Crests of Waves escrita por Blair Herondale


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Então gente! Já postei outro capítulo! Ia postar somente amanhã, mas recebi um review maravilhoso que me fez postar hoje.



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Quando os três chegaram a tão falada casa dos Bennets, Catherine teve certeza absoluta que estava certa em não escutar Nathan. O dono daquela casa não poderia ser nada menos que milionário. Isso era bem claro tanto pela arquitetura estonteante da mansão, quanto pelos carros estacionados, pelas pessoas que entravam, pelas roupas que usam e pelo modo que agiam. Nathan estava longe de estar certo, a verdade era justamente o contrário. Ela teria se sentido deslocada se tivesse feito exatamente o que ele dissera. Se estivesse usando calça jeans com aquelas pessoas ao seu redor, não ficaria nem mesmo um minuto naquela festa.

–Linda, não é? -Anne perguntou com um sorrisinho no rosto, encarando a reação da amiga, que permanecia boquiaberta- Imagine quando você entrar, nem vai conseguir raciocinar direito.

–Eu acho um pouco exagerado. -disse, sinceramente, enquanto via vários outros jovens estacionando o carro e saindo com bebidas na mão. A música estava tão alta que Catherine quase pôde sentir seu coração acompanhando a vibração. Dentro da casa provavelmente devia estar mil vezes pior, pensou, e apenas com isso, começou a se sentir mais animada, afinal, que pessoa não gostava de uma boa festa? -Porém, como a casa não é minha, e só tenho que aproveitar a festa, eu que não irei reclamar.

–Pois eu acho maravilhosa! Era nossa, essa casa. -ao ver o olhar surpreso da amiga, explicou- Antes, sabe? West Island nem sempre foi tão procurada e essa foi uma das primeiras mansões a ser construída, vovô quis comprar na hora e mudar o endereço da nossa casa de verão.

–E o que aconteceu?- Catherine perguntou quando a menina parou de falar, como se estivesse encerrando o assunto.

–Vovó não quis, mas ele acabou a convencendo. Porém, a casa ficou abandonada, quase não íamos para ela e quando os Bennets chegaram e ofereceram o triplo do valor da casa, resolveram aceitar vendê-la. -um minuto de silencio se fez entre os três, enquanto observavam a esplêndida fachada da casa, as pilastras, as janelas e as esquadrilhas incrivelmente detalhadas- Nunca vou me conformar com a venda.

Nathan revirou os olhos e finalmente estacionou o carro.

–Não vamos discutir isso de novo, Anne. A casa estava abandonada, foi o melhor acordo que vovô poderia ter feito e além disso, você tinha só 5 anos! Não é como se tivesse muitas lembranças relacionadas a essa casa.

–Mas eu gostava da ideia de que quando crescesse poderia fazer festas que nem essas. -resmungou antes de pegar o batom do porta luvas e retocar a maquiagem.

–As vezes você é tão fútil. -Nathan comentou parecendo enjoado ao sair do carro. Ambos os irmãos se irritavam facilmente e Catherine estava vendo que aquela conversa não levaria a lugar nenhum, a não ser, uma briga desnecessária.

Tudo bem, por um lado ela concordava que muitas vezes se pegava impressionada com a futilidade de Anne, com sua preocupação excessiva com a aparência, com suas diversas tentativas de mostrar para todos como sua vida era perfeita e como todos deveriam desejar ser como ela; as vezes se irritava quando ela dormia com um menino, mesmo não querendo, apenas para poder provar para as outras pessoas que podia e que conseguia. Entretanto, Anne Tanner não era formada apenas disso, ela era a mesma garota que protegia e defendia o irmão mais velho acima de todas as coisas, a mesma menina que fazia o possível e o impossível para fazê-la sorrir quando estava triste, a mesma que batera em um menino que, na segunda série, tentara beijar Catherine a força, mesmo que atos de violência fossem completamente contra os princípios de Anne. Anne era a menina que se fingia de burra, mas tinha um dos cérebros mais inteligentes da escola, talvez fosse genética, porque seu irmão também era genialmente inteligente. E era por isso que Catherine era amiga dela, porque sabia de seus defeitos e não se importava, da mesma forma como Anne também sabia dos seus milhares de defeitos e a apoiava.

Então, antes mesmo que Anne pudesse fazer sua expressão de magoada, Catherine respondeu:

–Desculpe, mas não ouvi ela pedindo sua opinião.

–Também não ouvi ninguém pedindo a sua. -Nathan falou irritado, se aproximando de Cath.

–Não preciso que ninguém me peça para defender minha melhor amiga.

–Também não preciso que ninguém me peça para falar a verdade para a minha irmã.

–O problema em falar a verdade está na forma como você a expõe e a sua intenção de magoar Anne era bem clara. -quando Nathan virou o rosto e trincou o maxilar, Catherine tomou o silêncio como uma deixa para se aproximar- O que esta acontecendo? Você nunca foi assim com Anne, por que está sendo agora?

Ela estava de frente para ele e suas ultimas palavras não passaram de sussurros, não queria que Anne precisasse escutar aquela conversa. Como ainda não tinham entrado na casa, a iluminação era falha e fazia sombras no rosto de Nathan que o deixava ainda mais anguloso e ainda mais belo, como um anjo caído, e quando esse, virou os olhos na direção da Cath, cheios de tristeza, ela pôde sentir seu coração parar algumas batidas.

–O que está acontecendo? -voltou a repetir, se arrepiando com o vento frio constante da noite.

Nathan deu um pequeno sorriso e tirou uma mecha de fio loiro que havia ido parar na frente dos seus olhos e colocou atras da orelha. Os olhos âmbar escondendo, em menos de um segundo, toda aquela tristeza.

–O que aconteceu é que minha irmãzinha insiste em crescer e eu estou tendo que aturar caras como aquele babaca ali babando por ela! -disse com seu sorriso de lado de volta no rosto, se afastando de Cath e caminhando na direção de Anne, que mantinha os braços cruzados- Ann, me desculpe, você sabe que eu não quis dizer o que disse.

–Não sei não. -retrucou chateada.

–Sim, você sabe. Agora, quer mesmo ficar chateada comigo quando tem uma festa enorme como essa acontecendo aqui? -um sorriso ameaçou escapar dos lábios de Anne- Vamos logo!

E então os três entraram na enorme mansão, com Catherine precisando ser praticamente puxada pela melhor amiga. Sua mente sofria um pequeno curto circuito.

O que tinha acontecido ali? Será que ela estava imaginando tudo aquilo? Será que a tal tristeza que viu não poderia ser apenas um brilho normal?

Porém, no fundo, Catherine sabia que não era coisa de sua cabeça, sabia bem o que tinha visto e aquilo, não era outra coisa senão tristeza.

–Cath! -Anne gritou por cima da música, que só então chegou aos ouvidos dela. A música estava absurdamente alta, o local estava espantosamente lotado e qualquer que fosse a linha de pensamento de Cath foi perdida quando alguém ofereceu uma garrafa de cerveja para ela.

O refrão da música Don't stop the party tocou ainda mais alto, fazendo todo o corpo de Cath tremer. Anne já estava pulando e gritando loucamente e Nathan já se agarrava com uma menina mais no canto.

Ruiva, foi a única coisa que pôde observar, mesmo assim, não se importava. Queria beber, beijar estranhos e se divertir.

Não estava a nem dez minutos naquela festa e já sabia que seria a mais divertida que fora em toda sua vida.

Quando novamente o refrão tocou, Catherine estava pulando junto com toda a multidão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, por favor! Comentem! Quero saber o que estão achando! Se tem muitos erros gramaticais...se os personagens são legais.
Ah! Vocês preferem capítulos pequenos ou grandes, porque estou pensando em aumentar o número de palavras nos capítulos e quero saber se vocês tem problema com isso?



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