Poesia-me escrita por Atenas
Havia som, ouvia cores, perigoso como as notas sinfônicas da chuva vibravam na janela fechada. Vibrante como os raios assinavam linhas diversas nos céus de folhas sem palta. Escuro como a solidão da vela projetava desenhos na porta fechada.
Fechada.
Trancafiada em ser, lia um capítulo ou três, devorava palavras todo o tempo, você sabe, uma questão de realidade; ou desejo da falta dela.
Colocava os livros ao lado da cama com a esperança de, com os personagens, trocar de lugar. A vida como conhecia mudaria o ângulo e talvez estivesse, na manhã seguinte, perdido como palavra nas páginas de um romance em Londres, ou junto aos relâmpagos sólidos, num penhasco, prestes a desabar.
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