Malditas Kankers! 2 serie; Nostalgia escrita por Dyryet


Capítulo 6
Panakas.


Notas iniciais do capítulo

Qro muito agradescer ao Captao Nero pelo comentário! Se ele não teria destravado e tido esta ideia!!!
(Novamente desculpa pela gafe. Esquecer o Edu foi grave, mas ele é um personagem difícil de se trabalhar e por causa disso teve tanta demora.)



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Olhava sua nova carteira sobre a escrivaninha.

Remoia pensamentos e vontades; tremia e temia pelo futuro e por seus próprios intuitos e vontades.

Da cama a onde estava jogado podia ver seu barracão.

–--- Mais que inferno! ---- esbraveja abrindo a porta e saindo de casa. Se negava a aceitar e se dar por vencido, não iria ser o único a não seguir em frente.

Passando pela casa de Du ele pode ver que seus pais conversavam com a policia sobre o ocorrido, mas eles não podiam fazer nada; ---- Se o rapaz é de maior e saiu por vontade própria não é a trabalho da policia fazer uma reconciliação.

Na casa de Dudu ele pode ver os planos bem elaborados para sua nova rotina. Já havia conseguido vaga em uma pensão de respeito e parecia que tudo em sua vida nos próximos anos estava ajeitada.

–--- Acho que só eu mesmo... ---- o menor murmura ao caminhar pela rua, se comparando a seus dois amigos. ---- ... sou o burro atrasado no tempo.

E assim o dia passa e ele logo se deita pra dormir, sonhando com uma época muito mais dourada.


=~^~ ºº~^~=

Seu irmão já tinha ido para tantas escolas diferentes que agora a família estava mal falada em seu bairro. E para fugir de tais coisas os pais resolveram aproveitar o aumento que o marido recebera e se mudarem para um local melhor e mais calmo.

Um novo bairro uma nova vida.

As casas eram bonitas, nada de apartamentos chatos a onde não se podia fazer bagunça depois das 10hs da noite. Todas as crianças brincavam na rua e ficavam por lá ate altas horas da noite; o pequeno Eduardo estava animado e ansioso por fazer novas amizades saindo antes mesmo de tomar seu café da manha.

Mas o que recebeu não foi o que esperava.

–--- Panaka! ---- um garoto ruivo que andava com uma pequena bicicleta o intitulou após este levar um tombo, e logo todos estavam a rir do recém-chegado.

Ele se sentiu mal pela zombaria, não estava acostumado a conviver com outras crianças fora da escola, e na escola sempre tinha algum supervisor que evitava o bulling. Mas na rua não...

Fez que fez, um ou dois planos de vingança, coisa que apenas piorou sua situação com a turma.

Mas logo ele entendeu.

Não era burro e com isso compreendeu o que teria de fazer para se inturmar.

Foi de encontro ao garotinho ruivo que havia acabado de ralar os joelhos e riu de seu tombo, depois disso zombou cada um aproveitando de suas falhas e ate sotaques, e logo ninguém mais o zombava.

Nas semanas seguintes brincou com todos como se nunca tivessem brigado.

Era popular afinal.

Todos queriam ir a sua casa. Todos queriam saber como era de onde ele veio e ouvir as historias de seu irmão mais velho rebelde; vivia um paraíso.

Ate que notou não ser amigo de todas as crianças do bairro.

–--- Quem é ele? ---- questiona curioso ao olhar por sobre o muro de madeira, escalando varias caixas.

–--- Este é o Eduardo. Como você... ---- um garoto moreno pontua o puxando do muro e logo recolhendo do chão um pedaço de madeira a onde havia pintado olhos e boca. ---- Ele é retardado. Todas as mães falam que ele é um caso perdido. Não é bom andarmos com ele...

–--- E por que?

–--- Por que você vai ficar burro como ele. ---- um garotinha loira se aproxima. Trazia com sigo uma enorme bola de plástico que mal conseguia carregar. ---- Vamos brincar?

–--- Vamos! ---- o moreno se afasta de Edu correndo para a rua junto da loura.

Mas o pequeno Edu fica vendo o isolado garoto brincar em seu gramado sozinho com pequenos bonecos de ação; o surpreendendo ao erguer sem dificuldade o carro do pai que estava fora da vaga e ageita-lo.

–--- Incrível! ---- gritou ao pular o muro e ir em encontro ao garoto que estranha a proximação e elogio. ---- Se chama Eduardo? Eu também! ---- ele sorri ao esticar o braço cumprimentando o garoto que o encara confuso.

Mas ao seguir o gesto o desajeitado garoto aperta de mais sua mão a quebrando.

O grito do menor ecoa pelo bairro trazendo pânico ao maior que não sabia o que fazer.

–--- Desculpa, desculpa, desculpa!–--- ele alerta ao correr para os lados sem saber o que fazer; lagrimas se formam em seus olhos e ele começa a tremer. ---- Machuquei você! Desculpa! Eu não queria! Todo mundo é tão fraquinho... Desculpa, desculpa, desculpa!

O alarde do maior termina de chamar a atenção de todos.

Seu pânico em ter ferido o garoto que tinha sido gentil com ele era imenso e com isso começa a chorar descontrolado. Era apenas uma criança afinal.


–--- O que esta fazendo agora? ---- uma mulher sai de dentro da casa o que faz com que o garoto chorasse ainda mais sentido. ---- Eu não acredito! Você só me traz desgraça! ---- logo a mulher estapeia o maior indo em direção ao pequeno Edu que não sabia se segurava a mão ou se chorava pela dor. ---- Vem. vou te levar a um hospital. ---- e assim com um braço ela o ergue no colo indo em direção ao carro, dando outro tapa no maior que soluçava em prantos. ---- E você já pra dentro! Não quero saber de mais nada de você. Vai ficar sem jantar!

Os gritos da mulher faziam com que todos os curiosos ficassem em silencio, e assim Edu sente mais medo do que dor.

Ele havia escutado os ossos estalarem e segurava o pulso que latejava, mas não conseguia tirar os olhos do ruivo que entrara na casa ainda em prantos. Como podia ser tão forte?

No hospital lhe deram uma boa examinada enquanto a mulher ligava para contar o ocorrido a seus pais.

Puseram-lhe uma tala não mão e conseguiram por os ossos que não estavam fraturados no lugar certo.

–--- Este daí nunca vai tocar piano. ---- o medico brinca o fazendo um afago. ---- O que fez? Prensou a mão no carro? Na porta da garagem?

A mulher se cala não sabendo como responder. Estava claramente envergonhada.


Mas logo a mãe de Edu chega o abraçando e enchendo a mulher de perguntas, e esta se esquiva com respostas triviais como: ---- Crianças se machucam. Você teve sorte de eu ver e o trazer para cá. Ele ficara bem, sorte que ele é canhoto e isso não vai afetar sua vida futura.

Com isso o pequeno Edu fica em silencio ouvindo as broncas de sua mãe sobre sua imprudência, durante todo caminho de volta. Mas não conseguia entender como o garoto exilado era tão forte.

No dia seguinte, voltou no terreno mas não o achou.

E então foi brincar com as outras crianças.

–--- Que medo. ---- um garoto mais alto comenta com seu peculiar sotaque ao olhar uma casa em especifico. Na janela se podia ver uma forma humana a fitar a rua. Um garotinho tenro e pequeno, de aparência frágil e muito desengonçada que quando percebe estar sendo observado acena alegremente. ---- Corre ele nos viu!

Com o grito todas as crianças se dispensam incluindo o pequeno Edu que corre para sua própria casa.

–--- Aprontando? ---- sua mãe questiona em um tom brincalhão ao começar a por a mesa de jantar.

–--- Tem um... Aquela casa é assombrada? ---- o ingênuo Edu questiona ao subir a mesa apontando para a casa que fez com que todos fugissem assustados.

–--- Não meu amor.

–--- Então quem é o garoto na janela?

–--- Que garoto? ---- o pai logo se junta a mesa afagando os cabelos do filho e sevando um olhar envergonhado da mãe. ---- O que foi querida? O que tem aquela casa?

–--- Uma vizinha me contou... ---- ela suspira e logo se senta a mesa. ---- Aquela família é problemática. Já processou muita gente por conta... De vários motivos. ---- ela serve os copos de suco e prossegue. ---- O filho deles é frágil de saúde e ele são muito exigentes com a conduta da criança. É melhor não nos envolvermos com eles... Ouviu Edu?

–--- Sim mamãe. ---- corresponde de boca cheia.



Dias se passaram e o pequeno Edu sarou da mão, mas ficava curioso com os dois garotos. Um tão forte quanto um super herói, e o outro frágil e fraco.

E enquanto um brincadeira de pique rolava ele foi matar sua curiosidade.

Adentrou a porta aberta da casa de condomínio percebendo que tudo estava escuro assim como em uma casa mal assombrada. Caminhou a passos curtos e cuidadosos encontrando a escada que dava para o quarto em que tinha visto o garoto; mas antes que pudesse abrir a porta.

[Tum!]

Ela bateu bem no meio da sua cara.

–--- Em...? ---- exclama confuso, não doeu foi mais um susto.

–--- O que? Quem é você? Um ladrão! ---- a voz fraca lhe vem aos ouvidos, confusa mas depois logo se espanta se escondendo novamente no quarto.

–--- Não sou ladrão! ---- ele invade o lugar afim de se explicar ao garoto parando assim que se vê dentro do quarto. ---- Legal!

Vidros, potes e recipientes.

O lugar parecia um laboratório de um cientista.

Haviam líquidos coloridos insetos, roedores e amfibios.

–--- Você é um cientista do mal! ---- exclama animado olhando as coisas.

–--- Não sou do mal... E quem é você? O que faz na minha casa?

–--- Sou Eduardo! Pode me chamar de Edu! ---- e novamente ele estica a mão cumprimentando o amigo.

–--- Seu Eduardo também... intrigante. ---- exclama o frágil garoto ao por um par de luvas antes de apertar sua mão. ---- Eu ia fazer um lanche pra mim. Esta com fome?

–--- Claro! ---- animado o pequeno salta da cama voltando a olhar os frascos. ---- Se você não é um cientista do mal... O que você é?

–--- Um cientista do bem. ---- sorri.

E simples assim os dois passam a tarde brincando e o frágil garoto o ensina sobre as coisas que estava fazendo, e assim que seus pais chegam Edu se vai, despedindo-se de seu novo amigo. Chegando em casa morto de fome pos não gostara de nada que viu dentro da casa do garoto estranho, mas não quis sair por conta de estar se divertindo com suas maluquices.

Contou tudo a seus pais.

Como conhecera dois garotos estranhos que eram isolados, mas muito mais incríveis que os garotos do beco.

~~ºº~~

[Brik brik]

O despertador toca.

Ele ignora e volta a se enrolar nos cobertores fofos e acolchoados.

–--- Sai da cama poha! ---- a voz forte de sua esposa o desperta, e como se não fosse o suficiente ela o retira da cama com um delicado movimento. ....O tacando no chão com colcha e tudo.

–--- Fala serio! Me casei com o Hulk! ---- esbraveja irritado por quer sido tirado de seu pelo sonho de um modo nada gentil.

Esfrega os olhos cansado, por ter ido dormir tarde graças a uma reunião de trabalho. Se olha no espelho estando bem mais velho, os olhos firmes e sérios de um senhor de negócios passava respeito. A barba devidamente aparada nunca raspada o passava um ar forte, enquanto os cabelos sempre bem penteados lhe dava um ar viril.

Se banha e logo esta arrumado em seu melhor terno.


–--- Paaaaiieee... ---- a voz cantarolada e um pouco manhosa de sua filha o chama a atenção. Vestia-se como uma princesa coisa que não ornava com sua postura que dizia o oposto, possuía os cabelos escuros como o pai mas os cachos da mãe. ---- Jura que eu tenho que ir?

–--- Sim. ---- responde em uma única palavra indo ajudar a esposa que nunca parava quieta.

Acostumada a um trabalho pesado como segurança particular, ela sabia muito bem como se montar de princesa quando a ocasião pedia; e nunca desapontava em emaravilhar o marido que se surpreendia a cada da dia, aprendendo algo novo sobre a mulher que escolher passar a vida.

–--- Pareço um pingüim! ---- o filho menor bronqueia revoltado com as vestes, revoltado em ter que perder o fim de semana em um evento glamuroso. Era apenas uma criança.

–--- Pelo menos você não esta perdendo a maior festa de todas. ---- a jovem resmunga irritada ao terminar de por os brincos e ser “re-maquiada” pela mãe, que não autorizaria a filha estar menos que perfeita.

–--- Prontos? ---- a mulher de lindos e longos cachos ruivos comenta com uma voz de trovão e ninguém se opõe a sua vontade. ---- Então vamos! Quero chegar adiantada desta vez.

Com isso ela se vira saindo do pomposo apartamento e seguindo ate o elevador, já chegando se o motorista havia pego o carro correto.

Cuidava de cada mínimo detalhe para que tudo estivesse perfeito enquanto Edu apenas observava a tudo, relembrando de seu sonho, de como havia conhecido seus melhores amigos quando ainda tinha a idade de seu filho casula. De todas as travessuras que viveram no beco enquanto seu próprio filho só sabia mexer no computador e falar de coisas de internet.

Ele entra no carro rindo com a conversa de sua esposa com a filha, que pontuava sobre Bulling. ---- Só pode ser gozação. ---- murmura entre dentes, ao lembrar que quando jovem esta mesma mulher tão fina e sofisticada, fazia a maior destruição.

Bulling? Como as crianças de hoje eram mimadas... Claro que ele protegeria seus anjinhos de tudo, e ela jamais deixaria que alguém levantasse a voz contra qualquer um deles, mas nunca se arrependeria de ter feito tudo o que fez. Se ralado se machucado, aprontando mil e umas pela rua. Quebrado a mão.

–--- Edu! ---- alto e forte ele o cumprimenta de longe com um farto sorriso por de baixo da barba serrada que assim como seus cabelos mantinham o tom avermelhado. ---- Chegamos cedo! Tem uma área para as crianças. Por que não vão brincar com seus primos? ---- ele afaga os cabelos do pequeno cumprimentando a jovem que o encara como se dissesse “me chamou mesmo de criança?”, mas ele ignora. ---- Diga Edu... Que cara é esta? Não fechou aquele contrato?

–--- Estou com esta cara por que fechei. ---- o menor boceja espreguiçando-se enquanto uma loura animada vinha em direção à ruiva a abraçando. ---- Os malditos dos Japoneses sempre tem que ser tão metódicos? Demoramos três horas a mais do que deveria... ---- reclama ao ver o amigo atacar a mesa de petiscos e sujar toda a abarba. ---- “Não muda, nunca muda.” ---- pensa feliz.


–--- Ola tio. ---- uma pequena e meiga garotinha loira se aproxima sorridente já apontando para a mulher loura que conversava com sua esposa tão alegremente em uma das glamorosas mesas do evento. ---- A mamãe esta te chamando.

–--- Obrigado. ---- agradece ao pegar na mão da pequena que o acompanha saltitando alegre com o vestido florido que usava. ---- Como vão os negócios?

–--- De vento em poupa! Consegui juntar minha empresinha e agora os produtos naturais vão bombar no mercado. Quem diria que ser saudável poderia virar moda? ---- a loura comenta alegre ao abraça-lo com o devido cuidado.

–--- Mais um? ---- sorri animado ao ver o abdômen elevado da loura. ---- Menino ou menina?

–---- E importa? ---- ela sorri animada deixando seus enormes incisivos à mostra. ---- O importante é que será saudável como os irmãos e pelo modo que chuta também vai herdar a força elevada do pai.

–--- Vocês são uns coelhos. ---- a ruiva bronqueia. ---- Trabalhar em casa... Vocês dão um novo significado a esta frase.

Todos riem.



ATENÇAO TODOS.

O grande megafone alerta e logo todos se viram esperançosos.

A pequena loirinha corre em direção ao palco antes que a mãe pudesse a segurar, e assim um velho senhor começa a falar um extenso e modorrento discurso que fazem com que os quatro bocejem.

–--- Vou dar uma olhada nas crianças... ---- o ruivo comenta afim de fugir mas é segurado por uma ruiva irritadinha.

–--- Não mesmo. Trate de se comportar.

–--- Esta bem... ---- ele abaixa a cabeça desanimado. ---- Ei Edu? Sua menina tem quantos anos mesmo? Ela já esta namorando? O meu mais velho ta me deixando louco com as garotas.

–--- Nem me faça pensar nisso. Hoje ela queria ir para uma festa. ----- Edu franze o cenho ao passar a mão sobre o rosto. ---- As coisas não são como na nossa época. As festas não são só para se divertir... Tenho medo destas coisas.

–--- E eu de virar vovô.

–--- Aquele garoto não tem jeito. Mas você também não da exemplo né! Toda vez que ele surge com uma garota diferente você fala parabéns! ---- a loura invade a conversa e logo todos estão a ignorar o discurso. ---- De vês incentivar o garoto a respeitar as mulheres fica dando notas pelas conquistas dele.

–--- Isso é muito feio. ---- a voz trovoada da ruiva faz com que ele se arrepie e logo Edu começa a rir descontrolado atrapalhando o discurso.

–--- S-sinto muito. ---- exclama ainda entre risos voltando a encarar a esposa. ---- Vamos lá. Você também não era santa. Quantas vezes vocês três nos agarraram?

–--- E eu sei lá! Vocês adoravam aquilo. ---- a loura brinca e logo a roda esta a zombar de perversões da infância e da quantidade elevada de filhos que Du e May tiveram e ainda poderiam ter.


O grupo estava crescido.

Tinham poucos momentos para descontrair, mas sempre que podiam se juntar era motivo para festa.

Aniversários, feriados e ate algumas desculpas esfarrapadas os mantinham em constante contato. As vezes os três amigos perdiam as horas ao jogar onlie como se fossem três crianças, enquanto seus filhos achavam graça do parentesco familiar ser as mães, mas serem os pais a manter estas ligações e brincadeiras.

A vida era boa.

E então ao fim de toda a homenagem o ultimo integrante se une ao grupo.

–--- É pedir de mais que vocês se concentrem em uma única premiação minha? ---- ele se senta junto ao grupo. Trajava um frade nobre que comportava perfeitamente um chapeu coco. ---- Estou extremamente desgostoso com vocês neste momento e...

–--- Fica quieto cabeça- de – meia! ---- o líder do grupo traz a graça ao resgatar o apelido que ele jamais perderia. ---- Você mesmo disse. Já virou rotina estes seus prêmios de ciências... Então senta, come e aproveita!

–--- Francamente. ---- ele apenas sorri; seus dentes agora não eram mais tortos; parecia apreensivo com algo e não demora ao líder notar seu nervosismo.

–--- Fala de uma vez. ---- bronqueia.

–--- Do que esta falando Edu?

–--- Você esta com aquela cara de pânico. Esta suando e mexendo na nuca. Quase 60 e ainda não sabe mentir! Desiste!

–--- Eu não tenho esta idade Edu! Temos a mesma idade e...

–--- Fala de uma vez. ---- o ruivo enche a boca com os petiscos que retirava de uma bandeija que havia feito de prato.

–--- Francamente Du... Será que por um obsequio você não poderia... Se comportar? ---- comenta envergonhado logo vendo que quem ele esperava se aproximava feliz e animada. ---- Marie que demora!

–--- Não contou sem mim contou? ---- ela se senta ajeitando os cabelos que a esta altura já começavam a soltar caindo sobre seu olho do modo que gostava de deixa-lo. ---- A onde vocês deixaram as crianças? ---- questiona curiosa ao perder novamente o foco.

–--- Estão pra lá. Mas não contei nada.

–--- Que ótimo por que “eu” que tenho de contar.

–--- Contar o que? ---- a ruiva já se alarma espantada e animada.

–--- Meu livro... Consegui aquele contrato! Vão publicar e o editor disse que tenho boa chance de aparecer em um programa e também de ser mostrado no new york times em breve!

–--- Mas que legal! ---- a loura sorri emocionada parabenizando a irmã com um afago no ombro. ---- Quem diria que as Kankers iriam conseguir tanta coisa na vida. Já contou para a mamãe? Queria jogar isso na cara dela! Nunca botou fé nos nossos meninos. ---- a loura abraça o marido animada, se recordando de todos os problemas que teve no passado.

–--- Claro que não contei. Ela iria correndo contar a todos e... ---- sem pestanejar ela se ergue e chama um dos garçons. ---- Ei traga um chanpanhe! Vamos comemorar!

–--- Marie!

–--- Ata... tudo bem. ---- ela murmura com a bronca do marido logo se sentando e olhando nos olhos das irmãs. ---- Eu não posso beber com vocês. Desta vês só a Lu pode beber. ---- completa com um largo sorriso exemplificando o obvio ao por a mão sobre o próprio vestido.

–--- A! ---- a loura grita ao abraçar a irmã logo completando. ---- Finalmente! Já estava achando que ele era estéril! Quantos meses? Menino ou menina?

–--- Eu estéril? Fique sabendo que eu só me cuido muito bem! Acha que conseguiria chegar onde cheguei se não planejasse tudo e...

–--- Já entendemos. Conhecendo você... deve ter escolhido ate o que vai puxar de cada um. Tipo aquelas experiências macabras que você faz. ---- o líder pontua entre risos e logo todos estão a debochar do caso.

Era uma noite perfeita.

Tão qual tinham sido suas vidas.

–--- Edu? ---- a voz fraca do frágil Dudu o chama a atenção.

Este estava sobre a sacada a observar a lua que estava cheia e iluminava a tudo.

–--- O beco... ficava ali. ---- ele comenta ao apontar para um terreno abandonado junto de poucas casas que se podia reconhecer.

–--- Verdade. ---- sorri ao se debruçar na sacada. ---- Estamos mesmo ficando velhos. Olhando para o passado e recordando de tudo.

–--- Do que você esta falando? Ainda temos muito o que aprontar. ---- afirma o líder rindo alegremente. ---- E alem disso logo será a festa de 20 anos do colegial. Não quer ver como esta a turma?

–--- Claro. E você vai esfregar a companhia Du’s na cada deles?

–--- Mas é claro!!! ---- o líder exclama animado logo roubando um dos petiscos que Du trazia tão distraído.





–--- Quem diria que os três fracassados iriam chegar ate aqui. ---- a voz calma de uma pequena e nem tão frágil ruiva comenta a seu louro companheiro, sorrindo ao ver a alegria estampada no rosto do irmão que conversava com os amigos de longa data. trajava um curto e decotado vestido, porem sóbrio e muito elegante.

–--- Quem? ---- o louro comenta em um tom brincalhão apontnado para as três irmãs que dançavam no fim de noite, comemorando pelo primeiro filho do casal. ---- Elas.

–--- Verdade. ---- a ruiva completa ao brindar com o louro que trajava um fino e nada discreto terno azulado com pedrarias. ----Acho que elas sempre tiveram um bom gosto afinal.


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Notas finais do capítulo

(O que achou deste fim? O futuro deles, deu pra sacar tudo? Em que cada um trabalha como vive e ate as relações com os filhos? Podem pontuar! Como disse achei muito linda a idéia de fazer uma versão das Kankers. Prometo q o próximo cap é o ultimo! rsrs)



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