Realidade surreal parte 2, ou 1 escrita por Alexis Coffee


Capítulo 1
o estranho mundo de Efleck


Notas iniciais do capítulo

a segunda metade das fics gêmeas hsuaha
mas não se empolguem, não sei se vou conseguir fazer isso direito



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Ela sempre adorava ver o mundo que os outros criavam, talvez porque tivesse medo de fazer o seu próprio

“Isso é completamente errado” dizia seu pai “as pessoas não deviam ter o direito de viver em nenhum mundo que não o próprio, esses cientistas que querem brincar de deus…”

Um dos mundos mais bonitos que já tinha visto era o de seu amigo, Efleck

Era como uma espécie de Japão medieval gigante, flores de cerejeira sempre voavam, quase que como se fossem parte das moléculas de ar, suas respectivas árvores estavam espalhadas por todo o canto

O chão era verde, vivo, inspirava alegria apenas de olhar

O cheiro era de mato, puramente mato, mas um cheiro bom, não como aquele mato que lembra chá sem sabor, um cheiro doce, intoxicante, levemente amargo e azedo, no tom certo, apenas para que o doce não fosse demais e enjoativo

Pequenas cabanas de madeira, realmente imitando arquitetura japonesa

E um grande templo, com três telhados, flutuando acima de um lago de gelo fino, apenas aqueles que conheciam pessoalmente o proprietario sabiam o caminho que se devia fazer para não quebrar

-Frente três passos… esquerda! direita… segue dois passos…, pula na ilhota… ah, oi mandi!- referia-se ao animal criado por Efleck, semelhante a um tubarão e a um crocodilo ao mesmo tempo, o qual era o triste destino daqueles que se atreviam a pisar na parte errada

Ele sorriu de volta

Brix continuou o caminho até chegar à porta

-TOC TOC TOC!!!- gritou

-AH! Brix, vejo que quis vir para a festinha!- respondeu Efleck usando a tubulação acústica que instalara

Ouviu-se um bater de palmas através da mesma e eis que as portas se abriram

-Um dia ainda quero ver como é o seu mundo, Brix- disse Albelin através da janela com seu rosto sempre doce e aconchegado, como quem dissesse “me morda, sou de chocolate”

Ou talvez fossem apenas os sentimento de Brix falando

-é… o meu… é meio complicado… ainda está em construção-

-Entendo- disse Albelin -bem, de qualquer forma, você não vai tomar um pouco?- disse ele deixando uma xícara cair girando da janela

A distorção gravitacional daquele mundo fazia com que ela pudesse ser pega no ar sem problemas, e o vapor saindo dela fizesse o rastro perfeito que ela percorreu

-Oh, muito obrigada- ela não pôde deixar de agradecer por educação

Adentrou a porta tomando o chá que aqueceu seu corpo todo instantaneamente

Os degraus tinham mais de um metro e meio de altura um em relação ao outro, mas usando o mesmo principio que permitiu aquela xícara estar em sua mão, um a um ela foi aos saltos até chegar no carpete do andar de cima

Onde todos a esperavam

-Então?- perguntou Cardon

-Então o que?- reponde Brix em duvida

-Me trouxe as flores?- disse ele brincando

Albelin pareceu um pouco irritado, Brix pegou a xícara e atirou, mas esta só ficou voando cada vez mais lentamente até dar uma pequena esbarrada no nariz de Cardon e começar a lentamente descer o nível agora voltando para trás


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