Just One Look escrita por laissmania


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que faz mega muito tempo que não posto, mais não conseigo achar mais inspiração pra escrevê-la, portanto... Me desculpem. Enfim, esse capitulo saiu faz muito tempo, espero que gostem, e nem sei se terá próximo capitulo, bom é isso haha ;@



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Chegando lá, cumprimentei meus amigos, a aniversariante, conversei muito com ela, pois fazia muito tempo que não nos víamos, e então meio sem querer ficava procurando ele, sempre alerta mais não muito chamativa. Era incontrolável, era instintivamente, aonde quer que ele estivesse nessa festa, eu queria encontra-lo.

Não era festa a fantasia, eu estava de vestido preto, uma sandália prata de salto e cabelo solto.

Dancei a festa toda com meus amigos, apesar de estar meio desanimada eu sempre sorria, para não desapontar minha amiga.

-          Ao nosso aniversário? -  eu ri e ergui meu copo.

-          Ao nosso aniversário! – ela riu comigo, e então brindou o copo.

Bebi um gole, sorri de leve pra ela e então começou a tocar Weezer–Island In The Sun. Olhei pro lado, vi todos se divertindo e então me deu falta de ar. Estar ali, aquela musica...

-          Licencinha – Sai andando até o gramado ao lado do salão.

-          DUDA! – Gustavo gritou e saiu correndo atrás de mim. – espera!

Quando percebi, eu estava quase correndo, uma lagrima já tinha escapado, sem entender o motivo dela limpei-a com a mão, então o Gustavo puxou meu braço.

-          Preciso ficar sozinha um pouco Gu... – me virei pra ele, e entrei em choque ao perceber que não era ele.

Fiquei olhando para aquele rosto imóvel, as palavras queriam sair, mais minha boca não deixava.

-          Te procurei até onde Deus possa duvidar... – Disse ele.

Eu ainda fiquei calada ouvindo aquela sinfonia aos meus ouvidos. Fazia tanto tempo que não ouvia aquela melodia... Os olhos que jamais esqueci!

-          Duda?

-          Eu... não sei teu nome. – Eu disse gagueijando.

-          Felipe.

-          Felipe!

Eu ainda estava em choque, fazia um ano que não o via, e ele ficava cada vez mais lindo.

-          Quanto tempo... – Ele sorriu, e fitava meus olhos como na primeira vez.

Então, uma garota veio até nos dois, e pôs-se do lado dele.

-          Fêê... Ah! Olá – Ela sorriu bem de leve, quase como se não quisesse sorrir.

-          Natalia! – Ele soltou meu braço. – Essa é Duda! Uma... Amiga, uma velha amiga. – ele olhou pra baixo.

Sorri tentando segurar meu coração dentro do meu peito que parecia explodir de raiva. Ela sorriu de volta.

-          Bem... – Eu disse quase gaguejando, pigarreei, e fechei minhas mãos apertando-as forte demais – Foi bom ter te reencontrado Fê... – Fiz uma careta ao pronunciar o nome.- Se me derem licença...

Sai dali rápido, como se estivesse ocupada com alguma coisa. A ultima coisa que vi foi o rosto dele olhando pra mim como que se desculpasse.

Queria sair dali, ir pra algum lugar longe da vista dele. Então fui andando rápido até lá fora, sentei na muretinha e tentava me recompor. Algumas lágrimas escorriam do meu rosto. Limpei-as rapidamente e fiquei olhando para o céu. Não entendia o porque de eu estar assim, ele é apenas um garoto. E justo eu? A Eduarda sem coração, que nunca ligou pra amores ou coisa assim. E então contos de fadas pareciam realidade quando eu o conheci, não fazia sentido, não fazia sentido... O que estava acontecendo comigo?

Alguns minutos depois, ou foram horas? Bem, meu celular começou a vibrar, e as luizinhas se acenderam. Gu tinha mandado uma mensagem... “Cadê você Duda? Ta tudo bem?”. Peguei o celular, mordi minha boca, olhei pra lua, quase gritei pra ela me ajudar a como encarar essa situação, porque na verdade, a culpa disso é toda dela, então reuni coragem pra voltar pra festa.

Ao entrar no recinto, Gustavo veio em minha direção, olhou pra mim, visualizou meus olhos inchados e meu nariz vermelho, fez uma cara de pai preocupado, e então avistei Felipe do outro lado do salão sentado no mesmo lugar em que o vi na noite da primeira festa, estava ao lado da garota, que estava entretida em uma conversa com outra ao lado, ele me olhava diretamente, nem sequer disfarçava. Eu abaixei a cabeça, mordi meu lábio, fechei os olhos e respirei fundo, abri os olhos devagar e olhei para o Gustavo.

-          Tem certeza que está bem?

Continuei fitando ele. Assenti e então passei o braço envolta de sua cintura, andando até onde estava nossos amigos.

-          Preciso me distrair... Só isso!

-          Certeza?

-          Se perguntar “certeza” de novo posso mudar de idéia e ir pra casa à pé. – Então soltei ele e fui ao encontro das minhas  antigas amigas, e me entreti em uma conversa animada com elas.

E então, por mais que tentasse me distrair, eu sem querer olhava pra ele, e a garganta fechava, o peito gritava, mais minha mente dizia pra ficarem quietos.

Até o momento em que de tanto falar com as meninas fui buscar água, e olhei pra mureta, onde estive a alguns minutos. Lá estava ele, me fitando sem disfarçar, o garoto que tirara minhas noites de sono, o imbecil que me hipnotizou com um olhar...

Peguei minha água com o garçom, e me sentei ao seu lado.

- Não deveria estar sentado aqui sozinho – Tentei olhá-lo, mais apenas cheguei até seu queixo e voltei a olhar para minha água.

- Não estou... - Ele segurou minha mão apertando-a sobre a garrafinha – Você está aqui.

Então olhei para aqueles olhos lindos a qual me apaixonei, prendi a respiração e por mais que quisesse agarrá-lo, beijá-lo e fugir com aquele imbecil, meus únicos sentidos de realidade vieram à tona, soltei sua mão e respirei fundo:

-  Porque está fazendo isso?

-  Isso o que? – Ele se aproximou...

-  Isso! – Me levantei e voltei a fita-lo – Você tem um poder sobrenatural sobre mim, eu não sei dizer ao certo, mais eu não posso... Não devo. Você tem namorada e não sabe o que faz...

-  Quem disse que ela é minha namorada? – Ele se levantou também, segurou minhas duas mãos, nem fiz menção em soltá-las, esperei tempo demais pelo seu toque.

-  Mas... – ele interrompeu.

-  Não é minha namorada, não exatamente... Nós só estávamos saindo e... – Ele apertou minhas mãos e intensificou seu olhar sobre mim. – Depois que eu te vi esta noite eu percebi que não quero estar com ninguém que não seja você.

-  Isso é... – Meu coração disparou, a respiração se intensificou e meus joelhos davam sinal de não estarem funcionando corretamente, mais a sensação de loucura logo passou – Isso é loucura Felipe! Nem ao menos seu nome eu sei direito, eu moro à horas daqui, quase não tenho tempo pra diversão – Dei um passo para trás – Tenho meus trabalhos e a loja da minha mãe pra cuidar, nem venho mais pra cá a anos, como poderei...

Um movimento inesperado e quando vi estava sendo beijada. Por mais que tentasse era inevitável não beijá-lo, era impossível deixar de tocá-lo:

-  Por favor, apenas fique quieta um momento.

Mordi minha boca, imbecil! Queria chingá-lo, ninguém me manda ficar quieta, mais se isso fosse ocupar minha boca com a dele estava tudo bem...

-  Eu não posso perdê-la Duda, não posso ficar sofrendo lembrando do seu cheiro e esse sorriso maravilhoso que me faz estremecer...

Eu sorri como não sorria a tempos, olhei para aqueles lindos e encantadores olhos e o beijei, era ele e mais ninguém poderia me fazer feliz assim.


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