A Vingança escrita por mazu


Capítulo 10
Esconderijo secreto.


Notas iniciais do capítulo

Olá delicinhas! :3 Então, desculpem por eu não ter postado na quarta-feira, estava sem criatividade e com alguns probleminhas. Mas estou de volta. Beijos.



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Quando termino de descer as escadas as minhas pernas e braços doem muito mas eu ignoro a sensação e começo a olhar ao redor.
Havia apenas um longo corredor com piso de cimento e paredes de aço. Haviam também umas listras no chão, parecidas com essas marcas que tem nas estradas para dividir a pista mas logo percebo que são setas. Ren começa a nos guiar pelo extenso corredor e eu começo a ouvir uma música tocando muito alto.
Depois de alguns segundos eu vejo uma porta ao lado esquerdo do corredor, Ren a abre e eu espero Erin passar pra depois entrar.
Quando entro vejo Mina sentada num sofá de couro com uma metralhadora na mão, ela estava limpando a arma. A música vinha dali, um aparelho de som enorme estava no canto da sala. Aquele lugar se assemelhava muito a uma biblioteca, mas não eram livros que estavam guardados alí e sim armas. Haviam espingardas, metralhadoras, pistolas e até (eu juro) explosivos naquele lugar, guardados em enormes prateleiras que rodavam o quarto inteiro. No centro haviam 3 sofás de couro, um tapete e uma mesa de centro de vidro. No canto havia o aparelho de som e 10 caixas gigantes. Eu ando até elas e as abro, estão todas lotadas de tipos diferentes de munições.
–Nossa... Chiro Yamada estava bem louco, hein? -Erin diz e dá uma risadinha nervosa.
–Eu que o diga. -Mina diz e se levanta do sofá.
–Hey Hiroshi! Achei algo que você vai gostar. -Ren diz e eu me viro na direção dele, ele estava segurando uma motosserra vermelha.
–Porque eu ia gostar de uma coisa dessa? -Pergunto erguendo uma das sombrancelhas.
–Ah fala sério. É a sua cara, um acessório de um louco varrido. Bingo! Temos uma chacina. -Ele diz e as meninas começam a rir junto com ele.
–Não tem graça alguma, eu não sou louco varrido. A vida é que foi muito dura comigo. -Digo ficando vermelho e pego a motossera.
Ela é mais pesada que parece então quando eu a pego quase deixo-a cair no chão.
–Mas porque vocês estão pegando essas armas? Não vão me dizer que...-Antes de eu concluir a frase Mina corre na minha direção e agarra o meu pescoço.
–VOCÊ É DOENTE, MARUYAMA! ELE MATOU MINHA IRMÃ, TE MACHUCOU, SEQUESTROU A ERIN E QUER MATAR TODOS NÓS... PORQUE VOCÊ NÃO VÊ? ELE NÃO É MAIS SEU IRMÃO QUERIDO. ELE É UM LOUCO QUE PRECISAMOS DAR UM JEITO SE NÃO LOGO VAMOS ACABAR SENDO MORTOS.
–MINA PARA! FAZER ISSO N...
–FI...CA NA SUA AI... ERIN. -Eu a interrompo com dificuldade porque Mina está apertando meu pescoço com muita força.
–Mina... Para por favor. -Ren pede colocando uma das mãos num dos ombros dela.
Ela solta um grunhido e me larga, eu caio em cheio no chão.
–Não podemos matá-lo...porque... Ryo quer que o levemos...para conversar com ele. -Digo fazendo pausas pra recuperar o fôlego.
–Como assim? -Ren pergunta arregalando os olhos.
–Ele entrou em contato comigo e com Erin, ele disse... Que se não prendermos o Seiji para que o Ryo possa conversar com ele... Seiji nunca vai parar de nos perseguir. -Digo e me arrasto pra trás pra poder me encostar na parede.
–MERDA, MERDA, MERDA! -Mina começa a gritar e dá um chute na mesa de centro que vai pra longe com o impacto.
–... Então já que essa é a única solução. -Ren diz e pega uma corda bem grossa em uma das prateleiras.
Quando ele pega a corda eu olho pra motosserra caída ao meu lado e não sei porque acabo pensando em Shinji e Elizabeth. Me bate um desespero e eu levanto as pressas pegando a motosserra.
–O que foi, Hiroshi? -Ren pergunta.
–SHINJI E ELIZABETH. -Grito no desespero.
–MEU DEUS É MESMO. -Erin grita e eu saio daquela sala correndo.
Quando chego na escada eu começo a tentar arrumar um plano pra subir com a motosserra. Depois de um tempinho eu decido que 0 plano é melhor e começo a subir desajeitadamente a escada carregando aquilo.
Acabo demorando um tempo maior pra subir. Quando finalmente chego eu saio do quartinho e vejo a escada pro sotão abaixada, talvez Seiji já tenha ido embora e eles saíram pra trancar a casa. Desço os andares procurando eles em todos os cômodos e quando chego no primeiro andar meus batimentos cardíacos quase zeram. Havia uma enorme poça de sangue na frente da porta principal (ou do que sobrou dela já que Seiji a quebrou inteira) e o bastão de baseball de Seiji estava jogado em cima da poça.
Saio da casa e olho ao redor, mais sangue pela grama.
–SHINJI. -Grito o mais alto que consigo e fico em silêncio, esperando uma resposta.
–ELIZABETH. -Grito e nenhuma resposta novamente.
Largo a motosserra e caio de joelhos no chão, eu não posso acreditar. Tenho que ter fé de que aquele sangue não é de nenhum dos dois e de que eles estão bem. Enquanto fico tentando me acalmar cenas horríveis de Seiji torturando Shinji e Lizzie começam a passar na minha cabeça. NÃO É VERDADE. NÃO É VERDADE.
–HIROSHI? O QUE FOI? -Escuto Erin gritar atrás de mim e logo ela, Ren e Mina estão do meu lado.
–... Seiji levou eles.
–O QUÊ? PRA ONDE E... AI MEU DEUS! -Ren grita ao ver as poças de sangue espalhadas pela grama.
Me levanto, pego a motosserra e começo a andar reto. Não importa, se eu precisar andar por essa fazenda inteira eu andarei, porque eu vou encontrar Shinji e Elizabeth, custe o que custar.
–O que você vai fazer, Maruyama? -Mina pergunta e eu me viro pra ela.
–Vou salvar meus amigos.
–Ah, então você vai atrás dele... Pra ser morto né?! Escuta aqui...
–NÃO! ESCUTA AQUI VOCÊ. VOCÊ PERDEU A SUA IRMÃ? POIS É, EU TAMBÉM PERDI MEU IRMÃO E O OUTRO AGORA VIROU UM LOUCO QUE QUER MATAR AS PESSOAS... MAS SABE DE UMA COISA? VOCÊ PERDEU SUA IRMÃ MAS AINDA TEM MÃE, PAI, AVÓ E OS CACETE A 4. E EU? EU TENHO O QUE? O MAIS PRÓXIMO DE FAMÍLIA QUE EU TENHO É A MINHA NAMORADA E UM PAPAGAIO CHAMADO NAPOLEÃO ENTÃO PARA DE SE FAZER DE VÍTIMA E ACHAR QUE MANDA EM TUDO. -Grito já sem paciência e volto a andar.
–Vão pra dentro, eu e o Hiroshi vamos procurá-los. -Escuto Ren dizer, as meninas entram e ele começa a me acompanhar.
–Eu vou pelo lado esquerdo e você pelo direito... Nos encontramos na porteira certo? -Ele me pergunta enquanto recarregava a metralhadora que estava segurando e eu balanço a cabeça positivamente.
–Certo então! Qualquer coisa grita.
–Você também.
Nos separamos e começamos a nossa busca. Eu não vou parar enquanto eu não achar Shinji e Elizabeth.

Continua...


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