A Brisa escrita por John Riordan
Notas iniciais do capítulo
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Elena estava deitada em seu beliche com as pernas apoiadas em uma pequena mesa que a garota tinha puxado pra perto da cama. Usava uma blusa branca estampada com estrelas douradas, na parte de baixo trazia um short jeans e calçava All Star preto. Tinha acabado de conversar com Tobias pelo celular e estavam debatendo se deviam realmente fazer o trabalho de história que a professora tinha passado sobre seus descendentes, resolveram que trabalhariam nisso ao mesmo tempo fariam o trabalho de religião sobre a teoria que as almas nunca “morrem”, só mudam de corpos. Bem, ele mandou a mensagem que iria chegar daqui a alguns minutos. Elena levantou cansada demais para continuar ali e ligou o Notebook, tinha quase uma semana que não respondia os pais e mais quase um ano que não os abraçava isso fazia ela se sentir mal, esperava que Tobias pulasse os degraus e chega-se aqui o mais rápido que ele pudesse ou a “ lâmina maldita” iria visitar o braço de Elena mais uma vez. Abriu as gavetas e pegou os diários das tataravós e começou a folhear eles. A janela se abriu e uma leve brisa entrou no quarto trazendo junto a ela o cheiro de terra molhada que Elena tanto gostava; naquele momento a porta se abriu, era Tobias com sua blusa estampada de Mickey como sempre, seus olhos azuis investigando tudo e logo depois ambos estavam rindo.
- Adianta, não quero quase ser reprovada de novo em religião
- Entre para um convento, tenho certeza que tiraria dez em religião
Elena revirou os olhos e chegou um pouco pro lado na cadeira para Tobias se sentar, logo estavam enfiados no Google pesquisando tudo sobre a teoria das “Almas Imortais” e ainda não tinham achada quase nada.
- Tenho uma ótima idéia, que tal esquecer esse trabalho e aprimoramos nossas técnicas de beijo e sexo?
- Eu não vou beijar você de novo e não estou afim de transar
- Nem uma rapidinha ?
- Nem estilo Flash. Agora cale-se e me ajude aqui
Passaram horas jogando conversa fora e procurando alguma coisa que nem repararam que o sol já estava se pondo.
- Estou tão cansada...
- Também, venha vamos nos deitar e fingir que somos um casal
- Coisa que não somos...
- ... e nunca seremos. Você já me falou isso mil vezes
Arrastaram-se para cama e deitaram ali junto com seus corpos colados para Elena não cair da cama, a garota fechou os olhos e mais uma vez sentiu a brisa entrar novamente em seu quarto, o sol iluminando o seu rosto e o de Tobias e logo estavam fingindo dormir. Talvez se abrissem os olhos naquele momento viriam a resposta de seus trabalhos, a brisa não era simplesmente o cheiro de terra molhada, ela carregava memórias de séculos. Uma bela Elena em um vestido branco e com a postura mais nobre que conseguia ao lado de um Tobias com o cabelo no ombro e vestido com quaisquer farrapos; Ao lado deles vinha o outro casal, uma Elena um pouco mais apimentada, com as roupas dos anos 70 e um sorriso travesso na face e junto a ela mais um Tobias um pouco mais sofisticado, ele balançava a cabeça negativamente. A brisa que entrava naquele quarto presenciou gerações, talvez as mais marcantes e agora estava na hora daquela Elena e aquele Tobias entrar na história, mas antes tinham que conhecer o caminho que suas almas fizeram até ali. “Que a Brisa carregue nossas memórias para toda eternidade”
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