De longe se via a bela Amanda, tão bela quanto a primavera. Vestida com um vestido vinho que ficava nos joelhos, com o cabelo preso num rabo de cavalo. Quem a via pensava que ela era uma garota comum, com pensamentos comuns... Quem pensava isso estava extremamente errado...

Era inverno em Londres, precisamente, era Natal! A neve branca caia, como caia as lagrimas dos olhos de Katherine, ela estava sozinha carregando um bebe nos braços, ela sabia que não sobreviveria e estava preocupada com a criança, se ela iria viver.

De longe ela avistou uma casa e ao se aproximar pela janela viu uma mulher que chorava com uma boneca de porcelana nas mãos, essa mulher era Grace que chorava porque sua pequena Sophia de poucos meses havia falecido a poucos dias, seu bebe... Grace ouviu batidas, fortes batidas na porta e foi ver quem era, quando abril a porta viu uma mulher com um embrulho vermelho nos braços.

–Sinto muito incomodar a senhora a essa hora, mas... eu preciso da sua ajuda. - Ela colocou o 'embrulho' nas mãos de Grace, que segurou fortemente.- Cuide dela e quando ela completar 16 anos a esconda de todos, ele não pode acha-la!!!

E saiu deixando a mulher perplexa, mas feliz, para trás.

15 anos depois...

–Amanda vamos entrar, venha menina!- chamou a governanta.

–Já vou Olivia.- Falou Amanda. Era primavera e ela adorava correr pelos campos floridos. De longe avistou um homem, ele parecia procurar algo, ela se aproximou e perguntou se estava tudo bem e se ele precisava de ajuda.

Ouvindo a voz dela, ele levantou a cabeça incrédulo para olhar quem lhe falava, e a viu... Como eu disse no começo da historia, Amanda não era uma garota comum, ela era dele e sempre seria, era de um ser das trevas.

Ela era um ser da luz e luz e trevas não se misturavam...

Assim que ela olhou para os olhos dele, ela soube disso e correu, ele tentou a pegar e gritou seu nome, mas de nada adiantou... Ela correu entre arvores, caiu inúmeras vezes.

Ela tinha tanto medo que não percebeu que na frente dela tinha um penhasco e ao chegar lá, não pensou duas vezes, pulou.

Ele pulou logo atras dela, ele sempre iria atras dela, sempre. Nos céus ou no inferno.

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Amelia sentia o vento forte, ela havia pulado, sentiu fortes braços a pegar, e ao olhar para cima viu lindos olhos pretos, viu grandes asas negras e um lindo rosto.

Ela pensou ser a morte. Pobre e ingenua Amelia.

Quando olhou para frente viu um castelo negro, mas belo, viu um lindo jardim, com flores vivas e... achou estranho, o era obscuro, porem era vivo, transmitia beleza, luxuria, riqueza... Ele viu a curiosidade dela, mas não disse nada.

Amelia sentiu que estavam posando numa torre, quando colocou o pê no chão sentiu que conhecia aquele lugar, mas, da onde? Nunca tinha saído de Londres.

Ele olhou para ela, um olhar carinhoso e amoroso.

–Quem eu sou?!- ela perguntou sem perceber tais palavras que saiam da sua boca. -Me conte! - Ele continuou calado.- Vamos, me conte!

Ele sorriu e começou a caminhar ao redor dela, dizendo:

– Você meu amor é minha esposa , minha amada, minha! Nossa historia começou a muito tempo atras.

–Não entendo, não me lembro.

–Eu explico, eu era um homem sozinho e as terras dos campos eram eternamente floridos e cobertos de frutos. Eu podia andar invisível, então eu a vi...

Enquanto falava memorias voltavam a cabeça dela.

Era primavera, sua estação predileta.

–Core vamos. Vamos pegar as Tulipas. -Exclamou uma ninfa.

–Mas, mamãe vai se zangar, já esta ficando escuro.

–Vamos só algumas. -Pedi-o.

Ela olhou para onde a mãe estava e viu que ela estava entretida, conversando com Atena.

E correu.

–...você estava rodeada de ninfas pegando flores, sorria como se fosse a melhor coisa do mundo, como se a sensação das flores perto de você fosse inimaginável. Quando te vi pela primeira vez logo te amei e apareci para você...

–Core, vamos menina, já esta na hora de partimos. -Exclamou mamãe.

–Sim.- falei sorrindo e indo para perto dela.

Na caminho para casa, ate que vi algo muito curioso e lindo, eram duas tulipas, uma branca e outra negra. Percebi que mamãe se destraia e não perceberia que eu sai e fui vê-las.

Estava entretida com as flores.

–Você gosta?

Perguntou uma voz masculina atras de mim, me virei assustada... Ele era lindo...

Não consegui parar de olhar para ele.

–...Você era doce e pura. Depois de conversar com você percebi isso, ai então sua mãe lhe chamou novamente. Logo em seguida fui pedir sua mão ao seu pai, mas sua mãe não aceitou, então fui novamente ao seu pai e ameacei começar uma guerra se eu não te tivesse. Depois muitas coisas aconteceram e ...

–Você me ama?

–Amo.

–Então por favor, venha comigo.

Foi difícil me adaptar ao castelo dele, mas ao ele me disse que o castelo não era dele, era nosso.

–... Aconteceram muitas coisas. 17 anos atras sua mãe veio pedir para você passar um dia com ela no mundo mortal, você foi e nunca mais te vi, ate que recentemente por meio de Hécate, que naquele dia sua mãe te deu uma especie de chá e você renasceria e de nada se lembraria, então eu fui a sua procura, te procurei por inúmeras cidades, depois de tanto procurar te achei e o reto você sabe.

Ela olhou para ele, estava estática, como sua mãe faz isso? Como pode se esquecer dele? Sera que ele sofreu muito? Eram inúmeras perguntar, mas ela se conseguiu correr e lhe dar um beijo que no mesmo momento foi retribuído, se separaram e se olharam e ela soube quem era...

Ela era Perséfone esposa de Hades.

Ela era a deusa da primavera.

Filha de Zeus e Deméter.

A senhora dos infernos.

A Dama de Negro.