Pop Star - Uma Estrela No Céu escrita por Ana Letícia


Capítulo 31
O concurso não deu bom, afinal.




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Ajudei a mãe do Ramonn com o almoço, depois disso ele e eu ficamos de bobeira no quarto dele.

Ele achou que eu ia gostar de um filme de monstros e zumbis, e era a primeira coisa que ele sugeria de bom grado em meses, então aceitei, mas o filme era uma bosta.

Vez ou outra ele me dava um beijo, mas ele estava muito concentrado no filme.

Peguei meu celular e comecei a esboçar uma música no bloco de notas. De repente, ele decidiu que estava interessado em mim, e não no filme, acho que finalmente percebeu que eu não estava gostando.

– Você está tão bonita. – disse ele.

– Eu sei. – disse eu.

Ele sorriu, eu adorava ver aquele sorriso, mas não disse nada.

Estávamos sentados na cama, e ai ele começou a me beijar. Me beijou como nunca tinha beijado antes. Quando me dei conta eu estava sentada no colo dele, comecei a corar.

Olhei a hora rapidamente e decidi que já estava com fome.

– Então vamos almoçar. – disse ele forçando um sorriso.

Eu sei! Já tínhamos muito tempo de namoro, mas nunca passamos de beijinhos. Eu tinha medo de me arrepender se fizesse algo, e do jeito que Ramonn vinha agindo nos últimos tempos tiver medo de me arrepender muito mais depois. Algo me dizia que o atual bem estar do nosso relacionamento era temporário. Podia até ser um receio besta, mas eu não parava de esperar que algo fizesse Ramonn estragar tudo de novo, e desta vez eu não sabia se conseguiria aguentar.

Já era quase uma hora quando estávamos tirando a mesa. Ajudei a mãe do Ramonn a colocar tudo na lava louça, e disse que precisava ir embora. Havia marcado com o Rick e não queria me atrasar.

Ramonn ficou carrancudo de novo, mas se não queria que eu fosse, nada disse.

Peguei um ônibus pra ir à casa de Rick, ele morava em um apartamento na parte alta da cidade. O ponto de ônibus em que desci era em frente ao prédio dele.

Confesso que o lugar era bem chique, entrei e a moça que ficava no saguão de entrada perguntou se poderia me ajudar.

– Estou procurando Rick Fortinelli. – eu disse.

– Ah, sim, o senhor Fortinelli. Vou chamá-lo pelo interfone. – disse ela.

– Você pode subir. – disse ela. – Quarto 69, ultimo andar.

– Obrigada. – disse eu.

Peguei o elevador, e logo subi para o andar do Rick. Quando toquei a campainha, Rick abriu a porta.

Os cabelos sempre bem arrumados estavam um pouco bagunçados, a barba bem feita e os grandes olhos dourado-esverdeados estavam pousados em mim. Ele usava uma camiseta branca sem mangas, e uma bermuda jeans toda rasgada, que eu achei que ele mesmo tivesse rasgado.

– Oi, Lizzie. – ele disse.

– Oi.

– Entra.

Entrei, a sala de estar era completamente branca. Sofá branco, móveis brancos, paredes, poltronas e cadeiras brancas. Até o carpete era branco.

Mais pro lado havia uma pequena cozinha, mas esta era toda cor de madeira. Me surpreendi ao notar que combinava com o contraste do branco.

À mesa da cozinha estavam postados vários depósitos de comida, e em uma das cadeiras estava Diego, devorando um prato de lasanha.

– Oi. – cumprimentou ele com a boca cheia, mastigou mais um pouco. – Desculpe, oi, Lizzie.

– Oi, Diego.

– Sente aí e coma um pouco. –disse Rick.

– Já comi. – disse eu.

– Coma mais. – ordenou Rick.

Coloquei um pedaço de lasanha no prato. Rick encheu um copo com suco.

Comecei a comer devagar.

– Nós vamos trabalhar na música já já. – disse Diego.

– Ok. – disse eu.

– Espero que tenhamos um trabalho proveitoso hoje. – disse Rick.

– Eu também. – respondi.

Depois que terminei de comer, Rick tirou os pratos da mesa, e guardou a comida que sobrou, depois colocou três potes de sorvete de meio litro na mesa.

– Podem pegar. – disse ele.

Durante a tarde conseguimos compor mais sete músicas. E elas ficaram muito boas o que me deixou levemente orgulhosa.

A noite Rick me levou pra casa. Eu estava ansiosa pra contar tudo pros meus pais.

***

O tempo passou muito rápido, pareia que alguém tinha ativado o modo turbo, mas resumindo o que aconteceu nesse tempo: Fizemos mais músicas para o CD, Armando e Thays assumiram o namoro, e Ramonn não tinha me dado nenhum trabalho, mais fãs começavam a aparecer, mas ele parecia não se importar mais com isso.

Depois disso tudo, finalmente chegou o dia de gravar meu CD, fomos pra São Paulo, Rick, Diego e eu.

Correu tudo bem na gravação. Dois dias depois o CD foi lançado, e Np primeiro dia de vendas, foram vendidos vinte mil cópias.

Eu estava nas nuvens com esta noticia, no segundo dia depois no inicio das vendas do meu CD, os fãs começaram a pedir o vídeo oficial das músicas, então nós gravamos mais dois videoclipes. Com isso, muita gente quis me contratar pra show. As cidades clamavam por um show meu, foi decidido que meu primeiro show oficial seria em São Paulo, como o local que estava disponível no momento não era tão grande assim, o show foi apenas para vinte mil pessoas.

Quando entrei no palco pela primeira vez achei que fosse vomitar ali mesmo, mas algo me dizia que aquelas pessoas queriam me ver, elas me amavam, queriam estar comigo, e eu não ia decepcioná-las.

O meu primeiro show foi um sucesso total. E o senhor Micael decidiu que meu segundo show seria em minha cidade.

O show em minha cidade conseguiu atrair gente da região inteira, mais de cinquenta mil pessoas compraram seus ingressos pro show.

O senhor Micael disse que seria interessante criar um concurso, em que alguns fãs poderiam visitar meu camarim pra tirar foto e pegar autografo.

O concurso fio um sucesso, afinal.

Agora eu estava me preparando para o meu segundo show. Faltavam duas horas ainda, mas logo logo os vencedores do concurso iriam chegar para me ver.

Rick havia finalizado a maquiagem, e eu estava me vestindo quando Ramonn entrou no camarim.

Rick, que estava falando ao telefone e de costas pra mim tomou um susto e jogou uma toalha em cima de mim.

Fiquei morrendo de vergonha, embora eu estivesse de sutiã. Ramonn nunca tinha me visto assim antes.

– Bater na porta é bom. – murmurrou Rick.

– Desculpe. – disse Ramonn com as mãos nos olhos. – Já posso olhar?

Vesti o vestido às pressas.

– Agora pode. – disse eu.

– Sinto muito, enfim. Vim te desejar um bom show.

– Obrigada. – respondi com frieza, ainda estava com vergonha.

– Ei, não fica nervosa, você vai se sair bem. – disse ele.

– Você precisa dar o fora. – disse Rick à Ramonn.

– Tudo bem. – disse Ramonn.

Ramonn saiu.

– A galera do concurso ta se esgoelando ai fora, mando entrar? - perguntou Rick.

– Eu já estou pronta? Não falta mais nenhum detalhe? - perguntei.

– Está pronta.

– Então manda entrar.

Corri pro espelho e comecei a ajeitar meu vestido. Era um vestido rosa bebê muito brilhoso, era rodado e curto e não tinha alças, tinha uma grande fita grossa na cintura que formava um laço nas costas.

Mexi um pouco no cabelo, e então, algumas pessoas começaram a entrar no camarim.

Os fãs que ganharam o concurso, três seguranças e o Rick.

Comecei a olhar os fãs, tinha uma garota de longos cabelos castanhos, e olhos escuros, era muito bonita, mas ficou muito pálida ao me ver. Ao seu lado tinha um garoto alto de cabelos lisos, ele usava um óculos de lentes grossas que disfarçavam seus olhos azuis.

Depois vinha outro garoto, ele era negro, olhos castanhos e muito musculoso, ao seu lado uma garotinha também negra, e cabelos bem cacheados, deduzi que era sua irmã.

E perto da menina, estava uma outra garota, Usava salto alto e uma roupa justa que realçava seus grandes seios. Os cabelos loiros caiam-lhe os ombros em uma trança trabalhosa que eu não sabia o nome, em seus lábios vermelhos brotavam um sorriso inocente, mas em seu rosto dominava uma expressão que eu conhecia bem: desprezo.

– Lizzie, minha queria amiga. – disse ela.

– Mayra Mello. Que bom rever você. – menti.

Senti um calafrio percorrer meu corpo, aquilo ali não ia dar bom.


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Notas finais do capítulo

Demorei pra postaaar, estive sem tempo e sem internet, mas espero que gostem.
Dei uma avançada no tempo, e espero que vcs tenham entendido de boa.



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