2 shots escrita por Vetalla


Capítulo 1
Vamos jogar?


Notas iniciais do capítulo

se tiver com erro ortográfico não liguem, vou consertar, boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/651302/chapter/1

— Oi Marcel beleza?... Sei la tava pensando, topa sair comigo algum dia? – Afogo minha cara no travesseiro e percebo que pareço um idiota fazendo isso.

— Anda Alex, vamos nos atrasar caralho! – Meu irmão grita da cozinha.

— Já vou seu boco, espera!. Desço as escadas o mais rápido possível

— Cuidado, não desce correndo você pode cair – Disse minha mãe saindo de casa e indo na direção do Citroen dela. Dou de ombros e bufo, vou na cozinha e pego minha torrada com geleia de uva – adoro – e saio com ela na boca até o carro.

— Dona Salette não vai gostar de comida no carro – Ele sorri, por que sabe que isso vai acontecer e vou levar bronca.

— What ever – reviro os olhos – Vitor, o Marcel vai estudar com você  la em casa mesmo?

— Pra que tu quer saber? – Ele entra no carro depois de mim.

— Nada não, queria perguntar uma coisa para ele, sobre um jogo e tals. Ele faz aquele épico “hum” que não sei porque essa palavra existe, me deixa frustrado, pode significar muita coisa, as vezes eu sei que ele faz isso pra me irritar, queria ter tido uma irmã, mas, acho que seria a mesma merda.

— Se sujar você vai limpar – Minha mãe olha pelo retrovisor e faz cara séria, olho pro lado e vejo o sorriso vitorioso do meu irmão tipo “toma otário” e penso – é uma criança mesmo.

Chegamos na faculdade e vamos andando/corrrendo pelos blocos, e paramos no bloco B, onde meu irmão ia ficar.

— Vou indo, nos vemos na saída lembra de ligar pra mã... – É nessa hora que minha visão vira cena de filme em câmera lenta dos anos 80, Marcel saiu da sala e foi cumprimentar Vitor com o típico "toca aqui" e depois olhou para mim, tento disfarçar minha cara de retardado – espero não ter babado, porra viajo de mais – Olho para ele e faço um oi com a mão.

— E ai Alex? – ele corresponde – Já vai pro bloco D?

— É chegamos meio atrasados...

— Novidade – Vitor revira os olhos.

— Idiota – Marcel riu – Vou nessa, até.. Cadê o buraco pra eu me esconder nessas horas!?!

Chegando na sala minha depressão voltou, era aula de bioestatística e depois saúde coletiva, vou me matar, me sento do lado da Lari jogando tudo encima da mesa.

— Heey tadinha da mesa ela tem sentimentos.. e ai, já chamou ele pra sair? – ela pergunta com esperanças.

— Sentimentos um k7.. Olha pra mim, tu acha que eu ia, ou melhor, vou conseguir chamar ele?

— To olhando e vejo um cara bonito, cheio de saúde – ela me olha de baixo pra cima – e cheio de amor pra doar, então sim eu acho.

— Engraçada você né, vira comediante – Ela ri – Eu nem sei se ele gosta de caras, prefiro não me arriscar e entrar na fase dos chocolates de novo. A um tempo eu namorei um cara que era amigo do meu irmão o Diego, mas, ele me deixou porque gostava de mulheres, eu me senti usado... Depois desse dia só fiz comer chocolate e engordei uns 3 quilos – filho da puta.

— O que você disse – Lari me olhou com estranhamento.

— Nada nada.. só lembrando de coisas que não devia lembrar.

— Para com isso odeio isso em te, seu pessimismo, porra, olha pra você, tem boa forma, olhos verdes, cabelos cor chumbo, se eu fosse homem eu já teria te pegado e não largava mais. Ela fecha a cara e faz tipo “bitch i’m gone” com a mão, choro de rir.

— Ta bom, vou perguntar, que se dane, pior se eu não tentar e ficar com essa vontade pra sempre e nunca saber a resposta.

— Isso ai, agora cala a boca e presta atenção na aula – Ela sorri.

— Bitch – Sorrio de volta.

Eram 10h40 e saio da sala gritando aleluia, vou para o estacionamento e espero minha mãe chegar e enquanto isso fico escutando Skrillex bangarang, enquanto curtia a musica alguém toca no meu ombro e tomo um susto.

— Porra que susto!

— Foi mal Lex – Disse Marcel fazendo um gesto de “calma sou eu” – Sua mãe já chegou, estávamos no carro esperando você. Oqueeeeeeeeeeeee!? Ele vai no carro com a gente? Fudeu, vou me gozar todo – brincadeira – Não vou agir como de costume.

— Ah certo, eu não tinha visto, desculpa – Falei em tom baixo.

— Tudo bem – Diz ele voltando pro carro e eu logo depois - Curti a musica que tava escutando.

— Ah.. é Bangarang do Skrillex, foi mal por ter gritado, quando fico com o fone de ouvido eu meio que viajo sabe, perco a noção do que esta envolta. – Melhor eu calar a boca, por que ele ia querer ouvir isso.

— Legal vou baixar ela... Tudo bem também sinto isso, de boas – Ele sorri e entra no carro. Não faz issooooooo! Entro depois e fomos para casa e como sempre eu levando sermão por sempre me atrasar e blá blá blá.

Já era de tarde e os meninos ainda estavam estudando, não saiam do quarto do meu irmão, eu tava doido pra entrar la, mas, fiquei na cozinha olhando minha mãe fazendo sanduíches, pego uma maça, dou uma mordida e olho pra fruteira, não dava pra olhar para a banana e saber que o Marcel tava na minha casa e não pensar merda – Quase me engasgo com a maça, calma Alex, você não tem mente poluída, pelo amor de Deus!.

— Oh menino, ta no mundo da lua é!? – Ela ri – Pega os copos no armário e coloca o suco de melancia.

— Ta... - Me levanto e pego os copos – Pra que tudo isso?

— Temos visita, eles estão la a um tempão devem estar com fome e já que eu sou um amor, vou levar um lanche pra eles.

— Ain que amor – Faço uma careta pra ela – Quando fico doente nem eu recebo esse carinho – Ela ri e coloco o suco nos copos - Posso levar pra eles?

— Já gosta de judiar né... hum, pode, você não ta fazendo nada mesmo.

— Nossa valeu mãe – Ela me da um tapa na bunda.- Ai!

— Pronto – Ela coloca a comida e o sucos na bandeja e me entrega. – Vê se não derruba!

— Aff ta mãe! – Subo as escadas com muito cuidado, já estava tremendo, respiro fundo e bato na porta com o pé.

— Mãe? - Vitor pergunta.

— Sim, abra a porta, fiz lanchinho pro meu bebê - Falei com uma voz fina.

— Idiota. - Deu para ouvir a risada deles - Vou destrancar a porta.

— Educado como sempre né... - Ele destrava e empurro a porta com o quadril - Mãe fez sanduíches. Ele pega um sanduíche tão rápido que quase me fez derrubar tudo no chão.

— Gordo não coma tudo, ela fez pra todo mundo aqui.

— Cala boca – Diz Vitor voltando a se sentar no carpete enfrente a TV.

— Jogando vídeo game!? – Fico de boca aberta.

— Fala baixo, começamos a jogar agora.

— ah ta. Coloco a bandeja na mesinha de madeira enfrente a janela e pego um sanduíche, depois apoio minha outra mão na mesinha, Marcel tava tão entretido com o jogo que nem reparou em mim – que lastima.

— Vou no banheiro, já volto – Vitor sai correndo desajeitado. Olho para ele saino pela porta, depois noto que o Deus grego estava olhando para mim e vindo na minha direção, quase engasgo com o sanduíche.

— Os sanduíches são de que? – Ele pergunta chegando mais perto e pegando um na bandeja que estava atrás de mim, não tinha percebido que tinha tapado ela com meu corpo.

— Presunto – sinto o cheiro do seu perfume – Queijo... alface, tomate e banana.

— Banana!? – Ele ri com estranhamento.

— Ham? Não.. ér.. sem banana, mals tava viajando aqui.

— Mas você não ta com o fone de ouvido – Tuchê!

— Então..., estavam jogando o que?

— Gear of war, quer jogar?

— Pode ser – Digo para parecer descolado – Me sento no carpete e pego o controle do meu irmão. – Pronto para perder? Ele ri.

— É o que vamos ver.. Jogamos por um tempinho, Vitor chegou no quarto e se deita na cama com "ar" de cansado, venci umas partidas, e ele ganhava algumas, dai meu irmão boco começa a roncar, “nossa já pegou no sono?” - Pensei.

— Nuss já é de noite, melhor eu ir – Ele se levanta ajeitando sua bermuda, eu olho pela janela e já estava escuro, nãooooo! Como assim já é de noite?

— Espera, eu queria te perguntar uma coisa – Me levanto e ajeito meu blusão.

— Fala – Ele pega sua mochila, coloca nas costas e fica me olhando com aqueles olhos lavanda sedutores, a luz da lua que refletia da janela deixava a cor da sua pele morena mais clara e seu cabelo loiro parecia ouro.

— Ah, é que eu, queria saber sabe, se você ta afim de sair comigo, você deve estar ocupado nessa sexta, mais sei la, a gente podia ver um filme, mas se não quiser, você pode vim, eu tenho uns jogos bem legais, acho que você vai gostar, tenho... Ele se aproximou de mim tão rápido que engulo em seco, segurou meu queixo e me puxou pela nuca, seus lábios molhados se encaixam com os meus e sinto um leve aroma de melancia seus beijos aumentava de intensidade o que me fez perder um pouco o equilíbrio, pera aiiii! Marcel esta me beijandoooo! Que porraaaa é essa!!!

— Eu venho amanhã, quero ver seus jogos e quem sabe a gente joga e a... você fica muito fofo quando esta tímido – Ele se afasta, me manda um sorriso irônico e desce as escadas, fiquei tipo "alguém me bate, porque não estou acreditando no que acabou de acontecer".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Geente vou deixar aqui uma legenda pra quem não entendeu o inglês:"What ever" - Tanto faz; “bitch i’m gone” - é tipo, "Viada acabou o assunto" na historia, a tradução é "vadia vou embora ou estou de saída" Próximo cap sera o ultimo ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "2 shots" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.