I am the Target escrita por Hawtrey, KCWatson


Capítulo 11
Mentira


Notas iniciais do capítulo

Voltamos! Estamos sentindo falta de algumas pessoas hein... Alane, Sobek, Ariane, Crissiddie, Jess, Senhorita Watsonia... não nos abandonem hein!

Boa leitura a todos :)



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— Bom dia Watson.

Joan respirou fundo e pigarreou, tentando clarear a voz.

— Bom dia. Seu chá já está pronto.

— Não fez café hoje? — ele perguntou sentando à mesa.

— Não e se quiser, fique à vontade pra fazer.

Manteve os olhos abaixados para não entregar o seu estado cansado e involuntariamente puxou ainda mais a manga comprida de seu vestido.

— Tem algo para me contar? — ele instigou.

Para de olhar pra mim.

— Não.

— Não consegue mentir pra mim. Está escondendo algo, Watson.

— Você também, Holmes — ela retorquiu secamente, finalmente erguendo a cabeça e o fitando.

Sherlock franziu o cenho. Joan sabia que ele estava sugando cada informação que o seu rosto e a sua postura poderiam dar, nem fez questão de mudar algo, estava cansada até pra isso.

Ele suspirou, sabia do que ela estava falando.

— Meu pai entrou em contato com você.

— O informante do seu pai entrou em contato comigo — ela corrigiu no mesmo tom — O seu pai eu vi pessoalmente.

Sherlock largou o garfo, surpreso.

— Encontrou-se com meu pai?

— Sim, algum problema? — Joan questionou erguendo uma sobrancelha de modo desafiador.

— Não — ele negou rapidamente — Sobre o que conversaram?

— Sobre como você negou a ajuda dele e sobre como você escondeu de mim a presença dele nessa cidade.

— Ele chegou recentemente e não sabe todo o problema que Holloway é.

— Se mentir pra mim de novo eu enfio esse garfo no seu olho — ela rosnou entre dentes.

Sherlock se remexeu de modo desconfortável:

— Você também mentiu.

Joan o fitou com olhos ainda brilhando de raiva:

— Menti?

— Na verdade omitiu — ele se corrigiu, agitado — Omitiu o seu novo caso de mim.

Ela paralisou. Sherlock não podia ter descoberto tão rápido, ela tomou cuidado.

— Meu novo caso? — fingiu-se de desentendida.

— Não tente manter esse disfarce, Watson. Você jamais entraria em uma boate por vontade própria. Portanto, tem um novo caso. Mais um sem mim.

Quase respirou aliviada. Ele não sabia tudo.

— Você já esteve em muitos casos sem mim — ela disse revirando os olhos — Incluindo o que está agora, chefe. Estou de saída.

Tomando cuidado para não bater o pulso, levantou-se e colocou sua louça sobre a pia. Se fosse lavar só com uma mão Sherlock logo faria perguntas.

— Eu a magoei, não foi? — ele questionou impedindo o caminho dela.

Joan olhou em volta, procurando algo para fazer na cozinha e rezando para que ele se afastasse.

— Olhe pra mim.

Ela obedeceu a contra gosto e tentou não ceder ao olhar culpado dele. Não olhe nos olhos dele!

— Seja sincero comigo Joan — ele insistiu.

Ah, agora eu sou Joan?

— É claro que me magoou Sherlock! — exclamou subitamente exaltada — Depois de anos trabalhando e morando juntos, falando o quanto nossa parceria é importante e o quanto precisamos um do outro você vem e diz que eu trabalho pra você? Eu devia ter quebrado sua boca naquele momento!

Sherlock recuou, um pouco assustado com a explosão dela.

— Eu acho que você anda um pouco estressada, tem certeza que é apenas isso?

Apenas isso? — ela riu sem humor — Oh não, não vamos esquecer das cartas de Irene!

— Eu não acredito que ainda está com raiva disso. Você entendeu tudo errado! — Sherlock tentou, revirando os olhos — Por acaso está com ciúme?

Olhou desconfiado quando notou que Joan estava ficando sutilmente mais vermelha, só que ela não estava nervosa ou constrangida, era apenas raiva.

— E seu eu estiver? — ela gritou em resposta dando um passo na direção dele e o fazendo recuar de novo — Algum problema com meu ciúme Holmes? E se eu quiser cortar aquela mulher em mil pedacinhos e jogar de comida para os pombos?

— Joan...

— Você por acaso não lembra do mal que ela fez a você? Se quer sofrer, muito bem! Quer continuando trocando cartinhas com ela? Pode ir! Agora não venha jogar palavras dela na minha cara, porque de palavras que me magoam eu já tenho as suas!

— Por favor, me perdoe — Sherlock pediu parecendo ter notado o poder de suas palavras sobre ela — Por favor, eu não tive a intenção...

Ele tentou segurar sua mão, mas Joan não deixou, afastando-se dele abruptamente. Condenou-se por isso no segundo seguinte, havia cometido um erro e chamado a atenção dele.

— O que há de errado?

— Nada — respondeu rapidamente, a raiva sumindo de suas feições.

— Você nunca se importou em ser tocada Watson.

— Mas você sim.

— Você não — ele insistiu e se aproximou preocupado — O que aconteceu? Está ferida?

Joan recuou rapidamente até ser impedida pela mesa.

— Estou bem.

— É uma consequência do seu novo caso?

— Já disse que estou bem!

Desacreditando nas palavras dela Sherlock se aproximou e segurou as mãos geladas com firmeza. Joan xingou a si mesma quando não conseguiu segurar uma exclamação de dor. Ele arregalou os olhos quando reconheceu a origem da dor e moveu a manga do vestido dela com cuidado, revelando as marcas roxas de seus dedos no pulso esquerdo dela.

Joan tentou puxar, mas doeu assim que começou. Olhou para o lugar com tristeza. Havia passado remédio e colocado gelo, mas estava ainda mais marcado e inchado do que antes.

— Eu... eu fiz isso — ele gaguejou a fitando assustado.

— Não... — ela tentou negar com a voz rouca — Não Sherlock.

— Não precisa mentir Watson — ele disse voltando à neutralidade.

Joan suspirou. Claramente o parceiro tentava se mostrar indiferente ao que estava sentindo, fosse o que fosse. Sua expressão estava neutra, mas seus olhos... inquietos e brilhantes, consequência do que ele tentava esconder: culpa. Ela se posicionou melhor a frente dele e arregaçou a manga esquerda sob o seu olhar.

— Olhe... você está certo — começou suavemente — Não preciso mentir e você foi o responsável por isso. Mas eu não o culpo Sherlock, de nenhuma forma — ela suspirou e olhou em seus olhos azuis — Estamos sob pressão e isso é mais perigoso pra você do que pra mim, mas eu sei, tenho absoluta certeza de que você, Sherlock Holmes, jamais me machucaria intencionalmente.

Sherlock engoliu em seco e piscou repetidas vezes, Joan quase acreditou que o veria chorar depois de tanto tempo, mas a voz dele continuou firme e cortante:

— E até onde posso machucá-la mesmo sem intenção?

Ela piscou surpresa, mas ele prosseguiu:

— Se isso for mais longe da próxima vez, se eu perder o controle, se eu tiver uma recaída e machucar você gravemente... ainda sim vai continuar do meu lado por que não foi minha intenção?

— Você nunca me machucaria gravemente.

Era uma verdade. Confiava plenamente em Sherlock Holmes e o termo plenamente se aplicava a todas as situações, incluindo bebidas, possíveis recaídas, raiva e total descontrole. Ele poderia machucá-la com palavras e destruí-la dessa forma, mas fisicamente alguns hematomas era tudo o que teria e apenas em casos discretos como aquele, onde ele não percebia que estava aplicando força demais em um simples aperto.

— Mas considere uma alteração nessa sua verdade — Sherlock ainda inexpressivo — Considere o meu descontrole em uma situação extremamente complicada, onde nada me faria parar.

— Eu machucaria você tanto quanto fosse possível — Joan respondeu sem hesitar — Posso não ter suas habilidades na luta ou sua mente brilhante, mas sei agir como uma mulher traída.

Sherlock recuou, parecendo assustado com aquele termo.

— Mulher traída?

Ela conteve um sorriso. Distração era algo em que estava ficando muito boa.

— É, sabe... psicopata ou simplesmente uma assassina que adora torturar suas vitimas, com direito a sangue espalhado pela casa e tudo o mais.

— E como seria uma mulher traída sem ser... traída antes?

Teve vontade de dizer que bastava imaginar ele e Irene na cama completamente nus rindo dela enquanto se acariciavam só para ver qual seria a reação dele, mas achou que seria revelador demais.

— Ah você sabe Sherlock — respondeu por fim — A mente humana é capaz de muitas coisas.

Sherlock riu suavemente e foi até o armário procurar bandagens e alguns potes que Joan desconhecia.

― O que tem ai dentro? ― questionou quando ele pegou o conteúdo e umedeceu com água.

― Ervas medicinais ― ele respondeu como se fosse o obvio ― Vou ajudar você com isso ai.

Joan suspirou e sem outra escolha, sentou-se a mesa da cozinha. Permaneceu em silêncio vendo o parceiro misturar as ervas sob a bandagem e em seguida colocar sobre a mesa. Teve que usar todo o seu esforço para não reagir quando ele ajeitou a cadeira e se sentou ao seu lado, pegando sua mão com delicadeza.

― Admiro vocês mulheres, sabia? ― ele comentou subitamente.

― Por quê?

― Vocês possuem um senso de proteção bem interessante ― Sherlock esclareceu começando a envolver o pulso dela com a bandagem ― Pensamentos rápidos, reflexos proporcionais, força extrema, instinto que quase nunca falha, ótima resistência... e dificilmente usam tudo isso para si mesmas.

― Somos ótimas mães, é o que quer dizer ― Joan concluiu.

― Na verdade, o instinto feminino é tão bom quanto o materno, são quase a mesma coisa eu ouso dizer. Apesar de achar que tudo é mais intenso com um filho. Veja seu exemplo. Seu erro resultou na morte de uma pessoa. Se fosse um homem no seu lugar as chances dele continuar a trabalhar normalmente são bem grandes, haveria a culpa de matar alguém, claro. Mas continuar fazendo o mesmo trabalho seria muito mais difícil para uma mulher.

― E por que acha isso?

Sherlock sorriu minimamente e fechou a bandagem, começando a massagear o local com cuidado.

― A mulher... sempre vai além. Ela não veria apenas a morte de uma pessoa, veria como uma interrupção abrupta feita no momento errado. Não é apenas uma vida que some, são as oportunidades que são arrancadas dessa vida. A mulher pensa no tempo que o paciente passaria com os filhos ou em quantos filhos poderia ter, na família que poderia ter ou na família que está esperando, desesperada, no corredor. Para uma mulher nenhuma vida pode ser desperdiçada, sempre há oportunidades e ela se sente fracassada quando falha, porque sente que destruiu tudo isso.

― Sempre há mulheres e homens que fogem a essa regra, Sherlock.

― Parece antiquado, mas um homem sempre nasce para trabalhar duro, sustentar e proteger a família, enquanto a mulher nasce para ter filhos e sua prioridade é sempre proteger a eles. Por isso são tão resistentes, praticamente são responsáveis pela sobrevivência da humanidade. É claro que hoje em dia há adições, como a necessidade dela de trabalhar e ser independente, mas o pensamento continua o mesmo. Se isso muda radicalmente, então algo na criação dela que não deveria mudar, mudou. Veja só, um homem pode negar um relacionamento com a mulher, mas dificilmente vai negar um filho depois de vê-lo, se isso acontecer é porque algo está errado.

― Um homem que nega a responsabilidade é sempre visto com maus olhos ― Joan argumentou concordando.

― Exatamente ― Sherlock sorriu ― E enquanto um homem vai se apegando aos poucos ao filho depois que este nasce, a mulher já o ama desde a gestação. As mulheres sempre amam as crianças com mais facilidade, como seus filhos, mesmo não sendo delas e até mesmo quando não são mais crianças.

Joan sorriu, sabendo que ele estava se referindo a Kitty. Mas foi ele que começou a dizer que eram os pais dela, não é? Devia estar falando algo mais relacionado ao homem também, talvez fazer uma matéria para um jornal e ganhar um Politzer.

― E onde quer chegar com tudo isso Sherlock?

― Minha mente aguçada insiste em me dizer que você está escondendo algo realmente sério de mim.

Ela franziu o cenho, confusa. Isso tinha alguma relação com o assunto?

Sherlock soltou a mão dela e se ajeitou, olhando bem em seus olhos, esperando que ela falasse.

― Desculpe, ainda não entendi o que quis dizer com tudo isso ― Joan enrolou. Sim, estava escondendo algo, mas negaria até quando fosse possível.

― Você não tem filhos Watson, Kitty está em segurança bem longe daqui e o mesmo vale para sua família. Então só resta a mim. Tenho quase certeza de que está tentando me proteger de algo.

Não, não era possível que ele tivesse concluído aquilo em tão pouco tempo e sem informação. Não havia nem começado a ajudar Morland direito, havia ficado chegado tarde apenas uma noite e tomara bastante cuidado com qualquer papel com qualquer palavra que o fizesse pensar em algum plano de proteção. Mas ali estava Sherlock, deduzindo exatamente o que ela tentava fazer.

― Agora eu tenho certeza ― ele acrescentou ainda a fitando.

Ela se xingou mentalmente, ficar paralisada tinha traído a imagem indiferente que queria passar.

― Posso saber por que acha que estou protegendo você de alguma coisa? ― tentou com um fio de esperança.

― Primeiro, suas reações ― Sherlock ditou gesticulando ― Você não gosta de esconder nada de mim e as reações do seu corpo estão mostrando que fica desconfortável na minha presença desde quando chegou de madrugada. Nem consegue olhar em meus olhos por mais do que alguns segundos.

Joan bufou e revirou os olhos. Já devia esperar por algo assim.

― Depois ― ele continuou indiferente a reação dela ― The Griffin.

Fitou-o, subitamente assustada.

― Como sabe onde eu estava?

― Quando eu liguei pra você escutei música eletrônica, bem alta por sinal. Então estava em uma boate. Quando liguei na segunda vez a música tinha sumido completamente. São poucas as boates que possuem acomodações privadas à prova de som.

― Ainda não podia ter certeza.

― É, mas quando liguei na primeira vez escutei uma voz masculina, pensei que estava prestes a se envolver com alguém e pareceu interessada até ele se apresentar. Você o dispensou depois disso. Significa que estava esperando alguém. Então alguém pegou seu celular, esperei ouvir o som típico de alguém tentando pegar seu celular de volta. Mas não teve som algum, aparentemente você nem se mexeu. Então era por essa pessoa que esperava e ele me pareceu profissional demais para um homem comum. O estranho... é que no momento em que escutei a voz dele imediatamente lembrei dos seguranças particulares do meu pai.

Sherlock suspirou e se levantou, indo se encostar no balcão. Joan estranhou os olhos indecifráveis dele, mas achou arriscado demais falar qualquer coisa.

― Primeiro visitou meu pai, então uma boate, um segurança, acomodações privadas à prova de som para uma pessoa rica o suficiente para pagar por muito mais ― ele pensou alto fazendo o coração dela se acelerar ― O que foi fazer no The Griffin?

Seu primeiro pensamento foi jogar o celular na parede e depois pisar nele até que se transformasse em mil pedacinhos, pelo menos era o que já estava fazendo em sua mente. Maldito celular! Naquele momento prometeu nunca mais atendê-lo em qualquer situação que deveria ficar longe da mente dedutiva de Sherlock.

Se ele descobrir vai querer resolver sozinho e ainda vai ficar furioso por você estar se arriscando. Quero Sherlock bem longe de quem quer que esteja fazendo isso, porque ele não tem nenhuma noção de sobrevivência.

Eram palavras de Morland e estavam certas. Se Sherlock descobrisse iria afastá-la imediatamente argumentando que tudo isso era problema dele, não dela, que não havia motivo para que ela se arriscasse. Só que havia, ele que não sabia disso ainda.

Lamentando mais uma vez sua falta de sorte, levantou-se e hesitante, aproximou-se dele. Essa era a hora certa para fazer a melhor atuação da sua vida.

― Estou apenas trabalhando em um caso do seu pai, Sherlock ― respondeu tentando parecer relaxada ― Ele está tendo problemas com a concorrência e acha que tem um espião dentro da empresa ou algo assim. Achou que se descobrisse você ficaria chateado por eu ter sido chamada e não você. E já que sua relação com ele é mínima, conclui que só acha isso por não te conhecer tão bem.

― E mesmo assim continuou escondendo de mim? ― ele questionou a analisando.

― É uma das condições do contrato ― Joan argumentou sustentando o olhar firme dele sobre o seu ― Decidir aceitar já que me quer longe do caso de Holloway.

O olhar permaneceu, mas agora seu coração batia com mais calma. Ela estava indo bem e sabia disso, não importava como o olhar dele a incomodava, o importante era não aparentar nada.

― The Griffin?

― Tive que ir ver um dos sócios dele. O cara não queria dizer nenhuma informação, porque não confiava em mim. Então marcou lá.

― E do que está me protegendo?

A mente dela gritou, revirando cada pensamento a procura de uma desculpa firme. Sherlock insistiria no assunto até achar que sabia toda a verdade.

― Fiquei com receio de que a presença do seu pai poderia deixar você nervoso ou estressado de algum forma, você me disse certas coisas que me fizeram concluir que ele não é o melhor pai do mundo e que não se importa em mudar isso. Então falei pra ele que se machucasse você, teria que me aguentar depois.

― Disse isso a ele? ― Sherlock questionou franzindo o cenho.

Não, mas eu faria pior se sentisse que ele ia te machucar.

― Claro que sim ― concordou com veemência ― Temos anos de equilíbrio aqui e não posso deixar que tudo caia em pedaços só porque ele decidiu ser pai agora.

Sherlock riu e com isso ela quase respirou aliviada. Conteve suas reações controversas vendo-o se afastar e se servir de mais comida. Ele balançava a cabeça e ria, aparentemente sem motivo.

Mas não importava, porque finalmente tinha conseguido mentir para Sherlock Holmes.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi feito mais para alimentar eventos futuros
Mas o que acharam?



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