Promised the Volturi escrita por Dany


Capítulo 14
13- “dia ruim: lembranças”


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Boa leitura!



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13- “dia ruim: lembranças”

— Elizabeth –

          Eu não havia conseguido pregar os olhos a noite inteira. Rolei na cama achando que mudando de posição me faria dormir por pelo menos algum tempo [...] Coloquei a xicara de chá no criado mudo após dar um último gole. Preferi deixar a luz apagada e a janela aberta, para que a lua pudesse iluminar o quarto.

           Cansada de estar na cama, levantei-me e puxei a poltrona até a janela. Ao sentar encolhi as pernas e encostei a cabeça na cadeira. Eu sentia a brisa em minha pele pálida e as cortinas leves brancas balançarem.

            Minha mente ficava cheia de pensamentos e outrora vazia. Parecia um ciclo vicioso no qual eu não conseguia mais parar. Fitava o céu escuro e contava às estrelas que mais pareciam vagalumes presos ali.

             Estava escuro e silencioso, podia jurar que ouvia meu coração bater. Todos do castelo pareciam descansar para amanhã, soltei um suspiro pesado. Se alguém, ou melhor, Alice me encontrasse ainda acordada eu certamente levaria uma bronca daquela baixinha.

              Amanhã!  Faltam algumas horas para o dia mais temido por mim. Contudo, agora não me parecia mais um bicho de sete cabeças. Na verdade, Alec não era um bicho.

               Pensei em Caius, meu pai, e no seu plano idiota de conseguir poder. Acho que talvez teremos um grande inimigo (Aro) caso der certo seu plano. Eu sou a chave. Mas já é certo, não o farei. Talvez eu consiga convencer Alec de não voltar para Volterra depois da lua de mel.

               Franzi as sobrancelhas, após o casamento teria... Oh, não.— murmurei tampando meus olhos com as mãos. Como eu podia ter me esquecido desse pequeno grande detalhe/problema? Imagens automaticamente vieram a minha cabeça, ter relações sexuais com o Volturi? Senti o sangue ferver em minhas bochechas e meu estomago revirar.

              Respirei fundo e fechei os olhos, na tentativa de me acalmar. Fazia muito tempo que eu não colocava isso em prática. Aquilo realmente deu certo, estava ficando tão relaxada que me fez ficar distante, acho que um rápido cochilo.

— Eliza? – ouvi uma voz doce me chamando ao longe, me fazendo despertar e olhar na direção tentando reconhecer quem me chamará, foi que eu percebi que ainda estava escuro. – Eliza, porque não está descansando na cama?

— Borboletas no estomago. – sussurrei olhando aqueles olhos vermelhos, acreditem, eles me assustavam quando pequena. Agora me sentia protegida. – Que horas são?

               Perguntei coçando os olhos numa tentativa de afastar o sono, porém falha.

— Duas e quinze da manhã. – bocejei.

               Já? Dormi muito.— pensei.

— Não devia estar em sua despedida de solteiro? – perguntei. Alec estava de joelhos ao lado da poltrona. Meus olhos abriam e fechavam, parecia que o sono finalmente havia chegado. Senti sua mão fazer um carinho em minha bochecha. Deixei-me levar voltando a fechar os olhos. Estava bom demais para ser verdade, eu pararia o tempo se fosse preciso.

...

— Pronta. – abri os olhos olhando para o espelho. Alice havia acabado de fazer o meu cabelo e minha maquiagem, sozinha. Vez ou outra a ouvia resmungar por Rosalie não estar ali para ajuda-la. – O que acha?

        Abri a boca, mas não emite som algum. Sorri, era um penteado simples e maquiagem básica, porém não deixava de chamar a atenção. – Adorei. – virei o corpo na cadeira a olhando. Vi seu sorriso diminuir e a baixinha revirar os olhos.

— Precisam de minha ajuda lá em baixo, já volto para ajuda-la com o vestido. – a vampira pega seu celular e caminha em direção à porta, no qual foi aberta por sua irmã, Rosalie. – Rose, ajude-a a por o vestido, sim?

          Ela assentiu enquanto olhava para mim, Alice saiu e Renesmee trancou a porta. Franzi o cenho, confusa. Ambas se aproximaram de mim pareciam esconder algo.

— O que houve? – comecei a me preocupar. Alec havia desistido?

— Precisamos conversar com você. – Renesmee foi a primeira a se pronunciar. Cerrei os olhos, ainda confusa, por fim apontei o dedo para a ruiva.

— Você sumiu, Ness. – levei meu olhar para o espelho. – Não veio mais pro meu quarto, o que aconteceu? – voltei a olha-la.

— Estávamos ocupadas pensando em você. – foi a Rose que respondeu. A Cullen puxou uma cadeira sentando em minha frente, segurou as minhas mãos enquanto tomava folego, o que era irônico.

— Pensando? – arquei uma sobrancelha.

— Eliza. – minha atenção agora era Renesmee – Bom, Rosalie é como uma segunda mãe para mim. Conto tudo para ela, e foi isso o que fiz essa semana.

— Contar o que? – olhei para as duas.

— Sobre as suas tentativas de fuga antes de chegarmos aqui. Sobre não sentir o mesmo que o Volturi sente por você. – respondeu à loira. – Sobre estar sendo forçada.

— Isso é passado. – tentei sorrir.

— Pode até ser, mas ao contar para Rose tudo o que você confidenciou a mim eu não podia deixar você tomar um rumo que não quer. – a híbrida tocou meu ombro. – Lembra quando me disse que eu não era obrigada a ficar com o Jake agora? – vi a vampira torcer o nariz pela sobrinha ter falado do “cachorro”. – Que eu podia esperar para entender exatamente os meus sentimentos? Então, você também pode.

— Mas é diferente agora. – gaguejei. Eu tinha minhas duvidas sobre onde elas estavam tentando levar aquela conversa, mas preferi perguntar para ter certeza. – O que estão pensando?

— Renesmee disse que você tentou fugir outras vezes, você pode de novo. Terá nossa ajuda. – Rosalie tinha um sorriso no rosto, logo senti minha visão ficar embaçada.

Eu estava parada com os braços cruzados fazendo bico, senti uma mão nas minhas costas me fazendo pressão para frente.

— Vamos Elizabeth. – Heide pediu, parecia estar tendo calma com a garota que tinha aparência de cinco anos birrenta, ou seja, eu.

— Não podem me obrigar a isso. – resmunguei dando um passo pro lado. Ela me pegou pelos ombros me fazendo olha-la.

— Caius irá arrancar minha cabeça se eu não fizer você beber sangue humano. – olhei para seus grandes olhos violetas e murmurei “Que arranque.” – Você vai beber, anda.

Levantou a voz apontando para o humano que gemia de dor a alguns metros. Tentei esconder que estava assustada e caminhei devagar até o humano no chão. Olhei em seus olhos, ele parecia pedir piedade em silencio. Fiz cara feia, levantei a cabeça e corri.

        Infelizmente ela era mais rápida, e eu não conhecia muito bem a cidade, com certeza me perderia e seria encontrada por Demetri.

— Elizabeth? – Renesmee me chamou, mas eu parecia perdida em mais uma memoria.

Vez ou outra eu tinha a artimanha de escutar atrás das portas, na época eu tinha o dom que havia clonado de uma vampira, que estava de passagem pelo castelo, no qual nenhum vampiro perceberia minha presença ali se eu o usasse. Então eu aproveitava antes que ele sumisse.

Aro, Marcus e meu pai estavam na biblioteca. Eles se preparavam para pegarem o avião e partirem para Forks junto com a guarda. Pareciam que uns tais Cullens tinham transformado uma criança, lembrei da denuncia que uma loira sem sal havia feito.

Algumas horas depois, eu estava indo até a garagem, foi aí que vi que os portões estavam abertos. Meus olhos brilharam. Eu tinha a aparência de uma criança de nove. Lembrei que a última vez que havia tentado fugir, foi há dois meses quando eu tinha a aparência de uma criança humana de cinco ao caçar com Heide.

Tinha certeza que todos do castelo haviam ido ver a tal criança e ninguém me viu chegar aqui, então passei pelos portões. Sorri enquanto descia os degraus e quando ia correr senti uma mão no meu ombro me virando.

— Onde pensa que vai, hum? – meu sorriso diminuiu. Corin segurou minha mão me levando para dentro.

           Ninguém havia se tocado do porque de eu sempre correr quando tinha a oportunidade, talvez pela minha mentalidade de um bebé ainda. Aquelas foram as duas primeiras vezes, ouve dezenas tentativas e eu ficava sempre de castigo. Sempre tentaram me fazer beber sangue humano, eu ia até eles, mas não para cravar meus dentes em sua pele e sim para manter uma distancia do vampiro que me acompanhava. E quando dava, eu corria.

             Depois daquele dia eu havia parado. Mas, quando eu já tinha a aparência de doze, Caius me contou que eu iria me casar com Alec. Eles já tinham traçado minha vida desde que eu era bebé, no entanto esperaram até eu poder entender a situação. Eu entendi, porém me revoltei e voltei a fazer o que pretendia antes.

Alec havia me levado para a parte da floresta de Volterra para caçar animais, já que eu me recusava a tomar sangue de humano. Ele disse que me esperaria sentado em uma pedra enorme em algum lugar da mata enquanto caçava um animal.

Eu não tinha os sentidos iguais de um vampiro, contudo percebi que estava bem distante do Volturi. E, sem mais e nem menos, corri em direção a uma cachoeira. Corri o máximo que pude, eu confiava em mim e conseguiria daquela vez.

       Lembro-me que conseguir fugir por pelo menos meia hora, um tempo recorde. Só fui descoberta por causa de meu cheiro. Quando fui pega, lembro de ter avistado um muro. Talvez aquele tivesse sido o limite do castelo.

— Elizabeth? – escutei Rosalie me chamando. Olhei em sua direção com os olhos arregalados e, com toda certeza, marejados. Aquele era um sonho que eu esperava há muito tempo e ambas prepararam para mim. – Vai aceitar fugir?

        Sinto uma lágrima cair, percorrendo um caminho ligeiro pelo meu rosto. Puxo minha mão delicadamente do colo da loira meio sem reação. Pisco duas vezes para ter certeza que aquilo era real. Era minha grande chance, no entanto eu estava mais confusa do que nunca.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Deixem suas opiniões ♥.

P.S: Como essa fanfic está quase acabando eu fiz uma fanfic nova, já está postada no caso, chamasse: Heart On Fire. Pra quem quiser me acompanhar lá quando está aqui terminar. bj



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