Kidnap Trails [Drabbles 2015] escrita por Bruna Bazzanini
Notas iniciais do capítulo
Palavra do dia: janota.
O significado é basicamente "uma pessoa que se veste com esmero, elegância extrema" e claaaro que me lembrei do Giuseppe. Quem aqui está animada para o desfecho de amanhã? Euuu! Por outro lado, sentirei muita falta!
PS: o avô de Sophie não sabe do ocorrido pois não estavam morando juntamente.
Beijos e obrigada por ter chegado até aqui e pelo apoio. ♥
— Vovô? — o contentamento era notório em sua voz.
— Que saudade, pequena Sophie!
O senhor nem imaginava a labuta pela qual a garota havia passado recentemente. Suas malas estavam leves, pouco detinha além da obstinação que sempre geriu sua trajetória; entretanto, sua alma pesava com hodiernas cicatrizes.
— Como está?
— Melhor agora, vovô.
— Fiz aquele lanche que você adora! — tocou-lhe o nariz.
A casa não chegava aos pés do latíbulo de Don Giuseppe, mas a garota de cabelos acobreados estava grata por estar em casa. Um manuscrito fora entregue pelo chefe da Máfia da Dualidade, explanando justificativas dos recentes acontecimentos: ela, todavia, não apresentava azáfama em lê-la.
A madrugada caía e mais uma vez a insônia injuriava-a.
Recordava-se precisamente de seu primeiro homizio, do pavor que lhe dilatou as veias, de Dimitri, das pessoas agradáveis que conhecera e até mesmo da janota do senhor Giuseppe.
Sentia uma dualidade invulgar: uma parte havia ficado estranhamente para trás.
Susteve o celular.
Discou.
— Alô? — uma voz afável toou. — Quem é?
Desligou.
Lágrimas escorriam.
Levantou-se receosamente.
Os quadros na parede revelaram apenas uma garotinha e seu avô em um carro.
Um caderno atraiu-lhe.
Abriu-o.
Solevou-o.
Uma carta antiga caiu ao chão.
Lilian Basford era o remetente.
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