As Crônicas de Skarion escrita por Dan Skarion
Dan sentia-se cansado como nunca antes. Seus braços teimavam em lutar contra a vontade de levantá-los e suas pálpebras não queriam se abrir. Tudo estava escuro e o garoto lembrava apenas de ameaçar os guardas no beco.
Subitamente, seus olhos se abrem e sua mente clareia. Ele lembra de todos os que matou e da forma que o fez, como um choque. Na mesma hora, vê ao seu lado seus dois amigos e um velho estranho com uma grande cicatriz no rosto.
— Dan! Você está bem? - perguntou Max.
Dan sentou-se na mesa, com a mão esquerda a tapar o rosto. Em parte por causa da claridade a qual ainda estava se acostumando, mas em parte também por não conseguir encarar ninguém após seus atos.
— Escute garoto - disse Rodrik - vocês tem que decidir o que fazer. E rápido. Não se pode confiar em ninguém. Logo até o Rei saberá o que aconteceu aqui.
Kress olhou-o com estranheza e disse:
— Então por quê devemos confiar em você?
— Porque salvei seu amigo e estou lhe oferecendo um caminho alternativo para esse plano idiota de vocês. se vocês quiserem sobreviver fora dos muros de sua preciosa Marint vão precisar de aliados e de um lugar onde possam ficar, seus idiotas.
Dan então levantou o rosto e disse:
— O que você sugere então, velho?
— Me chame de Rodrik garoto. Eu salvei sua vida, então você devia ser mais grato. Enfim, o que sugiro é que vocês se juntem à Resistência. Vocês já vão estar sendo procurados se qualquer maneira. Pelo menos dêem um propósito a isso.
Os três amigos se entreolharam, sem saber o que responder. Dan então se levantou e disse:
— Amigos, eu ainda nem sei o que está acontecendo comigo. Também não sei o quanto conseguiremos sobreviver aqui fora só com nossas habilidades. Precisamos de um lugar para ficar, mas precisamos principalmente conhecer pessoas de confiança. Se para isso tivermos que lutar contra o nosso Rei, estou disposto.
Kress e Max assentiram brevemente. Realmente, eles não tinham muitas opções. Rodrik se aproximou e perguntou então se sabiam o porque da luta da Resistência. Os garotos responderam com uma negativa.
— Bom, tenho certeza que seus bons Mestres em Flint lhes disseram que a Resistência não passa de um bando desorganizado de ladrões e salteadores que buscam quebrar a linda paz do reino, não é? - os três assentiram - Pois bem, a verdade é que a Resistência é a tentativa legítima de colocar a verdadeira monarca de volta no trono. Enquanto isso, nosso "Rei" - Rodrik disse com sarcasmo - deixa seus cidadãos morrerem de fome e doença nas cidades longe das capitais. Vocês verão isso. Enquanto ele luta para manter seu trono ilegítimo, a população sangra. Então, vocês entrarão para a Resistência?
— Não temos muita opção. Como faremos isso? - disse Kress.
Rodrik foi então até o balcão da estalagem e serviu-se com uma caneca de cerveja, dizendo:
— Se estão realmente dispostos, eu lhes direi o que fazer. Vão até a vila de Falgar e entrem na estalagem Espinho Real. Lá, vocês encontrarão um homem chamado Rybon. Ele lhes dará mais informações. Digam que Rodrik os enviou.
Rodrik então foi até a porta da estalagem, abriu-a e saiu, deixando os amigos sozinhos.
— Dan, como você está? - disse Kress.
— Bem, eu acho, embora eu esteja me sentindo terrivelmente abatido. Kress, o que foi que eu fiz? - Dan disse, com uma expressão assustada.
— Tente não pensar nisso como algo ruim. Você impediu o estupro de uma jovem.
— Mas matei toda uma guarnição.
— E eles teriam te matado também. Não se culpe. Culpe o desgraçado que permitia esse tipo de coisa. E antes que pergunte, ele já está morto também.
Eles então se levantaram e Max perguntou:
— Para Falgar então?
— Creio que sim - disse Kress - temos que ser rápidos. Logo o pessoal de Flint pode estar aqui.
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