Nós tivemos alguns encontros, logo após ela me passar seu número naquela estação de metrô. Primeiro nos encontramos no café próximo ao trabalho dela, depois em um restaurante, fomos comer sushi, tomar sorvete, corremos feito loucos pelas ruas, rimos de uma mulher irritada no trânsito, fui até a casa dela, assim como ela frequentou a minha.

E num desse encontros casuais, ela usava teu vestido preto com rendas, e um decote provocante. Sua boca parecia sangue, ornando com tuas unhas. Teus olhos contrastavam com a maquiagem esfumada. Havia um perfume de rosas no ar, e uma sensação de prazer, que logo começará a ferventar nossos corpos.

Nossos olhos se fixaram o jantar inteiro, nossas conversas fluíram como um rapper quando compõe ,e inevitavelmente, nossas bocas se atraíram.
Foi um beijo caloroso, em que brincávamos com a língua, feito crianças.

Enquanto eu erguia teu vestido, ela lentamente desabotoava os botões de minha camisa. O clima já era quente, como um dia no deserto. Teu corpo, teus olhos, teu cheiro, tudo nela me instigava.

Nosso "amor", era feito com dores, mais conhecido como masoquismo. Ambos gostavam.

Quando estávamos na cama, nos pertencíamos, éramos de um, ao outro. Eu não sabia explicar, talvez nossa transa, fosse definida em êxtase.