Um anjo em minha vida-Sam e Elena. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Em guerra.




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P.O.V. Miguel.

É difícil para mim saber que um de meus mais preciosos bens está tão distante, mas Elena é a única herdeira do trono celestial e ela está mais segura na Terra do que estaria aqui.

Sei que a minha esposa está deveras preocupada.

–Não devíamos tê-la mandado para lá Miguel. Eu quero ela de volta, quero ela nos meus braços.

Sarah estava chorando.

–Sarah, é mais seguro para ela lá. Elena está sob a proteção de Castiel e dos caçadores Winchester. Nada lhe acontecerá.

–Meu senhor?

–Sim Uriel?

–Os demônios cruzaram o portão leste, estão vindo direto pra cá.

–Eles sabem que Elena não está aqui?

–Creio que não senhor.

Enquanto isso lá na Terra...

P.O.V. Elena.

Sinto saudades dos meus pais. Especialmente da minha mãe, Sarah.

–É impressão ou a Princesa é a única anja que tem olhos pretos?

–Como assim?

–Dean! Cale-se.

–Que foi? Eu só perguntei. Afinal, você, Balthazar, Ana, Ezequiel todos tem olhos claros, mas ela não.

–O mortal tem razão, mas eu sou assim porque Deus quis.

–Os olhos dela me lembram os olhos de outro tipo de criatura.

–Não Dean! Cale-se.

–Deixe-o falar. Eu quero saber.

–Olhos de demônio.

–Impossível! Eu sou um anjo!

Com a raiva eu vi no espelho as minhas lindas asas brancas ficarem negras.

–Minhas asas! Minhas asas! O que está acontecendo comigo?

–Princesa, tenha calma.

–O que tá acontecendo comigo Castiel? Eu to morrendo?

–Não Princesa. Isso está no seu sangue.

–O que há no meu sangue?

–Que Miguel me perdoe. Princesa, o que você sabe sobre Lúcifer?

–Que ele desobedeceu á Deus e foi exilado no inferno.

–Isso, mas antes disso acontecer tem uma história.

–Conte-me.

–Todos os anjos se dividem quando nascem. Lúcifer e Miguel são duas partes de uma mesma alma. Como os gêmeos humanos por exemplo.

–Então eles são gêmeos?

–Lúcifer é o lado negro de Miguel. Por algum motivo que não conseguimos explicar a Princesa não se dividiu depois que nasceu.

–Então eu sou...

–Única.

–Espera, então todos os demônios são as partes negras de um anjo?

–Não. Todos não, alguns são humanos que se tornaram demônios.

–Porque eu não me dividi?

–Não sabemos.

–Os meus pais sabem sobre mim?

–Sabem.

–Eu quero a minha mãe. Quero ir pra casa.

–Mas, não é seguro Princesa.

–Eu estou... não sei o que estou sentindo mas, não é bom.

O humano olhou nos meus olhos e disse:

–Está com medo. O que está sentindo agora se chama medo.

–Como eu faço pra parar?

–Não há como parar. Mas, tente respirar fundo e pensar em algo que a deixe feliz.

No fim deu certo.

–Obrigado. Dean.

–Obrigado. Por me chamar de Dean.

–Disponha.

Eu comi uma coisa chamada hambúrguer e as tais batatas fritas.

–O que é isso?

–Cerveja. Quer?

–Sim.

Bebi e cuspi. O gosto é horrível.

–Eca! Não tem uma coisa menos ruim?

–Vamos tentar coca-cola.

Uma outra garota veio nos atender, mas ela não compreendia o que Dean estava dizendo.

–Una cola con limón e hielo por favor. Gracias.

–De nada.

–Desde quando fala espanhol?

–Os anjos falam todas as línguas conhecidas pelo homem peixe crustáceo e muitas variedades de animais.

–Uau!

–Uau! O que quer dizer?

–É uma expressão que diz que estou impressionado.

P.O.V. Sam.

Ela é mesmo um ser impressionantemente belo. Não importava por onde passássemos todos tinham a mesma reação, tentavam tirar fotos, mas como ela não gostava muito do flash eu me colocava na frente.

–De onde você veio?

–Do céu.

–Isso é um sinal do fim do mundo?

–O conceito de fim de mundo não existe. Mesmo se o apocalipse vier o mundo não vai acabar ele vai se recuperar dos estragos e vai prevalecer, vocês no entanto não vão.

–Entendo.

–Olá, eu sou Antonio Fernandes. Sou dono de um circo, o que acha de trabalhar pra mim?

–Ela não está interessada.

–O que é um circo Sam?

–Ele vai expor você como uma atração bizarra, te prender numa gaiola de vidro onde as pessoas vão tirar fotos de você o dia todo todos os dias.

–Não quero.

–Você ganharia muito dinheiro.

–Eu já disse que não quero!

As asas da princesa se abriram ameaçadoramente ficando negras.

–Tá bem.

–Eu quero sair daqui. Agora!

–Vamos Princesa.

Envolvi-a com o meu braço levando-a para dentro do carro.

P.O.V. Lúcifer.

Ela se importa com o humano. Com o meu filho Sam.

Isso é bom pra mim.

–Abaddon!

–Sim, Mestre?

–É hora de contar a verdade sobre a Ascendência de Samuel.

–Sim Mestre.

P.O.V. Abaddon.

Depois de todo este tempo vou poder ter ele nos meus braços outra vez. O meu menininho.

–A saída é para o outro lado Abaddon.

–Eu sei. Mas, quero estar bonita para este momento. Para o reencontro.

–Certo. Mas, tente sair daqui neste século.

Sorri.

Depois de estar devidamente pronta eu viajei para o mundo dos humanos.

Tive que procurar bastante, mas finalmente o encontrei.

–Olá Castiel.

–Abaddon. Fique longe da Princesa.

–Felizmente ela não é do meu interesse.

–Então o que veio fazer aqui?

–Descubra.

Ele saiu acompanhado da Princesa e do irmão adotivo. Senti as lágrimas molharem o meu rosto.

–Moça? A senhora está bem?

–Ela está chorando sangue?

–O meu menininho lindo. Vejam como cresceu.

Me aproximei bem devagar dele e Castiel se colocou entre nós.

–Saia do caminho Castiel. Isso é assunto de família.

–Fique longe dele Abaddon!

–Fique você longe dele! Nós o mandamos para este lugar nojento por causa de vocês!

–O que tá acontecendo? Alguém pode me explicar?

–Saia do caminho Castiel!

–Não saio.

Empurrei aquele anjo nojento para longe.

–O meu filho. Até que enfim.

Eu o abracei.

–O meu garotinho.

–Olha moça, eu sou filho de Marry Winchester.

–Não. O filho que ela carregava morreu, nasceu morto e nós colocamos você no lugar dele lá na maternidade.

–O que?

–O meu nome é Abaddon Infernare Demonae e eu sou sua mãe. Sua verdadeira mãe, todos esses anos eu cuidei de você á distância, eu estava lá.

Eu sempre estive. Você não faz ideia de quantas vezes eu quis te abraçar, de dar beijinhos e contar a verdade, mas eu não podia.

O Winchester foi socorrer Castiel.

–Você tá legal?

–Estou bem.

–Se afasta do meu irmão mulher!

–Me obrigue!

–Você é um demônio.

–Como foi que notou?

–Chega! Agora, por que não vamos a um lugar mais calmo para que a senhora explique o que está acontecendo e me conte a sua história.

–Sam, ela é um demônio.

–Se ela quisesse nos matar já teria tentado.

Nós fomos até o hotel e a moça reclamou.

–Você aceita ficar num lugar como este?

–É o que podemos pagar. O salário de caçador não é lá essas coisas.

–Eu posso resolver isso. Rapidinho.

–Como?

–Peguem suas coisas, eu não vou permitir que o Príncipe do Inferno fique aqui nem por mais um segundo.


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