Dia 1 — Prólogo

Anna caminhou lentamente até a porta de madeira velha da última casa do bairro, era noite das bruxas, e como sempre; ela e seus amigos saíam para pegar doces e guloseimas.

Tinha boatos que aquela casa era mal frequentada pelos moradores do bairro, nunca recebeu nada, cartas, contas, absolutamente nada.

Era como se ela não existia, mas existia. De uma maneira diferente, a população excluía aquela casa por algum motivo.

O Qual, é claro, Anna não deixou passar. Era a oportunidade de finalmente ganhar seu cargo de Jornalista estudantil, já que o cargo de representante já fora ocupado.

—Daphne, tem certeza que não quer bater?—Anna indagou, arrumando seus cabelos azulados não naturais, vendo a menor negar.

—Nana, para de ser cagona e bate nessa porta logo! Ela já disse que não quer porra!—Exclamou irritada, Camila, ou apenas Cammy. A Mais nova do grupo, mas a mais brava e medonha dos quinze.

—Ai tá bom, tá bom. Você venceu, sua chata.—Levantou as mãos em forma de rendição, e finalmente tocará a campainha. Nada. Tentou de novo, de novo, e de novo. E Nada outra vez.

Já estavam desistindo, se a porta não abrisse e fizesse um barulho de rangido, como se fosse velha. E Era.

Engoliram em seco, e em passos lentos caminharam em direção ao centro da casa, adentrando-a.

Agora não tinha mais volta.

O Jogo começou.

—O..Olá?—Julia quebrou o silêncio que ficou por minutos, que pareciam séculos. Ninguém respondeu á morena, fazendo os pêlos do corpo de todos ali dentro se arrepiarem.

A Casa era velha e escura, fedia á carne podre, a sala era escura, mas eles sentiam que tinham mais alguém que eles ali.

E Tinha.

O Jogo realmente começou.