Pode Me Chamar de Lina escrita por Tira os oios


Capítulo 1
Fora do Esperado


Notas iniciais do capítulo

Era pra ser uma One Shot, mas me empolguei e precisei dividir em cinco capítulos kk



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Eu estava diante daquela porta de novo. Meu coração estava a mil por hora. Dediquei tanto tempo por isso, e está na hora de mostrar o resultado do meu esforço.

A jovem possuía cabelos compridos e azulados, olhos castanhos e um corpo bem atraente. Segurava a maçaneta com uma mãe e apertava o cabo do violão com a outra, enquanto tomava fôlego para abrir a porta.

[Dois anos atrás]

—Você é muito corajosa de se inscrever para o show da primavera! Imagina passar naquela audição tensa, cheio de jurados prestando atenção em você... — imaginava a garota dos cabelos violeta. Estavam sentadas nos balanços do condomínio em que moravam enquanto conversavam.

— Tente me animar, Viollet! Eu já estou ansiosa o bastante! — nessa época, seus cabelos eram curtos e um pouco armados, e também usava uns grandes óculos de contorno vermelho.

— Foi mal... Mas de verdade, admiro sua coragem. Só os melhores entram para o show da primavera.

A garota corou levemente com o elogio. Em seguida, sua atenção foi tomada por um belo garoto com um visual de rokeiro e cabelos vermelhos. Ele olhou rapidamente para as duas enquanto passava, mas em seguida desviava para a garota que o esperava enfrente o portão. Esta por sua vez era lindíssima, fazia várias trancinhas em seus cabelos castanhos e tinha o estilo visivelmente compatível com o dele.

Quando o viu roubar um beijo da morena antes de saírem de moto, a azulada não pode disfarçar sua cara de chateação. Embora nunca tivessem tido uma conversa significativa com o garoto, ela o admirava desde que eram pequenos, pois são desde sempre moravam no mesmo condomínio, assim como sua melhor amiga Viollet. Ele muito provavelmente não sabe nada sobre ela, já ela sabia tanto sobre ele que era surpreendente, de tanto que o observa em segredo.

—Ei Lina, não fica assim.

A garota afastou os pensamentos e fez uma fingiu que nada tivesse acontecido.

— Assim como? Não acha que estou me doendo por um garoto que nunca conheci oficialmente, acha?

—Não, eu tenho certeza. Não conheceu oficialmente, mas poderia escrever uma biografia do Castiel.

—Pois é... O lado bom de ele estar namorando a Debra é que agora eu posso tirar isso da cabeça.

Viollet ficou sem saber o que falar por um instante, então preferiu mudar de assunto.

—Você não me mostrou a música que você vai apresentar.

Lina deu um sorriso de canto, se animando.

— Só vou te mostrar no dia da apresentação!

—Ei, assim não!

Lina riu.

— É amanhã, boba. Espere só mais um pouquinho.

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No dia seguinte, a jovem acordou com o som frenético e irritante do despertador. Sua respiração ainda estava funda de sono, e seus olhos meio aberto. Até que um clique em sua mente a fez pular da cama.

É hoje! Hoje vou mostrar tudo o que tenho!

Vestiu-se animada um short jeans, uma tomara-que-caia da cor de seus cabelos que mostrava uma alça do top que vestia por baixa, e um all-star preto e seus óculos. Foi para a sacada de seu quarto, e pulou para a do quarto seguinte (onde ficava o quarto da Viollet). Notou que a porta estava aberta e invadiu.

Viollet parecia um anjo dormindo, ainda mais com sem camisola fofa e seus bichinhos de pelúcia os quais dormia agarrada. Dava dó de acordá-la, mas aquele era um dia importante. A azulada pegou um pôneis de pelúcia da estante e atirou no rosto da amiga.

— O que? — acordou a garota, com uma voz rouca.

— Se arruma! Você vai comigo na audição, lembra?

—Ei, tenha calma, ainda haverá muitos candidatos antes de você.

—Mesmo assim, quero causar o maior número de boas impressões possíveis!

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— Obrigada mãe, não vai demorar muito — se despedia a garota na porta do teatro — vem Viollete.... — pegou sua amiga pelo pulso, ansiosa para entrar no recinto.

Havia muitos concorrentes que as encaravam a medida que pesavam no corredor. Viollete ficou vermelha de timidez, Lina um pouco, mas estava mais focada na sua apresentação que vinha em breve.

Finalmente encontraram um camarim vazio para ocupar.

—Pronto, agora posso te mostrar a minha música!

—Finalmente!

Lina abriu a capa e pegou o violão. Tocava e cantava totalmente concentrada, de olhos fechados, como se estivesse em outra dimensão, e não houvesse ninguém assistindo.

Debra, passando pelo corredor, teve sua atenção tomada pelo doce timbre da garota e encontrou na porta para escutá-la. Contorcia os lábios, sem querer admitir para si o quanto a garota era boa.

Ao dar o último acorde, abriu os olhos e se deparou com sua companheira sorrindo, com olhos cheios de admiração.

—Isso foi demais! Eu não posso acreditar que alguém aqui faça melhor que isso!

— Ora,vamos... Não é nada demais — dizia modesta, mas amando os elogios.

— É sim! Você está incrível.

—Obrigada... Bom, eles permitem assistir da coxia os outros candidatos. Vamos?

Ao perceber que elas se aproximavam da porta, Debra saiu imediatamente para não ser percebida.

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A sala em que estava ocorrendo à audição era grande, com o chão de madeira e iluminada com enormes janelas. Havia um espaço em frente à porta que era uns degraus mais alto que o restante, onde as pessoas se apresentavam. Bem a sua frente havia uma enorme mesa para os jurados e atrás as cadeiras para que quisesses assistir.

Havia muitas pessoas, mas as garotas encontraram dois lugares ao fundo. Ao analisar os jurados Lina teve um choque: Castiel era um deles! Ele faz parte da banda. Cutucou Viollete para mostrar e ela também não acreditou.

Conforme assistiam, a informação que o Castiel era um jurado foi esfriando na cabeça da menina, até aparecer a Debra para se apresentar. Cantou uma música agitada, que até animou os espectadores a acompanhar batendo palma no ritmo da música (coisa que nenhum outro participante havia ousado fazer). Ao final foi extremamente aplaudida com direitos a assovios. Castiel levantou-se e abraçou a garota, levantando um pouquinho e a beijando. Na hora de se retirar, avistou Lina em meio às pessoas e lançou um sorriso como quem dissesse “você nunca fará melhor”.

— Viollete... Eu não vou conseguir... — comentou a garota, depressiva. Sua autoestima caiu em um abismo num instante.

— Vai sim, eu preferi você a ela, juro. E você esperou muito por esse momento! Agora vá pegar seu violão que seu número está próximo!

A azulada concordou com a cabeça e saiu, ainda com um olhar pouco esperanço.

Abriu a porta do camarim de deparou com um pesadelo: as cordas de seu violão estavam todas cortadas!

—N-não! — ajoelhou diante do instrumento— quem fez isso?


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