Realidade surreal parte 1, ou 2 escrita por Alexis Coffee
Notas iniciais do capítulo
bom pessoal, este é o primeiro capítulo, eu sei, eu sei, mais uma história, mas fazer oque? a ideia era muito boa para deixar que os goblins levassem-me essa memória embora, tenho que avisar
Nunca era exatamente igual, toda vez que se acorda é um mundo diferente, às vezes, viam-se baleias voando por aí em uma rua qualquer da Inglaterra, outras horas eram camas flutuando num céu de pôr-do-sol com centenas de crianças pulando de uma à outra
Dessa vez, era um mar verde que se estendia diante de seus pés, olhando para o horizonte, não havia sol, apenas uma grande lâmpada gigante
Se é que esses tempos realmente eu ainda devesse saber o que era um sol…
Nuvens pareciam brumas e espuma-do-mar e no lugar de pássaros pequenas águas-vivas
Um grande rosto veio no céu e soprou a lâmpada
Todas as águas-vivas começaram a brilhar em azul e subirem, tão alto quanto estrelas, seria aquilo a versão da “noite” daquele mundo?
vagalumes começaram a subir daquele infinito oceano, e uma a uma foram formando uma espécie de caminho de luz que levava a uma árvore
Luzes brilhavam no fim do mundo, onde as águas se despontavam em uma cascata que caía para o abismo sem-fim
Aparentemente, uma cidade estava ali, nada pude fazer senão arriscar cair na água e me afogar
Levantei de minha cama, pus meus pés descalços naquela grama da pequena, se não, minúscula, ilha flutuante de terra em que eu me localizava
Ao por meu primeiro pé entre dois dos vagalumes, um pequeno círculo de tijolos de pedra surgiu abaixo de mim onde pisava, como se sempre houvesse ali uma espécie de ponte invisível
Com coragem segui a luz dos pequenos insetos no caminho infindável que levava à grande e misteriosa árvore
Eis que ao chegar lá, vi uma pequena praça, com várias pessoas conversando, vários postes de luz a gás estavam distribuídos, e bancos de ferros extremamente detalhados estavam simetricamente posicionados, o chão agora era ainda de pedra, no entanto estas mais semelhante a lascas, como várias formas irregulares, mas que juntas passavam uma sensação de harmonia
No entanto, agora, estando no lugar que a árvore deveria estar, ela já havia parcialmente desaparecido, deixando apenas uma espécie de luz imitando sua forma, que projetava sua sombra na suposta cidade do fim do mundo
-Albelin!! por onde esteve? te procuramos por toda parte do mundo!- Cardon falou comigo
-Literalmente toda parte- acrescentou Efleck
-Dormindo, obviamente- eu respondi
-Bom, não importa- disse Cardon - pegue, tome um pouco- estendeu a mão com um copo na mão
-O que é?- perguntei
-O melhor que você jamais beberá em sua vida!- disse Efleck sorrindo meio cambaleando
-Especial desse mundo, não demos nem nome ainda, não tivemos tempo, não vai querer experimentar?- disse Cardon
Tomei o copo e bebi um gole, senti instantaneamente como se toda a parte de dentro de meu corpo estivesse em chamas, mas não era uma sensação ruim, era bom, era como uma espécie de “piroterapia” interna, me sentia relaxado, sossegado, como se tudo em meu corpo estivesse descansado, e principalmente, meu cérebro estivesse dormente, um forte formigamento atrás dos olhos, uma sensação engraçada, como cócegas no interior da cabeça
Não pude deixar de soltar uma alta gargalhada
-B-Bom, não né? q-quero dizer… falar… dizer… bom não é?- Cardon falou rindo
-Melhor impossível- respondi
comecei a sentir um pequeno gosto de chocolate no céu da boca e na ponta da lingua
-Hey, cara, agora que você está mais solto, lembramos, tem uma… uma garota! ela estava perguntando por você- disse Efleck
-S… SÉRIO?- gritei
-sim, uma tal de brix- disse Cardon
-ela é bem bonita, o Cardon quase fingiu ser você só pra pegar ela-
-HEY!- gritei de novo
-Valeu por me entregar Efleck- mas ele falava rindo, como se estivesse realmente feliz
-E pra onde ela foi?- perguntei
-Não sabemos exatamente, vimos ela correndo para a cidade ali- Cardon falou apontando para cima, Efleck pegou o braço dele e corrigiu a direção, puxando-o para baixo
-Nas cascatas?-
-sim-
-UHUUUUUUUUUUU- peguei mais uma dose em uma mesa que andou em nossa direção
De repente, uma musica infantil, no entanto meio sobrenatural começou a soar, como uma canção de ninar daquelas que são distorcidas em filmes de terror
Todos começaram a piscar os olhos devagar, e um a um fomos deitando no chão mesmo
Acordamos em outro sonho, desta vez, estávamos em uma ilha perdida no céu, um pequeno oasis em frente a nossos olhos, e onde era a cidade havia um castelo flutuante preso a milhares de outras ilhas através de correntes.
Havia uma certeza: se ela chegou, estaria lá agora, se não, estava nesse exato momento caindo para o infinito abismo abaixo de nós
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