Anjo ou Fera escrita por Giovanna


Capítulo 26
Capítulo 26 - Unprepared.




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ANNIE POV.

Chegando no apartamento Maya estava furiosa como previa, mas até que se acalmou quando comecei a explicar tudo que aconteceu pra ela. Mas tinha uma pessoa, um alguém que com certeza estava pior que ela: Scott.

Tentei ligar mas só deu desligado. A única solução, era ir ao prédio.

― O Scott está? – pergunto ao Sam que abre a porta, para a minha sorte.

― No quarto. – ele faz menção para que eu entre.

― Chama ele para mim, por favor.

― O Austin não está, a Jessie também não. – ele ri. ― Entra logo!

Talvez nem todos me odiassem como pensei, Sam estava sendo gentil. Entrei o apartamento estava bagunçando - homens. Respiro na frente da porta do quarto e Sam me olha estranho sentando-se no sofá. Toc! Toc!

― Entra. – responde Scott.

Entro. O quarto está escuro sendo iluminado apenas pela à luz da lua. E ele estava deitado sem camisa na cama olhando pro teto. Ele se assusta ao me ver ali, certamente pensou que nunca estaria aqui, por causa dos problemas que tive com Austin e Jessie.

― Oi. – me aproximo da cama, colocando as mãos dentro do bolso do short.

Ele não responde e levanta-se rápido. Ele caminha até a porta, trancando. Franzi o cenho, estranhando.

― Só por segurança de que ninguém vai atrapalhar a nossa conversa. – ele se aproxima.

O quarto escuro me dá uma reviravolta no estomago.

― Scott.

― Não precisa dizer nada Annie. – ele diz desviando o olhar.

Ele estava presente fisicamente, mas distante mentalmente.

― Claro que precisa, não é comum a namorada ir visitar o ex no hospital. Se fosse comigo, eu ia querer que você fizesse o mesmo.

― Exatamente, se fosse com você. Mas eu não sou você. – ele está irritado, claro que estar.

― Precisa mesmo ser grosso assim? – pergunto, encarando-o.

― E como você esperava me encontrar? – ele se deita na cama.

― Não sei. – dou de ombros e percebo que falei um pouco alto.

Confesso que esperava uma atitude mais compreensível do Scott. Mesmo cansada do hospital, ainda vim aqui. Porque eu queria que fizessem isso comigo, não queria que ele pensasse que fui lá para voltar com o Martín, ou, porque ainda gosto dele.

Já estou os olhos marejados, como uma criança de dois anos.

― Olha só Annie, esse cara deve ser muito importante, pra você largar a faculdade, não avisar a sua melhor amiga...

― Scott! – o interrompo fechando os olhos. ― Para, para com isso! É com você que estou, é com você que quero ficar. – digo nervosa. ― Mas não poderia ser egoísta a ponto, de matar uma pessoa.

Ele ri.

― Matar Annie? Que exagero foi só uma batida de moto.

― Ele fez cirurgia você sabia? – digo cruzando os braços.

― Não, e nem quero.

Esse era um lado do Scott que não conhecia.

― Ok Scott. – dei de ombros – ele não queria conversar, não iriamos conversar. - caminho em direção a porta. ― Quando você quiser conversar, você me procura.

Ele levanta-se e me puxa pelo o braço. Sinto meu coração pulsar. Tentei disfarçar mais não conseguir deixar de reparar no peitoral nu de Scott.

Ele encara os meus olhos, depois a minha boca. Meu coração está a mil por hora. A boca dele toca meu queixo, eu estremeço. Scott continua beijando o meu pescoço. Pressionando meu corpo contra o seu. E sinto minhas mãos suarem. Ele sobe e beija o nódulo da minha orelha, solto um gemido e sinto a lombar arrepiar.

Nunca reparei, mas nunca fiquei muito tempo sozinha com Scott. A Maya sempre chegava. Sei que estou prestes a perder os sentidos.

― Scott! – sussurro.

Ele me cala com um beijo. A mão dele começa a passear por baixo da camiseta.

― Calaram-se. – diz Sam rindo, com o ouvido encostado a porta. ― Dale, dale Scott! – diz jogando-se no sofá ao lado de Austin. ― Queria ser um mosquitinho cara, só pra ver...

― Não é melhor saímos do ap cara? – sugere Austin.

― E perder a cara que a princesinha vai sair depois da sua primeira vez? – ele ri alto. ― Mas nem morto.

Scott me joga na sua cama devagar. Sei que ele como todo homem espera isso de uma mulher, mas é que não me sinto preparada, não me sinto uma mulher ainda.

Ele já tirou minha blusa e nem percebi. Nunca fiquei de sutiã na frente de nenhum homem, nem mesmo o meu pai. Me sinto desconfortável. Não imagino a minha primeira vez assim, idealizo ela, em outra situação, não depois de uma briga.

Me assusto ao ouvir uma risada fora do quarto. Empurro Scott rápido e visto a minha blusa. Estou vermelha de vergonha. Destranco a porta e passo correndo pela a sala.

Bato a porta com força.

Estou respirando acelerado.

― Droga de elevador! – pressiono o botão mil vezes. Sei que estou nervosa.

O elevador abre e entro rápido.

SCOTT POV.

Em menos de três segundos Annie me empurrou fazendo cair do outro lado da cama. E saiu correndo do quarto. Puta que pariu! Ela estava respondendo tão bem aos meus estímulos, talvez, estivesse nervosa demais. Puta que pariu! Que maldita risada Sam Sangster. Saiu do quarto sem camisa esmurrando a parede do corredor.

― Fail.. Fail... – diz Sam imitando locutor.

Agua e um calmante. Procuro um calmante nas portas do armário, mas sem sucesso. Bebo agua sem respirar.

― Broxou? – pergunta Sam, levantando-se num pulo até o balcão.

― Não cara. – respondo rindo, quase engasgando com a agua.

― E o que deu errado?

― A porcaria da sua risada escandalosa. – bato com o copo sobre o balcão.

― Eu falei, - grita Austin. ― Eu disse para sairmos do ap.

― E porque não vazaram assim que ficou em silencio? – pergunto, batendo o copo novamente.

― Deixe o copo, porque senão daqui a pouco só teremos xicaras. – diz Sam pegando o copo.

― Não me responderam porra, porque não vazaram?

― Ihhh.. O cara ficou furioso. – zomba Sam, sentando-se no sofá.

― Pergunta pro mané do Sam. – responde Austin, olhando para televisão.

Encaro Sam que está segurando o riso.

― Estava tão maneiro assim? – ri pelo nariz. ― Mas fala, como é? Peluda? Depilada?

Dou a volta no balcão batendo na cabeça de Sam, entrando no quarto. Sei que os deixei curiosos para saber até onde fui com Annie. Mas não sou de contar as minhas intimidades.

ANNIE POV.

Chego em casa chorando. Não sei porque estou chorando, acho que por vergonha. Maya me olha assustada, sentada no sofá. E corro até seu colo e me deito, ela alisa os meus cabelos. Mas não pergunta nada.

Gosto disso da May, ela sempre sabe quando falar. Meu celular toca, o tiro do bolso e é o Scott.

Pode até parecer exagero, mas não quero falar com ele. Estou envergonhada, me sinto uma criança. Scott é um homem e está a cinco meses sem sexo. É compreensível, o querer dele em avançar no nosso relacionamento.

Sinto falta do Martín. Ele nunca tentou nada comigo, sempre me respeito e nem chegou a nada, mas em compensação me traiu com a cidade inteira.


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