Alice escrita por Eclair


Capítulo 1
Capítulo Único — Amiga


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma singela homenagem que fiz a uma amiga minha, pessoa mais gente boa que conheci ♥



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Ei, moça. Não se menospreze, não se sinta sozinha no mundo, porque você não está.

Ainda me lembro de quando conheci você, na sexta serie. Você tinha a cara amarrada e agia muito diferente de uma menina normal e por um tempo, nós não nos gostávamos, nem éramos amigas. Não lembro quando isso aconteceu, mas sinto que foi por intermédio de alguém. E agradeço por isso, porque com seus gostos e desgostos, você se tornou uma importante pessoa em minha vida.

No ultimo ano, você conquistou tantas coisas. Certa independência por ter tirado uma carteira de motorista, um pouco de liberdade para ir vir, e ganhou o poder com aquela cadela “maluca” ,conquistou ainda mais algumas amizades que já havia cultivado. E nunca me esqueço de seu rosto melancólico, provavelmente pensando coisas ruins de si mesma, e nesses momentos eu me pegava pensando “ela não devia sentir-se assim. Ela é ótima do jeito que é.”.

Seus conselhos são para uma pessoa teimosa como eu, que tenta ouvi-los em uma teimosia grandiosa. Suas defesas, seus momentos “emos, góticos e depressivos”, suas broncas e quase raramente, seus elogios, suas fomes por lasanha, sushi ou pizza, quando você ria de quando tinha uma comida melhor que a minha no momento. Os momentos felizes que tivemos até agora não foram em vão, pois mesmo com algumas implicâncias, ninguém deixa de ser amigo.

“Poxa, larga de ser bipolar, larga de frescura.”, você me disse uma vez em que briguei com uma prima minha. E de quando no mês passado, você quase desistia de um projeto que nós duas tivemos a ideia de fazê-lo, mas que depois de uma semana, aproximadamente, já havia voltado ao seu normal, e eu me senti grata por ter uma pessoa tão genial em minha vida.

Mas ontem, em pleno feriado, além de dizer que não gostou da praia, o que é bem obvio para você, enquanto conversávamos animadamente sobre não ganharmos presente no dia das crianças, você acabou por gritar, em letras garrafais, que sua mãe não tinha culpa por não querer que nascesse. A surpresa acometeu a mim e a tal prima que detesto, e você pôs a explicar que ela só ia ter seus dois irmãos, mas aí o médico disse: Quem tem três tem dois, quem tem dois tem um e quem tem um tem nenhum, e ela então resolveu tentar ter você quatro anos depois, enfim, você disse também que seu pai lhe engana dizendo que era o sonho dele mas sabe que é mentira que é só pra você não querer se matar ou se cortar.

Logo, as broncas se viraram para você, que ainda continuou, dizendo que nossas vidas seriam uma benção sem você, uma vida sem problemas. Mas posso afirmar com certeza que salvou minha vida, não porque minha prima disse, mas porque eu percebi isso.

Por conta de você, eu mudei. Tornei-me uma pessoa melhor. Bem, talvez nem tanto, mas faço o meu melhor, não sou igual a todo mundo. Mas se tivesse que agradecer a alguém por essa mudança, seria você. Obrigada por você existir, obrigada por você simplesmente ser... Você.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.