E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 25
O melhor sempre será a verdade




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As vezes, nos faltam palavras para descrever e diferenciar o quanto é difícil saber se a morte brutal de uma pessoa se torna complicada e dolor ou se, a mesma que influi, não estará mais viva para ajudar e provar um caso com várias falcatruas, dentro da policia. Resumindo todo esse conjunto, parece que a sentença foi dada! Tudo pode ter ido por água a baixo com a morte de Ryan. Dias após esse incidente, Voight e sua equipe de Inteligência junto com os peritos, continuavam buscando por vestígios providenciais - em que o falecido poderia ter deixado - na busca por qualquer arquivo que incriminem o Chefe William Dodds e o Comandante Fischer em todos os lugares da casa. As apostam eram feitas com fervor de que se agissem rapidamente, toda essa " bola de neve" poderia ser dissolvida com bastante rapidez e facilitar na apreensão dos mesmos para um possível interrogatório. O sargento está enfrentando agora a situação mais difícil de sua vida, presumi-se até em ser pior comparada à sua luta para ter o amor de Olivia. Nem tudo pode haver uma sincronia exata em nossas vidas, mas, fazer o quê, temos que nos agarrar a uma oportunidade para chegar as outras senão, nada feito! Ossos do ofício!
Momentos depois, Jay e Antonio permaneceram no local do crime ajudando no processo dessa importante empreitada de investigações. Voight estava de volta com Erin à Inteligência, ambos estão completamente desgastados e insatisfeitos - facilitando assim um isolamento temporário em uma sala, para acalmarem seus ânimos. O sargento não escondia sua tristeza pelo o jeito brutal com que Ryan foi assassinado, há exatamente três dias.

— Erin, estou me sentindo muito mal pela forma com que esse rapaz foi morto! Não consigo parar de pensar como eu o encontrei com um tiro bem na testa e seu sonho de redenção ser tirado assim tão brutalmente... - revela entristecido mantendo-se em pé e cabisbaixo ao canto da sala.

— Não consigo entender como alguém inescrupuloso como o William Dodds pode ter sido o mandante do crime e não podemos fazer nada para incriminá-lo, porquê estamos com a corda no pescoço! - ressalta insatisfeita, recostada junto a parede com os braços cruzados e o semblante atônito ao olhar para Voight.

— Quer saber de uma coisa, Erin? - a indaga demostrando certo ar de querer desabafar algo, continuando em seu mesmo lugar, casando seu olhar ao dela.

— Sim, diga! - o responde de imediato.

— Estou cansado disso tudo! Não quero mais ficar mexendo com os grandões e depois ser mandado para sarjeta como um qualquer que tentou, sendo contrariado por tentar provar algo meio que impossível, sem provas! Quero viver, ser feliz e aproveitar a minha vida longe daqui! - diz muito estafado levando suas mão à cabeça, se referindo sobre sua vida policial e o desapontamento por não ter vida social.

— Mas, Hank, você não pode desistir agora! Estamos no meio de uma investigação importante em que você entrou entusiasmado para derrubar esses caras... Não! Isso não é hora de bancar o frouxo! - dá as costas para ele e desfere três tapas na parede como forma de protesto e encorajamento, muito brava por ter ouvido o que disse.

— Erin, está decidido! Olha só o quanto que eu vou ter que trabalhar para provar que esses caras são os maiores bandidos já vistos. Já perdi um amor por estar preso aqui! Chegou a minha hora e quero um descanso para reorganizar a minha vida pessoal ou o que sobrou dela... - continua amargurado e triste seguindo em direção a porta de saída.

— Será que eu morando com você e sendo sua "filha", não é o suficiente? - o questiona sentida ao aproximar-se lentamente, ficando a poucos metros do sargento e com o seu olhar ficava buscando o dele já que se encontrava cabisbaixo.

— Não diga isso, Erin! Quero que fique aqui em meu lugar e continue honrando a tudo que fiz. Eu te amo e você é a minha família! - torna a olha-la, pegando em das mãos da detetive e beija carinhosamente.

— Você não deveria me abandonar, zangado! - sorri e não pensa duas vezes ao abraçá-lo, muito emocionada.

Será um fim de uma era, mas não sabemos o real e tão repentino motivo! Sem dúvidas, uma incógnita em especial sobre algo que estaria cansando o sargento há muitos meses, antes de lidar com seus conflitos pessoais, profissionais e de personalidade. Muitas coisas podem ser ditas, porém, o único detentor da verdade pode explicar tudo. Seria covardia dele, estar desistido de tudo neste exato momento?.
Olivia estava à frente da porta de seu apartamento junto com Noah, que dormia suavemente ao carrinho depois de um longo passeio ao parque. Repentinamente, quando ensaiava pôr as chaves na fechadura, deparou-se com uma caixa que estava alojada no chão e cuidadosamente posta na lateral da entrada. A tenente entrou eufórica em seu apartamento com o objeto em um braço, enquanto empurrava o carrinho com a outra mão - ela estava muito curiosa. Não demorou muito para acomodar Noah ao seu quarto, voltar para a sala e sentar-se ao sofá para descobrir o que havia dentro da caixa. Era uma garrafa do seu vinho preferido e um bilhete sem remetente, onde parecia ter um certo mistério.

"Meu amor, logo estarei de volta e em seus braços. Espero que, quando finalmente estivermos juntos, possamos recuperar todo o tempo em que nos foi tirado. Eu te amo!"

Olivia logo ficou pensativa, relendo ao bilhete diversas vezes ao tentar descobrir sobre quem a enviou não ter se identificado. Será a hora da mamãe usar sua intuição para descobrir quem é ou seria seu admirador secreto.

O momento da liberdade chegou! Mike aguardava tanto por este feito depois de meses estar confinado a um lugar em que lhe proporcionou uma série de emoções. O ex-sargento soube muito bem o quanto é perturbador pagar por algo em que não cometeu e ser mantido na penitenciária por mais tempo em função da vingança pessoal de Voight. Por falar nisso, Barba e Voight não se bicam muito desde que o caso da morte de Nadia, mesmo este sendo solucionado com sucesso. Os três estão reunidos e sentados como bons cavalheiros que são. Resta saber se terminarão a conversa do mesmo modo.

— Barba e Mike, estou muito feliz em revê-los! - o sargento sustenta um sorriso irônico e vê certa antipatia dos dois ao olharem não muito felizes como se expressa.

— Voight, será que podemos ir direto ao assunto? - o indaga Barba mostrando-se estar incomodado na cadeira, sentando-se ao lado de Mike.

— Se está feliz em nos ver é por que algo ruim aconteceu ou veio curtir com a minha cara...- Mike não disfarça sua insatisfação em seu semblante e ao sua voz sarcástica.

— Não houve qualquer problema. Simplesmente não estou afim de vê-lo mas aqui em Chicago e vim dizer que você é um cidadão livre! - diz Voight sem qualquer rodeio, procurando olhar somente para o promotor mantendo sua frieza e ironizando a qualquer contato visual com Mike.

— Simples assim, Voight?! Pelo que vejo e conversamos, o deixou mais tempo preso por suas birras pessoais. Você não tem idéia de que Mike perdeu todos esses meses sem acompanhar a gravidez da Olivia. Isso não se faz, meu chapa! - diz o promotor com os ânimos exaltados e muito indignado ao encara-lo sem medo.

— Barba, já provamos que ele é inocente no caso e está livre para fazer o que bem entende de sua vida. Lavo minhas mãos, porquê todos têm direito de liberdade! A Erin segue com o caso daqui enquanto você e ele irão curtir aos bebês em NY, sem qualquer impedimento! - Voight mantém sua displicência e sorri com toda a situação.

— Você me deve belo pedido de desculpas! Reze meu amigo pra mim não lhe processar por tamanho descuido ao me fazer mofar aqui. Seu idiota! - diz Mike com muita raiva ao se levantar e ameaçar partir pra cima do sargento.

— Você quer um pedido de desculpas, playboy? - o sargento não perde a viagem e aproxima seu rosto a poucos metros ao dele o desafiando, querendo arranjar uma encrenca.

— Cavalheiros, por favor! Que tenhamos desentendimentos mas que sejam de forma decente e com conversas. - Barba os afasta com as mãos, mas vê apenas Mike acatar suas palavras e sentar-se instantaneamente. Voight se afasta da mesa bastante insatisfeito.

— Quer nos processar, tudo bem, vá em frente! Só não deixe Olivia desapontada por saber que você andou abraçando a Spivot, quanto as terapias em que ela te dava! - Voight continua a destilar seu veneno de longe tentando desestabilizar Mike, o entregando para o Barba sabendo que ele é muito próximo da Olivia e poderá contar tudo a ela.

— Voight, vá embora! Seus serviços estão dispensados por hoje. Boa sorte em sua vida e se prepare para uma carta processual em seu escritório, na próxima segunda! - Barba ironiza ao que ele disse sobre Mike e o vê saindo da sala de visitas muito nervoso, já que haverá um processo em suas costas.

Tudo está mais calmo na sala. Todos os ânimos estão ao seus devidos lugares.

— Barba, obrigado por não ouvir as calúnias que ele disse! - sorri e suspira muito aliviado.

— Tudo ótimo, Mike! Voight aumenta minha gastrite todas as vezes em que eu tenho que me dirigir a ele. Acabou! Estaremos de volta a NY e você poderá ver seus filhos e a Olivia! - desfere dois singelos tapas ao ombro do ex-sargento com bastante alegria.

— Vou poder ver aquele lindo sorriso, outra vez! Vai ser maravilhoso poder acordar junto dela, beijar sua barriga, conversar com os meus dois filhos e o Noah e dizer todos os dias que eu os amo muito! - se expressa maravilhado na companhia de Barba até a saída da sala de visitas, para resolver seus últimos detalhes sobre sua soltura.

Como ordem de cumprimento dada pelo diretor do presídio, foi sugerido à Mike que fosse imediatamente solto sem qualquer restrição. O sargento não concordou e quis ficar só mais um dia na prisão. Ele queria se despedir de Spivot e do seu grande amigo, carcereiro. Horas depois, a doutora estava triste em seu consultório ao recebê-lo sobre aviso que ele irá embora.
Os dois estavam frente a frente e se olhavam fixamente. Já sabiam muito bem o vínculo em que criaram e suas emoções poderiam falar mais alto a qualquer abraço em que dariam. Bem, foi exatamente o que aconteceu, mas com uma forma diferente. Spivot foi ao encontro dele sem soltar nenhuma palavra e com bastante lagrimas em seus olhos, Mike a recebeu de braços abertos e carinhoso como sempre foi. A doutora não resistiu e ao invés de dar o beijo em sua bochecha, segurou ao rosto do ex-sargento firmemente com suas duas mãos e beijou na boca. Sobre ele ter correspondido ao beijo, bem, ficou com os seus olhos arregalados enquanto os lábios dela tocavam aos seus - atônito e sem qualquer tipo de reação! Ai, Ai, Ai...!!


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Notas finais do capítulo

E, agora?!



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