Logo no meu primeiro ano em Hogwarts consegui o titulo de “arruaceiro” e bati o recorde de quantas vezes um professor pode chamar a atenção de um aluno, no segundo fui forçado a melhorar por conta do quadribol, Sonserina já tinha uma reputação muito ruim graças ao seus antigos membros no passado e, o Professor Slughorn, diretor da Sonserina pediu para que eu melhorasse pelo bem da nossa imagem. Bobagem. Prometi que melhoraria,mesmo assim.

– Jack, Mérida, Soluço e Rapunzel, detenção. – O professor Noel falou pesaroso mas firme em sua palavra. – E 2 pontos vão ser tirados de suas casas...

Fiz uma careta instantânea ao ouvir aquilo, eu com certeza levaria uma bronca.

– Quando? – perguntei.

– Semana que vem seu ano vai visitar Hogsmeade não é? – ele perguntou fazendo uma caricia na própria barba.

– Não.. Não vai fazer o que eu acho que vai... – Mérida falou baixo já fechando os olhos.

– Sim, ao invés de ir para a excursão vão ficar aqui comigo e me ajudar a fazer o empilhamento dos livros de feitiços do primeiro ano... Dispensados. - ele falou se erguendo da cadeira.

– Senhor, não podemos..? – Rapunzel tenta.

– Não. Aguardo vocês ansiosos! – Ele falou rindo segurando a barriga.

Com o som do sinal somos motivados a voltar para nossas aulas.

– Otimo, Jack... – Mérida resmunga.

– Aaaaaaaaah, nem vem colocar a culpa em mim... Eu disse quem quisesse vir que viesse... Vieram porque queriam. – falei.

– Jack ta certo... Todo mundo topou, e foi bacana! Estava com saudades de me meter em encrenca com vocês... – Rapunzel falou. – Vamos logo, não quero levar outra bronca.

Historia da Magia. Primeiro andar. Agora sim, eu quero fugir.

– Por favor, sentem-se todos... – a voz arrastada e fantasmagórica do Professor Binns era o que dava vontade de correr da aula sem nem mesmo olhar para trás. – Abram seus livros na pagina 74, estudaremos a grande Caça a bruxas em Salem no século XVII...

– Numa escala de 1 a 10 quão chata é essa aula? – Sussurro para Soluço.

– 74.. e ainda é pouco. – Soluço responde me rendendo risadas.

– Não vai me contar o que o atrasou na primeira aula?

– Já te respondi.. – ele falou baixo.

– E eu como seu parceiro de zueira sei que é mentira... – comentei rindo. Ele ri e suspira fundo. – Qual é?! Achei que fossemos brothers...

– Taa... – ele declarou depois de certo tempo de insistência. – Você vai descobrir de um jeito ou de outro...

– O que é? – perguntei me aproximando.

– Não posso te contar aqui... Tem que ser em um lugar com menos gente... No fim da aula, antes da janta eu te conto...

– Ué,parece até coisa grande... – falei mas Soluço apenas seguiu com a leitura quando o professor pediu e o assunto morreu ai. Depois de meia-hora de aula fomos liberados para o jantar. Enquanto ele saia o puxei para um canto e o pressionei.

– E ai?

– Ta, precisaremos ser rápidos antes dos portões fecharem... - ele falou baixo.

– Portões? Vamos lá fora?

– Sim, na floresta...

– Floresta? Cara, Mérida ta certa, eu to sendo má influencia... – falei surpreso. Soluço revira os olhos e começa a correr pelos corredores até chegarmos nos portões que davam para uma trilha que levava ao terreno da escola, a floresta proibida, e a cabana do Guarda-caça grandalhão.

– Soluço, você tem certeza que precisamos ir tão longe só pra você me contar algo? - perguntei ao ver que seguíamos para a floresta.

– Larga de ser mole... – ele provocou rindo. – Você só vai acreditar vendo...

– Uai, ta invertendo os papéis é? Vendo o que? - respondi rindo, decidi não conversar.

“ Banguela! Vem rapaz! “ . Soluço começa a chamar assim que adentramos na floresta.

– Ta maluco é? – perguntei sem entender até que vejo um vulto preto pular em Soluço. – AAAAAAAH ! Cara! Que isso?!

– Shhhh! Ele é do bem! – Soluço fala acariciando ‘a coisa’. Somente então percebi que aquilo tinha olhos e boca. – Chega perto! Pode vir!

– Uou ! Hip, É um..? – perguntei me aproximando enquanto o bicho rosnava pra mim. – É um filhote de Dragão?

– Sim... - ele falou segurando o largatão de quase 1 metro só de rabo. – Ele veio junto comigo na mala... Juro que foi sem querer...

– Cara... Ele é todo preto,primeira vez que vejo um assim! – falei tentando me aproximar do dragãozinho.

– É um ‘fúria da noite’... Raríssimo,papai ta criando...

– Sem querer ser estraga prazeres mas você sabe que vai dar muita bosta né? – falei sem rodeios.

– Não posso simplesmente solta-lo... Ele é muito novinho... Vai morrer... – falou abraçando o bichinho. – O que você faria?

– Véi,eu não sou lá um exemplo para ser seguido sabe? Então nem adianta me perguntar!

– Vou deixar ele no mato e vamos cuidar dele...Nas férias levo devolta... - Soluço falou descendo o animal.

– Ta... Mas você limpa o coco... – brinquei passando a mão no dragão que de primeira estância me estranhou, talvez seja o cabelo.

– Feito! Mas, não conta pra ninguém...

– lógico que não..

– É sério! Nem pras meninas... – ele pediu. Estranhei.

– Por que? Elas iriam guardar... – falei.

– Deixe entre a gente... Depois de uns dias a gente conta... Quero garantir ele primeiro...

– Como assim, cara?

– Já percebeu que onde está nós quatro costuma rolar alguma confusão? – Ele perguntou argumentou. Verídico.

– Ta.. Você ta certo... – falei rindo.

Ficamos rindo e brincando com Banguela e depois de um tempo precisamos voltar pro castelo. Voltamos rápido e quando chegamos tinha apenas alguns veteranos. Nos sentamos em uma mesma mesa e a comida apareceu magicamente a nossa frente.

– Ei,Frost! – Coelhão me chama ao longe.

– Fala, Coelho pompom! – provoquei dando um aperto de manos.

– Vamos dar uma festinha só com os veteranos, pra começar o ano bem sabe? e você está convidado! - ele falou se sentando ao meu lado. – Agora já é sexto ano... Topa?

– Lógico! Posso levar alguns amigos? – perguntei empolgado.

– Se não forem muito comédias! Hahaha, vai ser nas estufas... Só veteranos... Vai ter até bebidas trouxas... – ele falou se levantando.

– Então vai ser de arromba hein? – falei usando minha ironia . Ele riu e mandou um aceno e seguiu pelo corredor.

– Caaaara! As festas do Coelhão são famosas! Só veteranos são convidados! Dizem que são lendárias! Não acredito que é amigo dele! – Soluço falou assim que ele tomou uma distancia boa.

– Eu também não! – falei ironico. – Bora?

– Lógico! Vamos chamar as meninas?

– Mano, isso já deve ter chegado na Merida dos tempos! – brinquei me levantando. Já estava tarde, me separei de Soluço no corredor, ele ficava no porão do castelo e eu nas masmorras,são quase sete andares de diferença.

Chegando no corredor que levava a entrada do Salão Comunal da Sonserina topei com Elsa e Astrid conversando e rindo para a minha surpresa.

– Oi, não sabia que eram amigas... – falei me aproximando das duas.

– Tem muitas coisas que não sabe sobre nós,Jack... – Elsa falou rindo e Astrid a acompanhou em sua risada. As loiras misteriosas do Sexto ano.

– Ah, isso com certeza... – brinquei.

– Elsa, tenho que entrar! Vira de costas ai, não pode ver a entrada da minha casa! – Astrid falou rindo.

– Eu sei que é atrás da porta! – Elsa falou rindo mais enquanto se virava. Ri junto vendo Astrid sair, feito aquilo Elsa começou a andar em direção ao corredor.

– Elsa! Espera ai... - chamei antes que ela se distancia-se por completo. Ela se virou com um olhar de curiosidade. – Posso te acompanhar até o salão comunal? É perigoso ir sozinha...e chato também,rs.

Ela sorriu de forma meio tímida e corou ligeiramente.

– Só não irei negar seu convite pois esse castelo me dá arrepios a noite... – ela falou rindo, me aproximei dela e fiz um gesto para que ela seguisse em frente.

– E então,como foi o seu primeiro dia de aula? – puxei assunto.

– Interessante, eu diria.. rs, obviamente a alegria do dia foi ver o Professor Noel perguntar por você e logo após se irritar! – ela falou rindo e levando os dedos aos lábios. – Não vai se meter em problemas por me levar? São cincos andares...

– Eu volto rápido.. – falei sorrindo de lado, ela corou rapidamente sorrindo pra mim.

– Muito bem... – ela falou levando uma mecha solta por detrás da orelha. – E o seu? Os treinos já voltaram?

– Haha, acho que você já sabe o que deu o meu primeiro dia... e os treinos, eles ainda não voltaram.. Acho que as quartas de novo...

– Quando vai começar a temporada?

– Mês que vem... Primeiro jogo contra Corvinal... Vai torcer por quem? – perguntei rindo.

– Preciso lhe responder?

– Sim,tipo,aqui na Sonserina você tem eu,a Astrid... eu.. – brinquei. – Eu já falei eu?

– Jack,embora seja impossível não torcer pra você... haha,mas sou fiel a minha casa!

– Claro que é... – falei sorrindo, ela sorriu em igualdade. – Já está sabendo da festa do Coelhão?

– O Monitor-chefe? Ouvi pela Astrid... Mas, não vou não... Não curto muito multidões... – ela falou se segurando enquanto uma escada se move, eu a apoiei.

– Eu sei que não... – falei relembrando algo que havia descoberto no primeiro ano,quando éramos mais próximos. – Mas,vai... Eu iria gostar se fosse...

– Haha,não se se recorda Jack,mas não somos lá muito compatíveis... – ela falou rindo.

– Eu sei, mas como já disse, quero mudar isso...

– Você conseguiria me encontrando em outros lugares, Não me chamando para enfrentar lugares os quais detesto estar... – ela falou parando e erguendo a cabeça para me encarar de frente, já estávamos no corredor para o Salão Comunal de Corvinal.

– Ainda freqüenta bibliotecas? – falei sorrindo de lado.

– Sim... – ela respondeu rindo.

– Então, vou passar a freqüenta-las também...

– Jack,já somos amigos, não é necessário tudo isso... – ela falou sem-jeito. Me aproximei ainda mais dela e sorri.

– Acha mesmo que só quero sua amizade? – provoquei beijando seu rosto. – Tchau...

A deixei sozinha e paralisada, dei uma olhada de rabo de olho para trás para me certificar se ela estava bem e para minha surpresa ela estava completa vermelha. “ Mentira! “ . Mordiquei os lábios e desci para as masmorras. Sabia que Elsa era fechada e fina,totalmente o contrário de mim e isso me deixava completamente intrigado e atraído por ela, queria decifrar o seu mistério. Novo objetivo : Leva-la a festa.