–Tem um bar aqui próximo- Falou ela. Percy se encontrava sentado no banco do carona do carro de Annabeth, já que saiu caminhando de casa.

Não demorou muito até ela estacionar o carro próximo a um bar, havia na fachada “End Of Night Bar” em um letreiro neon vermelho, parecia até receptivo por mais que fosse simples.

Logo quando entrou, percebeu que aquele lugar tinha um número agradável de pessoas, parecia ser o tipo de lugar que se costuma encontrar os mesmos rostos quase todos os dias. A maior parte das mesas estava ocupada, mas Percy não se preocupou com esse detalhe, já que Annabeth o estava levando para sentar em um dos bancos do balcão do bar, ficando assim mais próximos do barman.

–Você já tomou tequila?- Perguntou ela

–Não, normalmente eu só bebo cerveja ou whisky- Ela o fitou por um momento, e então de sobressalto se virou para o barman.

–Dois shots de tequila, por favor.

–É pra já- Disse ele

Três minutos depois, já havia dois pequenos copos com um liquido de cor semelhante ao do whisky, e de queda duas pequenas fatias de limão.

–Vou contar até três, e então tomamos ao mesmo tempo, Ok?

Percy fez sinal de positivo, e pegou o copo esperando ela contar.

–Um, dois, três- E então eles viraram os copos de uma vez, Percy logo engoliu o liquido que queimava sua garganta, fazendo uma careta logo quando o fez.

–O limão agora- Falou ela passando o pequeno pedaço para ele. Pareceu estranho mais de alguma forma o limão deu uma ênfase ao sabor da tequila de uma forma saborosa.

–Isso é bom- Falou ele de um jeito surpreso.

–Mais dois, por favor- Disse ela ao barman.

–Você me disse que é arquiteta, mas não me disse o porquê de ter escolhido arquitetura.

–Bom, eu acho que ao contrário das pessoas, o que projetamos em um papel vai permanecer por muito mais tempo.

–Isso foi lindo- Falou Percy fitando ela.

–E você, por que escolheu psicologia?

–Minha justificativa não é tão boa, foi mais uma coisa de momento e besteirol juvenil- Falou ele, na verdade ele sentia que a justificativa dele parecia bem mais clichê do que pensara.

–Eu falei a minha, você tem a obrigação de falar- Disse ela dando um leve tapa no braço dele.

–Eu queria me entender, ou ao menos entender as outras pessoas.

–Isso realmente é um clichê dos psicólogos- Falou ela.

–Eu falei, mas de qualquer forma o que mais me atraiu foi que eu não teria que estudar matemática.

Annabeth soltou uma gargalhada com o último comentário, fazendo Percy se sentir bem menos idiota.

–Isso que é ser original- Falou ele pegando o outro pequeno copo de tequila, o qual Percy não percebeu quando o barman os serviu. Depois de ambos secarem os copos, eles retomaram a conversa.

–Esse relacionamento que você acabou, foi o seu único relacionamento?- Perguntou ela sem pensar duas vezes.

–Sim, foram os melhores anos da minha vida- Falou ele em um tom de nostalgia, como se todos os melhores momentos da vida dele estivessem passando com um rápido flashback.

–Meu primeiro namorado eu conheci aos dezenove, no banheiro químico do show do The Killers- Disse ela em um ar sonhador.

–Os banheiros não costumam ser um para cada sexo?- Falou Percy confuso.

–Isso eu prefiro deixar de fora.

–Durou quanto tempo?- Perguntou ele, já que ela parecia ser o tipo de pessoa experiente quando se trata de relacionamentos.

–Uma semana- Falou ela rindo.

–Que tipo de relacionamento dura uma semana?- Perguntou ele se juntando a contagiosa risada dela.

–Foi mais uma aventura. Não levávamos a sério o que havia entre nós, e a mãe dele ligou para ele voltar para Atlanta. De qualquer forma foi uma semana interessante- Falou ela abrindo um sorriso malicioso.

–Me poupe dos detalhes.

–E também namorei outro garoto por dois anos, durante a faculdade.

–Você realmente gostava dele?

–Na verdade, eu não queria me sentir sozinha, foi uma época que eu fiquei muito longe de casa, e sempre era bom ter um ombro amigo.

–Você já pensou que esse garoto podia realmente amar você?- Perguntou Percy sentido pena do garoto que aparentemente foi usado.

–Admito que às vezes eu me sinto culpada, mas ele deve ter encontrado alguém melhor que eu.

Com um sorriso mais bonito? Percy duvidava disso.

–Você curte sinuca?- Falou ela mudando de assunto.

–Jogo um pouco.

Eles passaram grande parte do tempo, na mesa de sinuca próxima a eles, jogavam conversa fora, enquanto Percy mostrava seu talento no jogo.

–Não acredito Jackson! Como você pode ser melhor que eu nisso?!- Falou ela indignada por está perdendo vergonhosamente.

–Eu costumava a sair mais de casa meses atrás- Falou ele sorrindo feito bobo, já que o efeito do álcool se mostrava mais notório.

–Desisto, vamos sentar novamente- Falou ela soltando o taco em cima da mesa.

Percy já estava mais “Alegre” que nunca, por algum motivo tudo parecia mais engraçado do que o normal.

–Uma de vodka agora, vamos ver se você vira essa- Falou ela passando o shot de vodka para Percy, que pegou o copo e engoliu tão depressa que acabou virando para trás junto com o copo. Ele fechou os olhos e abriu, vendo que se encontrava no chão e Annabeth se acabava de rir.

–Seu louco- Falou ela rindo, mas logo se aproximou ajudando-o a levantar. Ele correu os olhos ao redor do lugar e percebeu que só havia eles presentes.

–Nossa! Eu estou muito bêbado- Falou ele rindo, mas logo a risada se transformou em uma deixa para as lágrimas começarem a cair, ele ergueu o banco que caiu com um pouco de dificuldade graças ao excesso de álcool e desatou a chorar. Annabeth logo aproximou o banco dela ao dele e o puxou para um abraço acolhedor.

–Eu não merecia isso- Falou ele escondendo o rosto com as mãos, fazendo a voz sair abafada. Annabeth apenas afagava seus cabelos, fazendo-o o sentir confortável.

–Eu amava-a e ela me deu um chute por causa da droga do aniversário!-Falou ele transbordando sofrimento.

–Não foi sua culpa- falou Annabeth com uma doce voz.

–Aquela vadia- Falou Percy indignado.