Aquela Que Você Deixou escrita por mia


Capítulo 2
Capítulo I — O Começo


Notas iniciais do capítulo

Olá genteee! Hoje vamos descobrir como a Raven conheceu o Jason!
Espero que gostem!
Críticas construtivas são bem-vindas!
Mia ❤️



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Capítulo I - Como Tudo Começou:

Quando conheci Jason Wells foi um dia de quarta ou quinta-feira. Manhã agitada, carros buzinando, trânsito caótico e pedestres xingando uns aos outros como num filme de comédia. Minha memória é fraca, mas algo é de certeza: se eu não entregasse meu relatório até as quatro da tarde, adeus emprego dos sonhos. Mas, onde estava a minha inspiração naquele momento? Só Deus sabia! Por isso, aqui estava eu sentada em uma mesa da cafeteira mais antiga da cidade.

“Vai morrer hipertensa desse jeito, meu Deus!” Vanessa reclamou mais uma vez, e tive vontade de jogar chocolate quente na cara dela.

Não era a minha culpa que o pessoal daqui era meio lerdo, até para servir um croassaint mínimo! Então, tinha de me virar, abrindo saquinhos de sal e despejando na palma da mão, para ver se a fome passava.

“Me deixe em paz, sou eu que vai ficar com o colesterol alto e não você.” Joguei o saco vazio do sal na sua cara.

Vanessa era a minha melhor amiga na época. Alegre, extrovertida e com uma pose de intelectual, encantava qualquer um que conhecesse ou que a olhasse. Tinha a pele meio chocolate, os olhos castanhos brilhantes, rosto redondo e boca bem pequena. O corpo curvilíneo era coberto por terninhos feministas diariamente.

“Senhoritas, desejam café latte ou um capuccino?” Gary, o meu vizinho desde que me conheço por gente, perguntou.

Capuccino e Vanessa tinham um compromisso sério e não queriam se separar.

“Sabe o que quero, mexa a sua bunda gorda em direção aos grãos!” Exigiu Vanessa com uma expressão séria. Custou muito não rir da sua cara.

Ela está afim. Era o que eu, e praticamente todos que assistiam a cena pensavam. Mas Gary sempre foi meio lentinho, então sorriu como se estivesse por fora do assunto, e bateu sinal de continência, mexendo suas pernas até o balcão.

“Ele não é uma gracinha?” Vanessa questiona afoita a qualquer coisa que não seja o seu amado.

“Se eu quisesse pegar alguém, gracinha não seria um adjetivo que o descreveria.” Impliquei.

Ela estava pronta para retrucar quando virou o rosto para a porta de entrada, e de repente arregalou os olhos.

“Alerta de gostoso apitando. Olhe discretamente para o lado, ele está se sentado na mesa perto da parede amarela.” Orientou Vanessa.

Porém, claro que como uma boa melhor amiga, mexi o pescoço igual a menina do exorcista e abri um sorriso enorme para o carinha em questão. Era alto, encorpado, músculos bem definidos, sobrancelhas grossas, olhos marcantes e pequenos; tinha um sorriso meio torto, marcas de expressão no rosto. O cabelo era um pouco longo e a camiseta velha e a bermuda verde-exército comprovaram minhas suspeitas.

“Ele não é o John Revoltado do ensino médio?” Franzi a testa.

“Ele? O John Revoltado? Nada a ver, sua cega!” Exclama Vanessa, e para conferir olha novamente.

“Admita, ele é idêntico! Parece que acabou de cheirar um pó!” Gargalhei.

“John Revoltado não sentaria numa mesa do Sara's com um cara gostoso engravatado!” Afirmou num tom vitorioso.

“O John virou gay é isso?” Gargalhei ainda mais.

“Que desperdício se for verdade! Jesus me acuda!” E começou a se abanar freneticamente.

Nesse momento nossos cafés chegaram numa caneca antiga e rachada. Quando as olhava, eu tinha vontade de jogá-las no chão e gritar para a gerente comprar uma xícara de verdade.

“Apesar de não ser muito o meu tipo, até que o amiguinho do John Revoltado é gostosinho.” Concluiu enquanto tomava um gole do seu capuccino.

“Quer dizer então, que Vanessa Way tem tipo de homens? Olha moçada, esta garota está leviana!” Gesticulei enquanto falava animada.

“Beijos e mais beijos! Meus fãs queridos!” Vanessa fazia pode de convencida.

Já estávamos satisfeitas e prontas para voltar para a realidade das nossas vidas, quando involuntariamente meu olha pousa nos homens sendo atendidos pelo Gary, a poucos metros de distância. O acompanhante de John Revoltado parece mais um prostituto do que um executivo. Seu semblante divertido e sério ao mesmo tempo, as íris pretas como a noite, e o formato dos olhos levemente puxados, estilo bem asiático. O cabelo liso e caído na testa, a barba rala em seu queixo. O corpo forte delineado pelo terno caro. Ele estava longe de ser um morador da pequena ConectyCity.
Se eu pudesse ser uma mosca, a minha própria consciência, ou até mesmo voltar no tempo, teria dado um tapa na minha própria cara e dito à mim mesma: não olha pro cara, vadia! Ele só vai te dar problema! Saia e ache outro macho menos complicado!
Isso obviamente não aconteceu, então permaneci igual a uma pré-adolescente encarando o engravatado.
Ele continuava a conversar com John Revoltado até perceber que uma psicótica estava o fitando a minutos.
Então ele sorriu e olhou para mim. E só aquilo fez o maior estrago com o meu coração que praticamente pulou para fora da minha boca. Milhares de coisas aconteceram comigo, sem nem eu perceber. Quando vi, já estava sorrindo pateticamente de volta.
A última coisa que me lembro é: Vanessa me puxando para fora do estabelecimento, e uma bronca do meu chefe por não ter feito o relatório a tempo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? O que acharam da Raven e da Vanessa? Até amanhã!
Mia ❤️



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