In Case escrita por Lydia


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

EU JURO QUE POSSO EXPLICAR
O capítulo esta pronto a 35 dias, mas meu PC pifou com o capítulo salvo nele. Eu, infelizmente, não comprei um pen drive novo para salvar os capítulos. A peça que precisava pra consertar o PC só vendia em SP e o cara que arrumou ia lá de 15 em 15 dias, mas ele não foi e desgraçou minha vida.
Consegui pega-lo hoje, e acabei de instala-lo. Vim correndo postar o cap.
Me perdoem, por favor. Juro que vou recompensar vocês.

Boa leitura...



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In Case

 Violetta andava tranquilamente pelas ruas tão conhecidas.

 Era uma quinta feira a tarde e, depois de suas aulas do dia acabarem, ela estava indo para procurar um novo emprego. Não seria fácil, no entanto.

  Fazia algum tempo que ela não se preocupava com o trabalho. Afinal, depois de tantas novidades em sua vida tornou-se impossível voltar a rotina de antes.

  Mas agora era diferente. Mesmo tendo León e o dinheiro do casamento, ela queria um trabalho. Se sentir independente — e quem sabe não se xingar, mentalmente, sempre que pensa que está se casando por dinheiro. Céus, ela sentia-se doente só de pensar assim. Mas, também, sabia que era necessário. Era pela sua família, pelo seu futuro e de uma certa forma, por León. Era importante para ele conseguir o domínio da empresa e não só pelo dinheiro, mas porque aquele era o império da sua família. E ele queria manter assim.

  Suspirando, a mulher de madeixas, agora, loiro escuro saiu do prédio onde fez mais uma entrevista. Foi bom, apesar de tudo. Ela estava confiante.

  — E então? Como foi? — a voz de Ludmila soou quando estava a menos de cinco passos de distância da amiga.

  — Acho que bem. Mas vamos esperar para ver — sorriu pouco, puxando-a para andar.

  Alisando seu vestido rosa escuro, Ludmila mordeu o lábio inferior enquanto equilibrava um copo de café e sua bolsa chanel.

  — Eu vi a Francesca no starbucks — comentou de forma casual, mas sua voz ficou trêmula ao dizer o nome da italiana.

  Olhando-a de soslaio, Violetta reprimiu um grunhido. Lembrar de sua amizade com Francesca era doloroso, principalmente pela forma como tudo acabou.

  — É mesmo? — perguntou, casualmente. Ludmila apenas balançou a cabeça em confirmação.

  — Eu tentei cumprimenta-la, mas ela virou o rosto. Fingiu que nem me conhecia. — Era óbvio o tom decepcionado em sua voz.

  Violetta mordeu o interior da bochecha, sentindo raiva da antiga amiga. Foi um ato idiota ignorar Ludmila. Ela parou de repente, virando para a amiga que arrumava sua trança distraidamente.

  — Sinto muito, Ludmi — murmurou com sinceridade. — Não é justo ela puni-la por uma briga que é minha e dela. — Seus olhos transbordavam a frustração.

  — Não é sua culpa. — Sorriu. — Eu só fico chateada por ela ser tão infantil ao ponto de brigar com você por estar correndo atrás dos seus interesses — disse, mudando o peso de uma perna para a outra. — Sabe porque eu fiquei do seu lado mesmo achando uma loucura você se casar com o Vargas? — Perguntou com o tom de voz calmo, o que tranquilizou Violetta.

  — Não — respondeu, rápido.

  — Porque eu amo você como uma irmã. E não importa quanta merda você faça da sua vida, eu estarei aqui para te apoiar. Não seria justo te julgar por tentar ajudar sua família.

  Sem conseguir se segurar, Violetta explodiu em um sorriso. Era bom ter um apoio. E melhor ainda quando esse apoio é da sua melhor amiga.

  — Você é demais!

  — Não — negou, fazendo a outra erguer as sobrancelhas em descrença. — Eu sou maravilhosa! — Agarrou os braços da amiga e saiu, enquanto riam.

  Em momentos assim, a Castilho era capaz de esquecer os problemas.

  Não se lembrava que o seu pai estava preso em uma cadeiras de rodas e que tinha que sustentar ele, a mãe e os irmãos com o pouco do dinheiro que ainda tinha. Que Alice precisou pagar o aluguel daquele mês sozinha, porque ela tinha que mandar os remédios para o pai… Entre vários outros que nem valiam mais a pena se importar.

  Mas não importa o que era, tudo voltava para sua família.

  Querendo ou não, eles eram a sua ruína.

  — E como vai os preparativos para o casamento?

  — Ainda nada — murmurou com tristeza.

  — Como assim nada?

  Pararam em um banco numa pequena pracinha e sentaram, observando a visão do lago a frente.

  — A mãe do Federico ligou para ele no sábado e, como ele não estava por perto, eu atendi. Acabei comentando algo sobre o casamento mas então ela perguntou do que eu estava falando. Acredita nisso? Ele não contou para a mãe dele! E, pior: mentiu dizendo que todos da sua família já sabiam do nosso noivado. — Sua voz estava ofegante em raiva e decepção.

  — Oh — foi tudo o que Violetta conseguiu dizer, de imediato.

  — Pois é — suspirou.

  Bebendo um último gole do seu café Violetta se levantou e jogou o copo na lixeira mais próxima.

  — Bom, você mesma disse que a família dele é bem rigorosa — disse, enquanto se sentava novamente. — Talvez ele só esteja com receio de como vão agir.

  A loira mordeu os lábios cor de rosa, desviando o olhar para as crianças que jogavam pequenos pedaços de pão para os pássaros.

  — Talvez você esteja certa, mas ainda sim é frustrante saber que ele mentiu para mim assim. E sobre um assunto tão importante.

  Apesar de achar que era um pouco de drama da amiga, Violetta também a entendia. Para ela a aprovação da família era importante e Federico sabia disso.

  E, quem sabe, por isso mesmo mentiu.

 

 * * * *

 

  A noite, ela estava na casa de León. Como fizeram praticamente a semana toda, uma vez que seu apartamento estava ocupado com Alice e não teriam tanta privacidade.

  Eles estavam na sala, comendo pizza enquanto conversavam. Violetta, no entanto, notou o distanciamento do namorado.

  — Está tudo bem? — perguntou-lhe.

  Ele levantou a cabeça e suas orbes verdes brilharam. Era ruim concentrar-se quando olhos tão intensos e bonitos a encaravam assim.

  — Estou bem. Apenas distraído — murmurou contra um sopro.

  — Parece que algo está te incomodando — insistiu. Não queria obrigá-lo a falar, mas queria deixar claro que notou seu comportamento estranho.

   Soltando um suspiro, León passou as mãos na nuca e abriu a boca para falar algo, mas fechou-a em seguida. Isso apenas intrigou ainda mais a ela.

   — Veja, só estou preocupada. Há dias você anda distante e com essa cara de preocupado. Se não quiser falar, tudo bem. Mas estou aqui, certo? Apenas quero ajudar — disse devagar, com sinceridade estampada no rosto e na voz.

   Sem dizer uma palavra, ele se levantou e a puxou junto com ele, abraçando-a. Era o que precisava para confortar seu coração e ter a certeza de que não era nada com ela, mas algo diferente. Algo que o perturbava.

   — Eu vou falar, OK? Só… só não agora — cochichou em seu ouvido.

   — Eu espero — concordou.

   Ela o abraçou mais forte e ele retribuiu, sentindo seu amor e deixando-o tranquilizá-lo.

   Afinal de contas, o mundo longe dos braços dela estava uma merda.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Vou postar um novo capítulo antes de domingo. Dependendo dos reviews posto até amanha.

CENA DO PRÓXIMO CAPÍTULO:
"— Não imagina o quanto me arrependo de ter te deixado — murmurou com voz adocicada.
— Se toca, mulher! Eu deixei você. Tive que te pegar com outro na cama para ver a verdade sobre você que devia ter percebido muito tempo antes — sua voz elevou alguns oitavo, enquanto mantinha distancia da figura feminina a sua frente.
— Que verdade?
— Que você é uma vadia manipuladora. — Sua voz saiu com desprezo notável."

Até logo, meus amorecos ♥



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