Sons of the Sea escrita por glowodair


Capítulo 1
The first sign




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Correndo no árido deserto do Egito, os cinco pares de pulmões e os cinco pares de pernas dos cinco Wates travaram quando escutaram um barulho, o baque da mochila contra a areia, o baque do corpo contra a mochila, era o corpo de Amélia Ayewate. Com uma perfuração infeccionada, o tronco de Jake Seawate traiu o resto de seu corpo, avançando para a areia, enquanto sua boca cuspia sangue.

— É impossível, vocês sabem disso – Ash Thruwate protestou contra o resto do grupo, que apenas encaravam o corpo dos dois amigos jogados na areia quente.

— Se continuar pensando negativo, nós nunca vamos chegar até lá – Faye Issenwate apontou um dedo para Ash.

— Vocês! Sabem! Disso! – Ash começara a gritar – Nós estamos há sei lá quantos dias de Hurghada, e nem sabemos se vamos encontrar o maldito senhor dos caralhos que Amélia disse! – Jake Seawate passou o dedo entre as madeixas amarronzadas e desceu até a boca – Viu? Ele concorda comigo – e Ash apontou para Jake. Tattie Amiewate e Faye olharam indignadas para Jake, que estava sentado na areia ao lado da garota Ayewate.

— Eu não falei nada! Porra... – Seawate ergueu os braços e tossiu sangue na areia novamente.

— Ninguém nunca disse que seria fácil, eu vou dar o resto da minha água para Amélia e Jake, não ouse ficar louco agora, Thruwate – Mike Niarwate avançou contra Ash – Josh poderia ter vindo com a gente – Niarwate quem falava, e pela primeira vez depois de dois dias da morte da irmã, todos consequentemente se calaram.

Amélia era a pior de todos, o uso excessivo de seu poder a deixava mais fraca que os outros, e depois do ataque estava ainda mais debilitada, todos precisavam dela, não havia jeito de voltar depois de tão longe, Jake havia sido o mais atacado depois de Amélia a situação quase tão péssima quanto. Ela agarrou a garrafa de água com tanta ferocidade que os outros se assustaram, e passou o resto para Jake, assim que acabou de tomar o último gole de água a única coisa que se ouviu foi o grito de guerra que ecoou pelo ar, o grupo se entreolhou em puro terror. Annie Luvwate confirmou e todos e correram desesperadoramente. Mike levou Amélia nas costas e seguiu o grupo como um raio.

*Duas semanas antes antes*

Depois que Mary Ayewate recebeu uma visão em que todos os Wates teriam seus membros que participaram da guerra contra os Kane mortos, e as outras famílias apenas terem a ignorado, e um por um, os que participaram da guerra das oito famílias foram morrendo, não havia o que fazer, felizmente Mary continuou viva, pois recebeu uma visão no dia de sua morte e assim a impediu, os membros do conselho de cada família se reuniram e decidiram que era mais sábio voltarem a morar juntos assim como nos cinco anos depois de suas expulsões de Atlântida. Saindo das costas litorâneas de toda a América, Os Luvwate, Ayewate, Trillwate, Amiewate, Seawate, Niarwate, Thruwate e Issenwate passaram a morar em conjunto em três casas vizinhas uma a outra, de frente para o oceano na cidade de Laguna Beach, Califórnia, afinal, eram dezoito pessoas num mesmo espaço, a primeira reunião do conselho em Laguna Beach começou e Mary Ayewate iniciou a discussão.

— Bom, agora vocês sabem como não é sábio ignorar as minhas visões, nossa família tentou alertar a todos na guerra e de novo nesses tempos, e fomos ignorados como sempre – e agarrou uma taça de vinho tinto.

— Já pagamos o preço, Mary, espero que estejam todos confortáveis, afinal essas casas não foram muito baratas, mas uma casa só chamaria muita atenção para dezoito pessoas e quem fez o que fez poderia facilmente notar, desse jeito chamamos menos atenção – Lea Luvwate se proclamou e depois engoliu seco – E sem falar! que podemos apenas abrir o portão do quintal e em alguns metros temos água! Não precisamos nos preocupar com isso.

— Quer saber com o quê eu estou preocupado? – Gabriel Amiewate bateu com a palma da mão direita contra o vidro da mesa e elevou o tom de voz – Com aqueles malditos Kanes!

— Gabriel, querido... Não quebre a mesa, custou uma fortuna – Vickie Seawate realçou o olhar contra o Detector – Vamos todos nos acalmar, nem sequer Mary sabe se foram eles.

— Vickie, não há necessidade de usar seus poderes, eu tenho classe – o Amiewate ergueu uma das sobrancelhas e descansou as costas no encosto almofadado da cadeira – E não me venha com esse papinho, todos nós sabemos que foram eles.

— Sabe, os Kanes e os Wates não são as únicas raças que Poseidon criou – Melissa Niarwate preencheu o silêncio e bebericou um pouco do conteúdo em sua taça – Todos nós sabemos disso – e encarou Gabriel.

— Ah me poupe Melissa, essa conversa de novo? – o Detector revirou os olhos.

— Melissa, você quer considerar que foram... – Faye Issenwate era quem estava falando, e deu uma risada nervosa – As Mernes? Não temos notícias daquelas coisas já tem uns cem anos.

— Não, vocês sabem que não, Daniel jurou que viu uma quanto tinha oito anos, ele me contava essa maldita história quase toda semana – a Niarwate quase saltou da cadeira, parecia que iria protestar, mas desistiu.

— Melissa, ô querida, Daniel adorava se aventurar afora Atlântida, nós... – Mary começou a falar e se calou – Eu sei, eu também escutei por anos esta mesma história.

— Bom! – Josh Thruwate começou – Já deixando os contos de fada de fora – e virou para Melissa, que o encarava feio – Ahn, sem ofenças Niarwate, mas todos nós realmente sabemos que foram eles, Mary você não disse que escutou gritos de guerra? Na visão da sua morte? – A senhora Ayewate concordou com a cabeça – Quem mais conhecemos que possui um grito de guerra que pode ser escutado a três quilômetros de distância?

— Finalmente! – Gabriel Amiewate ergueu os braços para o alto – Esse é o ponto!

— Sendo os Kanes, como diabos nós estamos seguros aqui? Se eles sabiam onde os outros de nós morávamos antes – a última Issenwate perguntou.

— Por mais que não pudéssemos ter impedido antes – o Detector respondeu, limpando a garganta – Ao menos eu e Tattie, salvar Amanda, agora eu reconheço o rastro, pelo menos dos que invadiram nossa casa – e se calou.

— O Detector admitindo um erro! Uma salva de palmas! – Lia Trillwate sorriu ironicamente e Gabriel ameaçou levantar de sua cadeira.

— Pelo amor de Poseidon, somos civilizados! – Mary Ayewate levantou de sua cadeira e bateu seu garfo contra sua taça – A reunião acabou, o sino de alerta está montado no jardim e temos outro no quintal, caso estejam em qualquer perigo corram até ele e... – todos escutaram o barulho do sino ecoando pelo terreno e correram até as janelas, empurrando as cortinas e procurando suas famílias.

Ash Thruwate, Leo Ayewate e Victor Trillwate estavam perto do sino do jardim, todos segurando garrafas de bebidas alcoólicas e rindo histericamente, quando Tattie Amiewate, Annie Luvwate e Amélia Ayewate, apareceram desesperadas no jardim do sino gritando "O que aconteceu?", cada uma empunhando sua arma favorita, os garotos apontaram para as três Wates e riram ainda mais, Ash chegou até a cair no gramado, as três garotas pousaram suas mãos nas cinturas e berraram xingamentos para os garotos, os membros do conselho que viam o acontecimento pela janela falaram em um uníssono.

— Não vai se repetir – Mary, Lia e Josh, líderes das famílias de Leo, Victor e Ash disseram ao resto do conselho.

Já era tarde, depois do episódio do sino Ash, Leo e Victor desafiaram Tattie, Annie e Amélia a pularem no oceano, Amélia quem era a mais "para frente" delas concordou.

— Só porque eu não sou uma bichinha assustada que nem você, Victor – a mais nova dos Ayewate falou e saltou da sacada de madeiras, mergulhando direto para o oceano num movimento gracioso.

— Seus comentários destroçam o meu coração, Amélia! – o Trillwate gritou quando Amélia voltou a superfície.

— Você vem, Tattie? – a Luvwate perguntou, pulando da sacada também, e nadou até Amélia.

— Bom, a Tattie não vai, mas eu vou – o Thruwate mergulhou e se juntou as meninas, Leo fez o mesmo.

— Vou ficar aqui – Victor falou.

— Eu também – a Amiewate concordou.

— Vocês são uns caretas! – Ash gritou e brincou em pegar no tornozelo das meninas.

— Já está bom, Ash, bu-hu-hu você é uma Merne – Annie falou e espichou água no Wate.

— Tá certo, Ash, nós já entendemos – Amélia quem falava, começando a se estressar.

— Eu não fiz mais nada, juro – Ash ergueu os braços para o alto, Leo também.

— Aham, e quem fica pegando na minha canela? – Amélia perguntou.

— Juro que não sou eu também – Leo soltou.

— Pare de nos assustar, Amélia, sabemos que você adora fazer isso – Annie falou, se sentindo desconfortável.

— Certo, certo, então não são vocês – Amélia disse revirando os olhos, e de repente, foi puxada para o fundo da enseada.

— AMÉLIA! – Annie gritou.

— Ela está brincando! – foi tudo que Ash conseguia dizer.

— É, ela só está brincando, ela sempre faz isso – Leo concordou, franzindo o cenho.

— AMÉLIA! – Annie continuava gritando, com os olhos arregalados.

— O que aconteceu? – Tattie gritou da sacada.

— Amélia está brincando! – Leo gritou de volta, vislumbrando a água em busca da amiga.

— Não sabemos se ela está brincando – Annie gritou, por fim.

E ela não estava.


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Notas finais do capítulo

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