Os Jogos do Vício escrita por Seiza Kinsei


Capítulo 4
A primeira carta


Notas iniciais do capítulo

FUCK YEAH! EU DISSE QUE NÃO IA DEMORAR!
(na verdade, ainda demorei, porque esse cap tá pronto tem uns bons dias. Mas fiquei entretida jogando lolzinho e esqueci UHUEHUEHE srry bros)

E aqui temos um interlúdio! O primeiro de OJDV. O capítulo será uma carta, portanto ele será mais curtinho. Tá facinho saber de quem é, então nem vou dizer por aqui =p Não tenho muita coisa pra falar, então eu fico por aqui, desejando uma boa leitura para todossss ♥

p.s.: e sim, eu não paro de trocar de capa, e sim, vou tirar toda hora as capas dos capítulos toda vez que enjoar delas u_u



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15 de junho de 1998, Magnólia

Minha querida Lucy,

Chegará o dia em que você crescerá, e infelizmente não estarei aqui. Não estarei para lhe ver descobrindo as coisas boas do mundo, para lhe guiar para o que é certo, para acalentar seus medos como somente as mães sabem, para vê-la se apaixonar, se tornar uma mulher, ver seus sonhos se formarem e incentivá-la a segui-los. Pensar em todas essas coisas que perderei faz meu coração apertar tanto! Eu espero que você seja uma garota forte — como desde agora já demonstra ser. Pois eu já sei, de antemão, que sua vida não será nada fácil.

Quando você estiver com essa carta em mãos, você já deve ter se tornado uma mulher adulta. Você deve ter crescido escutando milhares de histórias sobre mim, e sobre outras pessoas, e sobre o que fizemos à estas pessoas e acerca do que quer que tenha nos acometido ao fim. Eu não sei qual imagem você deve ter de mim agora, mas crescer ouvindo tais coisas não deve ter ajudado em nada para construir uma figura positiva sobre mim. Eu lhe pediria para esquecer todas estas coisas enquanto lê estas linhas, porém é algo tão impossível quanto inútil; e não fará diferença. Tudo o que eu quero é que você tome conhecimento sobre certas coisas. Sobre mim, sobre você e sobre esta cidade.

Lucy, sobre minha pessoa, tudo o que eu quero que você saiba é que a razão para as coisas que eu fiz são muito complicadas para explicar apenas nestas linhas tão simplórias... Não entenda isso como uma tentativa boba de criar suspense prolongado, saiba que de longe desejo isso. O que eu penso — e planejo, com essa carta, que muito provavelmente será a primeira de muitas que deixarei para a futura você, são pequenas revelações, que envolvem a mim, você, nossa família e, embora não explicitamente, a cidade de Magnólia. 

Então, primeiramente, quero que saiba que fiz o que fiz, me submeti ao que me submeti porque haviam coisas em jogo, e sua segurança e integridade era uma delas. Todas as outras coisas eram frivolidades perto de você. Eu jamais me perdoaria se algo de ruim caísse sobre minha filha, principalmente quando me foi dada a escolha de protegê-la. Tantas escolhas ruins que eu fiz, eu queria pelo menos uma vez fazer algo certo. Mesmo que esse certo pudesse ser duvidoso aos olhos de terceiros, eu sabia, em meu coração, que era a coisa certa.

Um dia, não hoje, e nem no momento que você estiver lendo essa carta, você compreenderá as minhas motivações. Poucos são capazes de entender até aonde uma mãe é capaz de ir pelo bem seus filhos. E eu, eu fui até onde ninguém mais iria por quem se ama. 

E, Lucy, quando você receber as minhas cartas, há a possibilidade de outras estejam juntas, cartas minhas para outra pessoa. Eu lhe peço, eu imploro para que não procure essa pessoa. Não vá atrás dela, nem que seja para ouvir sobre mim, eu peço que se contente com que lhe contarei aos poucos por aqui. Essa pessoa, não é uma pessoa boa. E eu não quero que você se envolva de maneira alguma com ela. Por favor, é tudo o que eu lhe peço.

Não faça as mesmas coisas que eu fiz.

— Layla.


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