E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 29
Eu te perdôo


Notas iniciais do capítulo

" O que esperar quando já se está esperando?"


#seguremsuasemoções



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Duas semana após o reencontro de Mike, Olivia e Annelyn, algumas coisas iam se consolidando entre eles. Pensando assim, uma nova família estava fixando suas fortes raízes em NY. Tudo perfeito em uma cidade que, só por seu apelido, Big Apple (A grande maça) é impossível não apaixonar-se e sentir à fundo algo tão forte como essa fruta tão doce e suculenta simboliza à nós. Quem ousa ser o individuo que não gosta dese fruto tão maravilhoso?! Bem, existe até uma classificação grosseira para este ser, mas cada um com o seu cada qual. Sem ressentimentos.

Em Chicago, as lacunas que merecem ser preenchidas davam um ar de incompletude. Bastava o chefe Dodds não estar em coma induzido devido ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) agudo e traumatismo craniano - das bordoadas violentas de Mike; Ryan não ter sido assassinado e enterrado, possivelmente, levando com si, as pistas que conduzem os dois maiores comandantes de policia à prisão. E, por fim, Voight, por ter deixado a chefia da Unidade de Inteligência por estafa emocional, sobre algumas negligências que acima de seu comando se estabelecia. Indo de encontro a vida pessoal do ex-sargento, ela está se tornando um caos total desde o último telefonema em que recebeu. Bastou lembrar-se deste breve acontecimento para logo procurar tranquilidade em pequenos comprimidos de calmantes que sempre se situa encima de seu criado mudo - acompanhado de um generoso copo com água. Ele passou a medicar-se regularmente desde que a insônia se tornou sua pior inimiga. Era impossível ele parar de tomá-los. A ansiedade era grande.

No dia seguinte...

Voight havia acabado de acordar. Como de costume, sempre fica sentando e pensativo à beira da cama. Enquanto olhava para a janela, pôde relembrar de alguns momentos felizes em que lhe ocorreram em épocas passadas. Lembranças que eram bem acompanhadas de um breve e tímido sorriso de canto de boca - demonstrava estar mais tranquilo. Não demorou muito a ser interrompido pelo som da campainha. "Alguém" o chamava assiduamente, lá fora. Ele sabia que Erin já tinha ido trabalhar e mesmo perto das escadas, pronto para descer, resolveu gritar por ela como de costume “- Erin!" - realmente pôde ter certeza que ela não o respondia de imediato e por vontade própria desceu meio tonto devido aos efeitos dos remédios e atendeu à porta. Ao abrir, se surpreendeu por receber a visita inesperada da Dra. Spivot. Ela, por sua vez, sustentando um sorriso amigável disfarçando um pouco do receio por procurá-lo.[Vale a pena lembrar que o último encontro dos dois não foi nada bom.]

— Bom dia, Hank! - sorri

— Bom dia, Chase. - a responde com uma voz meio ociosa, retribui o sorriso e mantém o contato visual com ela.

O silêncio toma conta do momento por alguns segundos. Suspiros espontâneos de ambos eram o ingrediente principal, demonstrando que tinham algo interminável mantendo-os ligados. Os dois se olhavam. Esperavam pela coragem. Alguém tinha que se doar a falar primeiro.

— Chase, por quê não entra para que possamos conversar melhor?- a convida educadamente, cortando o silêncio instigante e teimoso que se estabelecia. Sai do meio do portal, encostando-se à porta para que ela adentra-se ao local.

— Obrigada! - o responde serenamente.

Spivot adentra calmamente ao local, seguindo Voight até o cômodo em que ele escolhera para se acomodarem e ficarem à vontade. Ela estava temerosa por conversar algo com Voight de que o envolveram, no passado. Tomavam um café enquanto o momento era oportuno e desenrolado. Um deles daria o braço a torcer em algum momento.

— Hank, eu sinto muito por ter te ligado inesperadamente, há uma semana, e ter aparecido aqui assim. Foi algo que precisava, sabe? - revela ao lamenta-se, simultaneamente. Leva a xícara de café à sua boca e desvia seu olhar ao dele.

— Não... Tudo bem, Chase. – a responde calmamente e a observa, quanto a suas expressões corporais e faciais.

— Lembro-me de quando brigamos por você ter me pedido algo em que não queria fazer, na última vez em que nos vimos... - relembra vagamente, ainda temerosa e cuidadosa.

— Sim, você fez bem em não ter aceitado e ter me aberto os olhos. Fui um completo idiota por perceber que não era te fazendo seduzir o Mike que eu iria conseguir a Olivia de volta. - diz arrependido, deixando transparecer todo o desapontamento. Spivot o olha atentamente, ficando surpresa com a forma que seu olhar e voz transparecia toda sua sinceridade.

— Hank, posso lhe fazer uma pergunta? - o indaga, repentinamente.

— Se é sobre isso, eu prefiro... - se antecipa, mas logo se cala.

— Você já me amou? - pergunta, a bela Doutora.

— Sim! - a responde, confirmando juntamente ao balançar a cabeça.
Ele a vê ensaiar algumas lágrimas e, em seguida, abaixa sua cabeça com os olhos fechados, logo de imediato a sua resposta. Parecia estar relembrando e se lamentando, internamente, de algo muito serio. Ele não deixou por menos e começou a afagar o ombro dela. Não resistindo, nem durou muito tempo até puxá-la para perto de si e abraça-la bem forte.

— Me perdoe, Hank. Me perdoe... - diz dolorosamente, ainda abraçada com ele, entre os soluços e lágrimas iminentes que escorriam de sua face e molhavam a camisa dele, na altura de seu ombro.

— Eu te deixei no momento em que mais precisava de mim. Não deveria ter feito isso, nunca! - revela com um certo pesar em sua voz, aproximando-a mais de seu corpo e a envolvendo mais forte com os seu braços. Não segurou a tristeza e estava em prantos junto a ela.

Era dois corpos que transmitiam a mesma emoção e dor que sentiam de anos atrás. Eles choravam por algo que ambos queriam, por um acidente, não pode acontecer.

— Deveria ter ficado em casa e não ter ido àquela colônia de férias da faculdade, em Cancún... Era pra mim ter lhe ouvido, Hank! Me desculpe por ter perdido o seu filho! - desabafa ainda muito triste enquanto enxuga a as lagrimas ao se afastar do ex-sargento, dando as costas para ele.

— Não a culpo por nada disso, ele não era só o meu filho, era nosso! Foi algo em que não era pra acontecer naquele momento. Você era nova e queria curtir a vida e, estava certa por isso! Eu quem fui o intruso em lhe engravidar e quase atrapalhar sua vida. - suspira e abaixa a cabeça.

— Isso nunca foi verdade, Hank! Talvez eu seja a culpada por deixá-lo como é hoje. Triste, amargurado, frio... Espero que um dia você encontre uma pessoa que lhe ame como você merece. - se vira e torna a olhá-lo.

— Não tenho mais ninguém. Fui feito para perder as pessoas em que mais amo para as circunstâncias da vida ou minhas. De um lado, já aceitei essa proposta faz tempo... - afirma, desacreditado.

— Não seja amargurado por um amor que perdeu. As vezes as coisas ocorrem para o nosso bem. Se foi embora, é porquê não era para ficar. - afirma ao reaproximar-se fixando seu olhos azuis aos dele e passa carinhosamente uma de suas mãos de leve à lateral do rosto dele, o consolando

— Afinal, é desse jeito que sempre tem que ser. Amar requer muito tempo e dedicação. Ficarei melhor assim. Eu, minha vida normal e a aposentadoria. - diz o sargento, ainda de cabeça baixa frente a ela.

— Você ainda tem uma vida pela frente, Hank. Não desista de viver, por sua saúde e por mim, por favor! - implora, a Doutora.

— Eu vou tentar. Eu vou tentar... - a responde, com um tom que demostrava bem já estar depressivo.

Drama, perdas, perdões e recomeços. Isso é exatamente o que fazemos e o que está destinado à nós todas as vezes em que passamos por situações adversas. Não há meio de comparações exatas ao tamanho da dor em que uma pessoa sente ao de outra. O sentimento é igual. Mas há áreas distintas em que cada uma suporta ou passa. A capacidade de seguir em frente após todos esses momentos se torna algo libertador. É claro, uns precisam resolver algo que, no passado, se tornou relevante no presente. Coisas mal resolvidas geram atrasos de grandes progressos.

Enquanto uns se empenham a levar a vida após remexer o passado, outros seguem em busca da felicidade. Pontua-se felicidade ao dizer exatamente o que duas vidas que estão por vir e unem pessoas que estavam destinadas a serem estranhas um para o outro, até ontem. Hoje, é o dia mais feliz na vida de Olivia. Ou até o mais feliz para Mike e Annelyn que já se encontram na companhia dela no consultório do renomado ginecologista obstetra e especialista em fertilizações, Dr. Robert Ramirez. Os três estão especialmente ansiosos para apenas um resultado: em saber o sexo dos gêmeos milagrosos em que Olivia carrega em seu ventre. O tempo realmente passa. Então, estão os três meses e o resultado mais aguardado de todos tempos.

Entrando à sala do médico, Mike não segurava sua tamanha ansiedade pelo resultado da ultrassom. A hora da felicidade era bem próxima. Ele estava no local com Noah em seu braço direito e bem adormecido, com a cabecinha bem recostada em seu ombro. O pequeno nem se importava quanto ao seu nariz estar encostado na parte lateral do pescoço dele - ele sorria sem parar em meio ao sono, parecia estar muito confortável. Isso soou como um sinal de que o perfume do seu mais novo pai era bem agradável. Do outro lado, Annelyn se apoiava ao braço livre de seu filho e se acomodava, sem pressas e bem sorridente, à uma cadeira bem confortável perto da cama aonde Olivia iria deitar-se para ser examinada. O Dr. Ramirez era só gentilezas e sorrisos largos por estar frente à frente em fazer mais um casal feliz. Olivia não escondida sua felicidade infinita. A tenente estava bem disposta e ansiosa mais do que o normal para poder ouvir as batidas dos dois pequenos corações preciosos, vê-los e "brigar" com Mike à respeito dos nomes que dará a eles. Carregar um filho, depois de inúmeras tentativas mal sucedidas é a melhor sensação que uma mãe pode ter. É um milagre!

— Então, Olivia, está pronta para brigar com o Mike pelos nomes? - sorri, Dr. Ramirez.

— Ele sabe muito bem quem tem a patente maior na polícia. Eu não sou tenente à toa, sempre sei o que é o melhor! - brinca e responde ao Doutor, ao ameaçar um tom bem autoritário. Logo se vira para Mike e o olha, desfere uma piscada com um de seus olhos sinalizando um clima amigável.

— Ela pode ter a patente maior, mas ela sempre se rende ao fato de eu ter mais inteligência no final das contas... - a provoca.

— Vocês dois, parecem dois irmãos brigando. Realmente isso demostra que foram feitos um para o outro. E, quem irá escolher os nomes será a vovó aqui e não se fala mais nisso. - diz Annelyn, com uma de suas mãos levantadas e outra ao bater em seu peito compactuando com a brincadeira.

— Ah, mãe, mas a senhora sabe que...

— Ah, Annelyn, a senhora sabe que...

Mike e Olivia retrucam na mesma hora fazendo um único coro em protesto. Dr. Ramirez apenas estava sentando em sua mesa, mas arregalou os olhos para Annelyn, que fez o mesmo de volta. Deixou suas gargalhadas super espontâneas tomarem conta do ambiente ao rir da situação engraçada que se estabelecia.

— Shhhh! Doutor, o menino... Para quê finalidade essas gargalhadas tão altas? - Mike o chama a atenção sorrindo, levando o dedo indicador em sua boca, ao mesmo tempo que balançava Noah em seu colo.

— É verdade, o menino! - sussurra ao levar as duas mãos à sua boca, logo em seguida. - Então, vamos ao que nos colocou aqui unidos, por mais uma vez, Olivia. Pode ir até outra salinha, colocar um roupão e deitar-se aqui, quando voltar. - finaliza, com um tom de voz mais sério e aponta onde ela deve ir.

Olivia vinha um pouco apreensiva e dava passos calmos em direção da cama situada perto dos equipamentos do doutor. Não ouviam-se mais as gargalhadas ou discussões amistosas dentro da sala. Era o barulho do Doutor mexendo em seus equipamentos e de Olivia se ajeitando à cama até o chegado momento. Mike estava de pé perto dela ainda segurando o Noah, revezava seu olhar entre Olivia e o monitor onde mostraria os resultados. Annelyn pôde ficar acomodada e observando a todo o procedimento do exame. Olivia segurou na mão de Mike enquanto olhava o médico ligar o monitor e passar o instrumento por cima de sua barriga.

— Olhem, vocês podem ver o primeiro pequenininho na tela? - pergunta sorrindo, o doutor, enquanto fazia o procedimento da ultrassom e passava na lateral da barriga de Olivia ao mesmo tempo que apontava para a tela.

— Sim, eu posso vê-lo. - o responde emocionada, Olivia. Era notório seus olhos estarem demasiadamente lacrimejando.

— Esse é o nosso primeiro pequenininho, Liv! Olhe mãe, seu primeiro neto. - diz eufórico, o papai, ao olhar para Annelyn com um sorriso bem largo.
Já estava emocionado antes e, agora que está o vendo, sente-se aliviado por tudo em que mais queria com Olivia.
Annelyn esticava o pescoço para poder avistar o monitor. Ela controlava muito bem suas emoções devido seus problemas cerebrais, em compensação, não deixava de pôr a mão na boca ao estar abismada por vivenciar o melhor momento na vida de seu único filho. Ser avó, para ela e nessas condições, será como ser uma fênix, onde poderá renascer logo quando essas duas crianças vierem ao mundo.

Enquanto isso, Dr. Ramirez ia fazendo seus trabalhos e mexendo com os gêmeos ao massagear a barriga de Olivia fazendo-os ficarem mais agitados, a fim de ficarem na posição favorável e descobrir o sexo deles.

— Como podem ver, olhem o outro pequenininho. Que lindo! - ainda alegre, anuncia o doutor, ao mostrar o segundo bebê. Nessa hora, ele percebeu o quanto era especial quando os pais se olhavam fixamente e com muito amor - satisfeitos do que estavam assistindo. Olivia deixou que a lágrima descesse e escorresse por sua bochecha até pingar no roupão que estava usando. O Doutor estava contagiado pelo momento que resolveu fazer algo diferente.

— Mike, sente-se aqui em meu lugar e você irá manejar o instrumento da ultrassom na barriga da Olivia. Chama-se, transdutor. O que me diz? - pergunta e logo sai de sua cadeira.

— Mas Dr. Ramirez, tem certeza disso? - arregala os olhos assustado com o que ele dispõe.

— Mike, meu filho, aceite! - o encoraja, Annelyn, ao se levantar lentamente da poltrona em que estava chegando mais perto de Olivia.

— Aceite, Mike! Poderei lembrar pra sempre de todo esse momento lindo que estou presenciando e você, também, irá se orgulhar muito disso! - também o encoraja, Olivia.

Mike não queria aceitar de primeira, ficou meio envergonhado e com as mãos trêmulas. Era algo importante para ele já que são seus primeiros filhos. Olivia o olhava com uma expressão doce e persuasiva, e continuava ao aguardo dele em resposta ao médico.

— Claro que vou, Dr. Ramirez. Não posso perder esse momento por nada nesse mundo! - diz eufórico e aceita.

— Então, sente-se aqui e me dê o Noah que vou indicar perfeitamente tudo em que deve fazer para poder localizar as partes intimas dos bebês... Assim terá descoberto os sexos de ambos. - enaltece alegremente, o Doutor. Sem reclamar, aproveita e pega Noah com muito cuidado para não acordá-lo e se senta perto de Mike.

Tudo em que o Dr. Ramirez estava fazendo naquele momento era algo muito emocionante. Era um ato de amor, deixar alguém com nenhuma experiência manusear a ultrassom de seus próprios filhos. Mike estava muito feliz; A atenção de Olivia estava completamente na tela - não deixando nenhum momento de sorrir - enquanto tudo era feito. Annelyn torcia sem parar para que seu filho achasse a posição corretas dos bebês para a grande descoberta. Sim, sim e sim! O Dr. Robert Ramirez deu as coordenadas corretas ao Mike que pôde contar com a ajudinha deles - parecia que sentiam a presença do pai logo em que estava por perto. Os pequeninos estavam bem à vontade na barriga da mamãe mais sortuda do planeta, e puderam ver que poucos meses irão nascer um lindo casal saudável de gêmeos. São dois corações com batimentos fortes em que a vovó Annelyn se orgulhou muito em ouvir. Mike se levantou, largou os equipamentos e foi logo se ajoelhando próximo de Olivia - que estava deitada. Apoiou sua cabeça vagarosamente na barriga dela. A lágrima se fazia presente e foi isso em que ele pôde fazer no momento, deixa-la escorrer, por mais uma vez, em seu rosto.

— Estou tão feliz pela família que agora eu tenho. Posso dizer, neste exato momento, se a morte me chamasse estaria indo realizada por poder presenciar tamanha alegria em minha vida. Sabe, não existe explicação para esse momento...! - diz entre choros e soluços, Annelyn. Logo, em seguida, o Dr. Ramirez se aproxima comovido e com Noah ainda em seu colo, afaga suas costas bem de leve.

Mike, ainda com o rosto coberto por suas lágrimas, dá um beijo na barriga de Olivia e chega próximo ao rosto dela, ainda na cama. Seus olhares se encontram por mais uma vez. Sorriem um para o outro. Ele não deixa escapar a oportunidade em passar uma de suas mãos em seus cabelos sedosos, esse era o grande preparo em que iria beija-la profundamente; deixou o silêncio tomar conta do momento e só quis admirar o belo rosto de sua amada. Parecia um sonho para Mike estar finalmente à frente de quem tanto ama e passou a amar depois de tudo em que tinham como obstáculo. Olivia o toca suavemente no rosto, reveza seu olhar entre os dele e sua boca, acaba não resistindo e o beija.
Annelyn sorri ao ver o momento que se estabelecia e sai junto do Dr. Ramirez, os deixando à sós.

Por Chicago, o Comandante Fischer já estava estritamente a par de tudo em que ocorria na Unidade de Inteligência. A cada passo importante que Erin dava junto de seus colegas em torno da busca pelo notebook secreto de Ryan, que foi deixado pelo mesmo bem escondido em sua própria casa, lhe gerava um novo medo. Ele estava muito nervoso quando saiu em disparada da antiga sala de Voight, passando por eles de modo muito suspeito e rápido - não queria ficar no local, pegou seu carro e foi em direção à algum lugar em que conhecia. No banco do carona, havia uma corda, luvas cirúrgicas, uma maleta com alguns objetos peritos e uma garrafa de Whisky em que bebia descontroladamente. Depois de alguns momentos ele chega a casa do Ryan, tirando todas fitas que baniam entradas irrestritas, carregando todos os equipamentos que havia adquirido. Era uma bagunça tudo em que fazia e revirava toda a casa do seu falecido comparsa. Escavou chão, quebrou paredes e nada achou o que estava procurando. Bêbado e com o seu uniforme completamente desfeito, foi até o porão, avistou uma estante velha suspeita e a afastou da parede; lá estava o notebook, envolvido com sacos plásticos pretos e agarrado na traseira do móvel. Os peritos ainda não haviam chegado a essa parte da casa devido a certa negligência de uns profissionais que achavam desnecessário a busca no anexo já que estava bem vazio. Fischer não perdeu seu tempo e estava com o computador em seu colo, sentado ao chão, tentando entrar nos arquivos e estava tudo protegido por senha pessoal de Ryan - que só a perícia em tecnologia poderia desbloquear. O desespero e a inquietude estavam presentes no comportamento do Comandante. Depois de tanto tentar, não viu alternativas e apelou para o choro que indicava tudo estar acabado. Com níveis elevados de álcool e sem nenhuma sobriedade, apelou para o desespero: Foi caminhando cambaleando até a sala com o objeto em uma mão, depois pegou a corda em grande quantidade que havia trazido consigo e no centro do cômodo, parou. Olhava ao redor e procurava por algo. Ali ficou por horas tentando compreender o que fazer naquele exato momento.


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Notas finais do capítulo

De maneira nenhuma deixem de pensar em tudo que foi tratado nesse capítulo. Comentem sempre!
Mais surpresas no próximo capítulo !



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