Pedestal escrita por Bruna Gama


Capítulo 4
3. Não precisamos de apresentações


Notas iniciais do capítulo

Oiiii olha quem está de volta? Sim! Eu retornei! Fico muito feliz pelos cinco comentários que recebi no ultimo capítulo! Atingi a meta dos cincos em dois dias se eu me engane! Bom... Peço desculpas pela demora mas eu tenho motivos, como eu mesma disse eu tive que ir fazer exames e no mesmo dia eu tive que ir em uma palestra sobre o enem no canal da música - TV cultura — ai eu já estava acumulada com algumas tarefas, ai como toda sexta- feira fizemos uma limpeza aqui em casa... Eu estava tão acumulada que deixei algumas lições por fazer. Depois veio meu boletim, sim estou acima em todas graças a Deus. O problema começou a ficar pior quando eu soube que teria prova de história! Paginas e mais páginas para estudar e ainda prova de inglês... Resumindo: nem tempo para revisar eu tive! E como eu não gosto de ler algo cheio de erros ortográficos eu não publiquei. Mas vamos lá... Esse capítulo eu quis transmitir ainda mais o tratamento de Richard com Elena... Damon aparece pouco mas já deu para demonstrar o que ele pensa em relação a ela... Não o odeiem! Ele tem os seus motivos... Tanto Elena quanto Damon se compadecem de uma dor....



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A voz rouca carregada pelo pleno sarcasmo atingiu meus ouvidos como agulhas que alfinetam um corpo, causando agonia e arrepios por cada minimo centímetro. Quando por fim eu consegui soltar minha respiração, Richard como se me seguisse coçou a garganta olhando para o filho com o semblante petrificado, inexpressivo.

Nem mesmo quando eu assinei minha sentença de morte com Richard, Damon compareceu, durante todos esses anos eu jamais havia visto ele pessoalmente levando em conta que ele nem ao pais comparecia. Por diversas vezes eu já havia presenciado fotos, reportagens e ouvido alguns comentários sobre o primogênito do presidente, toda via eu teria que reconhecer que pessoalmente sua beleza pessoalmente era invejável. April, uma plena admiradora do irmão a todo momento fazia comentários e mostrava algo relacionando aos feitos do mesmo. Ela se orgulhava e ostentava com louvor a fama que o irmão possuía, nem mesmo o " pai " sendo o presidente dos Estados Unidos da América conseguia dar tal orgulho a ela.

Quando questionado sobre a falta de Damon nos eventos como o aniversário do mesmo, Richard apenas se estendia a dizer que o filho estava à cuidar dos interesses do próprio país no exterior. Absorta de meus pensamentos eu acompanhava os movimentos dos homens a minha frente, tanto de Richard quanto de Damon. Damon erguia seus braços os deixando aberto, suas mãos espalmadas na mesma linha que seus cabelos, a espera de um abraço.
— Eu esperava uma recepção mais calorosa... — comentou o rapaz ainda com os braços ao alto, seus lábios se curvaram em um sorriso lateral, as maçãs do lado direito de seu rosto subiram dando uma ampla visão de seus dentes alinhados belamente brancos. Seu sorriso era indescritível... confuso, um misto de perversidade com uma alusão sentimental?
— Nós o esperávamos apenas amanhã...— expôs Richard balançando sua cabeça saindo do seu transe momentâneo — mas que bom que chegou meu filho! — afirmou o homem me deixando perplexa, meus lábios entre abertos demonstrando tal confusão. Eu mais do que ninguém sei o quando meu marido pode ser pérfido, mas isso? dias atrás ele estava querendo eliminar o próprio filho! — Devia ter ligado antes, eu enviaria algum motorista para busca-lo no aeroporto.

E o ato mais mais inusitado aconteceu, Richard envolveu os braços entorno do corpo do filho e o puxou para ele, dando dois leves tapas na costa larga do moreno. A cabeça de Damon pousou sobre ombro de Richard retribuindo o carinho, entretanto os olhos dele estava a me perseguir me avaliando atenciosamente de cima a baixo seu olhar era tão insinuador que ele parecia me ver através das vestes, ainda mantendo o sorriso regado a perversidade que me fazia estremecer. Ainda me encontrava em silêncio, apenas assistindo o encontro.
— Eu quis fazer uma surpresa e parece que funcionou, você ficou mais branco que papel quando me viu — retrucou Damon.
— Foi apenas a emoção — rebateu Richard enquanto se virava em minha direção — Elena? venha... se apresente a meu filho — ordenou Richard olhando diretamente em meus olhos.

Eu engoli em seco dando breves passos em direção a eles que não se encontravam distante. A frente de Damon eu estendi minha mão direita, contudo ele não tocou apenas me observou, sua mão esquerda se levantou até seu queixo refletindo por alguns instantes para por fim se manter com a postura perversa que me fazia gelar internamente.
— Receio que não precisamos de apresentações — afirmou convictamente sem perder a postura — quem não conhece a primeira- puta particular de nosso país?

Meus olhos pousados sobre ele atordoados, desiludidos e completamente humilhados. Todas as esperanças que eu havia depositado na pessoa que por alguns dias representou para mim uma chance de mudança, um motivo no qual estabilizaria Richard a ponto de ele perder seu poder se foi na mesma velocidade na qual aquelas palavras me atingiram.
— O que disse? — interroguei olhando para ele, pela primeira vez desde sua breve chegada me pronunciando.
— Exatamente o que você ouviu — retrucou o homem que acabará de me humilhar.
— Damon, eu exijo respeito — o presidente se intrometeu em um tom calmo, como se realmente se importasse, se ele não fosse tão hipócrita e um ótimo ator eu poderia até acreditar que ele estava tentando me defender — não importa o que você pense, mas enquanto estiver aqui terá de respeita-lá assim como todos.
— Desculpe-me "primeira- dama", esqueci que essa é a sua casa — se redimiu em um tom completamente igual ao de Richard. Seria April a salvação dessa família? Onde está todas as qualidades na qual ela citou? A bondade com o próximo? A educação? Por que tudo que eu conseguia ver era um homem grosso, intimidador e certamente ignorante.
— Eu não desculpo, os princípios da educação deve se estender a qualquer pessoa e a qualquer lugar no qual você esteja. Não seja hipócrita de tentar se redimir quando não se sente culpado, porquê de mentiras e pessoas ignorantes eu já estou farta. Agora com licença por que eu vou me retirar.
— Elena! — gritou Richard enquanto eu me retirava do local, meus saltos batendo contra o piso frio que possuía a mesma rigidez de meus passos.

Richard ainda vociferou algumas palavras e chamados enquanto eu caminhava pelo corredor. Entrei em minha prisão particular, o ambiente que eu gostava e que ao mesmo tempo odiava, como em encruzilhada, ali eu poderia ficar longe dos olhos dele, mas ainda assim eu estaria próxima à ele, no mesmo teto que ele.

Fechei a porta encostando minhas costas na mesma. Era tão complicado e decepcionante você depositar as esperanças em uma pessoa pelo simples fato de ela ser o tormento do ser que você odeia, de ser uma ameaça e de repente tudo desmoronar por ela ser a cópia daquele que tanto mal faz. Me despi de minhas roupas com as palavras de Damon martelando em minha mente.

" Primeira- puta particular "

Eu possuía conhecimento que alguns me enxergarvam assim, que muitos não compraram a historinha que o presidente inventou sobre o típico romance clichê da mocinha que curou a dor dele após a perda da esposa na qual ele tanto amava, realmente eu ao menos acreditava que ele um dia havia amado Lilian. Nunca se quer levou flores ao túmulo, ao menos fazia resguardo no dia do luto da falecida, quando April pedia para eles fazerem uma cerimônia ele sempre dava desculpas e dizia que não seria bom relembrar dessa data.

As roupas se encontravam caídas pelo quarto enquanto me encontrava debaixo da ducha, as gotas grossas colidindo contra minhas costas me trazendo um alivio mesmo que por poucos minutos. Após ter me ensaboado e me enxaguado me enrolei na toalha prendendo a mesma por dentro, me direcionava a meu quarto quando ouvi ruídos vindo da maçaneta de meu quarto, senti minha garganta secar sabendo de quem se tratava, prossegui até estar a frente do meu pesadelo, pesadelo que nesse momento parecia ainda mais horrível do que costumava ser.
— Elena... Elena... — tais palavras atravessaram os lábios de Richard trazendo consigo o cheiro de álcool que invadiu minhas narinas devido a nossa infeliz proximidade — você devia estar acostumada, você deveria saber que nenhuma mulher dá as costas para mim! — nesse momento seus dedos se concentravam em minha mandíbula, apertando-a enquanto seus olhos me obrigavam a não desviar nenhum segundo.

Em um movimento brusco meu rosto virou para o lado rispidamente assim que a mão grossa e áspera atingiu o lado direito de minha face, a palma se chocou no lado oposto no qual ele segurava, meus dentes sofreram um atrito, um rangido se formou como se os mesmo houvessem quebrado, minha gengiva certamente foi machucada. O tapa no qual ele desferiu contra meu rosto sofria sério riscos de deixar marcas.
— E com você não vai ser nenhuma exceção! Você deve me obedecer, está me ouvindo? Se eu mando você ficar, você fica! Estamos entendidos? Não importa o que aquele bastardo diga, você vai o tratar bem! Vai fazer da estada dele aqui reconfortante! E você... — um sorriso perverso manchou seus lábios, seus dedos se enrolaram em meus cabelos castanhos os puxando com força insinuando uma dor que era como se meus fios fossem arrancados — não dirá nada, não dirá nada por que sabe as consequências, por que sabe que se abrir essa boca para dizer algo o seu " amorzinho " vai receber uma visitinha dos meus amigos e você uma caixinha de presente com uma a língua dele para se atormentar e lembrar que a culpa foi da sua maldita boca, estamos entendidos meu amor?

Apenas balançei minha cabeça positivamente afirmando a ele que eu havia entendido, a dor ainda era intensa meu semblante estava quente, ardendo. Irônico, entendido... Sim, eu havia compreendido perfeitamente, compreendido que se eu me atravesse a falar algo ele pagaria... Pagaria por um erro meu.
— Agora eu vou retornar para o meu quarto, eu estou frustado... Você sabe como é não é? Dia tenso, estressante! Quero você lá em trinta minutos e seja pontual.

Em passos decididos ele saiu de meu quarto me deixando prostada resignada a meu destino.

A dor em meu coração era palpável, eu poderia estar acostumada a isso, acostumada ao destino qual eu sabia que não havia chances de mudar, a única solução era eu aceitar para salvar quem eu amava. Richard me deu provas o suficiente de que sempre cumpria suas ameaças, fraquejar não era a melhor das opções. Vestida com uma lingerie vermelha sendo a única cor que Richard permitia que eu usasse e um hobe de seda no mesmo tom eu caminhava para as portas do inferno, a toca do demônio. Era o meu martírio,, o preço que eu tinha de pagar para manter aquele que eu amo vivo.

Eu queria ao menos poder chorar, contudo eu me encontrava igual um rio em tempo de seca, sem uma minima gota para consolo. Em ambos os lados da porta dupla de madeira se encontrava dois seguranças devidamente vestidos com ternos pretos bem ajustados. Passei por eles e toquei a maçaneta gélida, virei a mesma e entrei no quarto. Naquele instante eu era nada mais nada menos que a puta de Richard Salvatore.
— Viu o poder de um tapa minha querida? — interrogou balançando um copo de whisky em sua mão liberando ainda mais o sabor da bebida, com um sorriso zombateiro estampado em seu rosto — o tapa que eu lhe dei foi para lhe corrigir, foi para você recapitular os velhos e bons modos, agora vamos, não sou paciente. Ajoelhe-se, Elena.

Esse era o momento no qual eu me perguntava aonde estava esse Deus tão bom no qual muitos glorificavam? Aonde está esse Deus que não faz nada para impedir que tanta injustiça seja cometida? Por mais que eu negasse talvez ainda existisse um pouquinho de esperança, mas a fé... Essa eu já não tinha mais. Não há como de ter fé quando você é violentada, quando você não é mais do que um fantoche na mão daqueles que possuem poder. A fé não era o maior bem na vida do homem como meus pais me ensinaram, o maior bem era o poder que poucos possuíam e muito abusavam.


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Notas finais do capítulo

Olha gente... Eu não vou escrever as cenas de abusos de Richard detalhadamente mas vou deixar a entender... Eu não suportaria escrever..
Mas saibam que as cenas de sexo que eu escrevo relacionadas a meu casal são lindas! No outro capítulo eu pedi cinco comentários já que havia 9 pessoas acompanhando. Nesse como à 9 acompanhando e 2 ou 1favoritaram (não me lembro bem) eu quero seis comentários (isso para liberar mais um capítulo narrado por Elena) caso queiram um capítulo narrado por Damon ( capítulo que já esta escrito só falta revisar e eu prometo que esta maravilhoso e cheio de revelações) eu quero no mínimo uma recomendação e mais três pessoas favoritando.
Beijinhos até a próxima!



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