Ela havia conseguido arrastar todos para dentro daquela coisa, Albelin não conseguia acreditar nos seus olhos quando viu todas aquelas pessoas sendo arrastadas por… O QUE RAIOS ERA AQUILO?

Brix havia feito uma legião de… pareciam alucinações, ou sabía-se lá o que, todos saindo do absoluto nada e arrastando os outros para dentro de… espelhos? janelas? Albelin não sabia exatamente definir

Mas após toda a confusão lá estava Brix, parada, quieta, imóvel, tranquila, como quem não acabara de realizar uma espécie de chacina

—não se preocupe, eles estão apenas tirando um tempo pra pensar nas coisas- ela disse calma como quem não ligasse -é claro que o tempo lá é… de certa forma… bem diferente, mas…- ela interrompeu-se e voltou a meditar

—Mas oque?- Albelin perguntava mas Brix já não estava mais agindo como se ainda estivesse ali, ela não fez nada além de apontar para um canto, onde vaga-lumes começaram a brilhar através de um caminho, exatamente como no sonho onde tudo começou

Seguindo por aquele caminho, no qual o chão ía lentamente desaparecendo, fazendo parecer que ele andava sobre o ar

Viu várias janelas, todas, de alguma forma, no entanto, não pareciam que davam para algum lugar, pareciam uma espécie de vídeo, com vários ângulos, mas ainda bidimensionais, como se não houvesse um cômodo atrás das mesmas, todas elas pareciam crescer infinitamente para o lado, fazendo parecer que aquilo ignorava qualquer senso de espaço

Após andar muito, chegou num quarto em que se assustou de um sobressalto:

Ele viu ele mesmo

Ficou se encarando, como se fosse realmente um espelho, mas extremamente surreal, pois seu “reflexo” não se movia conforme ele, mas também parecia indiferente à sua presença ali, como se só um dos dois visse o outro

Rapidamente ele sacou uma pedra e desesperadamente tentou quebrar aquele vidro, com raiva, medo, e outros sentimentos que ele nem entendia direito, apenas queria aquela imagem horripilante destruída

E o reflexo gritava em desespero quanto mais o vidro era quebrado