P.O.V. Sara Carter .
" Mais um daqueles enormes portões de ferro chatos e barulhentos e nós já estaríamos lá dentro, dentro daquele lugar que ninguém desejaria ficar ali dentro nem um dia, a prisão de Los Santos.
_Chamada On_
- 34 minutos para a chegada da verdadeira Srt.Smith. - Ryan avisou.
_Chamada Off_
Eles haviam me engabelado novamente, antes eram 56 minutos agora 34...

-Meu nariz ta coçando. - JJ falou, realmente era uma situação complicada, ficar ali com as mãos "atadas".

-Não está sugerindo pra eu coçar seu nariz, está? - Quando iria rir, o guarda que abriria o portão surgiu na janela com bigode maior que a cara. - CASO ESTIVER SUGERINDO IREI TE METRALHAR TODINHO. - Atuei. - Esses drogados não tem consciência das coisas né... - Fechei os olhos para tentar enxergar o crachá do sujeito. - Comandante Ramirez.
Sem dar um pio o tal do Comandante abriu o portão ainda me encarando e em seguida entrei, expulsando todo o ar de incerteza e ansiedade que ainda havia dentro de mim.
Passei por altos patentes dentro daquele lugar, todos homens de forte estruturas que a cada poste havia um deles. Enfim estacionei cuidadosamente aquele ônibus com bancos rasgados e amassados (espero nunca saber o que houve aqui) e em seguida vieram um, dois, sete prisioneiros de diferenças raças para serem transferidos para a segurança máxima em outro país. Quando iria sair com todos aqueles detentos me liguei, Onde estava Saul Jhonson? O objetivo de tudo aquilo.

-Ei, sr. Guarda. - Chamei o mais próximo, um novato com aparência de 20 anos para 23, e branquelo. - Ainda falta um prisioneiro em minha lista... Saul Jhonson.
Com cara de surpreso e derrotado o suposto guarda apontou uma pistola AP em minha direção, porém a mesma bala atingiu no colete, saquei a minha rapidamente escorregando com meu suor atirei no meio de sua testa.
_Chamada On_
- Saul não está aqui? O que está acontecendo? - Perguntou Ryan.
- Eu vou saber? Vocês mandam eu fazer a avacalham tudo, onde tá o Saul? - Questionei.
_Chamada Off_
Desliguei ao mesmo tempo que um dos prisioneiros me cutucou com a algema.

-O pilantra disse que planejava fugir ainda hoje com uns parceiros corruptos, então sei lá.
Pensei em todo o tipo de coisa e levantei daquele banco desconfortável da motorista, retirei aquele coque escroto do uniforme revelando meus longos cabelos ruivos e ataquei uma arma para o JJ:
-Esse cara tá em algum lugar dessa prisão. E também tem uns policiais corruptos, ou seja, tudo saiu do plano.
-Lá vamos nós, novamente. - JJ suspirou.
Saímos do carro com todos aqueles detentos correndo como se estivessem livres e um enorme tiroteio de balas para lá e pra cá começou, nós não sabíamos quem era oficial e corrupto, era impossível distinguir tais pessoas. O sol batia naquele uniforme de policial que parecia um micro-ondas, o chão estava todo iluminado e queimando, pelo menos era melhor ficar no desconfortável banco com ar do que aquele forno natural.

Corri para me proteger em um daquelas paredes me esquivando de todos os tipos de balas diferentes, peguei uma submetralhadora que jazia ao lado de um corpo e eliminei quatro guardas, um mais hábil que o outro, agora não havia sinal nem de prisioneiro que já deviam estar no outro lado do mundo disfarçado de sei lá o que.
Um guarda desnorteado que não parecia nem saber atirar tropeçou em um dos corpos, deixando sua metralha deslizar até os nossos pés.

-Mas o que? - JJ iria atirar.
-NÃO. - Parei a ação. - Ele é falso guarda, tá tão óbvio quanto qualquer. - Me dirigi até o garoto. - Onde está o Saul ?
-Quem são vocês ? - Ele andava para trás porém tropeçou em outra arma e caiu de bunda ao chão, apontei uma arma para ele e em seguida ele atirou para o céu, tentando me acertar, porém a única coisa que fez foi chamar atenção de mais policiais. - Eles estão na cobertura, esperando o helicóptero.

_Chamada On_
-Escutou Ryan? -Perguntei.
-Positivo, já estou indo.
_Chamada Off_

Quando Ryan chegou com o helicóptero, os alarmes começaram a soar e finalmente chegaram o verdadeiro FIB para ajudar a polícia a nos prender, e de repente uma bala atravessou o pescoço do corrupto garoto, que logo despencou no chão revelando três carros fortes do FIB com uns quatorze guardas.

-Isso não estava no roteiro... - Afundei minhas cara nas minhas mãos.
Corri para as escadas atirando para trás, na tentativa de espantar os guardas e logo em seguida Jay fez a mesma coisa. Cada vez mais que tentávamos subir aquelas longas escadas até o Heliporto chegavam mais e mais agentes que tentavam atirar para qualquer lado até que uma pegou de raspão na minha coxa, acionando um leve ferimento.

-Você tá bem ? - JJ perguntou ajeitando os próprios óculos que escorregavam devido ao suor.
-Sim. - Bufei e respondi.

Mais um dúzia de degraus e chegaríamos lá, até que um outro corpo de um dos soldados era encontrado no chão, vasculhei o mesmo em busca de munição ou algo do tipo, até encontrei uma bolsa, uma bolsa de granadas.
Olhei pra bolsa.
Bolsa me olhou.
Era o destino.
Peguei aquela bolsa e retirei a tampa apenas de uma daquelas e atirei lá embaixo, explodindo parte da escada, porém os guardas já haviam subido mais da metade, não adiantou muito, mas foi algo.

Finalmente havíamos chegado no topo, talvez um pouco tarde demais pois o tio de Saul já estava sobrevoando no helicóptero bem próximo dali, suspirei acabando com todas as expectativas, ou nem tanto, avistei um helicóptero branco vindo na outra direção. Era Ryan vindo nos salvar.
Começamos a pular que nem retardados para chamar a atenção de Ryan que não atendia minhas chamadas de modo algum, já conseguia ver o sorriso pregado no rosto de JJ, porém tudo aquilo virou motivo de querer estar morto quando aquele helicóptero passou direto, como se fossemos apenas RESTO. Jay Jhonson entendeu o recado, o mesmo olhou para mim balançando a cabeça com jeito de negação e atirou em sua própria perna, logo vasculhou o outro corpo e pegou uma carteira do FIB, tudo isso muito rápido.

-Desculpe... - Ele começou a chorar ao mesmo tempo que os agentes chegaram no heliporto. - Agente do FIB. - Mostrou a carteira para os outros e logo senti todo aquele tempo passado como algo em vão, tudo passageiro ou perca de tempo, talvez era pra eu ter escutado minha vó, talvez aquilo teria acontecido como lição, mas foi tão inesperado...
Depois daquele drama, o antigo policial que eu havia visto, Comandante Ramirez me deu um choque com sua arma, ofuscando toda minha vista ao máximo, e acabando com toda minha consciência."