e Stella conversando com Millie.

_Claro pai. – ele o acompanha até a sala.

_Filho estamos muito feliz que voltou, dessa vez você passou muito tempo sem dar notícias não teve como não pensar o pior. – Mac senta no sofá enquanto seu pai senta em uma poltrona macia e confortável.

_Eu sei pai mas não tive como entrar em contato, sabe que quando estamos em missão muitas vezes isso é proibido ou podemos ficar em risco.

_Eu sei. – ele respira fundo. – Sid me falou da sua nova proposta de emprego. – agora foi a vez de Mac respirar fundo.

_Pai é complicado.

_Não estou dizendo que não é, só estou dizendo que pense bem. Sua filha perguntou inúmeras vezes por você. – não teve como os olhos de Mac se encherem de lagrimas. – Sabia que a carreira de Stella está indo muito bem?

_ Não tivemos muito tempo para conversar.

_ A compania de dança pela qual trabalha é muito boa mas ainda é muito pequena para os talentos de Stella, ela recebeu uma proposta de uma companhia internacional mas não aceitou por causa de Marie, a menina já estava longe do pai seria injusto ficar longe mãe mas o grande sonho de Stell é montar a sua própria escola de dança e numa cidade como Nova York teria mais chances.

_Prometo que vou pensar bem.

...

No meio da noite Marie entra no quarto dos pais e sobe em cima da cama.

_Pai, pai. – eles acordam, Stella liga a luz de cabeceira.

_O que foi filha? – Mac a olhava preocupado a vendo enxugar o rosto.

_Marie querida o que aconteceu? – tomando a filha para seus braços.

_Papai você não vai mais embora, não é? – saindo dos braços de Stella e se jogando nos braços dele.

_Não querida eu não vou. – ele acalentava a filha certo do que dizia. Stella o olhava sabendo que o que Mac dizia era apenas para confortar a filha. – Agora vamos dormir querida.

_Posso dormir aqui?

_Claro meu amor. – Stella arruma as cobertas e a filha se mete debaixo.

....

Na manhã seguinte Marie acredita que acordou primeiro que seus pais, ela levanta devagarinho da cama e sai do quarto, Mac fingia estar de olhos fechados mas prestava muita atenção na filha pela hora sabia que sua mãe estava acordada e com certeza cuidaria da menina. Ele queria aquele tempinho para aproveitar mais um pouco sua esposa mas ao vê-la dormir serenamente não ousou acorda-la apenas velava seu sono, acariciou-lhe o rosto, como era linda até mesmo dormindo e como sentiu falta desse contato. Mac beijou-lhe a testa e a trouxe para seu peito e ela se aconchegou se sentindo protegida.

Marie chegava na cozinha chamando pela avó.

_Vovó, vovó!

_Oi meu amor.

_Eu quero fazer uma surpresa para os meus pais.

_O que você quer fazer? – a colocando em seu colo. McKenna apenas sorria vendo a neta com o cabelo bagunçado no colo da avó.

_ Me ajuda a fazer um café da manhã e lavar pra eles?

_Ajudo minha querida.

_Da onde essa menina tira essas ideias?

_Daqui vovô. – apontando para a própria cabeça.

_Agora vem dá um beijo no vovô. – ela desce do colo da avó e corre para ele que já estava de braços abertos.

...

Millie entrava sorrateiramente no quarto do casal carregando uma bandeja junto com Marie, a menina logo gesticula para avó não fazer barulho.

_Shiii! – colocando o dedinho na boca.

_Você vai acordá-los? – falando baixinho. A menina só gesticula com a cabeça que sim. Millie deixa o quarto e Marie sobe na cama e começa a pular freneticamente. – Bom dia, bom dia! Acorda papai! Acorda mamãe!

_Marie o que está fazendo? – Stella acorda meio zonza com o que a garotinha fazia.

_Estou acordando vocês. – sentando na cama. – Olha o que preparei pra vocês. – apontando para a bandeja que estava no criado mudo.

_Você que preparou querida? – Mac a questiona desconfiado. Ela apenas rir.

_ A vovó me ajudou.

_A vovó ajudou? – rindo também, ele começa a fazer cocegas nela que deitou na cama rindo. – Agora vamos fazer cocegas na mamãe. Mac e Marie já avançavam contra Stella a fazendo rir.

_Chega, chega! – eles param. – Vamos tomar o nosso café.

Aquele começo de manhã estava mais do que animado naquele quarto, ainda tinham muita felicidade para botar em dias.

_Agora mocinha vamos tomar um banho. – Stella vestia seu hobby enquanto a menina se agarrava ao pai para fugir daquela tarefa. – Não adianta se esconder no colo do seu pai, pode vir aqui. – ela a tomava nos braços.

_Mas mãe está tão bom aqui. – a menina cruzava as pernas na cintura de Stella.

_Daqui a pouco você volta ou você vai virar uma porquinha, hein? – fazendo barulhinhos para a menina que rir.

_Eu não quero uma filha porquinha.

_Eu não sou porquinha. – fazendo um biquinho emburrado tirando assim risadas de Stella e Mac.

_Eu vou da um banho nela querido e já volto. – Mac saia da cama.

_Tudo bem, eu tenho que fazer uma ligação e também vou tomar um banho.

_Ligação tão cedo? – já imaginando que seria trabalho para seu marido e não teve como uma pontinha de tristeza vir brotar em seus olhos. Mac percebe mas antes que pudesse dizer alguma coisa Stella já saia com Marie nos braços.

...

Stella volta ao quarto agora sem Marie que foi ficar com seus avós, Mac estava no banheiro e ela começava a recolher os copos que estavam espalhados e coloca na bandeja mas uma certa folha de papel estava solta na escrivania cai no chão e ela pega para guardar mas uma passada rápida de olhos por aquela folha chamou sua atenção.

_Stell que bom que estar aqui, preciso conversar com você. – ele entrava no quarto com um toalha presa a sua cintura e com outra enxugava os cabelos. Ela continuava de costas mas ao virar-se Mac pode perceber os olhos dela emocionados. – O que...- ele repara que Stella segurava uma folha.

_Isso é verdade Mac? O que você falou ontem a noite sobre ficar era tudo verdade?

_Eu espera resolver junto com você mas diante do pedido de Marie ontem não tenho mais dúvidas, meu lugar é ao lado de vocês duas. – Stella se joga nos braços do marido o abraçando forte.

_Não acredito nisso meu amor! – se separando do abraço.

_Você está disposta a mudar de cidade? – a seriedade na expressão dele e principalmente em sua voz fez Stella perceber que ele ainda estava inseguro.

_Estar ao seu lado é o que importar meu amor, eu só quero nossa família junta, eu, você e a nossa filha. – ele sorrir orgulhoso da esposa que tinha ao seu lado.

_E os próximos filhos que virão. – eles riem. – Amo você Stella, muito. – eles se beijam mais do que apaixonados, completos e dispostos a serem felizes sempre.

Logo aquele beijo calmo evoluiu para algo mais caloroso, as batida descompassadas dos corações denunciavam o quanto o contato dos corpos era desejado, as mãos de Mac já desfazia o laço que prendia o hobby dela e logo a camisola que estava por baixo ficou pelo chão, em um movimento rápido Stella logo se desfez da toalha que teimava em atrapalhar e já estava no chão fazendo companhia as suas vestimentas. E mais uma vez naquela cama se entregam ao amor, aos desejos do coração e da carne.

_Mac vem levanta nós somos loucos. – rindo. Ela se enrola no lençol e sai da cama.

_O que foi? – ele a abraçava por trás.

_Amor nós estamos na casa dos seus pais, Marie está zanzando pela casa daqui a pouco ela entra aqui.

_Então vamos tomar banho. – puxando o lençol e a deixando completamente nua.

_Mac! – o repreendendo.

_Fiu fiu! – a olhando de cima a baixo com um sorriso malicioso.

_Você disse banho. – indo para o banheiro.

_Exatamente! - indo atrás dela.

Eles aproveitavam a ducha de água quente quando ouvem algumas batidas na porta.

_Papai, mamãe vocês estão ai?

_Oi querida! – empurrando Mac, ele apenas rir.

_A vovó ta chamando.

_Já estamos indo. – Stella continuava a empurrar Mac mas ele insistia em beija-la. – Mac espera. – falando mais baixo.

_O papai está aí momy?

_Estou querida, vai descendo que já chegamos.

_Ta bom. – ele sorrir vitorioso para Stella.

_Você não tem jeito. – rindo.

....

_Bom dia! – Mac e Stella se juntavam a Millie que estava sentada a mesa no quintal da casa prestando atenção na neta que brincava.

_Bom dia filho. – Millie recebia um beijo do filho e da nora.

_Papai! – ela abandona a bola que brincava e corre para ele.

_Oi amor. – a tomando nos braços. A companhia toca e logo McKenna e Sid chegavam também ao quintal.

_Bom dia! – Sid cumprimentava a todos.

_Bom dia pai! – dando um beijo no rosto dele.

_Vovô! – se remexendo no colo de Mac para ir ao chão.

_Oi minha querida! – Sid se agacha e Marie se joga nos braços dele. – Que beijinho gostoso. Bom eu vim até aqui me despedir de vocês.

_Vai viajar vovô?

_Vou minha querida.

_Missão especial? – Stella fala um pouco sarcástica.

_Uma missão complicada, vou para Washington terei que responder aos meus superiores sobre a missão de Beirute. – Mac se sente desconfortável ao ouvir. Aquela havia sido sua última missão da qual saíra com uma cicatriz no peito de um ferimento que quase lhe tira a vida.

_Algo que eu possa fazer? – logo o sentimento de dever e o lema dos marines vem à tona para Mac, “um mariner nunca deixa outro para trás.”

_Não se preocupe Major são apenas desdobramentos da missão que foi um sucesso. – o coronel sorrir tirando qualquer preocupação que pairasse sobre Mac.

_Já vai tarde. – eles riem do jeito ranzinza de McKenna mas todos sabiam que era apenas uma faixada.

_Vou aproveitar que estão todos juntos para dá uma notícia. – Stella olhava orgulhosa o marido que estava prestes a dar uma grande notícia para ela.

_O que foi filho? – Millie se mostrava um pouco preocupada.

_Eu vou sair da Marinha e aceitar uma nova proposta de emprego.

_Você pensou bem filho? – McKenna o questiona um pouco preocupado.

_Pensei sim pai, preciso ficar com a minha família mas vamos ter que nos mudar o mais rápido possível.

_Por que precisa ser assim tão rápido?

_Não fica com essa carinha Millie sempre trarei sua netinha aqui. – Stella beija o rosto da sogra.

_Liguei hoje mesmo para Nova York e estão só me esperando.

_Eu te amo vovó! – correndo para a senhora que já estava emocionada.

_Também amo você meu amor.

_Então quer dizer que posso dar baixa na sua saída Major?

_Pode Coronel, essa será a última vez que o cumprimentarei assim. – ele bate continência para seu superior e depois eles se abraçam.

_Fico muito feliz por vocês, não sei se suportaria ver o sofrimento nos olhos dela de novo quando se ausentasse em mais uma missão.

_Nem eu sei se suportaria ficar longe. – eles se separam do abraço.

Um capítulo do livro da vida estava sendo encerrada e outra estava prestes a ser escrita por aquela família, o que virá nos próximos capítulos? Só o futuro dirá.


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Notas finais do capítulo

Bom essa ideia me veio depois de assistir um video daqueles onde um veterano de guerra americano volta pra casa depois de tanto tempo em combate, no video que vi muitos apareciam de surpresa para ver os filhos.
Aqui estar o video que me emociounou e originou essa fic.

https://www.youtube.com/watch?v=VqUh-gkyCAI

Bom como puderam perceber não marquei como concluida pq pode ter um segundo cap.
Bjos a tds