POV´s Joaquim

Meu coração palpitava. Só ao imaginar o que o imundo estava fazendo com a Isabela eu tinha vontade de vomitar.

Eu já tinha bolado um plano com a tal Anna, apesar de pequena a garotinha era esperta.

– Pronta? – pergunto

– Eu já nasci pronta – fala confiante.

Por algum motivo ela me lembra da Isabela. Seu jeitinho mandão de quem sabe tudo principalmente.

Anna vai até a porta e começa a chutar e gritar pelo “segurança”. Escuto um grito agudo

“Fica longe de mim” “Sai para para, por favor” seguidos por soluços.

Não me entendo, as lagrimas caem dos meus olhos de modo que começo a chorar.

O plano era importuna-lo até que ele abrisse a porta, eu sairia correndo e salvaria a Isa...

Mas isso demora muito

Realmente não sabia que esse ditado era verdade, “quando estamos com raiva nossa força aumenta”.

Fecho meu punho e esmurro a porta, surge um buraco na madeira.

Um, dois, três murros depois e a porta está completamente detonada.

Passo pelo enorme buraco e vejo uma cena que me faz ter ânsia de vômito.

Isabela deitada no chão com o rosto e a boca sangrando, sem a blusa e o imundo cima dela, praticamente nu.

Esse cara só pode ser surdo! Me aproximo dele e soco sua coluna

– Solta ela – grito

– O playboy quer a vadiazinha de volta?

– Não chama ela de vadia seu filho da p*t*a

– Se respeita moleque – ele levanta cambaleando e eu soco sua boca

Começamos uma luta, ele me acerta no queixo, revido com um chute na costela... [N/A: cenas cortadas devido à fragilidade do publico]

Ele acaba se cansando da nossa “lutinha” e puxa Isabela pelo pescoço, e aplicando uma gravata nela.

– Não. Toque. Em. Mim – ela grita chutando com toda força o “amiguinho do cara”

Nossa, essa doeu até em mim

– Pensei que fosse eu que te salvaria – digo socando o rosto do segurança, o deixando inconsciente.

– Não faço o tipo donzela em perigo – fala com seu tipo ar superior

– Um obrigado já estava bom

– Pelo que?

– Hum... – finjo pensar – por ter te salvado

– Você não me salvou.

Me irrito

– Ah não? Se eu não tivesse dado uma surra nesse idiota você sabe o que teria acontecido com você? Quer saber? Me esquece garota. Eu me machuquei por sua culpa e você não sabe nem agradecer.

Limpo o sangue da minha boca com as costas da mão e caminho até a porta.

– Então é assim que acaba? – escuto um gritinho e viro para trás

– Ah, essa é a Anna, Isabela ela é seu problema – falo

– Quem é essa pirralha?

– Eu não sou pirralha – Anna diz com raiva

Riu

Até nisso essas duas são parecidas

– Não tenho tempo para lidar com as duas. Minha vida já tem problemas demais, não preciso de mais dois.

Anna começa a chorar e espernear

– Joaquim faz essa garota parar de chorar – Isabela diz se afastando

– Porque está chorando – me aproximo da pequena

– Você “pometeu” que ia me “leva” “pla” minha mamãe

– Foi mau... Mas não vai dar – coço a nuca

Anna levanta a cabeça e me encara com seus olhos pretos inchados, sua pele branca marcada e vermelha por conta do choro. Ela agarra meu pescoço e fico sem reação, deita sua cabeça em meu ombro e fecha os olhos.

Levanto com cuidado ainda a segurando.

– Virou papai Joaquim? – Isabela ri debochando

– Ainda não. Quem sabe um dia a Manuela me de esse privilegio.

Com Anna em meus braços sigo em direção à porta.

Mas algo martela em meu peito, como se estivesse faltando algo, ou alguém. Olho para trás e vejo Isabela entregue a própria sorte, ferida e seminua. Com essa discursão toda nem percebi que ela não está usando blusa...

OBS: Oh Safadinhos de plantão, a garota está de sutiã!

E não é que apesar dos tempos e maus tratos essa garota ainda tem um corpo bonito?

PS: Eu olhando para o corpo dela? Imagina!

Deito Anna cuidadosamente no chão. Sempre me impressiono como bebês dormem rápido.

Tiro minha camisa e caminho até Isabela, que está de costas para mim

Toco sua pele desnuda, cada pelo de suas costas se arrepia e sopro a fala,

– Vai precisar – ela vira e me encara assustada

– Ahã? – pergunta confusa, riu fraco.

– Acho que não é uma boa ideia sair por ai só de sutiã

Isabela cora como um pimentão, arranca a blusa das minhas mãos e veste rapidamente.

– Não vai sentir frio? – pergunta

– Vou, e muito, mas não conseguiria imaginar um monte de marmanjos olhando para você

– Por que não? – indaga com arrogância arqueando a sobrancelha.

– Porque só eu posso te olhar assim – puxo sua cintura colando nossos corpos.