Just One Look escrita por laissmania
Notas iniciais do capítulo
Eu sei que faz mega muito tempo que não posto, mais não conseigo achar mais inspiração pra escrevê-la, portanto... Me desculpem. Enfim, esse capitulo saiu faz muito tempo, espero que gostem, e nem sei se terá próximo capitulo, bom é isso haha ;@
Chegando lá, cumprimentei meus amigos, a aniversariante, conversei muito com ela, pois fazia muito tempo que não nos víamos, e então meio sem querer ficava procurando ele, sempre alerta mais não muito chamativa. Era incontrolável, era instintivamente, aonde quer que ele estivesse nessa festa, eu queria encontra-lo.
Não era festa a fantasia, eu estava de vestido preto, uma sandália prata de salto e cabelo solto.
Dancei a festa toda com meus amigos, apesar de estar meio desanimada eu sempre sorria, para não desapontar minha amiga.
- Ao nosso aniversário? - eu ri e ergui meu copo.
- Ao nosso aniversário! – ela riu comigo, e então brindou o copo.
Bebi um gole, sorri de leve pra ela e então começou a tocar Weezer–Island In The Sun. Olhei pro lado, vi todos se divertindo e então me deu falta de ar. Estar ali, aquela musica...
- Licencinha – Sai andando até o gramado ao lado do salão.
- DUDA! – Gustavo gritou e saiu correndo atrás de mim. – espera!
Quando percebi, eu estava quase correndo, uma lagrima já tinha escapado, sem entender o motivo dela limpei-a com a mão, então o Gustavo puxou meu braço.
- Preciso ficar sozinha um pouco Gu... – me virei pra ele, e entrei em choque ao perceber que não era ele.
Fiquei olhando para aquele rosto imóvel, as palavras queriam sair, mais minha boca não deixava.
- Te procurei até onde Deus possa duvidar... – Disse ele.
Eu ainda fiquei calada ouvindo aquela sinfonia aos meus ouvidos. Fazia tanto tempo que não ouvia aquela melodia... Os olhos que jamais esqueci!
- Duda?
- Eu... não sei teu nome. – Eu disse gagueijando.
- Felipe.
- Felipe!
Eu ainda estava em choque, fazia um ano que não o via, e ele ficava cada vez mais lindo.
- Quanto tempo... – Ele sorriu, e fitava meus olhos como na primeira vez.
Então, uma garota veio até nos dois, e pôs-se do lado dele.
- Fêê... Ah! Olá – Ela sorriu bem de leve, quase como se não quisesse sorrir.
- Natalia! – Ele soltou meu braço. – Essa é Duda! Uma... Amiga, uma velha amiga. – ele olhou pra baixo.
Sorri tentando segurar meu coração dentro do meu peito que parecia explodir de raiva. Ela sorriu de volta.
- Bem... – Eu disse quase gaguejando, pigarreei, e fechei minhas mãos apertando-as forte demais – Foi bom ter te reencontrado Fê... – Fiz uma careta ao pronunciar o nome.- Se me derem licença...
Sai dali rápido, como se estivesse ocupada com alguma coisa. A ultima coisa que vi foi o rosto dele olhando pra mim como que se desculpasse.
Queria sair dali, ir pra algum lugar longe da vista dele. Então fui andando rápido até lá fora, sentei na muretinha e tentava me recompor. Algumas lágrimas escorriam do meu rosto. Limpei-as rapidamente e fiquei olhando para o céu. Não entendia o porque de eu estar assim, ele é apenas um garoto. E justo eu? A Eduarda sem coração, que nunca ligou pra amores ou coisa assim. E então contos de fadas pareciam realidade quando eu o conheci, não fazia sentido, não fazia sentido... O que estava acontecendo comigo?
Alguns minutos depois, ou foram horas? Bem, meu celular começou a vibrar, e as luizinhas se acenderam. Gu tinha mandado uma mensagem... “Cadê você Duda? Ta tudo bem?”. Peguei o celular, mordi minha boca, olhei pra lua, quase gritei pra ela me ajudar a como encarar essa situação, porque na verdade, a culpa disso é toda dela, então reuni coragem pra voltar pra festa.
Ao entrar no recinto, Gustavo veio em minha direção, olhou pra mim, visualizou meus olhos inchados e meu nariz vermelho, fez uma cara de pai preocupado, e então avistei Felipe do outro lado do salão sentado no mesmo lugar em que o vi na noite da primeira festa, estava ao lado da garota, que estava entretida em uma conversa com outra ao lado, ele me olhava diretamente, nem sequer disfarçava. Eu abaixei a cabeça, mordi meu lábio, fechei os olhos e respirei fundo, abri os olhos devagar e olhei para o Gustavo.
- Tem certeza que está bem?
Continuei fitando ele. Assenti e então passei o braço envolta de sua cintura, andando até onde estava nossos amigos.
- Preciso me distrair... Só isso!
- Certeza?
- Se perguntar “certeza” de novo posso mudar de idéia e ir pra casa à pé. – Então soltei ele e fui ao encontro das minhas antigas amigas, e me entreti em uma conversa animada com elas.
E então, por mais que tentasse me distrair, eu sem querer olhava pra ele, e a garganta fechava, o peito gritava, mais minha mente dizia pra ficarem quietos.
Até o momento em que de tanto falar com as meninas fui buscar água, e olhei pra mureta, onde estive a alguns minutos. Lá estava ele, me fitando sem disfarçar, o garoto que tirara minhas noites de sono, o imbecil que me hipnotizou com um olhar...
Peguei minha água com o garçom, e me sentei ao seu lado.
- Não deveria estar sentado aqui sozinho – Tentei olhá-lo, mais apenas cheguei até seu queixo e voltei a olhar para minha água.
- Não estou... - Ele segurou minha mão apertando-a sobre a garrafinha – Você está aqui.
Então olhei para aqueles olhos lindos a qual me apaixonei, prendi a respiração e por mais que quisesse agarrá-lo, beijá-lo e fugir com aquele imbecil, meus únicos sentidos de realidade vieram à tona, soltei sua mão e respirei fundo:
- Porque está fazendo isso?
- Isso o que? – Ele se aproximou...
- Isso! – Me levantei e voltei a fita-lo – Você tem um poder sobrenatural sobre mim, eu não sei dizer ao certo, mais eu não posso... Não devo. Você tem namorada e não sabe o que faz...
- Quem disse que ela é minha namorada? – Ele se levantou também, segurou minhas duas mãos, nem fiz menção em soltá-las, esperei tempo demais pelo seu toque.
- Mas... – ele interrompeu.
- Não é minha namorada, não exatamente... Nós só estávamos saindo e... – Ele apertou minhas mãos e intensificou seu olhar sobre mim. – Depois que eu te vi esta noite eu percebi que não quero estar com ninguém que não seja você.
- Isso é... – Meu coração disparou, a respiração se intensificou e meus joelhos davam sinal de não estarem funcionando corretamente, mais a sensação de loucura logo passou – Isso é loucura Felipe! Nem ao menos seu nome eu sei direito, eu moro à horas daqui, quase não tenho tempo pra diversão – Dei um passo para trás – Tenho meus trabalhos e a loja da minha mãe pra cuidar, nem venho mais pra cá a anos, como poderei...
Um movimento inesperado e quando vi estava sendo beijada. Por mais que tentasse era inevitável não beijá-lo, era impossível deixar de tocá-lo:
- Por favor, apenas fique quieta um momento.
Mordi minha boca, imbecil! Queria chingá-lo, ninguém me manda ficar quieta, mais se isso fosse ocupar minha boca com a dele estava tudo bem...
- Eu não posso perdê-la Duda, não posso ficar sofrendo lembrando do seu cheiro e esse sorriso maravilhoso que me faz estremecer...
Eu sorri como não sorria a tempos, olhei para aqueles lindos e encantadores olhos e o beijei, era ele e mais ninguém poderia me fazer feliz assim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!