Eu amo você. O tópico frasal mais ridículo que já existiu, o mais óbvio, eu sei que você vai torcer a boca ao ler a frase, essa merda nem tópico frasal pode ser considerada, nem tópico, nem frase, nem aceitável... Nada! Porque é verdade, sabe? E eu pensei em basear a minha dissertação em todas as formas de sentir, ironias, perguntas retóricas, dados... Só pra mostrar que eu conheço você, só pra te provar que eu amo você. E não tem nada mais ridículo do que tentar justificar essas palavras baseando-me em frases ainda mais clichês! Eu me recuso a dizer que você provavelmente está sentado de pernas cruzadas agora mesmo, em cima de uma mesa, no chão, na cadeira, na poltrona, você pode estar no telhado mordendo o canto da boca, e eu me recuso a escrever sobre isso só pra dizer que eu conheço a sua expressão serena e doce com um leve sorriso nos lábios como se soubesse que eu estou escrevendo isso no verso da minha prova de história, a qual por um acaso tirei a pior nota da sala porque (raios!) só consigo pensar em você... Você está em toda parte. E eu me recuso a dizer a verdade, dizer que te vi no espelho, nos livros, na rua, isso nem importa! Eu devia mudar de assunto também, passar pro próximo parágrafo usando meus argumentos e depois elaborar uma conclusão com intervenção, qualquer proposta, mas... olha pra mim agora. O que você fez comigo? Não posso nem me concluir! Eu só consigo pensar no seu corpo nú, em você deitado sob a cama branca... A luz do luar te encobrindo, e, oh meu Deus!, de onde vem esse seu sorriso? Eu não consigo mais pensar em nada! Só no som da sua risada, na sensação do seu abraço e eu não to nada afim de escrever sobre isso, e nem vem, isso não é um texto, é só um parágrafo enorme e todo errado - que você deve ter corrigido mentalmente - sem conclusão e sem declarações! Porque essa merda de tópico frasal é a maior certeza que já tive em toda a minha medíocre existência! E eu queria ser melhor pra você, mas nunca vou escrever isso. E, ah!, merda! Eu amo você!