Vi ele andando em direção a casa dele queria chorar, mas eu não iria me deixar levar pelo rosto dele, pelos olhos, e muito menos pela boca.
O Paulo e a Jéssica estavam tão felizes, pensava toda hora isso, e não seria a minha tristeza que faria os dois ficarem pra baixo!
 
-Ei vocês, estão esperando o que aqui! Eu to bem, juro.
 
Eles deram um sorriso falso, era meio estranho pra mim ver os dois tão.. Tão, “amigos”. Mas eu sabia qué dizer, ainda sei que um dia eles vão namorar, certo que será a pior coisa do mundo: meu melhor amigo e minha melhor amiga namorando.
 
-Está bem amor, o Paulo vai estar comigo na volta pra casa. Então vou estar ótima, eu acho! - A Jéssica falou Paulo os olhinhos dela brilharam, ela falou: vou estar bem; os olhinhos do Paulo que brilharam!
 
Meio estranho o Paulo tinha terminado com a Ana no mesmo dia, mas ele sempre teve aquela paixãozinha pela Jéssica e nunca iria assumir pra ninguém, nem pra mim que ele conta tudo!
 
- Ok, eu sei disso. Vocês sempre estarão bem quando estiverem juntos, mas vão rápido, pois logo vai chover olha o céu!
 
Despedi-me da forma mais rápida, eu precisava ir para a cama, estava com o coração apertado, e tudo me lembrava o Eduardo. Botei o pé dentro de casa e um trovão enorme avisou a chegada da chuva, o Paulo e a Jéssica iriam pegar uma enorme tempestade, concerteza no outro dia estariam espirrando a todo estante!
Chegando ao meu “muquifo " como a minha mãe diz, só me deitei na cama e dormir, não tinha sonhado com nada, apenas dormir, feito uma pedra que não tem sentimento nenhum, dormir na esperança de não acordar e não lembrar do ocorrido! Queria voltar a ser criança, e acreditar em contos de fadas, esperar o Peter Pan pra ele me levar a Terra do Nunca onde eu iria ter apenas pensamentos felizes e já sairia voando!
Mas isso é vida real, e eu tinha que acordar.
Acordo com a minha mãe aos gritos tinha até achado que a casa estava pegando fogo, mas não era nada de importante apenas a Jéssica no telefone!
 
-Ã, alô?!
 
Eu ainda estava praticamente dormindo, pouco me importava o que ela iria dizer, eu queria era mesmo dormir.
 
-Juna, você nem sabe... Aconteceu uma coisa que eu não previa.
 
Ela tinha sido assaltada na certa, coitada será que levaram o celular?! A não, e a mochila, com os livros?! Se bem, que falta os livros iriam fazer?!
 
-O que foi conta, conta!
 
Minha voz transmitia um interesse tão grande, quanto o meu sono!
 
-Bom, quando eu voltei pra casa com o Paulo, err... Começou a chover, então paramos pra conversar ali na árvore que eu sempre achei perfeita, estava chovendo muito forte, e nós ali sozinhos, tinha flores no chão. Então começamos a conversar e eu estava nas nuvens tinha perdido noção do horário, eu estava começando a ficar com frio, então o Paulo me emprestou o casaco, e para o nosso frio passar ficamos bem perto, muito perto e ...
 
A eles ficaram, nossa que fofo!
 
- E ele me beijou, foi um beijo perfeito Ju. Nós em baixo da árvore, nada mais romântico que isso, eu fiquei nervosa, senti frio e calor, meu coração disparava! E o beijo a.. Aquele beijo foi no tempo certo, e ele mexia no meu cabelo, e eu fiz um carinho nas bochechas fofinhas dele. Até que caiu uma gota d'água em nós e notamos que era à hora de parar!
 
-Jééééé, que beijo perfeito, sempre quis que isso acontecesse com vocês, pois sabia que um dia vocês reconheceriam o amor de dentro do coração.
 
-Juna, desculpa.. Eu sei que você está meio triste, mas eu tinha que te contar e eu não sei muito bem o que sinto, quero pular, chorar, gritar e cantar tudo ao mesmo tempo!
 
Ela estava apaixonada, que maravilha!