Better Together escrita por Dark Swan


Capítulo 4
They're coming


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora, eu estava cheia de trabalho da faculdade pra fazer. Mas ta aí, desculpe algum erro de português etc.
E obrigada pelos comentários ♥
Boa leitura.



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Eu não consegui dormir, como Rumpelstiltskin havia dito, era impossível, decidi então ir atrás de alguma coisa pra comer. Quando voltei ao nosso acampamento, ela não estava lá, deixou um casaco por cima de uns troncos e uma pedra e partiu, sem dizer aonde iria. Eu comecei a ficar preocupada, eu repetia para mim mesma que talvez ela tivesse ido fazer o mesmo que eu fiz e pegar um pouco de comida. Rumpelstiltskin apareceu e eu tive que perguntar:

– Onde ela está? – Eu comecei a ficar desesperada ao ver a cara dele de “eu te avisei”.

– Fazendo o que você deveria estar fazendo. Pensando nela primeiro. – Eu não acredito que ela tinha me enganado, e nesse momento eu estava colocando a culpa toda no Rumple. – Se ela chegar na colina de pedras e sussurrar naquele fogo, está tudo acabado pra você. – Ele fez uma pausa dramática. – A não ser que você a mate.

– Não matarei ninguém. – Eu estava certa disso, eu não queria ser igual a ele, eu não queria que as trevas tomassem todo meu ser até que minha família pudesse vir me salvar. O problema era: ela já estava.

– Você não quis dizer isso mesmo.

– Como é a colina de pedras?

– Não esta pensando em magicamente ir, está? – Ele sabia que eu estava, que eu estava disposta a fazer isso para conseguir o fogo de volta.

– Conte-me.

– Achei que não usaria a magia das trevas.

– Como elas são? – Eu disse e agora num tom extremamente alto.

– Se você insiste...

E Rumplestiltskin me explicou, passo a passo de como eu era lá, e eu fui imaginando, fui desenhando o lugar em minha cabeça e pronto, ele se materializou a minha frente. Eu estava caminhando até o centro rodeado por pedras quando vi Merida, ela estava sussurrando para o fogo e eu tinha que tentar impedi-la de qualquer maneira.

– Não! – Eu falei, gritando e correndo na direção dela. – Tem ideia do que você fez?

– Sim, eu tenho. – Merida disse enquanto apontava uma flecha em minha direção. Ela estava disposta a fazer tudo pela família dela, eu entendo. Mas eu também estava disposta a fazer tudo pela minha, e isso incluía usar magia negra. – Pare! Eu não sei que tipo de bruxa você é, ou qual voz estranha está na sua cabeça, mas eu ouvi tudo.

Nós estávamos girando, a raiva estava tomando conta de mim, ela falava e falava e eu só queria arrancar a língua dela com minhas próprias mãos, eu sabia o que aconteceria se eu fizesse isso, eu sabia todos os riscos que eu estava correndo mas eu não podia deixar ela me passar a perna assim, sem eu fazer nada.

– O que ela disse? Ela tem muito sotaque, não? – Rumpelstiltskin apareceu, e eu sabia que ele estava aqui por que meus pensamentos eram exatamente iguais aos dele. Mata-la.

– Você não sabe o que você ouviu. Eu posso explicar. – Eu disse, tentando amenizar as coisas.

– Não quero suas mentiras. Preciso desse fogo e dos meus irmãos então vire-se e vá embora.

– Ela está te desafiando. – A voz de Rumple ecoava em minha mente como se ele fosse eu, e nada mais que isso.

– Saia daqui. – Nesse momento eu estava sorrindo, por que eu sabia que ela não poderia me deter apenas com uma simples flecha, eu sabia que ela estava com medo, e eu estava gostando da sensação.

– Mate-a. – Rumple disse.

– Não me teste, bruxa. – O grito dela saía desesperadamente de sua boca.

– O que você está esperando, Senhora das Trevas? – Exatamente, o que eu estava esperando? – Vá em frente. Arranque o coração dela.

Parecia que eu iria explodir. Milhões de sentimentos diferentes ecoavam na minha mente e eu não sabia o que fazer. Uma parte de mim dizia para eu mata-la, e outra dizia que se eu fizesse isso talvez eu perdesse minha família pra frente. Eu senti uma lágrima escorrendo dos meus olhos, eu sentia as minhas mãos trêmulas pedindo socorro para o meu corpo que já não estava se aguentando em pé, eu queria correr, eu queria matar Rumpelstiltskin e eu queria matar Merida.

– Chegou a hora. Você quer o fogo? Só há um jeito. Faça. – Ele não parava de falar, eu não conseguia pensar em mais nada.

– Eu não vou matá-la. – Eu disse, pra mim mesma, tentando tornar o mais verdadeiro possível.

– Não vai mesmo. – Merida disparou uma flecha em minha direção, meus instintos fizeram minha mão segurá-la antes que chegasse a meu coração.

– Eu posso conversar com ela. – Eu falava comigo agora, eu prometia pra mim que eu não iria matá-la, mas a raiva estava consumindo meu corpo todo, e na verdade, era o que eu mais queria no momento, arrancar o coração dela e acabar logo com isso de uma vez por todas.

Ela atirou mais uma flecha em minha direção e eu peguei, novamente. Rumpelstiltskin continuava falando o que eu tinha ou não tinha que fazer. Ela continuava atirando flechas e flechas mesmo sabendo que nunca conseguia cravar uma em meu coração. Mate-a. Mate-a. A voz ficara cada vez mais forte como um tic tac de um relógio. Ela não se cansava, nem eu. Ela queria me matar e eu queria matá-la. Eu sabia que era mais forte que ela, e sabia que apenas com um estalar dos dedos ela não pertenceria mais a esse mundo.

– Pare! – Eu gritei, ela parou. Usei magia. Magia negra. Segurei-a no ar e puxei-a em minha direção. Ela chegou rapidamente e eu arranquei o coração dela, sem dó nem piedade. Rumpelstiltskin ainda dizia para eu mata-la. E agora, mais do que nunca, era o que eu mais queria. O rosto dela foi ficando vermelho e eu sentia a agonia que ela estava sentindo mas nada me faria parar, eu precisava achar Merlin, eu precisava daquele fogo e ela subestimou minha inteligência e minha força. O coração estava em minhas mãos e eu comecei a esmagá-lo, eu pude ver que Merida não aguentaria nem mais um minuto quando ouço uma voz ao fundo que não era de Rumple.

– Swan, não. – Hook disse. Eu estava feliz em ver minha família, diante de todos os sentimentos que rodeavam a minha mente e meu corpo, por mais que a raiva estivesse tomado meu coração, a sensação de vê-los era melhor do que eu podia imaginar. Eu estava feliz em ver Hook, meus pais, Henry e Regina. Eu sabia que eles iriam conseguir. Mas eu tinha uma tarefa aqui, e eu tinha que cumprir.

– O que? Como? – Eu não podia acreditar.

– Não importa como. Algo já me impediu antes? – Hook disse, eu ouvi, mas não me importei muito.

– Vocês não sabem o que está acontecendo. – Eu queria dizer que aquilo era para o nosso próprio bem, que eu estava fazendo aquilo por que eu deveria fazer. – É o jeito de achar Merlin. Apenas ele pode parar as trevas. É o único jeito de proteger todos vocês. – Eu disse enquanto Rumple quase implorava para que eu a matasse.

– Mas para isso, você vai deixar as trevas te consumirem. – Regina finalmente disse algo, e meu coração disparou como se eu tivesse que provar algo para ela.

– Você não pode ter certeza disso. – Eu disse, enquanto a olhava. Ela estava preocupada comigo, eu pude vir isso em seus olhos, ela fez que sim com a cabeça como se tivesse concordado com o que eu havia falado, mas não tivesse retirado o que disse antes. Ela e eu sabíamos que isso acabaria mal, e eu me tornaria totalmente das trevas. Mas eu não queria admitir isso.

– Não vamos correr o risco. – Minha mãe disse ao tirar a adaga de seu bolso.

– Espere, não podemos fazer isso. Ela deve escolher. – Hook estava certo, mas eu não sabia o que escolher.

– Vocês não entendem o que está em jogo. – Eu repeti o que Rumple havia dito, como um gravador. – Se eu não encontrar Merlin, as trevas vão destruir todos vocês.

– Emma, não, por favor. – Hook implorava.

– O Senhor das Trevas fere os que estão por perto. Lembre-se de Gold. Não posso fazer isso com minha família. – Eu estava totalmente certa disso, custe o que custar eu preciso salvá-los disso. – Nem com você. – Eu disse num ato de desespero, eu gostava de Hook, apesar dos meus sentimentos por Regina.

– Ela deve morrer. – Minha voz e do Rumple ecoaram juntas.

Eu estava me convencendo de que esse era o melhor jeito de sair disso, estava esmagando aos poucos o coração de Merida quando Hook veio com um discurso de que eles se juntaram para me salvar, como uma obrigação. Vilões e Heróis juntos para mostrar que podemos sempre tentar salvar alguém que nós amamos. Enquanto ele falava um filme passava em minha cabeça de todos os momentos que eu briguei tanto com ele, quanto com Regina, meus pais e Henry. Todos os momentos que eles tiveram o direito de me odiar e mesmo assim deixaram tudo pra trás para vir me salvar. Lembrei-me da vez que eu trouxe Marian de volta à Storybrooke e Regina teria todo direito de me odiar pra sempre, mas ela não o fez, e hoje está aqui, tentando me salvar. Todas as vezes que eu neguei dar ouvidos a Henry e agora ele está aqui, disposto a me fazer sair dessa. Talvez eu não seja a namorada perfeita, nem a mãe e nem a filha, mas eu sabia que eles me amavam do jeito que eu era e estavam dispostos a fazer tudo que fosse preciso para me ajudar a seguir em frente sem ser tomada totalmente pelas trevas. Eu chorava, meus olhos não aguentaram a pressão e derramaram em lágrimas. Hook disse que se eles conseguiam derrotar os demônios deles, eu também conseguia, e eu olhava pra Rumple, sabendo que ele era o único motivo de eu ainda estar segurando aquele coração em minha mão. Voltei meu olhar para Merida e vi o quanto ela estava sofrendo, ela não merecia isso, ela só queria ajudar a família dela assim como eu. E então devolvi o coração ao peito dela, ela deu um suspiro de alívio e confesso que eu também.


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Notas finais do capítulo

Eae? Gostaram? Deixe seu comentário, é muito importante pra mim.
Juro que vou tentar postar o próximo capítulo mais rápido. bjs ♥



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