Cumplicidade Amorosa escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 7
Cuidado Com o Desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Boa Tarde, Cúmplices! Estou postando mais cedo (milagre).

Esse é o POV´s da Rebeca, sei que muitos leitores (a) estavam empolgados com os mistérios da fanfic, mas senti a necessidade de expor um pouco dos sentimentos dela para vocês.

Além disso, esse capitulo apresenta oficialmente a Anna para vocês ♥ Ela será de grande importância na fanfic, olhos grudados na pequena.



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POV´s Rebeca

Graça e Vazio

É o que sinto desde a morte da mamãe e o desaparecimento da Manu.

Otávio e Anna foram às únicas razoes pelas quais estou viva.

Anna significa ‘cheia de graça’, dei a ela esse nome, pois ela foi à graça que veio em um momento tão difícil na minha vida.

Branquinha, com logos fios castanhos e olhos escuros, é a alegria da casa.

Anna é uma das Modelos mirins da On-Enterprise, o que não me agrada muito, uma criança com menos de três anos desfilando entre os holofotes... Totalmente desnecessário!

Mas a pequena tão teimosa quanto o pai, não desiste fácil.

Desde quando era pequena vivia fazendo poses e queria se vestir como uma modelo. Pediu ao “papi”, como ela chamava o Otávio, para modelar, e ele não viu problemas.

Eu fui contra, mas ao ver minha filinha em frente às câmeras e o sorriso sincero do seu rosto tive que aceitar.

Vejo minha princesinha saltitante

– Mamãe cadê o papi? – ela pergunta pulando em meu colo

– No trabalho, meu amor. – digo afagando seu cabelo

– Eu “quelo” ver ele agora – ela faz um biquinho

Dou um beijo nele

Anna se irrita e sai do meu colo chorando

– Filinha o que nós conversamos sobre birra?

– Que não pode

Enxugo suas lagrimas com a ponta do dedo e dou um beijo estralado em sua bochecha.

– Mamãe te ama muito – digo – mas fazer birra é muito feio!

– “Diculpa”

– Mas... Nós podemos ir ver o papai mais tarde

Ela sorri

O seu sorriso que ilumina meu dia.

– Te amo mamãe

– E eu te amo mais ainda – pego ela no colo e rodopio no ar.

Nós duas caímos na gargalhada

– Mamãe?

– Oi filinha – falo tentando compassar minha respiração

– Posso te pedir uma coisa?

– Depende

– Me dá uma “imanzinha”

O sorriso do meu rosto se desmancha

Controlo-me para não chorar, mas as lágrimas teimam em cair.

– Dilcupa mamãe

– Pelo que, filinha? – ainda limpando as lagrimas

– Por te deixa “tliste”

– Não é culpa sua meu amor – beijo sua testa e a coloco no chão

– e de quem é?

– Sempre tão curiosa. Que acha de um passeio no parquinho? – digo desviando o assunto

– Eba – ela levanta os braços

– Então vamos – pego sua mão

– Não mamãe! Eu tenho que “tlocar” a roupa

– Filha você está linda assim

– To nada – ela cruza os braços e faz uma careta engraçada

– Vamos então pequena

– Eu sou uma mocinha, já sei me “tlocar” sozinha

– Ok “mocinha”, seja rápida, antes que a mamãe desista.

Anna sai como um furacão até seu quarto.

Ela é tão diferente da Manu.

Seu jeitinho mandão e completamente oposto da meiguice da Manuela.

A forma como o Otávio cuida dela, cheio de mimos e roupas estilosas é muito diferente da vida simples do Vilarejo.

Tenho falta disso

Confesso que sinto uma pontada de ciúmes da relação da Anna com Otávio.

Ter que “dividir” não é fácil!

Eu criei a Manu sozinha, logo ela era só minha.

Já agora tenho que dividir a atenção com o Otávio, eu o amo, mas isso é difícil para mim.

Ah Manu, que saudades de você, filha.

Ás vezes me sinto uma péssima mãe, por ficar comparando as duas, mas é inevitável!

Manuela era parecida comigo, já a Anna é outra versão do Otávio.

Mamãe era a única que me entendia verdadeiramente, a única...

Sua morte não poderia ter sido mais brutal, cinco facadas pelo corpo e um tiro na cabeça. Quem foi o bárbaro que cometeu um assassinato a uma pessoa inocente.

A falta das duas jamais será substituída!

Jamais...

– O que acha do meu look, mamãe? – Anna entra de repente

– Linda como sempre, mas não acha um pouco exagerado para um passeio no parque?

– Não, uma princesa tem que sempre tá bonita.

Sorrio fraco

– É... Acho que você tem razão – digo pegando sua mão

– Eu sempre tenho

Não posso evitar cair na gargalhada, essa Anna...

Vamos ao parque que fica próximo.

Otávio sempre fala que devemos usar o motorista, mas qual é a graça de ir de carro para atravessar a rua?

Eu sempre digo para ele

“Tenho pernas para caminhar”

Assim que chegamos ao parque Anna corre para o balanço.

[...]

Quando estávamos saindo vejo uma criança chorando, pego Anna no colo e me aproximo do garotinho.

– Tudo bem com você? – pergunto ficando de sua altura

– Eu me perdi da minha mãe – ele fala chorando

– Tudo bem – passo a mão em sua testa suada – vamos achá-la. Qual seu nome?

– Daniel

– Quantos anos você tem?

Ele faz “quatro” com a mão

– O que acha de tomarmos um sorvete? – pergunto tentando acalma-lo

– De morango

Pego um lenço em minha bolsa e limpo seu rosto molhado de suor e lagrimas.

Já com o sorvete, falo com o guarda sobre o garotinho.

– Anna esse é o Daniel

– Oi – minha filha estende a mão sorrindo

– Sai – ele empurra Anna, que cai na terra chorando.

– Mamãe – ela me chama.

– Calma filha – levanto-a da terra e limpo sua saia – Daniel isso foi muito feio da sua parte – repreendo o menino que gargalhava

– Otária – Daniel empurra minha perna e aponta para mim ainda rindo

Me desequilibro e vou ao chão com Anna no colo

– Só queria um sorvete de graça – ele sai correndo

– Volte aqui garoto – grito, mas ele já estava longe.

Pego meu celular e ligo para o motorista, afinal agora tenho uma roupa cheia de terra e uma filha com joelho ralado.

[...]

Em poucos minutos o motorista chega, olho para os lados.

Cadê a Anna?


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Notas finais do capítulo

Não tenho palavras para agradecer todo o carinho de vocês, os comentários, acessos e favoritos crescem mais a cada dia.

O número de acessos literalmente explodiu , praticamente triplica a cada dia, simplesmente expirador

Não esqueçam de comentar, isso me expira a postar regulamente mesmo com os compromissos. A interação com meus (as) leitores e leitoras é minha parte favorita de tudo ;)

Big Bjs :*