E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 20
Sempre haverá uma parte dele - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Parecem que as coisas irão se acertar à partir do dia de hoje. Tudo indica que, muitas surpresas e reviravoltas estarão sobrepostas ao exato momento em que Olivia estará frente a Mike, para revelar sua gravidez.

Aproveitem muito ao capítulo!Ótima leitura!!! ;)



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Bem, para todos os casos, a tenente, com um pesar em seu coração, deixou Noah sob os cuidados de Lucy para se locomover até Chicago. Na inteligência, Voight se encontrava pensativo sobre o momento em que estará em frente a situação que pode dar um ponto final em sua história com Olivia. O sargento já anula qualquer plano que a envolva futuramente, sabendo assim, sobre o que está se desenhando.
Enquanto isso não se sucede, Olivia estava em frente a porta da casa de"sua sogra" e ex-promotora de Chicago, Annelyn, tendo a primeira oportunidade de conhecê-la. Por breve momento - antes de pôr seu dedo indicador para tocar a companhia - permitiu-se ficar pensativa sobre a visita tornar-se inconveniente por saber, um pouco tarde, sobre sua doença mediante de Erin. A tenente tinha uma intuição alojada em seu coração sobre Mike ser muito reservado ao ponto de pouco tocar em assuntos familiares, pensando assim nas dificuldades dele em lidar. Até então o compreendeu em manter a quietude sobre isso. Após todas essas coisas passarem rapidamente por sua mente, não se deixou levar por tamanha negatividade em que os fatos recém descobertos a colocava - deixou que sua obstinação tomasse conta até finalmente tocar a companhia.

— Olá! Sou Lin, a enfermeira da Dra. Annelyn Elizabeth Dodds, como posso ajuda-la? - abre a porta e sorri educadamente.

— Como vai, Lin?! Eu sou a tenente Olivia Benson, da polícia de Manhattan! - retribui com a mesma simpatia.

— Sim, tenente Benson! A Erin me disse que viria visitar Annelyn. Nossa! Mike dá muita sorte com mulheres lindas, esse rapaz não tem jeito mesmo! - sustenta um ar amistoso e a elogia quanto sua beleza.

— Ele é mesmo um garanhão! - sorri.

— Bem, entre tenente! Sinta-se a vontade! - a convida para entrar no recinto abrindo mais a porta.

— Lin, gostei de você! Pode me chamar de Liv ou Olivia, já lido demais com formalidades em meu trabalho! - adentra ao local mantendo sua boa educação e seguindo a enfermeira que indicava o caminho.

— Tudo bem! Obrigada por sua simpatia! - vai mostrando o caminho a Olivia onde deve aguardar.

As duas iam até a sala de estar, o que não era muito distante da entrada. Annelyn ainda estava no andar de cima, em seu quarto.

— Olivia, sente-se e sinta-se em casa que irei avisa-la que está aqui. Você deseja uma água, suco, café...? - indaga se colocando à disposição enfrente da tenente ameaçando ir à cozinha.

— Nada, por enquanto! Obrigada! - a responde sentando ao sofá que dava de frente a escadaria.

— Vou chama-la! - sustenta um sorriso alegre e logo sobe as escadas.

Olivia observava atentamente os ponto da estrutura bem cuidada em que a casa se encontrava. Seus olhos rondavam fixamente a cada detalhe que continha na sala de estar, quando não deixou passar despercebido alguns porta retratos que obtinha fotos de Mike, quando era bem jovem. A tenente se levantou e foi ao encontro de algumas dessas lembranças que se situavam encima da lareira. Ela ficava encantada ao ver as fotos do rapaz feliz e sorridente que lá estava - esboçava um sorriso admirado e meio bobo, entre uma imagem e outra, imaginando como a criança em que carrega seria semelhante a ele.
Após alguns momentos, Annelyn vinha descendo vagarosamente os degraus da escada auxiliando-se com sua fiel bengala e sendo cuidadosamente segurada pelos braços, por Lin. Olivia já havia se desvinculado das fotografias e se dirigido ao sofá, novamente. Quando avista as dificuldades em que ela se encontrava para se locomover até sua pessoa, sentiu-se triste e emotiva, resolvendo assim adiantar-se e ajuda-la degraus antes.

— Annelyn, sou Olivia! Deixa eu lhe ajudar a descer... - a olha sorridente, retira a bengala da mão dela e a segura por seus braços a ajudando na descida.

— Oi, linda Olivia! Obrigada por me ajudar, olha que nem sou tão velha assim. A doença cada vez mais me enfraquecendo e eu, cada vez mais teimosa em querer ficar sempre de pé. - sorri de volta revezando seu olhar entre ela e cada passo que seus pés davam nos degraus da escada.

— A senhora sabe muito bem que em breve, Mike irá vir lhe visitar e ficar um bom tempo aqui! - incentiva a enfermeira auxiliando sua descida do outro lado.

— Sinto muitas saudades do meu rapaz! Ele é tudo pra mim, sabe... - relembra dele com muito afeto.

Olivia e Lin a colocam sentada ao sofá com muito zelo.

— Obrigada minhas amigas! Sem vocês, com absoluta certeza, demoraria um século para descer essa bendita escada! - enaltece a ajuda das duas enquanto se ajeitava ao móvel.

— Não precisa agradecer, Dra. Annelyn. É sempre um prazer ajuda-la! - sorri a tenente em pé próxima a ela.

— Bem, se me derem licença, deixarei as duas a sós. Qualquer coisa, me chamem! - a enfermeira se coloca novamente à disposição e se ausenta do cômodo.

— Olivia, sente-se aqui! - Annelyn sinaliza carinhosamente a ela batendo com a palma de sua mão no lugar que estava vago.

— Sim, claro! - a responde sorrindo e logo se senta próxima a ela.

— Vejo o quanto é alegre! Dona de um sorriso encantador, olhos marcantes e cabelos perfeitos... uma beleza sem igual! Como o Mike lhe descobriu, Olivia? - a elogia, olhando cada detalhe do semblante dela ficando abismada quanto a beleza que carrega.

— Modéstia parte, Dra. Annelyn, Mike soube muito bem me fisgar com o seu olhar! E, olha que sou muito difícil de cair nesses encantos. - brinca sustentando uma pequena risada.

— Então, não falhei em meus ensinamentos com ele! - corresponde com uma risada suave demostrando alívio.

— Não, a senhora foi perfeita! - sorri.

— Olivia, você já sabe muito bem como está minha saúde e me restam poucos momentos de vida devido ao câncer. Erin já deve ter lhe falado...- diz meio entristecida a olhando fixamente.

— Sim... - concorda brevemente tentando evitar que seus olhos comprove suas emoções ao encher-se de lágrimas.

— A nossa vida pode parecer curta e difícil, mas se for vivida ao modo perfeito, construindo legados e ensinamentos sendo bem distribuídos para próximas gerações, tudo fica mais fácil de ser suportado. Então a dor se torna apenas um detalhe a ser superado. Concorda? - mantém-se sorrindo aliviando ao clima pesado que se instaurava.

— Concordo plenamente! - a responde inspirada pelo jeito que associou brevemente sua vida. - Posso lhe fazer uma pergunta?- indaga

— Sim, Olivia! Por favor... - balança positivamente sua cabeça.

— O que leva a senhora ter esperanças de que um dia torne a ver o que mais deseja, mesmo sabendo que pode ou não ser possível? - se acomoda melhor ao sofá mostrando-se interessada na resposta dela.

— Fé! A gratidão divina mais perfeita que todo ser pode se pautar e manter-se a vida inteira. Confesso que em algumas vezes, perdemos uma parcela da crença e a vontade de viver, devido alguns desânimos insistir em nos assombrar. Mas o importante é sempre mantermos firmes mesmo que no futuro possa haver o que nos aguarda. - a responde suavemente e com ar de felicidade.

— A senhora irá ter sua fé completamente aumentada, quando souber o real motivo que estou aqui. - dá um sorriso encantador e segura as duas mão de Annelyn.

— Olivia, não posso receber essas fortes emoções! Se for notícia ruim, já chamo a Lin aqui para me segurar porquê da última vez em que Erin esteve aqui, lembro-me apenas de estar na cama sob o poder de Diazepam. - ameniza e faz piada sobre suas últimas emoções.

— Não, não é nada disso! - sorri.

— Ai meu Deusinho, o quê seria? - a olha assustada temendo tal notícia.

— A senhora será vovó, Annelyn! - a notifica muito emocionada e segurando as mãos dela firmemente.

— Não posso acreditar, Olivia! Você irá realizar um sonho que eu sempre tive! - logo seus olhos se enchem de lagrimas e puxa Olivia para perto de si e a abraça calorosamente.

— Parabéns, vovó! Foi Mike que pode nos dar esse maravilhoso presente. - diz entre o abraço, deixando assim suas lágrimas molharem o ombro dela.

— Você me fez renascer, Olivia! Agora, posso dizer o quanto o meu coração se encheu de esperança para poder viver até que possa ser chegado o momento de ver o rosto do meu netinho ou netinha. - encosta a cabeça ao ombro de Olivia completamente esperançosa e feliz.

Olivia se sente com o dever cumprido ao dar a grande notícia em que tanto temia não ser aceitada por Annelyn. Após alguns instantes, quando saiu da casa dela, Voight estava à sua espera dentro de seu carro pessoal ao outro lado da rua - com intuito de leva-la ao presídio onde Mike está. Como ela não sabia se era ele, resolveu aproximar-se do veículo.

— Liv, sou eu! - abaixa o vidro.

— Oi Hank! Como você está?! - se inclina à janela do carro possibilitando para que ele a veja.

— Ficarei melhor se você entrar, sentar ao meu lado e conversar, antes de estarmos frente a verdade! - a olha sorrindo com uma mão ao volante e com o dedo indicador da outra, destranca a trava automática da porta no painel de seu carro.

— Muita gentileza de sua parte, Voight! - abre a porta e entra no veículo.

Ainda parado em frente a casa de Annelyn, ambos conversam.

— Olivia, sabe muito bem que não quero lhe fazer pressão alguma sobre nossas vidas juntas e o que faremos depois de hoje. - diz cabisbaixo evitando olha-la diretamente.

— Eu sei... Também tenho ciência de que eu não posso mais responder por nosso futuro!- suspira bem fundo e olha horizontalmente para a rua através do vidro.

— Não vou dar mais uma de coitado e amargurado por perdê-la! Não vou ficar magoado por me trocar pelo Mike e escolher viver como uma família ao lado dele e do bebê... Você tem todo o seu direito! - ainda de cabeça baixa e entristecido.

— Me perdoe, Hank! Eu te amava, sim! Se tornou complicado a distancia, nossos trabalhos... Na verdade, eu tentei resistir a tudo e a essas circunstâncias com a idéia de que um dia poderíamos estar e ficar bem... - o olha e desabafa.

— Desde o princípio, reconheço que as coisas foram complicadas para nós. Mas se eu fosse inteligente em minha vida amorosa quanto sou em meu trabalho, jamais deixaria você escapar de mim! - fixa seu olhar ao dela demostrando sinceridade ao pegar a mão da tenente.

— Jamais escapei de você, Hank Voight! - sussura suavemente e sorri juntando sua outra mão acima da dele que já segurava a outra.

— Então, por quê você não vem, larga tudo e fica comigo? - tenta convencê-la com seu semblante mais doce e sereno, ainda segurando as mão dela.

— Dois motivos. O primeiro: Eu sei que sua vida está fixada aqui em Chicago, na Inteligência e, também, na Erin, que depende muito de você; Segundo: Você jamais largaria seu trabalho sabendo que ele dependerá muito de você e não é o que quer realmente fazer agora. Acertei? - o encurrala.

— Tudo sempre foi difícil para nós. Mas o jogo vai mudar, Olivia Benson! Logo, logo irei te reconquistar e você vai saber que o único em sua vida sou eu. - sorri e a desafia não deixando de jogar seu charme.

— Veremos, Hank Voight. Veremos! - dá uma piscada de olhar para ele sustentando um sorriso lateral aceitando ao desafio.

— Vamos à prisão ver o Mike e acabar logo com isso! - põe o sinto de segurança e liga o carro.

— O que estamos esperando?! - também arruma seu sinto.

Ambos vão em direção à penitenciária de segurança máxima, que se situa muito não muito longe de onde estavam - no centro de Chicago. Eles chegariam lá em poucos minutos. Aos momentos que antecedem a conversa crucial e já na sala de visitas junto da Dra. Spivot e o carcereiro, Mike mantinha a alegria em seu semblante ao saber que finalmente receberá Olivia, após um mês e vinte oito dias que está preso.

— Dra. Spivot e meu grande amigo carcereiro, não posso acreditar que hoje será o dia em que verei a Olivia e poderei abraça-la! - não esconde o entusiamo sentado à mesa.

— Sim, meu rapaz! É hoje que sua alegria pode voltar a ser como era antes, ao revê-la. - o alegra mantendo-se ao lado dele aguardando a hora que se aproximava escorado à parede.

— Mike, nas poucas conversas que tivemos, notei o quanto sua voz relata um afeto demasiado por essa Olivia. Preciso saber qual grau de sentimentos que sente por ela e se vocês têm algum relacionamento? - o indaga calmamente sentada ao lado dele.

— Sim! Torno a repetir o quê conversamos ontem: Ela é o amor da minha vida, Dra. Spivot! - a olha e deixa-se revelar um olhar e semblante apaixonado.

— Mas Mike, pelo o que me relatou ela também amava outro homem. Será que Olivia te ama ao mesmo modo de merecer tudo em que você possui ao seu coração? - o questiona bem intimamente na intenção de fazê-lo refletir.

— O importante é que eu a ame, não é Dra. Spivot?! Se ela ocasionar de não ter o mesmo sentimento, faço de tudo para conquistá-la dia após dia, a fim de ter o coração dela por completo para mim. - sustenta o ar afetuoso enaltecendo seus sentimentos.

— É isso ai, garoto! - encoraja o carcereiro.

Sem mais delongas, Mike vai percebendo que o seu momento com Olivia se aproxima. Barulhos das trancas de alguns portões da ala de visitas iriam sendo abertas cuidadosamente. Sim, verdadeiramente era sua tenente tão amada e venerada por sua pessoa - saudades o rondavam e faziam que seu coração sofresse palpitações cada vez mais anormais, pelo momento. Quando finalmente a última porta iria sendo aberta e a sombra da forma corporal da tenente em frente ao portão entregava sua presença, os três se aprontam para recebê-la - Dra. Spivot e Mike ficam de pé e o carcereiro logo ajeita sua postura se colocando de prontidão. Mas, calma! O ex-sargento não esconde a felicidade desferindo um enorme sorriso ao vê-la adentrando à sala com uma notória alegria em seu semblante ao fixar seu olhar nele, andando calmamente em sua direção, não podendo abraça-lo - seguindo as normas do "sem contato físico" impostas pela direção do presídio. O clima se instaurava favorável, até Voight surgir logo em seguida. Mike recolhe seu sorriso, deixando a raiva tomar conta do seu ser e se sentou primeiro que todos transparecendo tamanha frustração pelo sargento estar presente, também!
Olivia se assenta a frente de Mike e Voight, a de Spivot. O sargento e a doutora se cumprimentam com um singelo aperto de mão; Olivia alterna seu olhar marcante e desconfiado entre a bela doutora e Mike, suspeitando algo entre eles.

— Mike, como é bom revê-lo! - disfarça um pouco da raiva e ciúmes.

— Também estou muito feliz que esteja aqui, Liv! - diz em um tom mais suave querendo provocar Voight.

— Como tem mantido sua vida aqui, Superboy? O pessoal têm lhe tratado bem, dando umas boas surrinhas em você? Estou sabendo que aqui está faltando homem de verdade para ensinar a não mexer com a mulher dos outros... - provoca o sargento.

— Cavaleiros, por favor, estamos em um diálogo não em uma guerra! Se acalmem! - tentar tranquilizar a doutora olhando para cada um.

— Voight, acho desnecessário sua presença aqui nesta sala! Você se lembra da última vez quem te deixou com a cara toda ferrada foi eu?! - inverte a provocação lembrando da primeira briga que tiveram à saída da festa de condecoração da Olivia.

— Olha, rapaz, eu te pego aqui mesmo e te encho de porrada! - fica nervoso e se levanta da cadeira o avançando.

Olivia e Spivot se assustam e se afastam. O carcereiro interveio afastando Voight da mesa o mantendo isolado ao canto da sala - o clima fica quente.

— Voight não vim brigar! Se comporte como cavalheiro! Lembre-se que da última vez seu rosto foi de encontro com a minha mão, não quero fazer isso, de novo! - fica calmo e sentado não se abalando com o alvoroço causado por ele.

— Você deveria ter vergonha, Dodds! Para de dar uma de bom moço só por quê Olivia e a doutora se faz presente. Você não é anjo algum! - dispara o sargento relutando com o carcereiro que lhe contia para não partir pra cima de Mike.

— Voight! Para com esse circo todo! Viemos aqui conversar seriamente e você todo descontrolado de forma infantil! - grita Olivia muito nervosa ao se aproximar dele o segurando pela gola da camisa.

— Mas, Olivia... - lamenta o sargento bem exaltado ainda sendo segurado e imprensado na parede pelo amigo de Mike.

Dra. Spivot se aproxima de Mike, coloca uma de suas mãos ao ombro dele tentando o acalmar. Olivia não gosta nada do quê vê.

— Gente! Por favor, vamos parar com esse mal-estar e nos sentar civilizadamente. - grita Spivot perto a Mike e afastada da aglomeração envolvida por Voight, Olivia e o carcereiro ao canto da sala.

— Mas quem é ela hein, Mike? - se descontrola pelo momento, deixando se levar pelo seus ânimos exaltados e pela doutora estar se aproveitando da situação.

— Olivia, ela é minha psicóloga! - a acalma estranhando o nervosismo da tenente.

— Essa psicóloga não poderia ser mais feia, não? - a provoca mesmo estando próxima a Voight.

— O que você disse, Tenente Benson? - larga Mike e vai em direção a ela furiosa pelo o que insinuou.

— Não retiro o que eu disse! - se aproxima da doutora e a encara sem medo.

Estava tudo descontrolado na sala. Ânimos exaltados, confusões formadas. Tudo isso pode ser ouvido por todo o presídio, até que o diretor e outros policiais vieram e para conter a situação.

— Pessoal, quanto alvoroço! Eu ouvia esta briga lá da minha sala. Não admito aqui em meu presídio, escândalos a tal ponto! - se exalta olhando o quanto a sala estava confusa.

— Desculpa diretor, estava contendo o sargento Voight e não consegui controlar o resto! - diz arrependido o carcereiro soltando o sargento.

— Não precisa se desculpar, carcereiro! Você fez bem o seu trabalho! - o compreende.

— Diretor, foi eu que comecei tudo isso! Irei me retirar, porque não quero aguardar o que virá após tudo isso. - Voight se dirige à saída muito desapontado.

— Mas alguém quer sair? - indaga o diretor em pé ao lado da porta de saída.

— Vejo que o assunto será entre mim e Mike, diretor! Acho que não precisará de uma psicóloga aqui. Aliás, a notícia que darei a ele irá fazer muito bem a ponto de dispensar todos seus serviços prestados, até agora! - a tenente sustenta um ar áspero e egocêntrico ao olha-la fixamente.

— Dra. Spivot, você quem decide? - o diretor a deixa escolher livremente sobre sua permanecia.

— A Toda-Poderosa que vem lá de Manhattan ditar as regras aqui?! Uau! Mas, reconheço que ela possui seus direitos de falar com o Mike, sem minha companhia. - sustenta um sorriso sarcástico e vai em direção a saída andando calmamente e provocando Olivia.

— Sempre tenho razão em qualquer lugar, Dra. Chase Spivot! - a segue desferindo um olhar feroz e raivoso.

— Então, mais trinta minutos de conversa para os dois! - o diretor dá o veredito e sai da sala junto com os outros policiais.

Em um ambiente mais calmo e sem outras companhias para interferir estavam Mike, Olivia e o carcereiro, meio afastado não querendo atrapalha-los.

— Aqui estamos, Michael William Dodds! Será que devo pular para a parte principal do que tenho para lhe contar ou digo o quanto sinto sua falta? - sorri enquanto se acomodava na cadeira a frente dele.

— Não esperava você me dizer que sentiu saudades de mim, mesmo em uma pergunta... - brinca deixando escapar uma risada despretensiosa.

— Não seja tão convencido, Mike! - deixa escapar uma breve risada.

— Graças a Deus, nosso bom humor, tristezas, alegrias, saudades e, também, nossos corpos e amores foram muito bem ajuntados! - revela aliviado fixando seus olhos na tenente.

— Faço de suas palavras as minhas! - balança a cabeça positivamente. - Na verdade, Mike, nessas junções de corpos houve também a de DNA... - mantém um ar de mistério.

— Sim, Olivia! Nós fizermos amor, nos beijamos todo esse tempo que tivemos juntos, daí explica a junção de nossos DNAs... Aliás, sinto muita falta de ter o calor de seu corpo junto ao meu. - confessa, deixando transparecer sobre sua voz a paixão enaltecendo a saudade que sente.

— Não posso mais negar que sinto o mesmo! - se levanta e se senta a mesa ficando mais próxima dele.

— Sobre o que iria me contar, qual seria a grande surpresa que me aguarda? - sustenta uma curiosidade em seu semblante esperando pela grande revelação.

— Quero que leia uma coisa! - pega um envelope fechado no bolso direito de seu blazer.

— Do que se trata, Liv? - recebe dela e vai abrindo vagarosamente.

— Espero que ame essa notícia e não me mate por não ter lhe contado antes. - fica em pé ai lado dele aguardando por uma reação positiva.

Mike lê todo o conteúdo que há escrito no papel. Era um exame de gravidez que indicava a mudança, por completa, de sua vida. O carcereiro se manteve afastado e observando o que seu amigo estava lendo - querendo saber o que lá continha. A reação do ex-sargento foi...

— Olivia, eu vou ser papai! - fica de pé em frente à ela, eleva o tom de voz contendo muita felicidade em meio a emoção de ver a notícia.

— Sim, Mike! Você será pai de duas crianças lindas! - sorriso e lágrimas tomam conta.

— Mike, você será pai de gêmeos. Que felicidade, rapaz! - o carcereiro se aproxima dos dois com muita felicidade.

— Olha aqui, amigo! Duas vidinhas que vou poder ver seus rostinhos, daqui a alguns meses! - se ajoelha a frente de Olivia e a abraça pelas pernas, encostando sua cabeça a barriga dela com tamanha euforia.

— Duas vidas, nossos laços sanguíneos, dois amores... Na verdade, três, juntando com o Noah! - acaricia os cabelos de Mike em meio ao choro de felicidade.

Os dois se abraçam intensamente. O carcereiro gostava do que via e não os interferiu - passando por cima da lei do presídio, sobre não poder haver contato físico!

— Muito obrigado, mamãe! Você soube me trazer a vida, esperança e amor para sustentar, só Deus sabe quantos dias ficarei aqui! - dispara entre o abraço não escondendo suas emoções.

— Eu te amo, Mike! Guarde muito bem o que lhe digo! - o envolve de forma mais intensa com seus braços a altura do tronco do ex-sargento, enquanto recosta suavemente sua cabeça ao peito dele.

— Te amei primeiro e te amarei até os últimos dias da minha vida! - mantém a cabeça dela recostada em seu peito, acariciando-a suavemente seguindo de um singelo beijo sobre os cabelos cheirosos de Olivia.


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Notas finais do capítulo

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