POV´s Joaquim

Arrasado, acabado e completamente destruído.

James já saiu do quarto há horas e o que me restou foi o profundo vazio e a solidão

— Senhor, será que minha vida pode ficar ainda mais desprezível? — murmuro alto

Sabe aquele momento que a vida resolve te sacanear só para tirar uma com a sua cara?

— Finalmente te achei — a garota arfa cansada batendo a porta atrás de si — você não tem noção o quanto eu rodei essa casa atrás de você.

— Some daqui Isabela. Você não tem noção de quantos problemas eu tenho por sua culpa. Meu maior desejo nesse momento é te estrangular.

Surpreendi-me com a dureza das minhas palavras. Eu fui completamente imparcial e frio. Como uma pedra de gelo.

— Garoto, a Regina mexeu com seus neurônios? Já não eram muitos, agora então...

— Sempre tão engraçadinha Isabela. Por que não aproveita a deixa e da o fora daqui. Que saco caramba.

Ela arqueia a sobrancelha sem demonstrar emoção, apenas aparentando estar confusa.

— Deixemos a discursão infantil para depois. Vamos embora enquanto há tempo — ela se aproxima de mim e puxa minha mão.

Posso querer mata-la, mas a corrente elétrica que sinto com seu toque é inegável. Tenho vontade de sufocá-la até gritasse por ar e eu pudesse ver seu lado desfalecido, mas ao mesmo tempo tenho vontade de tê-la em meus braços.

— Te odeio — digo simplesmente.

Um lado meu diz para apertar seu pescoço. Minha mão é guiada por este pensamento.

Ela fica imóvel. Apoiada em meu leito enquanto eu estou com a mão envolta de seu fino pescoço. Então eu fecho a mão... Com uma força absurda.

Ela tenta tirar minha mão do local fazendo com que o aperto aumentasse. Seu rosto começa a ficar roxo, pela ausência de ar.

— Me solta seu imbecil — diz tossindo.

“Este não é você” — uma voz ecoa em minha mente.  

— Este é o meu novo eu — digo em voz alta — Você matou minha irmã Isabela, por sua culpa ela está morta. Então você merece pagar, com sua própria vida.

Sinto um soco em meu estômago. Solto o pescoço da imprestável no mesmo instante.

Isabela tosse e tenta recuperar o folego. Seu pescoço está agora com grossas marcas vermelhas.

“Isso é pouco, ela matou sua irmã”.

— Você é louco — ela grita e me acerta um tapa na cara — eu venho aqui te salvar, arrisco minha vida e sou recebida com uma tentativa de assassinato?

— Você matou minha irmã

— A Júlia? Aquela piranha está muito bem, até demais para o meu gosto.

— Não ouse falar isso. Sua mentirosa, Regina matou minha irmã porque eu lhe protegi. Sua vida foi paga com a dela.

— Bebeu? — diz em tom de ironia, mas solta uma grande lufada de ar — Joaquim sua irmã está sã e salva com o Felipe e o cretino do André. A Regina está mentindo para você!

— Mentirosa — tento gritar mais sou impedido por um beijo da Isabela.

Sinto seus lábios quentes pressionados contra os meus, demoro um tempo até corresponder por conta do choque, mas sua persistência faz com que eu agarre sua cintura.

Ela me beija ardentemente. Meu corpo inteiro está em chamas, nunca senti-lo queimar tanto.

Deito na cama e ela cai por cima de mim. Nossas línguas travam uma batalha. Perco o folego então me solto de sua boca em direção ao pescoço, depositando pequenas mordidas lá.

Beijo seus ombros e novamente para a boca. Suas mãos se agarram aos meus cabelos na tentativa de estabelecer um contato ainda maior.

Me ajoelho na cama e ela me acompanha...