Pegamos um ônibus de Atlantic City, estava sentada com meu irmão. Ele dormia serenamente,dei uma pequena risada de sua baba saindo. Annabeth e Grover estavam atrás de nós conversando alguma coisa.

Peguei meu colar e o analisei,cada detalhe era lindo. Eu não amava Luke apenas gostava muito dele,mas sentia que isso era errado. Até porque não o conhecia bem, não sabia de seus interesses,não sabia de praticamente nada sobre ele. E nem ele sobre mim.

Nossa ligação era estranha apesar de tudo. Percy tinha um olhar reprovador sobre ele,o mesmo olhar quando olhava pro porco.

Adormeci.... Sonhei com um cara me encarando, ele era alto e usava uma camisa estampada de coqueiros e papagaios e uma bermuda caqui e sandálias de couro. Cabelos negros e olhos verde-mar como os meus e do meu irmão. Ele não falava nada apenas me encarava com um sorriso no rosto.

Senti um cutucado no meu ombro e me despertei,os olhos do meu irmão tinha se encontrado com os meus. Quando o olhei ele sorriu.

—Vamos descer aqui- ele sussurrou e eu concordei.

E descemos, ficamos andando por um tempão até que vi por entre as árvores uma estrada deserta de duas pistas, estranhei. Do outro lado havia um posto de gasolina fechado, um cartaz de um dos filmes dos anos 90 estampado e uma loja aberta... Vinha um cheiro gostoso vindo dela.

Não era um fast-food como nós esperávamos. Era uma daquelas estranhas lojinhas de curiosidades de beira de estrada, que vendem flamingos de jardim,índios de madeira,ursos-pardos de cimento e coisas do gênero, A construção principal era um armazém comprido e baixo, cercado pro quilômetros de estátuas. Havia um letreiro em neon bastante chamativo acima do portão. Tentei ler mas não conseguia. "MEOPRÓI ED NESÕA ED JIDARN AD IAT MEE". Era o que eu e que meu parecia ler.

—Que merda é aquela?- Percy perguntou e eu dei de ombros.

—Não sei- disse Annie e eu concordei.

—Não faço ideia- respondi.

Parecia que eu e Annabeth tínhamos o mesmo problema: gostávamos de ler mas tínhamos problema com a disléxica.

Grover traduziu para nós:

—Empório de Anões de Jardim da Tia Eme.

Nas laterais da entrada, conforme anunciado,havia dois anões de jardim de cimento, uns nanicos feios e muito barbados, sorrindo e acenando como se estivessem posando para uma fotografia. (O que achei bastante sinistro.)

Percy atravessou a rua e o acompanhei, agora sei o porquê..... Cheiro de hambúrgueres.

—Ei...- Avisou Grover.

—As luzes estão acesas.- Annabeth disse

—Talvez esteja aberto.-Falei.

—Lanchonete- Percy, falou ansioso.

—Lanchonete- concordamos eu e Annabeth.

Fomos em direção da lanchonete. Quando Grover começou...

—Estão loucos? Esse lugar é super esquisito.

Ignoramos ele e continuamos a andar em direção a tal lanchonete. No terreno da frente era tipo uma floresta de estátuas com vários tipos de animais de cimento,crianças, e até um sátiro tocando flautas. Isso deixou Grover todo arrepiado.

—Parece meu tio Ferdinando...

Percy e Annabeth pararam diante a porta do armazém e eu e Grover os acompanhamos. Estava com mau pressentimento.

—Por favor não bata- Grover implorava.- To sentindo cheiro de monstro.

—Seu nariz tá é bugado,isso sim-Annabeth falou- O único cheiro que sinto é de hambúrguer. Não está com fome?

—É carne!- ele disse desdenhoso- sou vegetariano.

—Você come enchiladas de queijo...-comecei

—E latas de alumínio- terminou Percy.

—São vegetais. Vamos embora... Essas estátuas estão me olhando...-Grover ia se afastando.

E do nada a porta abriu rangendo (Pensamentos Emma: SÉRIO TÁ PARECENDO ATÉ FILME DE TERROR.), e diante de nós tinha uma mulher alta, acho que era do Oriente Médio. Usava um vestido longo preto que escondia seu corpo todo menos as mãos,sua cabeça estava totalmente coberta por um véu. Os olhos brilhavam embaixo de uma cortina de gaze preta. As mãos cor de café pareciam velhas,mas muito cuidadas e elegantes,então pensei que ela era uma avó que fora uma mulher muito linda.

Ela tinha um sotaque também do Oriente Médio:

—Crianças já está tarde... Onde estão seus pais? É muito perigoso.

—eles estão.... Ahn...- Annabeth se enrolou

—Somos todos órfãos- Meu irmão falou e fui ao seu lado pegando em seguida sua mão.

—Órfãos?-disse ela. Sua voz ficou estranha der-repente - Mas meus queridos...Certamente que não!!

—Nos perdemos da nossa caravana- Disse - a caravana do nosso circo. O mestre de cerimônias disse para nós nos encontrarmos no posto de gasolina,se caso nos perdêssemos....

—Mas ele pode ter se esquecido,ou talvez se referisse a outro posto de gasolina. De qualquer modo..-Percy falava

—Estamos perdidos- falamos juntos.

—Esse cheiro é de comida?-perguntei.

—Ah,meus queridos- ela disse- Vocês precisam entrar,pobres crianças. Sou a tia Eme. Vão direto para os fundos,por favor. Lá há um lugar para refeições.

Todos agradecemos e adentramos no armazém.

E Annabeth murmurou pra nós:

—Caravana de circo?!

—Há sempre uma estratégia,estou certo?-Percy falou

—A cabeça de vocês está cheia de algas.

O armazém tinha muitas estátuas (pessoas,todas de poses diferentes,roupas diferentes e com várias expressões). Minha cabeça só pensava em comida,então nem liguei muito pras estátuas.Vai em frente me chame de idiota por entrar em um lugar,no qual fora trancado,na verdade numa loja de uma velha só porque estava com fome... O cheiro estava delicioso... Grover soluçava de nervoso. Quando vi aquela mesa, nos sentamos e tia Eme foi pra atrás acho que de uma mini-cozinha.... E logo começaram a vir os milkshakes.

Continua.... (LEIA AS NOTAS FINAIS)