Difficile escrita por Delcastanher


Capítulo 4
#04 Um beijo que nunca provei




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Clara estava linda. Entrava na igreja de braços dados com o Andrew que conseguia chorar mais que a própria filha no dia mais importante de sua vida. O homem sempre havia sonhado com o casamento dos filhos, mas nunca havia realmente parado para pensar sobre isso: seus três filhos não eram mais bebês e ele teria que aceitar esse fato. Bom, exceto pelo pequeno Jimmy, de nove anos, que sentava com Kurt nos primeiros bancos da igreja.

A capela estava lotada. O Sr. Anderson entregou sua filha para Teo com um sorriso enorme no rosto e logo se pôs ao lado do altar com Blaine. Clara estava radiante, ninguém podia negar isso. Seus cabelos negros - característica da família Anderson - presos no alto da cabeça completados em um véu com brilhantes do mesmo tom do vestido branco, simples e elegante. Por um vestido lindo assim, os Anderson viajariam até a Austrália.

Teo havia ganhado na loteria.

Blaine ficou a cerimônia inteira com um sorriso no rosto, olhos marejados porém orgulhoso demais para deixas as lágrimas caírem. Ele e a irmã eram muito apegados, desde pequenos, e o garoto não conseguia imaginar como seria seus dias agora sem a irmã pegando em seu pé logo pela manhã.

Os votos foram maravilhosos, tanto os da noiva como os do noivo. Foram pequenas falas de amor que deixaram todos emocionados com a capacidade de emocionar de ambos.

Nos bancos Burt tinha lágrimas nos olhos ao se lembrar dos seus dois casamentos, Kurt sorria encantado para a noiva enquanto Jimmy fingia não estar achando aquilo algo muito importante.

– Agora, diante às palavras de amor ditas um para o outro, com todos os amigos e familiares de testemunhas desse amor imensurável, dito que para o resto de suas vidas ficarão juntos. Desejarão apenas um ao outro, e que desse amor enorme se alimentem. Eu os declaro marido e mulher. Agora selem esse ato de compromisso com um beijo. - Disse o cerimonialista rabino encerrando o casamento.

O homem negro sorriu para a nova esposa e selou seus lábios em um beijo casto, perfeito para o momento e para os flashes que os fotógrafos disparavam.

Do banco, o Hummel menor observava tudo com uma certa nostalgia em sua mente, lembrando-se de quando Clara aparecera em casa pela primeira vez com Teo e fazendo Andrew ficar com ciúmes da pequena garotinha que havia criado. Desde aquele dia o relacionamento dos dois era forte como uma rocha, nunca terminaram ou sequer brigaram em frente de alguém, se é que brigavam.

Kurt sempre se inspirou em Clara e Teo em seu relacionamento com Sebastian, mas... Bem, não adiantava muito quando apenas uma das partes seguia o plano. E falando em Sebastian, o adolescente estava alguns bancos atrás do Hummel.

Blaine o observou durante todo o casamento de cima do altar, Sebastian encarando o ex-namorado tentando ver o quão quebrado Kurt estava. Porém o castanho se encontrava lindo, como sempre, apenas com olheiras enormes que nem o pó havia conseguido cobrir.

Todos os convidados agora seguiam para o salão que ficava ao lado da linda igreja. A decoração era entre oliva e marrom pinheiro, com rosas claras decorando todo o salão. As escolhas foram feitas por Blaine com a ajuda de Kurt, que estava orgulhoso do que o melhor amigo havia conseguido fazer, mesmo com seu mau gosto memorável.

Infelizmente, e por ser tudo muito recente ainda, as mesas dos Hummels e dos Smythes eram lado a lado, e assim que a cerimônia havia se encerrado e começado a confraternização, Kurt fez questão de se sentar na cadeira que ficava de costas para o ex-namorado, assim evitaria qualquer tipo de contato visual com Sebastian e Bob.

Claro que, Kurt não havia desistido. Não, isso era apenas uma etapa do seu plano. O Hummel tentava fortificar seu plano para quando Sebastian descobrisse sobre ele e Blaine estarem namorado.

Pensando no amigo, Kurt estava um pouco chateado por Blaine estar tão ocupado com o casamento. O adolescente havia se candidatado para ser o organizador, então estava sozinho por um tempo, mexendo em seu celular e lutando contra a vontade de ir até a mesa de Sebastian conversar sobre algo.

O almoço já havia sido servido e agora a banda tocava uma música agradável enquanto os noivos se preparavam para a primeira dança do casal. Pela primeira vez na tarde, Blaine conseguira se sentar. Decidindo ficar na mesa dos Hummels, já que não queria atrapalhar a mesa dos noivos.

Burt continuava a olhar desconfiado para o moreno, sem motivo aparente. Porém Carole conseguiu arrastar o marido até a mesa de um amigo da família para amenizar os olhares ameaçadores lançados ao Anderson.

– Eu ainda não acredito que foi você quem organizou tudo isso sozinho! Você é demais, B. - Kurt falava um pouco alto, com a intenção que Sebastian ouvisse a conversa de sua mesa por causa da pouca distância.

– Pensei que não conseguiria sentar. - Blaine fez uma careta como que estivesse morto de cansado. - Pensei que seria fácil organizar tudo isso, mas não é. Acho que perdi minha prancheta onde estavam agendados os horários... - Disse suspirando.

– E nessa prancheta marcava a hora que eu posso dançar com meu namorado? - Kurt brincou e Blaine sorriu cansado.

– Dança com o namorado falso, daqui a quinze minutos no salão principal. - Entrou na brincadeira, afinal sabia que não conseguiria tirar essa ideia maluca de fingir um namoro com o amigo. Kurt era impossível e Blaine sabia muito bem disso para não ousar intervir em seu plano.

– Então é melhor se programar, não quero você exausto pisando nos meus pés. - Blaine assentiu e com um sorriso fraco no rosto já se levantava e sumia do meio do salão atrás dos músicos da banda.

A música dos noivos seria cantada por Mercedes. Sua voz era perfeita para casamentos e durante o resto da festa alguns alunos do grupo de coral da escola cantariam, assim como Kurt e Blaine.

Ao ver o amigo sumir no meio da multidão, Kurt aproveitou para olhar a mesa onde Burt e Elijah conversavam, encarando Kurt e Sebastian por alguns segundos e logo voltando a conversar. O castanho tinha um sorriso no rosto, o plano estava dando certo e provavelmente a notícia do namoro com Blaine se espalhava pelo salão.

A valsa estava prestes a tocar e Clara e Teo se providenciavam para ir até o meio do salão. Blaine estranhou a demora do instrumental e começou a se preocupar com as coisas saindo de rumo. Todos haviam um plano cronológico para seguir e se algo atrasasse, o resto da festa poderia ser um desastre.

A melhor amiga de Clara correu até o adolescente desesperada. - Acabaram de me avisar que Mercedes teve que ir embora, sua mãe caiu das escadas e ela está no pronto-socorro. Aparentemente está tudo bem, mas estamos sem cantora para a valsa.

– Blaine! - A doceira apareceu em seu lado antes que o garoto pudesse responder Hillary. - Alguém colocou o bolo em baixo do exaustor e ele está derretido, e colocaram os doces dentro do freezer e as frutas estão todas congeladas. O que faremos? - Perguntou a mulher.

Enquanto o garoto se virava para responder a doceira, o chamaram.

– Blaine! - Disse a babá com um tom desesperado. - Jimmy tentou dar comida aos patos da fonte no jardim e caiu de roupa dentro da água. Preciso das chaves do carro para trocá-lo a tempo da sessão de fotos.

Blaine olhava para todos os lados. Todos falavam ao mesmo tempo.

– Blaine, as taças do brinde sumiram. - Dizia o copeiro.

– Blaine Devon Anderson, você quer me explicar essa história de você e Kurt estarem namorando? - Seu pai apareceu no meio da rodinha em que todos buscavam por uma solução. - Não pensei que você mentiria pra mim desse jeito, garoto. - Dizia num tom decepcionado.

– Blaine, as chaves do carro. - A babá cobrou novamente.

– O bolo está derretendo... - Disse a doceira impaciente.

– Precisamos de alguém para cantar.

– Esperem!!!!– Disse em um tom de voz mais alto que fez todos pararem de falar. Pressionou as têmporas por alguns segundos tentando resolver os problemas e continuou. - Sobre eu e Kurt, não, não estamos juntos. - Olhava
para seu pai tentando reconquistar a confiança do velho homem. - É apenas uma ideia idiota para fazer Sebastian perceber que ele não deveria ter terminado com Kurt, ok? Estamos fingindo, não conte pra ninguém. - O homem assentiu sem realmente entender.- Sobre o bolo e os doces, troque de lugar. Coloque o bolo no freezer e os doces debaixo do exaustor, mas apenas por alguns minutos, e deixe alguém de olho dessa vez. - A mulher agradeceu com um sorriso e caminhou pra longe. - Qual era o outro problema?

– Mercedes, taças e Jimmy. - Respondeu Hillary.

– Ok. - Blaine estava com uma enorme dor de cabeça e se aprendera milhares de vezes por ter se oferecido para organizar o casamento. Aquilo estava saindo de seu controle. Suspirou e encarou a amiga de Clara. - Vá até
a prima Jenny e diga que dispensamos a cantora porque queríamos algo mais pessoal. Ela tem uma voz linda e vai ficar lisonjeada de cantar no casamento de Clara. - A garota Clara assentiu e foi procurar pela prima. - Sobre as taças do brinde, houve um casamento no outro salão de festa há alguns minutos. Veja se eles não podem nos emprestar. - O copeiro assentiu e sumiu antes que pudesse receber uma bronca por perder os copos mais preciosos do casamento. - E sobre Jimmy, ele sempre faz essas burrices... - Blaine suspirou e tirou seu paletó, entregando para a mulher. - Não trouxemos outra muda de roupa, vamos deixar isso como um daqueles assuntos que nos lembraremos e daremos risadas por anos, o cubra com isso. - A babá agradeceu e sumiu.

O garoto de olhos cor de mel estava acabado. Quem diria que um simples casamento daria tantos problemas de uma vez só? Pelo menos, por enquanto, eles estavam resolvidos.

A atenção de todos fora chamada para o centro do salão onde as luzes focavam. Logo, uma mulher de cabelos curtos apareceu no palco com um microfone em mãos. A música ecoou no salão inteiro e a letra de The Marriage Prayer era cantada por uma voz doce que fez todos suspirarem encantados com a escolha tanto da música, como da cantora.

Clara e Teo ignoraram a mudança de planos de última hora e foram até o centro do salão para começarem a dançar. Todos sorriam e alguns aplaudiam o casal recém formado. Dançavam sorrindo, um para o outro, e era possível sentir o amor que um sentia pelo outro.

Agora os pais de Clara e os pais de Teo se juntavam na pequena valsa.
Kurt observava tudo de sua mesa, mas não encontrava Blaine em lugar nenhum. O moreno havia sumido de onde estava e deveriam ser os próximos a dançarem.

– Os padrinhos são os próximos a entrar. - Então Kurt o encontrou, ao seu lado, de mão estendida. Kurt sorriu feito bobo e aceitou, caminhando com o amigo até o centro do salão se junto à valsa junto com os outros padrinhos
e madrinhas em uma dança ajeitada. Logo todos os outros convidados dançavam ao som da música.

Kurt estava impressionado com os dotes de dança do amigo.

– Quando você parou de dançar mal?

– Eu nunca dancei mal. - Blaine fingiu que havia se ofendido, mas não durou muito tempo. Uma das mãos do moreno repousava um pouco acima do quadril de Kurt e a outra conectava com a outra mão. Os passos pareciam terem sido ensaiados por meses. - De onde você tirou isso? Eu nunca lhe disse que dançava mal.

– Você também nunca disse que dançava bem. - Kurt sorriu e, por um momento, nem se importou de ver Sebastian dançando com Bob no canto do salão. A música foi se acabando aos poucos. Todos aplaudiram Jenny e começaram a se dispersar do centro do salão. Uma nova música começou a tocar e alguns casais continuaram dançando. Blaine e Kurt seguiam de volta para a mesa quando Sebastian os parou no caminho.

– Blaine, ótimo casamento. A decoração, o planejamento, tudo. Kurt havia comentado que você estava encarregado de tudo. Fico feliz que tenha tudo dado certo. - Sebastian realmente dizia o que sentia, mas Blaine conseguia sempre achar uma pitada de sarcasmo em sua fala. - Kurt, você está lindo.

– Obrigado. - Disse fingindo não se importar com o elogio e tentou sair de perto do ex-namorado, porém o mesmo continuou.

– Eu ouvi os boatos. - O coração de Kurt parou por alguns instantes. - Sobre vocês dois estarem namorando. Na verdade, Burt comentou com meu pai. - Dizia encarando Kurt nos olhos, tentando decifrar se o castanho mostrava alguma reação.

– Burt sabe? - Blaine perguntou confuso. Kurt que apenas deu de ombros, voltando a encarar o ex-namorado. Tudo estava como nos planos do Hummel, porém sabia que se revelasse para o amigo que o primeiro passo seria fazer o pai descobrir, o Anderson não toparia a ideia.

– O mais engraçado foi ver meu pai conversar com o pai de Blaine, sabe, sobre golfe e essas coisas, e a conversa surgiu. O curioso é que Andrew não sabia desse namoro. - Sebastian tinha um sorriso cafajeste no rosto.

– É meio recente, sabe? Estávamos esperando para contar juntos, mas obrigado por se intrometer e contar antes de nós. - Blaine respondeu, cansado daquele cara. - Agora, se nos dá licença... - Puxou Kurt gentilmente pelo braço o mais longe possível do ex inconveniente.

– Mas vocês nem ouviram a melhor parte. - Sebastian disse em um tom mais alto, fazendo os dois amigos pararem e encararem o adolescente. - Então, ao saber do namoro, o pai de Blaine foi perguntar ao filho, e ele disse que era apenas um plano pra fazer ciúmes em mim. Divertido, não? - Kurt sentiu suas pernas bamboarem. Blaine o encarava como quem pedisse desculpas por isso. O Hummel, retirando forças de onde não sabia que tinha, suspirou e se virou, encarando Sebastian como se o que o adolescente falasse fosse uma barbaridade. As aulas de teatro serviriam para algo finalmente proveitoso.

– Você acha mesmo que eu seria capaz de chegar nesse nível, Sebastian? Achei que pelo menos nesses dois anos você me conhecesse um pouco mais. - Blaine estava impressionado com o amigo mantendo a mentira até o fim. - Eu fiquei mal por um tempo por terminarmos, mas então descobri que foi o melhor, e do meu lado tinha alguém que realmente se importava comigo.

Sebastian arregalou os olhos, aquilo não podia ser possível na percepção do adolescente. Se lembrava de ter deixado bem claro para Blaine se afastar de Kurt, ou pelo menos não o tratar platonicamente, para evitar coisas como essas. Então era isso? Kurt havia o trocado por um garoto franzino como o Anderson?

– E se isso tudo fosse fingimento. - Kurt continuou. - Se estivesse mentindo sobre estar com Blaine, seria eu capaz de fazer isso?

Kurt, com as mãos tremendo e um frio enorme na barriga, puxou Blaine pela camisa e aproveitou a boca entreaberta do amigo para pedir passagem com a língua. O amigo ficou sem reagir por alguns segundos, mas assim que sentiu o beijo logo correspondeu e puxou Kurt pelo quadril mais pra si.

Sebastian ainda tinha os olhos arregalados. Aquilo definitivamente não era fingimento. Seus pais deviam ter confundido toda a história e o Smythe ainda havia saído por baixo nessa situação toda. Deu uma última olhada nos dois garotos em sua frente se beijando, virou meia volta e saiu do salão com um tanto de raiva. Se Kurt e Blaine realmente estavam junto, quem garantia
que eles não tinham um caso enquanto ele e Kurt ainda namoravam? Ah, ele tiraria essa história a limpo. A festa havia acabado ali para o Smythe.

O beijo acabou lento em alguns selinhos demorados. Os adolescentes ainda tinham os olhos fechados e uma falta de ar enorme quando se separaram. Se encararam segundos depois, sem saber ao certo. Desviando o olhar, perceberam que havia uma boa quantidade de pessoas os encarando, como se aquele beijou houvesse sido esperado por muito tempo.

Não era segredo na cidade que Kurt e Blaine eram melhores amigos. Eles viviam um na casa do outro, companheiros de baile, festas, e por mais que Kurt estivesse namorando Sebastian, todos imaginavam que um dia os dois amigos acabariam juntos, porque ninguém mais se lembrava do tempo que eles não eram amigos, estavam juntos desde sempre. Melhores amigos que faziam juntos.

Bom, eles nunca haviam feito aquilo.

Ao perceberem que Sebastian havia saído há algum tempo, Kurt e Blaine gargalharam rapidamente e tentaram procurar o Smythe pela multidão, desistindo logo em seguida. Após a crise de risos, Kurt e Blaine caminharam até a mesa dos Hummel, tentando evitar algum tipo de contato até finalmente se sentarem.

– Você é louco! - Se sentaram lado a lado enquanto tentavam ignorar os convidados ainda o encarando. Blaine ainda tinha um sorriso incrédulo nos lábios. - A cidade inteira estava olhando, você sabe que vão comentar disso por meses, certo?

– Em Lima? Sei. - Kurt gargalhava sozinho.

– Meu deus. - Blaine passava a mão pelas mechas que saíam do gel. - Você realmente não tem limites pra conseguir o que quer, Kurt. Meus pais... Seus pais! Burt deve estar me odiando agora, Kurt! Dormimos juntos no deserto, o que você acha que eles estão pensando?

Kurt apenas dava risada do que o amigo se preocupava. – Relaxa, Blaine. - Kurt parou de gargalhar finalmente e deu um longo suspiro. O amigo estava certo, aquilo havia sido uma loucura. - Você falando assim até parece que foi uma coisa ruim.

– Ótimo não foi. - Respondeu sarcástico. - Todos nossos amigos olhando... Você tem noção do que acabamos de fazer? Que vergonha, Kurt.

– Você está reclamando, mas lembro muito bem de ter respondido o beijo. - Kurt deu de ombros e sequer viu o amigo corar furiosamente. - Fica calmo, ninguém liga mais pras coisas que os adolescentes fazem, estão todos acostumados. Quinn saiu com metade da cidade e ninguém fala dela. Relaxa. - Blaine suspirou. Talvez o amigo estivesse certo. - Aproveita o lado bom.

– Existe um? - Perguntou o moreno.

– O beijo pelo menos foi bom.

Blaine gargalhou ao ouvir o que o amigo havia dito e resolveu não responder nada, pegando um copo de água na mesa e dando um gole grande, tentando engolir aquela ideia de que havia beijado Kurt na frente de toda sua família, da qual negava algo com o amigo desde que se lembrava.

– Não foi? - Kurt insistiu por uma resposta.

– É, é, Kurt. - Assentiu. - Podemos agir como amigos agora?

– Você está fazendo pouco caso de mim. - Kurt estava realmente ofendido. - Meus beijos são ótimos, e aquele beijo foi bom demais pra você fazer pouco caso e não querer conversar sobre isso. - O Hummel gargalhava com a confusão que estava conseguindo fazer com o melhor amigo.

– Já tive melhores. - Blaine brincou ao ver o rosto de Kurt se
encher de dúvida e gargalhou sozinho por alguns segundos.

– Eu posso melhorar essa nota...

– Só nos seus sonhos. - Blaine sorria sozinho. - Pra melhores amigos acho que já nos beijamos o suficiente pra uma vida inteira. Além da vergonha... Eu quero entrar naquela cozinha e sair só no final da festa.

– Você que sabe, porque eu quero dançar com meus amigos. - Kurt
se levantou da mesa. - E acho que você está me devendo umas histórias, porque nos meus registros eu pensei que você só havia beijado Matt Smith na sexta série. - Kurt deu uma piscadela pro amigo e foi até o salão com Quinn e Tina que dançavam animadamente.

Blaine odiava o melhor amigo. O odiava por saber tanto sobre sua vida, por o pressionar psicologicamente para fingir ser seu namorado, o odiava por todas as coisas. Mas o odiava ainda mais por ter um beijo tão bom, daqueles quais a pessoa não consegue ficar longe.


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Notas finais do capítulo

Kisses, a lot of them! hihih

Me digam o que estão achando, tudo bem?
Prometo aparecer rapidinho se o feedback for bom!
Nos vemos no proxxx ♥



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