"Não estou falando acerca de seu avô."

A fala do senhor Amorielle não saía de seu raciocínio sobejamente túrbido. Ela remexia-se excessivamente na cama sem conseguir ensamblar as peças do laborioso quebra-cabeça.

Saiu do quarto, depauperada.

Marchou até avistar uma estupenda biblioteca: perdeu-se em sua magnificência.

— Sem sono?

O moço de olhos caramelos lançou-se um olhar cortês. Ao seu lado estava Dimitri, que lançava um objeto para cima e pegava-o de volta sem fitar a garota.

— No lugar dela, também estaria. — disse, levantando-se.

— Dimitri, perdoe-me por ter...

— Por ter o quê? — ele difere. — Matado meu irmão?

A garota estremece diante do espavento.

Irmão?

— Eu não sabia...

Ele ignora-a, saindo do ambiente.

A compunção dilata suas veias e derruba uma lágrima quente.

— Diga que eu não fiz isso, Matteo.

Ele, porém, abaixou a cabeça.

A garota arfa, aos prantos.

— Ele era muito petiz quando perdeu os pais. O irmão era tudo o que ele tinha. Sinto muito, Sophie.

Ele tenta abrandá-la.

— Contudo, não foi culpa sua. Você não teve escolha e sabe muito bem disso.

Será?

— Mas agora porventura eu tenha.

Correu até seu quarto e pegou o celular: Lilian Basford era o único número salvo.

Senhor Amorielle devia-lhe esclarecimentos imprescindíveis.