Um amor indígena escrita por SamuelNM


Capítulo 1
Um amor indígena




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Um amor indígena

E ali estava ela, com seus cabelos lisos negros soprando ao vento da noite. Sua pele cor de jambo parecia brilhar à luz da lua. Estava sentada num tronco de árvore à beira do lago, cantarolando como uma princesa. O amor é belo, porém é também arriscado.

“A menina bela, cujo nome era tão belo que até as estrelas pareciam inclinar seus ouvidos para ouvir. Da tribo inimiga era ela, mas o amor que os dois tinham era algo que nada podia impedir.

“E a passos silenciosos ele dela se aproximou, parou quando seus verdes olhos para ele se viraram, e em meio a um sorriso, sua face e seu belo olhar se iluminaram. ‘Eu te amo’, foi o que cada um dos dois por toda a noite disse, e um grande beijo deram antes que a lua, já pondo-se, sumisse.

“Porém o Pai ficou sabendo desse grande amor, e endureceu o seu coração, porque para ele, intolerável era essa grande relação. E uma guerra iniciou. Por todo lado viam-se corpos caídos pelo chão, mórbidos, ensanguentados, batalhavam todos naquele campo de destruição.

“Cego de raiva o Pai estava, pois descobrira que sua filha aos seus olhos adulterava, quando na verdade, não sabia o quanto sua filha àquele jovem amava. Em meio à cegueira em seu coração, eis que pela loucura fora tomado, e em meio àqueles corpos caídos, mortos no chão, finalmente percebera seu erro e aquela arrogância, porque quis se arrepender do que plantara em seu coração.

“Porém mesmo com as mortes, isso não foi o suficiente pare destruir aquele amor. Chorando abraçados estavam, culpando-se por causa daquilo tudo, porque mesmo a maioria não ter morrido, para os dois jovens, isso era o fim do mundo.

“‘Perdão’ foi o que pediram naquela noite, à luz de uma pálida lua, porque nada mais tiraria o pesar de espírito de almas tristes e nuas. Um grande choro ouviu-se naquela noite, pois o povo se despedia de cada ente querido, e um grande silêncio se ouviu, pois até os pássaros pararam para ajuntarem-se diante do rio. Luzes foram acesas, um para cada ente perdido.

“Mas isso também não destruiu o amor dos jovens, porque mesmo sendo jovem, o amor era grande e não conseguia se medir ou contar, mas do mesmo jeito, a tristeza os tomou, e abraçados juntos cada um deles chorou, e nenhum dos dois jamais se perdoou. Mas do mesmo modo, prosseguiram, e seu amor continuou. E mesmo com a dor da culpa em seus corações, estiveram juntos, até que a morte os separou, porém até o último suspiro uma parte da culpa cada um carregou, até que se foram, e sua dor se aliviou.”


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Notas finais do capítulo

Comentem, leitores! Amo vocês! bjs e abraços!



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