ANNIE POV.

Era só o que faltava esse tornozelo assim. Vou ter que levar atestado para o campus e ficar presa aqui. Tá doendo demais. Não esperava que Austin fosse me ajudar. Enquanto caminhava na calçada lentamente, achando que só chegaria no apartamento um mês depois. Meu coração estava acelerado demais, temia o que ele pudesse fazer comigo e não tinha razão pra ser tão gentil me trazendo até aqui.

O deixei na cozinha e segui devagar até o quarto. Não queria ficar no mesmo ambiente que ele, não sei até que momento ele poderia usar algo contra mim.

Entrei no quarto, me encostei na cama. Tirei o tênis, a blusa completamente suja e vesti a blusa de manga do pijama que estava no criado mudo.

— Força Annie! – digo tentando puxar a calça, era difícil sem conseguir movimentar o tornozelo.

AUSTIN POV.

Ouvi quando ela bateu a porta do quarto. Terminei de beber agua. Um celular começa a tocar no meu bolso. Mas coloquei meu Celular no silencioso. Vejo no visor: May – é o da Annie, que peguei quando a atropelei. Peyton vai me matar pelo o atrasado, já tem trinta minutos e ainda tenho que descer para pegar o presente.

— Annie, eu só vi... – digo entrando no quarto, quando a boca seca ao ver vestida numa camisa do pijama e um boy short cinza – tentando tirar a calça, que já estava na metade da perna.

— Você não sabe bater na porta não? – ela se assusta, colocando o lençol sobre as pernas.

— Só vim deixar o seu celular. – dei de ombros, colocando o celular na escrivaninha, ainda sem tirar os olhos dela.

— Ok. – ela fecha os olhos respirando. — O que você ainda faz aqui?

— Que ajuda? – pergunto, sorri malicioso.

— Se você for embora, será a melhor ajuda de todas.

Ela estava vermelha de vergonha e eu senti muita vontade de rir. Como se eu já não tivesse visto nada melhor do que ela tem em baixo daquele lençol. Passo a língua nos lábios, estralo a língua no céu da boca e giro sobre o calcanhar saindo do quarto.

Solto o ar que estava preso assim que fecho a porta. Caminho até a porta, abrindo e dando de cara com Maya. Que arregala os olhos espantada e passo por ela. Descendo as escadas rápidos, chegando até fora do Blue.

Entro no carro, bato a porta e encosto a cabeça no volante. Agora entendo por Scott tá louco sem conseguir se controlar ficando perto dela.

Scott – bato a cabeça no volante. Tá louco Austin? Se excitando com a mulher do seu irmão, do seu brother? Estava preste a ligar o carro quando lembrei do jantar. Droga! Peguei a sacola do presente. Estou a uma hora atrasado. Volto a subir as escadas correndo.

Peyton abre a porta furiosa, seus pais me encaram firme. E não consigo pensar em nada para justificar.

ANNIE POV.

Depois de muita luta conseguir tirar a calça. Que vergonha meu Deus, ele não tinha nada que entrar no meu quarto. Por sorte estava com um boy short, imagina se estivesse de calcinha? Consigo tirar a calça. Me enrolo na toalha e saiu do quarto, mancando. Maya está jogando as coisas em cima da mesa e me encara assustada.

— Annie! – ela diz. — O que houve aqui? – ela aponta para a porta. — Porque está mancando? – ela olha para o meu tornozelo. — Putz, tá muito roxo. – ela se aproxima.

— Não toca May! – grito rápido de dor. — Foi só uma queda.

— E o Austin? – ela levanta. — O que ele estava fazendo aqui?

— Ele me atropelou e como não tive condições de caminhar, ele me trouxe até aqui. – digo entrando na ducha, com dificuldade.

— Nos braços? – pergunta Maya, apoiada com o ombro na porta do banheiro e assenti que sim. — Ele não é tão monstro quanto parece né?

Reviro os olhos rindo e continuo a tomar banho. Quando Maya sai da porta do banheiro, entrando no quarto. A agua gelada molha meu corpo um pouco dolorido da queda. Mudo a temperatura da agua colocando para quente. Não entendo como minha mão ficou tão gelada e começou a suar tanto de uma hora pra outra.

Preciso aprender a controlar isso. Ele não é um monstro Annie. Ele não teria coragem de fazer nada contra você, ele ainda considera o Scott lá no fundo.