Harry encontrava sentado a sombra de uma árvore, próxima ao lago artificial que havia no jardim, enquanto via Gina brincar com a sobrinha de cabelos loiro.

– Olá. – Hermione o despertou sentando-se ao seu lado. – Está passando bem o seu tempo? – perguntou rindo

– Tenho aproveitado de forma menos intensa que você. – respondeu tocando de leve uma marca roxa no ombro da menina, que ficou vermelha.

– Eu vejo como você gosta dela. – a morena apontou para a amiga

– Gosto. – o rapaz sorriu – Mas estou confuso. Muito confuso...

– Conte-me mais sobre isso, Harry Potter.

– Acho que gosto mais da Gina, do que ela de mim.

– É bem provável. Gina não é do tipo que morre de amores. – a menina respondeu de forma franca.

– Eu sei disso Hermione. O problema é que eu também não sou, pelo menos não era, do tipo que morre de amor por alguém.

– Que bad. – ela disse séria

– Que merda! Você quer dizer. – o moreno riu – Agora eu estou aqui em uma situação que eu jamais achei que estaria.

– Acredite, você não está sozinho nesse barco. – ela riu – Mas acho que você devia fazer tudo valer a pena. Mesmo que no final as coisas não sejam do jeito que você queira. Alguma coisa vai ter sido boa.

– Que filosófico. – Harry riu.

– Ei! Vamos jogar vôlei? – Rony saiu de dentro da casa com uma bola colorida nos braços.

– Odeio esportes! – Hermione disse.

– Eu topo. – Harry tomou a bola do amigo. – Você vem Gina? – ele mostrou a bola

– Vou entregar a Vivi a Fleur! – disse colocando a menina no colo.

– Hermione vai ser sua dupla Harry! – Rony disse.

– Por quê? Eu ia jogar com a Gina.

– Não quero perder uma partida dentro da minha casa. – o ruivo disse rindo

– Você não decide isso. – Hermione falou.

– Decido sim. A casa é minha, a bola é minha, o jardim é meu, a irmã é minha e a namorada é minha também. Logo, tenho poder de decisão. – o ruivo gargalhou

– Que seja! – Harry lançou com força exagerado a bola no amigo – Nós trocamos depois.

– Você sofrerá por isso Potter. – Rony o ameaçou.

– Weasleys contra visitantes? – Gina riu ao parar do lado do irmão.

– Sim. – o irmão respondeu.

– Já vencemos! – ela gargalhou. E tinha toda razão. Depois de três partidas o placar havia sido 2 x 1, para os irmãos. Os quatro trocaram as duplas várias vezes, mas nenhuma havia sido tão divertida quanto quando Harry e Rony jogaram contra Gina e Hermione. Os dois pegaram pesado com meninas. Jogavam a bola em direção a elas, ou davam saques tão fortes que elas precisavam se proteger saindo do caminho.

– Vocês vão ficar mesmo jogando essa bola para o alto o dia inteiro ou vão comer algo? – sra. Weasley gritou com eles – Já são 3 da tarde e vocês nisso.

– Estava tão divertido. – Rony disse gargalhando

– Babaca! – Gina gritou para o irmão

– Olha essa boca menina. – a mãe ralhou com ela

– É Gina. Coisa feia. – Harry implicou.

– Não fala comigo Potter. – ela deu um empurrão no garoto.

– Mas isso é quase um homem. – Fred disse assim que viu a irmã entrando na sala – Hermione continua linda. E você descabelada desse jeito. – a menina fez um gesto obsceno para ele. E Harry riu.

– Vou tomar banho. – a ruiva seguiu em direção ao seu quarto, com Harry atrás de si.

– Foi divertido. – ele disse sentando no chão e começando a mexer em sua mochila.

– Muito. – a menina sorriu – Por favor, não bagunce meu quarto. – ela catou as roupas que ele havia deixado espalhadas.

– Foi mal. – ele as empurrou para dentro da mochila – Pode ir tomar banho, eu vou depois.

– Ok. – a menina entrou no banheiro. Harry recostou a cabeça na parede e fechou os olhos para relaxar, seu estomago roncou. Sem saber ao certo quantos minutos tinha ficado nessa posição ele abriu os olhos e viu Gina vestindo uma blusa colorida. Ele havia conseguido ver de relance uma tatuagem na costela da menina.

– Desde quando você tem tatuagem? – a pergunta saiu antes que ele pudesse pensar

– Hey! Estava me espionando. – a ruiva disse brava

– Não. Eu só abri os olhos. Você que estava trocando de roupa no meio do quarto. – se defendeu

– Tem razão. – ela deu de ombros – E sim. Tenho uma tatuagem, na verdade duas, mas ninguém sabe.

– Sério? Mostra-me? – disse empolgado – Sempre quis fazer, mas confesso que tenho medo.

– Não doí nada. – a ruiva riu. – Vou te mostrar. – ela levantou o lado esquerdo da blusa e Harry viu em sua costela a palavra “Fearless”.

– Destemida. Combina com você. – ele sorriu – E a outra? – Gina levantou um pouco a blusa no lado direito e mostrou a ele a palavra “Love”, escrita na altura dos quadris.

– Essa é seu altere go.

– Essa é por que não dá para viver sem amor. – ela sorriu

– Concordo. – ele deu um leve toque no nariz da menina – Mas vou tomar banho.

Era a ultima noite que os todos passariam na casa. Fred e Jorge sugeriram que houvesse uma pequena festa. Os dois se encarregaram das bebidas, Rony e Harry das músicas, Fleur, Gina e a mãe da comida, Gui, Hermione e o sr. Weasley da organização.

– Quando é que vamos comer? – Rony perguntou entrando na cozinha

– Quando é que vamos começar a beber? – Jorge riu

– Parem de ser chatos. Estamos acabando aqui! – a mãe dos rapazes respondeu séria – Por que não vou perturbar outro? Sumam logo daqui! – ela disse apontando a colher de pau para eles.

– Me pergunto quando eles vão crescer. – Gina disse

– E eu minha filha. E eu? – a mãe voltou a mexer nas panelas.

Todos estavam sentados em volta da grande mesa arrumada por Hermione, nos jardins. Para comer havia pasteis de carne e queijo, torta salgada de frango, batata-frita, cachorro-quente e churrasco de hambúrguer. De bebida refrigerante, cerveja e um licor de mel. Sr Weasley já havia exagerado um pouco na cerveja, pois ele tentava dançar uma música romântica com a esposa, que ria de forma descontrolada.

– Que brega. – Gina disse observando os pais.

– Ah! Eu ia te chamar pra dançar. – Harry debochou

– Ah, eu acho que vocês tinham que dançar sim. – Hermione riu

– Dança! Dança! Dança! – Fred, Jorge, Gui e Rony começaram a imitar uma torcida de futebol.

– Tá vendo o que você fez! – Gina disse para Harry sorrindo. – Agora vão ficar perturbando.

– Eu só danço se o Rony dançar. – Harry gargalhou, sabia que o amigo era péssimo dançarino e nunca fazia mais que se balançar.

– Hum... Roniquinho também vai se balançar! – Gui riu. Gina acabou cedendo aos irmãos e foi dançar com Harry. O moreno a puxou para perto de si, com um braço em sua cintura e o outro segurando em sua mão.

– Odeio meus irmãos! E odeio você! – a menina disse séria

– Por quê? Dançar é legal.

– Você gosta mesmo disso? – ela olhou para o moreno de forma surpresa

– Eu costumo dançar com minha mãe às vezes. Ela sempre disse que um homem de verdade sabe conduzir uma mulher. – Harry deu de ombros

– Sua mãe tem toda razão. – a ruiva sorriu

Eram quase quatro da manhã quando Gina e Harry entraram no quarto e se largaram na cama, coma roupa que estavam.

– Estou morta de cansada. – a ruiva disse

– Eu estou bêbado para variar. – o rapaz sorriu – Fica aqui comigo. – ele puxou a ruiva para perto de si e ela se deixou aninhar em seu peito. – Somos loucos. Somos muito loucos.

– Totalmente. – a menina riu – Mas eles estão convencidos que somos um casal de verdade.

– Claro você fica me beijando toda hora!

– Eu preciso dar realidade à coisa. – a ruiva disse rindo – E você adora ser beijado.

– Confesso que adoro ser beijado.

– Então deixa beijar você de novo. – Gina deitou em cima de Harry e o beijou de forma profunda. Só parando para puxar um pouco de ar. Tempo o suficiente para o moreno inverte as posições ficando por cima dela.

– Eu vou beijar você agora. – ele disse antes de aperta lá entre o colchão e seu corpo, o que Gina sentir o quanto ele estava rijo, o que fez crescer um calor dentro de si própria. Ela soltou um gemido quando o moreno lhe mordeu em um ponto do pescoço. – Que merda. – o moreno se afastou alguns centímetros dela – Preciso para agora.

– Que? – a ruiva o encarou

– Não posso ir, além disso, Gina. – ele apertou seu quadril contra o dela.

– Mas eu quero.

– Gina, por favor... – ele mordeu os lábios – Podemos nos arrepender.

– Harry, eu sou virgem. – a ruiva confessou e o moreno arregalou os olhos – Mas só por que eu nunca confiei muito em um cara para isso. Eu confio em você e quero que seja com você. Sem falar que você já vai saber o que fazer... – Harry riu – Por que você riu?

– Por que eu também nunca transei com ninguém. – confessou

–Melhor ainda. Já estamos fingindo ser namorados, somos amigos.

– Não tenho muita certeza se quero isso Gina. Se quero fazer isso nessas condições com você. – Harry disse sério

– Harry, eu posso sentir você. E seu lindo corpinho me diz que está mentindo. – a menina deu uma leve mordida no pescoço do moreno que soltou um gemido.

– Vou tentar fazer com que tudo seja perfeito para você. – ele disse antes de beija-lá.