– Mãe, cheguei! – Gritava Yuri, após retirar os calçados na entrada da sua casa.

– Bem vinda de volta querida, vai querer alguma coisa para comer ou vai direto para seu quarto? – Questionou uma voz feminina da cozinha, provavelmente sua mãe.

– Não preciso, depois eu pego... e trouxe alguns amigos, espero que não se importe. – Dizia Yuri, já subindo a escadas para ir ao seu quarto.

– Deve ser a Aya-chan, olá Aya-chan!

– Yoo, mãe da Yuri-chan, depois nos falamos mais. – Respondeu Aya, sorrindo, enquanto acompanhava a amiga sem falar mais nada, pois sabia que ela não gostava quando ficavam conversando muito com pessoas de sua família, que sempre arrumavam confusão com ela pelo jeito que se vestia.

– Parece que você sempre vem aqui né? – Questionou Lucas, atrás das garotas.

– Ela é minha amiga dã, mas é claro. – Aya ria brevemente.

– Bom vamos entrando, e sem bagunça. – Yuri girava a maçaneta do seu quarto e dava espaço para que seus amigos entrassem.

Aya entrava tranquilamente afinal aquela não era a primeira vez que visitava a casa da amiga, mas não foi o caso de Lucas, que tinha uma expressão de surpresa enquanto, observava o quarto boquiaberto. O quarto era coberto por pôsteres de séries assim como de games, prateleiras de jogos, livros, quadrinhos, uma cama de solteiro, uma grande Televisão que ficava presa em uma das paredes do quarto. Três consoles que de algum jeito estavam todos ligados a mesma “Tv”, um computador com três monitores e um grande tapete vermelho que combinava com a cor das paredes do quarto.

– Ual... Que quarto incrível, não esperava isso do quarto de uma garota. – Disse Lucas, observando todo o quarto.

– Acredito que deve ter espertado um monte de coisas bonitinhas, rosas e uma mesa com algo como “Meu querido diário”. – Disse Yuri, enquanto ligava a Tv e o console para testar o jogo que compraram.

– Você tem uma imaginação bem fraca, hein, virjão. – Dizia Aya com uma das mãos na boca para esconder o riso.

– Eu não pensei isso e já disse para não me chamar assim Aya-san... – Lucas soltou um longo suspiro, enquanto sentava tranquilamente no tapete do quarto.

– Tinha me esquecido, como sou uma cabeça de vendo, hihi. – Aya dava um pequeno peteleco em sua cabeça esboçando um pequeno sorriso.

– Sei... – Lucas olhava desconfiado para Aya, mas preferiu não questionar muito, pois poderia acabar piorando as coisas para ele mesmo.

– Bom eu já liguei tudo, agora vou descer, pegar algo para comermos. Então me esperem, pois posso demorar um pouco. – Disse Yuri, se retirando brevemente do quarto, fechando a porta ao sair.

– Tudo bem Yuri-chan, a gente espera. – Respondeu Aya antes de a amiga sair sorrindo.

– Como alguém pode demorar apenas para pegar algo para comer? Nunca vi isso. – Lucas piscou algumas vezes coçando a bochecha com o dedo indicador.

– Você não a conhece muito bem, ela tem seus problemas, mas não vou contar para um cara que acabei de conhecer, né?

– Nesse ponto você está certa, desculpe se parecia intrometido.

– Tudo bem, acontece. – Esboçou um pequeno sorriso. – Mas me fale um pouco sobre você, Lu-kun, acho que agora você gostou desse apelido né? – Questionou Aya com o dedo indicador nos lábios, olhando para Lucas de maneira maliciosa.

– Er... sim é... mais ou menos. – Corava um pouco sem jeito, olhando para os lados, evitando fitar diretamente os olhos de Aya. – Bom eu tenho 15 anos e vim fazer uma visita aos meus tios, que estão morando aqui faz mais ou menos um ano. Aconteceu um grande problema na minha escola na Itália, que vai ficar inativa o resto desse ano, então aproveitei essa oportunidade para visitar alguns parentes.

– Nossa... que raio de problema foi esse para tanta inatividade? – Aya tombou levemente a cabeça para o lado, aguardando uma resposta.

– Um aluno se suicidou na sala de aula cortando sua garganta com uma faca. Isso causou um grande choque em boa parte dos alunos, então acharam melhor deixar a poeira baixar para voltar a nossa rotina normal.

– Aaaah entendi... Mas que droga, viu, isso nunca aconteceu na época que eu estudava. – Fazia um pequeno bico. – Eu gostava tanto de ficar em casa, estudar nunca foi meu forte.

– Você ta querendo dizer que queria que alguém se matasse na sua escola? – Lucas olhou um pouco assustado para Aya.

– Não exatamente isso, mas algo parecido.

– Você é muito doida. – Colocava uma das mãos no rosto, balançando a cabeça negativamente.

– Naaaaah não sou tanto assim, só um pouquinho. – Aya fazia um sinal de quantidade com uma das mãos, rindo um pouco. – Mas o mais importante é que você é novinho e a Onee-san aqui adora caras novinhos, sabia? – Aya aproximava-se do garoto lentamente, até ele perder um pouco o equilíbrio, enquanto tentava se afastar da aproximação, pois estava muito envergonhado. Aproveitando essa oportunidade Aya ficava sobre o corpo do rapaz.

– A-Aya-san... onee-san? – Perguntou Lucas com o rosto completamente vermelho.

– Você disse que tem 15 anos correto? Eu tenho 18 então... – Aproximou-se da orelha do rapaz e mordeu levemente. – Pode me chamar assim. – Sussurrou no ouvido de Lucas.

– N-Não... Aya-san, para, isso é errado e... você gosta de incesto por acaso? Tipo... quer que eu seja seu irmãozinho de mentira e... – Lucas começava a se enrolar enquanto falava devido a vergonha que estava, seu rosto estava quente e sua cabeça girando, sentindo o calor do corpo de Aya.

– Hum...seria uma experiência interessante, nós podemos tentar se você quiser, Lu. – Aya pegou a mão do rapaz e colocou em um dos seus seios, sorrindo maliciosamente.

– P-P-P-P... – O nariz de Lucas começou a sangra, sua visão ficou turva e logo desmaiou deixando um pouco de sangue pingar no tapete.

– Eita, acho que eu sou bonita demais para esse jovenzinho. – Coçava a bochecha com o dedo indicador, ainda em cima de Lucas.

– Que tal você parar com essas suas brincadeirinhas sem vergonhas? – Disse Yuri dando um tapa com uma das mãos na cabeça de Aya. A outra estava ocupada com um bandeja com biscoitos, acompanhados de 3 copos de leite.

– Aiii, eu nem te vi entrar... e porque eu deveria parar? É legal, e ele é mó virjão. – Passava a mão no lugar do tapa, com um dos olhos fechados.

– Você também é virgem, só que uma virgem safada. – Yuri deixava a bandeja em cima da cama e caminhava na direção de Lucas para analisar a situação do rapaz.

– Nossa, assim tu me machuca, Yuri. – Fazia um pequeno bico olhando para amiga.

– Machuca nada, sua ruiva pervertida, agora cuide do rapaz que vou trazer um copo de água. – Yuri se retirava mais uma vez do quarto em direção a cozinha.

– Muito bem. – Aya sentava perto de Lucas e deixava a cabeça do garoto sobre sua coxa enquanto afagava os cabelos do garoto, sorrindo. – Você vai ficar bem Lu... Por enquanto. – Riu brevemente.