Logo Gil parou tudo, fazendo com que tirasse minha mão. Merda! O que será que tinha dado nele? Havia desistido? Ele começou a mexer no bolso da bermuda, mas ele fez uma cara como se fosse obvio que não carregasse nos bolsos o que procurava. Quem carregaria uma camisinha no bolso para andar pela praia?

– Não tenho nenhum preservativo. – Ele voltou-se vermelho, naquele momento eu e ele nos demos conta do que estávamos prestes a fazer. Tenho certeza que fiquei tão corada quanto ele.

– Tudo bem. – Não, não estava tudo bem. Eu o queria, meu corpo o desejava, me sentia insaciada. Levantei e me ajeitei. – Você pode ter usado as que tinha com alguma menina por aí. – Eu geralmente não era ciumenta e não agia deste modo, mas naquele momento não sabia exatamente como reagir. Porém depois que falei, me deu medo da resposta. E se houvesse outra “menina”?

– Nunca teve nenhuma menina Sar. – Ele falou sério. Parecia que tudo que eu fazia ou falava, tirava-o do sério.

– Nem eu. – Respondi irônica, chegando até a parecer sínica.

– Pelo menos eu te amei. – Suspirou, tentava acabar com aquela situação constrangedora que estávamos.

– Eu te amo. – Olhei para o mar, era a única maneira de desviar meu olhar dele. Baixei minha cabeça em seguida. – Mas tudo bem, não era para ser. – Fitei-o com relutância.

– É. Não era. – Ele quem desviou o olhar. – Posso te ver a noite?

– Eu... – Respirei fundo, estava em um momento extremamente constrangedor. – Eu não sei se vou sair a noite, vou para casa, nem fui ver a Catherine ainda.

– Tudo bem. – Ele se conformou.

Assim saímos, cada um para um lado, sem falar absolutamente nada.